Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Impacto do Papanicolaou na Diagnóstico de Infecções Cérvico-Vaginas: Sistema Bethesda., Resumos de Diagnóstico

Este documento discute o papel do exame citológico cérvico-vaginal de papanicolaou na redução de taxas de carcinoma escamocelular invasor e seu impacto no diagnóstico de infecções cérvico-vaginas. O texto aborda objetivos, materiais e métodos do exame, avaliação da flora e intensidade da inflamação, estudos estatísticos e conclusões relacionadas a infecções comuns, como clamídia e candida. O documento também discute a importância do diagnóstico de infecções através do exame citológico e a relação com exames microbiológicos.

O que você vai aprender

  • Qual é o papel do exame citológico cérvico-vaginal de Papanicolaou no diagnóstico de infecções cérvico-vaginas?
  • Qual é a importância do diagnóstico de infecções através do exame citológico e a relação com exames microbiológicos?
  • Quais infecções comuns resultam em acúmulo de macrófagos, linfócitos e granulócitos no lúmen vaginal?
  • Quais são as alterações observadas no exame citológico nas infecções por clamídia e Candida?

Tipologia: Resumos

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Jacirema68
Jacirema68 🇧🇷

4.5

(122)

227 documentos

1 / 202

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
I
MARIA DO PERPETUO SOCORRO SILVA
ALCANCES E LIMITES DO EXAME CITOPATOLÓGICO
COM A COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU
NO DIAGNÓSTICO DAS CÉRVICO-VAGINITES:
um estudo citológico e microbiológico de 2.169 casos
de um total de 10.064 exames citopatológicos
RECIFE
2004
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48
pf49
pf4a
pf4b
pf4c
pf4d
pf4e
pf4f
pf50
pf51
pf52
pf53
pf54
pf55
pf56
pf57
pf58
pf59
pf5a
pf5b
pf5c
pf5d
pf5e
pf5f
pf60
pf61
pf62
pf63
pf64

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Impacto do Papanicolaou na Diagnóstico de Infecções Cérvico-Vaginas: Sistema Bethesda. e outras Resumos em PDF para Diagnóstico, somente na Docsity!

I

MARIA DO PERPETUO SOCORRO SILVA

ALCANCES E LIMITES DO EXAME CITOPATOLÓGICO COM A COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU NO DIAGNÓSTICO DAS CÉRVICO-VAGINITES: um estudo citológico e microbiológico de 2.169 casos de um total de 10.064 exames citopatológicos

RECIFE

II

MARIA DO PERPETUO SOCORRO SILVA

ALCANCES E LIMITES DO EXAME CITOPATOLÓGICO

COM A COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU NO DIAGNÓSTICO DAS CÉRVICO-VAGINITES

RECIFE

IV

MARIA DO PERPETUO SOCORRO SILVA

ALCANCES E LIMITES DO EXAME CITOPATOLÓGICO COM A COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU NO DIAGNÓSTICO DAS CÉRVICO-VAGINITES um estudo citológico e microbiológico de 2.169 casos de um total de 10.064 exames citopatológicos.

Tese que apresenta ao Programa de

Pós-Graduação em Anatomia

Patológica do Centro de Ciências da

Saúde da Universidade Federal de

Pernambuco, para obtenção do título

de Mestre em Anatomia Patológica.

ORIENTADORA

PROF. DRA. MARIA DO CARMO CARVALHO DE ABREU E LIMA

V

SILVA, Maria do Perpetuo Socorro Alcances e limites do exame citopatológico com coloração de Papanicolaou no diagnóstico das cérvico-vaginites. Um estudo citológico e microbiológico de 2169 casos de um total de 10.064 exames citopatológicos. 189 folhas:il. tab.,graf.,fotos Tese (Mestrado) - Universidade Federal de Pernambuco. CCS. Anatomia Patológica, Inclui referências bibliográficas.

  1. Esfregaço cérvico-vaginal. 2.Cérvico-vaginites. 3. Doenças sexualmente transmissíveis do trato genital feminino.4. Coloração de Papanicolaou. I. Título. UFPE

VII

DEDICATÓRIA

In memoriam: À minha mãe Maria Helena, com quem aprendi muitas lições, a maior delas - a fé em Deus.

Ao meu pai, Paulo, por seus momentos de coragem e ética na sua vida de funcionário público.

