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0 0 1.. é obtida da matriz identidade por permutar a primeira e a segunda coluna. Além disso, é claro que o det(P) = −1, pois o determinante é igual ...
Tipologia: Provas
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Não perca as partes importantes!
ii
Prefácio
iv
Prefácio iii
1 Determinantes 1 1.1 Determinantes de ordens 1 , 2 e 3................... 1 1.2 Determinante em Geral........................ 2 1.3 Matriz de Permutação e o Determinante da Transposta...... 6 1.4 Propriedades do Determinante e um Método para Obter a Inversa de uma Matriz............................ 7 1.5 Matrizes em Blocos.......................... 11 1.6 Área e Volume através do Determinante.............. 12 Exercícios.................................. 15
Bibliografia 25
v
Já em 1683, o japonês Seki Takakazu inventou o conceito de determinante, provavelmente reinventado em 1693 pelo alemão Gottfried Liebniz, pois não havia comunicação entre eles. Na época, o determinante estava relacionado com as fórmulas para exprimir a solução de um sistema linear n de equações, uma vez que a teoria de matrizes só seria desenvolvida muito mais tarde. Posteriormente, em 1812, Augustin-Louis Cauchy identificou que o determinante poderia ser usado para calcular a área do paralelogramo ou o volume do paralelepípedo. Somente depois o determinante seria associado com as formas multilineares alternadas. O determinante associa um número para cada matriz quadrada. O principal uso do determinante está no fato de que o determinante de um operador linear é não-nulo se, e somente se, o operador é invertível. Neste capítulo iremos deduzir fórmulas e procedimentos para calcular o de- terminante de uma matriz, além de apresentar dois métodos para obter a inversa de uma matriz e um critério para decidir se um sistema admite solução única.
O determinante é uma função que toma uma matriz quadrada A e retorna com um número. Os determinantes de ordens 1 , 2 e 3 são definidos por:
det
a 11
= a 11 , det
a 11 a 12 a 21 a 22
= a 11 a 22 − a 21 a 12 e
det
a 11 a 12 a 13 a 21 a 22 a 23 a 31 a 32 a 33
(^) = a 11 a 22 a 33 + a 13 a 21 a 32 + a 23 a 31 a 12
− a 31 a 22 a 13 − a 32 a 23 a 11 − a 33 a 21 a 12.
Observe que o determinante da matriz 3 × 3 possui seis produtos, cada um consiste de três elementos da matriz original. Três destes produtos recebem si- nal positivo e três deles recebem sinal negativo. O diagrama a seguir ajuda a memorizar a fórmula envolvida no cálculo do determinante, o esquema é obtido
Capítulo 1. Determinantes
por repetir a 1a^ e 2a^ coluna no final da matriz. O determinante é obtido através da soma dos produtos, ao longo das três setas assinaladas com o sinal +, mais a soma dos negativos dos produtos dos elementos que estão nas setas assinaladas com o sinal −.
a 11 a 12 a 13 a 11 a 12
a 21 a 22 a 23 a 21 a 22
a 31 a 32 a 33 a 31 a 32
a 11 a 22 a 33 + a 31 a 23 a 12 + a 13 a 21 a 32
−a 31 a 22 a 13 − a 11 a 23 a 32 − a 33 a 21 a 12
Exemplo 1.
Sejam A =
(^) e B =
. Encontre det(A) e det(B).
det(A) = 2(5)4 + 1(−2)2 + 1(0)(−3) − 2(5)1 − (−3)(−2)2 − 4(0) = 40 − 4 − 10 − 12 = 14, det(B) = 0 + (−2) + 0 − 0 − 9 − (−16) = 5.