VIII

AGRADECIMENTOS

À UFPE que me acolheu como pós-graduanda, compreendendo que a trajetória dos nordestinos pelas terras brasileiras deve trazer benefícios para a nossa região e para o país.

À Prof. Dra.Maria do Carmo Carvalho Abreu e Lima e Prof. Dayse N.O.Lima, pela habilidade e sinceridade com me receberam em Recife. A formação científica sólida de Maria do Carmo foi fundamental para definir o perfil definitivo deste trabalho.

À equipe do Laboratório Sabin de Patologia Clínica de Maceió, especialmente à Dra. Denise Almeida Bandeira, principal responsável pelos exames microbiológicos e ao Dr. Denis S. Casado Valente de Lima, pela sua capacidade de organização e operosidade.

À Prof. Dra. Dinalva Bezerra da Rocha ex-professora de Patologia da FMUFAL e da FM de Alagoas, por ter sabido tão bem me conduzir pela mão, nesta caminhada.

Ao Dr. Carlos Marigo que me iniciou em pesquisa mostrando detalhes de biópsias e autópsias ou acompanhando os primeiros trabalhos científicos para congressos e, por isso, é o primeiro da lista dos caros professores da Santa Casa de São Paulo e da FMUSP que contribuíram para a minha formação como patologista.

Ao meu filho Eduardo Henrique, que me compreendeu nas horas de estudo e me chamou logo a atenção de que o nome dos microorganismos deve ser escrito em itálico.

Ao Dr. Fernando Silva Caldas, Ana Gisa e Dra. Amanda D. Silva Caldas, amigos e profissionais competentes.

X

médica mais completa, para que desempenhem os seus múltiplos papéis na sociedade atual com uma melhor qualidade de vida..

Aos companheiros de trabalho, professores e funcionários, do Departamento de Patologia da FM - UNCISAL ( antiga ECM ), com os quais enfrentamos e superamos tantas dificuldades, sem dispensar as confraternizações dos finais de ano.

Aos alunos e ex-alunos - são tantos, e quando os encontro, perceber o que construímos juntos, renova a minha esperança de que dias melhores virão.

À minha turma de Residentes da Santa Casa de São Paulo, especialmente a Dra. Consuelo Antunes Barreto Lins, que se destacou desde o primeiro ano pelos conhecimentos que trazia de Pernambuco e por sua consideração e estima pelos colegas e amigos.

Aos meus examinadores, esperando corresponder à expectativa que os senhores merecem.

Aos familiares e a todos que direta ou indiretamente contribuem para elevar os meus passos no caminho da vida ou me seguram nos tropeços.

XI

LISTA DE ABREVIATURAS

AGUS - Atypical glandular cells of undetermined significance AHO - Anticoncepcional hormonal oral AIDS (SIDA) - Síndrome da imunodeficiência adquirida AMP - Adenosina monofosfato ASCUS - Atypical squamous cells of undetermined significance ATP - Adenosina trifosfato BCC - benign cellular changes BV (VB) - Bacterial vaginosis (Vaginose bacteriana) C3 - Fração 3 do complemento CD - grupamento ( cluster ) de diferenciação Cl - cloro CLIA 88 - Clinical Laboratory Improvment Act CO 2 - gás carbônico C V V - Candida vulvo-vaginitis (Vulvo-vaginite por Candida) DIP - doença inflamatória pélvica DIU - dispositivo intra-uterino DNA - ácido desoxirribonucleico DST (STD) - doença sexualmente transmissível ( sexually transmited disease ) EI - inclusão eosinofílica intracelular (por clamídia) ELISA - EIA- enzyme-linked immunoabsorbent assay EUA - Estados Unidos da América F1 a F11- códigos de floras para exame citológico cérvico-vaginal, adotado em 1976 Fc - fragmento cristalizável de anticorpo GCTF - formação de alvo central granular (por clamídia) H - hidrogênio

XIII

NIC - neoplasia intra-epitelial cervical NSV - non-specific vaginitis (vaginite bacteriana inespecífica) O 2 - oxigênio OMS (WHO) - Organização Mundial de Saúde (World Health Organization) PAS - periodic acid Schiff PCR - polimerase chain reaction (reação de polimerase em cadeia) PGE - prostaglandina E PH - potencial hidrogênio-iônico PMN - polimorfonuclear neutrófilo PPLO - pleuropenumonia-like organisms RN - recém-nascido RNA - ácido ribonucleico RVVC - infecção vaginal recorrente por Candida SARA - artrite reativa sexualmente adquirida SIL - squamous intraepithelial lesion SUS - Sistema Único de Saúde TBS - The Bethesda System (Sistema Bethesda) TCR - receptor de célula T TRIC - trachoma-inclusion conjuntivitis T+ M - exame bacterioscópico positivo e negativo para tricomonas e / ou monília UNG (NGU) - uretrite não gonocócica ( non-gonococic uretritis ) Zn- zinco

XIV

RESUMO

O impacto do exame citológico cérvico-vaqinal de Papanicolaou na redução das taxas de carcinoma escamocelular invasor obscureceu o papel desse exame no diagnóstico das cérvico-vaginites, com reflexos sobre o Sistema Bethesda (TBS). Os aperfeiçoamentos do TBS no terreno das lesões intra-epiteliais escamosas não foram alcançados no que diz respeito às infecções, apesar dos avanços da pesquisa microbiológica. A autora estudou, a partir de uma amostra de 10.064 exames citopatológicos, dos quais 86% apresentavam inflamação (12,34 % leve, 66,22% moderada e 7,44% intensa), 2169 casos em que foram solicitados exames microbiológicos a critério clínico. O exame microbiológico, representado pela cultura em 94,85% dos casos, revelou freqüência relativa semelhante entre os três tipos de floras mais encontradas no exame citopatológico e microbiológico (p< 0,001): as de Lactobacillus sp., Candida sp. , e Gardnerella vaginalis , esta última diagnosticada pela ocorrência de “célula-guia”. Confirmou-se a possibilidade de diagnóstico citológico pelo método de Papanicolaou, dos Lactobacillus sp ., Candida sp ., Leptotrix vaginalis , Trichomonas vaginalis. O diagnóstico de Gardnerella vaginalis é seguro, quando se identifica a “célula guia”. São ainda diagnosticáveis o Actinomyces spp ., Chlamydia trachomatis , Streptococcus sp. e provavelmente, Mobiluncus spp. Confirmamos que a codificação das floras F1 a F11 não deve ser utilizada. Como conseqüência do estudo, propomos as seguintes modificações no sub-ítem “Infecções” do TBS, em relação às especificações dos microorganismos: 1) Manutenção do item Lactobacillus sp.