Observe que o determinante de uma matriz A = [aij ] de ordem 3 pode ser reescrito da seguinte forma:
det(A) = a 11 a 22 a 33 + a 13 a 21 a 32 + a 23 a 31 a 12 − a 31 a 22 a 13 − a 32 a 23 a 11 − a 33 a 21 a 12 = a 11 a 22 a 33 − a 11 a 32 a 23 − a 12 a 33 a 21 + a 12 a 23 a 31 + a 13 a 21 a 32 − a 13 a 31 a 22 = a 11 (a 22 a 33 − a 32 a 23 ) − a 12 (a 21 a 33 − a 31 a 23 ) + a 13 (a 21 a 32 − a 31 a 22 )
= a 11 det
a 22 a 23 a 32 a 33
− a 12 det
a 21 a 23 a 13 a 33
a 21 a 31 a 22 a 32
Algo parecido pode ser feito com a matriz A de ordem 2:
det(A) = a 11 det [a 22 ] − a 12 det [a 21 ]. Para facilitar a expressão do determinante introduzimos a notação a seguir.
Definição 1. Sejam n > 1 e A uma matriz quadrada de ordem n, indicaremos por Aij a matriz de ordem n − 1 , obtida de A por apagar a i-ésima linha e a j-ésima coluna e por ∆ij = (−1)i+j^ det(Aij ). Chamamos ∆ij de cofator de A, na linha i e coluna j.
Capítulo 1. Determinantes
por exemplo n = 15, qualquer computador terá dificuldades em retornar uma resposta. Na atualidade os softwares empregados no cálculo do determinante usam ou- tros métodos. Para entendermos como esses métodos funcionam vamos observar algumas propriedades do determinante. Para isto veja a definição do seguinte conceito:
Definição 1. Dizemos que uma função f : R × R → R é 2-linear, se ela for linear em cada uma de suas entradas, isto é, para cada x, y, z e α ∈ R valem
f (x + y, z) = f (x, z) + f (y, z), f (x, y + z) = f (x, y) + f (x, z) f (αx, y) = αf (x, y) e f (x, αy) = αf (x, y).
Exemplo 1. Considere f : R × R → R definida por f (x, y) = xy, então se f (x + x′, y) = (x + x′)y = xy + x′y = f (x, y) + f (x′, y) e se f (x, y + y′) = x(y + y′) = xy + xy′^ = f (x, y) + f (x, y′). Além disso, se multiplicarmos x ou y por um número α temos:
f (αx, y) = (αx)y = α(xy) = αf (x, y) e f (x, αy) = x(αy) = α(xy) = αf (x, y).
Considere A uma matriz n × n. Podemos pensar tal matriz como n colunas c 1 , c 2 ,... , cn, onde cada uma destas colunas é um vetor Rn, e podemos escrever A =
c 1 c 2 · · · cn
. Vamos definir a função D que toma n vetores do Rn^ e retorna um número por
D(c 1 , c 2 ,... , cn) = det
c 1 c 2 · · · cn
Observe que a função determinante é uma função que toma uma matriz qua- drada e retorna um número.
Exemplo 1.
Calcule D
. Pela definição da função D temos:
= det
Proposição 1. A função D(c 1 , c 2 ,... , cn) satisfaz as seguintes propriedades:
(d 1 ) D é alternada, isto é, se ci = cj para i 6 = j então D(c 1 , c 2 ,... , cn) = 0.
(d 2 ) D é n-linear, isto é, D é linear em cada uma de suas colunas. Mais preci- samente, se todos os cj com j 6 = i estiverem fixos, então
D(c 1 ,... , ci + λc′ i,... , cn) = D(c 1 ,... , ci,... , cn) + λD(c 1 ,... , c′ i,... , cn).
(d 3 ) Se [e 1 ,... , en] é a matriz identidade então D(e 1 ,... , en) = 1.
1.2. Determinante em Geral
A principal implicação das propriedades acima está na próxima observação.
Observação 1. Considere a função D, como a que satisfaz as condições (d 1 ) − (d 3 ). Então, a função é antissimétrica, isto é, se trocarmos ci por cj o valor de D troca de sinal. Mais precisamente,
D(c 1 ,... , ci,... , cj ,... , cn) = −D(c 1 ,... , cj ,... , ci,... , cn).
Vamos demonstrar esse fato. Para simplificar a notação e, como só vamos tratar dos vetores ci e cj e os outros vetores irão permanecer fixos, considere D(ci, cj ) = D(c 1 ,... , ci,... , cj ,... , cn). Temos:
0 = D(ci + cj , ci + cj ) = D(ci, ci + cj ) + D(cj , ci + cj ) = D(ci, ci) + D(ci, cj ) + D(cj , ci) + D(cj , cj ) = D(ci, cj ) + D(cj , ci).
E daí D(ci, cj ) = −D(cj , ci). Portanto, se estivermos calculando o determinante de uma matriz e trocarmos duas colunas entre si o determinante troca de sinal.
Com estas propriedades também conseguimos reobter a fórmula para o deter- minante. Veja o próximo exemplo.
Exemplo 1.
Considere a matriz A =
a b c d
, logo a coluna c 1 =
a c
e c 2 =
b d
. Observe que [ a c
= a
, logo pela propriedade (d 2 ) temos que:
a c
b d
a
c
b d
= aD
b d
c
b d
= aD
b d
c
b d
= aD
b d
b d
= aD
, b
d
, b
d
= abD
= adD
− cbD
= ad − bc.
Observe que usamos a propriedade (d 1 ) quando trocamos a primeira coluna com a segunda e, por isso, trocamos o sinal e na última igualdade usamos (d 3 ).
1.4. Propriedades do Determinante e um Método para Obter a Inversa de uma Matriz
Observação 1. Sejam A e B = At. Calculando o determinante por fazer a expansão em termos da primeira linha de B temos
det A = det B = b 11 ∆ 11 + b 12 ∆ 12 + · · · + b 1 n∆ 1 n = a 11 (−1)1+1^ det At 11 + a 21 (−1)2+1^ det At 21 + · · · + an 1 (−1)n+1^ det Atn 1 = a 11 (−1)1+1^ det A 11 + a 21 (−1)2+1^ det A 21 + · · · + an 1 (−1)n+1^ det An 1 ,
isso é, podemos calcular o determinante por fazer a expansão segundo a primeira coluna de A. Na verdade, podemos calcular o determinante por fazer a expansão em qualquer linha e qualquer coluna, para ver como isso é feito veja o exercício r1.6.
Vamos começar por lembrar das matrizes elementares. Já vimos que podemos substituir uma operação elementar sobre as linhas da matriz A, ao multiplicar à esquerda por uma matriz elementar E, isto é, ao calcularmos EA obtemos a matriz obtida de A por aplicar a operação elementar. Para demonstrar o resultado principal enunciado no teorema a seguir vamos necessitar do seguinte lema:
Lema 1. Se E é uma matriz elementar, então E é invertível.
Demonstração: De fato se E é uma matriz elementar, então podemos determinar uma matriz elementar E′^ obtida por fazer a operação inversa que a efetuada para obter E. Logo, E′E = I.
O resultado principal fica.
Teorema 1. Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Então, A é invertível se, e somente se, a sua forma escalonada reduzida for a matriz identidade.
Demonstração. Suponha que A é invertível, isto é, existe uma matriz B n × n, tal que AB = I = BA. Vamos começar analisando o sistema Ax = 0 para mostrar que a única solução possível é x = 0. De fato, multiplicando a equação Ax = 0 por B temos que 0 = B · 0 = B(Ax) = (BA)x = Ix = x. Por outro lado, se resolvermos o sistema Ax = 0 através de um escalonamento de linhas, obtemos a matriz R, que está escalonada de forma reduzida e é linha equivalente A, ou seja, R = Ek · · · E 1 A. Mas o sistema Rx = 0 é claramente equivalente ao sistema, Ax = 0 , portanto tem a mesma e única solução x = 0 , e como R está na forma escalonada reduzida, a única possibilidade é de R = I. Logo, se A é invertível então ela é linha equivalente a matriz identidade. Reciprocamente, se
Capítulo 1. Determinantes
A é linha equivalente a matriz identidade, isto é, I = Ek · · · E 1 A, e multiplicando por E− k 1 , E− k−^11 ,... , E 1 − 1 I, obtemos que A = E 1 − 1 E 2 − 1 · · · E− k 1 , ou seja, A é um produto de matrizes elementares e portanto invertível.
Analisando a demonstração do teorema 1. 18 podemos vislumbrar um método para obtermos a inversa de uma matriz. Suponha que A é uma matriz invertível, isto é, existe um número finito de matrizes elementares E 1 ,... , Ek, tais que:
I = EkEk− 1 · · · E 2 E 1 A = (EkEk− 1 · · · E 2 E 1 I)A.
Isso mostra que EkEk− 1 · · · E 2 E 1 I = A−^1. Isto é, se aplicarmos as mesmas opera- ções, e na mesma ordem, necessárias para levar a matriz A a sua forma escalonada reduzida, isto é, na matriz identidade, obtemos a matriz inversa de A. Isso nos motiva a definir um algoritmo para obtermos a inversa de uma matriz. Para isso basta considerar uma nova matriz B = [A : I], por acrescentar a matriz identi- dade a direita de A então, se escalonarmos a matriz A, para que se torne a matriz identidade, segue que B se torna [I : C] e então, C será a matriz inversa de A.
Exemplo 1. Vamos usar esse processo para obter a inversa da matriz
Para isso considere a matriz:
Vamos escaloná-la. Comece por fazer 2 →
2 + 1 e
3 → 3 − 2
1 e obtemos
^2 −↔−
→^3^1 −→−
−^1 −−→`^2^1 →
^1 −^5 −−−−−−^2 →^3
2 →2 + 32
3
2 →−
2 −−−−→ 3 → 12
3
e, portanto, A−^1 =
Capítulo 1. Determinantes
Teorema 1. Seja A uma matriz quadrada de ordem n qualquer. Então,
adj(A)A = det(A)I
sendo I a matriz identidade. Assim, se det(A) 6 = 0,
det(A)
adj(A).
Exemplo 1. Por utilizar a técnica sugerida no teorema acima vamos obter a inversa de
Para isso precisamos determinar os cofatores ∆ij da matriz A. Vamos construir uma matriz intermediária D e, por fim, obter a adj(A) que é Dt.
Portanto,
adj(A) = Dt^ =
Sabendo que det(A) = 2 segue que
det A
adj(A) =
Antes de obtermos este resultado vamos ver como se comporta o determinante, quando o aplicamos em matrizes elementares:
(a) Se E 1 é a matriz obtida por executar i →
i + k`j na matriz identidade, então, det(E 1 ) = 1;
(b) Se E 2 é a matriz obtida por executar i → k
i com k 6 = 0 na matriz identi- dade, então, det(E 2 ) = k;
(c) Se E 3 é a matriz obtida por executar i ↔
j na matriz identidade, então, det(E 3 ) = − 1 ;
(d) Se A é uma matriz qualquer e E é uma matriz elementar, então, det(EA) = det(E) det(A).
1.5. Matrizes em Blocos
Teorema 1. Se A e B são matrizes n × n, então det(AB) = det(A) det(B).
Demonstração: (1a^ caso) Se A ou B não são invertíveis, logo pode acontecer: a) A invertível e B não é; b) B invertível e A não é; c) A e B são ambas não invertíveis. Então, nas três situações, podemos concluir que AB também não é invertível. De fato, se a) ocorre então existe A−^1 e admita que AB seja invertível, nesse caso, B = A−^1 (AB) também é invertível. Se ocorrer b) tratamos da mesma maneira. Se ocorrer c) suponha, por absurdo, que AB é invertível, nesse caso, existe C, tal que C(AB) = I = (CA)B e, portanto, B é invertível, o que é um absurdo. Logo, se A ou B não é invertível, então AB também não é invertível e det(AB) = 0 e como det(A) = 0 ou det(B) = 0 segue a igualdade. (2a^ caso) Se A e B são invertíveis, sabemos que existe uma sequência finita de operações elementares (sobre as linhas) E 1 ,... , Ek que tornam A a matriz identidade, isto é, I = E k− 1 · · · E− 1 1 A Daí temos:
det(AB) = det(E 1 · · · EkIB)
e aplicando um número finito de vezes a propriedade (d) acima obtemos:
det(AB) = det(E 1 ) det(E 2 · · · Ek− 1 B) = det(E 1 ) det(E 2 ) · · · det(Ek− 1 Ek) det(B) = det(E 1 ) det(E 2 ) · · · det(Ek− 1 ) det(Ek) det(B) = det(E 1 ) det(E 2 ) · · · det(Ek− 1 Ek) det(B) = det(E 1 E 2 · · · Ek− 1 EkI) det(B) = det(A) det(B).
Teorema 1. Seja A uma matriz n × n. A matriz A é invertível se, e somente se, det(A) 6 = 0, e neste caso det(A−^1 ) = (^) det(^1 A).
Demonstração: (⇒) Se A é invertível existe uma matriz B, tal que AB = I, aplicando o determinante dos dois lados desta igualdade obtemos:
det(AB) = det(A) det(B) = det(I) = 1.
Isso implica que det(A) 6 = 0 e também que det(A−^1 ) = (^) det(^1 A).
(⇐) Se det(A) 6 = 0 e seja B a adjunta clássica de A, então sabemos que BA = det(A)I, daí temos que (^) det(^1 A) BA = I, isto é, ao multiplicarmos (^) det(^1 A) B por A
obtemos I, e como a inversa de uma matriz é única, segue que A−^1 = (^) det(^1 A) B.
O principal resultado dessa seção é o seguinte:
1.6. Área e Volume através do Determinante
x
y
[ (^) a 0
d
Figura 1.1: Área= |ad|
Suponha que A = [c 1 c 2 ] é uma matriz qualquer. Para provarmos o resultado basta verificarmos que a matriz A pode ser transformada em uma matriz diagonal sem que com isso altere o | det(A)| e nem a área do paralelogramo. Já sabemos que trocar uma coluna com a outra não altera o valor de | det(A)|, assim como somar a uma coluna um múltiplo da outra coluna (verifique que isso é o suficiente para transformar qualquer matriz em uma matriz diagonal). Claramente a área do paralelogramo com respeito aos vetores c 1 , c 2 é a mesma que com respeito a c 2 , c 1. Além disso, se chamarmos a reta determinada por 0 e c 1 de L, então a reta c 2 + L é uma reta paralela a L, e c 2 + tc 1 pertence a reta c 2 + L para todo t. Como a área de um paralelogramo é o comprimento da base vezes a sua altura com respeito a esta base, segue que a área do paralelogramo determinado por c 1 , c 2 é sempre igual a área do paralelogramo determinado por c 1 , c 2 + tc 1. Veja a próxima figura para entender melhor o que acontece.
x
y^ c^2 +^ L
c 1
c 2 c 2 + tc 1
Figura 1.2: Área= |ad − bc|
Capítulo 1. Determinantes
No caso de A ter ordem 3, o raciocínio é semelhante. No caso em que A é diagonal o resultado é claramente verdadeiro.
x
y
z
[ (^) a (^00)
b 0
0 c
Figura 1.3: Volume do paralelepípedo é |abc|
Se A = [c 1 c 2 c 3 ] é uma matriz qualquer, podemos transformá-la em uma matriz diagonal, por permutar as suas colunas e somar a uma coluna um múltiplo de outra. Claramente estas operações não alteram o | det(A)|. Vamos ver que essas operações não alteram o volume do paralelepípedo determinado pelos ve- tores c 1 , c 2 , c 3. Lembre-se de que o volume de um paralelepípedo é determinado pela multiplicação da área de uma de suas faces pela altura com respeito a essa face. Vamos considerar a face determinada pelos vetores c 1 , c 3. Observe que, pelo mesmo argumento usado no R^2 , a área dessa face não se altera se trocarmos os vetores c 1 , c 2 por c 1 , c 2 + tc 1 qualquer que seja t ∈ R. Por simplicidade vamos supor que a face determinada por c 1 , c 3 coincida com o plano xz veja a próxima figura
x
y
z
c 1
c 2
c 3
Figura 1.4: Paralelepípedo
Considere o plano P = Span {c 1 , c 3 }, então a face de cima do paralelepípedo está no plano P +c 2 obtido por transladar o plano P. O volume do paralelepípedo é igual a área determinada por c 1 , c 3 , vezes a altura de c 2 com respeito ao plano P. Todos vetores da forma c 2 + rc 1 e c 2 + tc 3 , com r, t ∈ R, tem a mesma