  1. Substituição de “Alteração da flora vaginal compatível com vaginose” por “ Gardnerella vaginalis com presença de célula-guia”
  2. Inclusão do tópico “Alteração da flora a esclarecer com exame microbiológico”. Esta última observação permitirá ao citopatologista, comunicar ao clínico, a necessidade de investigar os casos suspeitos de infecção ao exame citológico,
  • 1.0 - INTRODUÇÃO........................................................................................................... RESUMO........................................................................................................................XIII
  • 1.1 - RESUMO HISTÓRICO ..............................................................................................
    • EM DIAGNOSTICAR INFLAMAÇÃO E INFECÇÃO GENITAL NA MULHER.......... 1.2 - O INTERESSEDOSMICROBIOLOGISTAS NO POTENCIAL DA CITOPATOLOGIA
  • 1.3 - O ECOSSITEMA VAGINAL......................................................................................
  • 1.3.1 - O desenvolvimento do conhecimento sobre a microflora vaginal..........................
  • 1.3.2 - As características da microflora e do ecossistema vaginal....................................
  • 1.3.3 - O habitat da microflora...........................................................................................
  • 1.3.4 - As bactérias que compõem a microflora................................................................
  • 1.3.5 - As espécies de Lactobacillus da microflora, protetoras do ecossitema.................
  • 1.3.6 - Os fatores do hospedeiro que influenciam a microflora vaginal durante a vida.....
  • 1.3.7 - Os fatores exógenos que desequilibram o ecossitema vaginal.............................
  • 1.4 - A VAGINOSE BACTERIANA ( BACTERIAL VAGINOSIS).......................................
  • 1.4.1 - As descobertas após a pesquisa de Gardner e Dukes e o teste do KOH.............
  • 1.4.2 - A identificação das bactérias anaeróbicas associadas à Gardnerella vaginalis....
  • 1.4.3 - A produção de aminas na BV.................................................................................
  • 1.4.4 - Os "critérios de Amsel" para o diagnóstico da BV..................................................
  • 1.4.5 - A denominação Vaginose bacteriana e as conclusões de Spiegel.........................
  • 1.4.6 - Mobiluncus sp e Mycoplasma hominis incluídos como flora patogênica da BV....
  • 1.4.7- A ausência de leucócitos característica da BV........................................................
  • 1.4.8 - As complicações da BV........................................................................................... - citológico.................................................................................................................. 1.4.9 - Principais conclusões sobre a BV que se aplicam ao seu diagnóstico com o exame
  • 1.5 - OS MICOPLASMAS GENITAIS................................................................................. XVI
  • 1.5.1 - Os achados do exame citológico na presença de micoplasmas genitais...............
  • 1.5.2 - Principais características dos micoplasmas............................................................
  • 1.5.3 - Os micoplasmas patogênicos mais frequentes no homem.....................................
  • 1.5.4 - A exacerbação dos micoplasmas genitais e as características da infecção..........
  • 1.5.5 - Possíveis complicações da infecção por micoplasmas genitais.............................
  • 1.5.6 - As doenças infecciosas comprovadamente causadas por micoplasmas genitais..
  • 1.6 - A INFECÇÃO VAGINAL E CERVICAL POR TRICHOMONAS VAGINALIS.............
  • 1.6.1 - Alguns dados sobre a patogenicidade da Trichomonas vaginalis ...........................
  • 1.6.2 - Características histopatológicas da infecção cervical por T.vaginalis ....................
  • 1.6.3 - Características citológicas da infecção por T. Vaginalis .........................................
  • 1.7 - A VAGINITE POR CANDIDA E OS ESTUDOS DA IMUNOLOGIA DA VAGINA......
  • 1.7.1 - As formas clínicas da infecção e as espécies de cândida isoladas......................
  • 1.7.2 - O desenvolvimento do fungo e a transformação da colonização em doença........
  • 1.7.3 - Fundamentos básicos de imunologia da vagina e a contagem de leucócitos.......
  • 1.7.4 - A imunidade humoral na cérvice e vagina.............................................................
  • 1.7.5 - A imunidade celular na defesa do hospedeiro na vagina.......................................
  • 1.7.6 - A relação entre a imunidade celular e o ciclo hormonal.........................................
  • 1.8 - O ACHADO DE CLAMÍDIA NO ESFREGAÇO CÉRVICO-VAGINA..:......................
  • 1.8.1 - Principais características da clamídia e do seu ciclo reprodutivo..........................
  • 1.8.2 - Os achados do exame citológico na infecção por clamídia...................................
    • a pesquisa de uma vacina............................................................................................. 1.8.3 - A infecção por Chlamydia trachomatis suas formas clínicas, imunobiologia e
  • 1.8.4 - Os métodos de diagnóstico da infecção genital por clamídia...............................
  • 1.9 - O SISTEMA BETHESDA (TBS)..............................................................................
  • 2.0 – OBJETIVOS............................................................................................................
  • 3.0 - MATERIAL E MÉTODOS.........................................................................................
  • 3.1 - Material:............................................................................................................... XVII
  • 3.1.1 - Material para exame citológico............................................................................
  • 3.1.2 - Material para exame microbiológico....................................................................
  • 3.2 - Método:.................................................................................................................
  • 3.2.1 - Obtenção e processamento do material para exame citológico..........................
  • 3.2.2 - Obtenção e processamento do material para exame microbiológico..................
  • 3.3 - Avaliação da flora (F) ao exame citológico.............................................................
  • 3.4 - Avaliação da intensidade da inflamação ao exame citológico................................
  • 3.5 - Estudo estatístico....................................................................................................
  • 4.0 – RESULTADOS.......................................................................................................
  • 4.1 - CARACTERÍSTICAS GERAIS DA AMOSTRA ( 10.064 CASOS ..........................
  • 4.2 - ANÁLISE ESTATÍSTICA DAS FLORAS MAIS COMUNS......................................
  • MICROBIOLÓGICO – ( 2.169 CASOS )......................................................................... 4.3 - ANÁLISE DOS CASOS SUBMETIDOS A EXAME CITOPATOLÓGICO E
  • 4.4 - FOTOMICROGRAFIAS DE ALGUNS CASOS ESTUDADOS...............................
  • 5.0 – DISCUSSÃO..........................................................................................................
  • cérvico – vaginal............................................................................................................. 5.1 - A avaliação das amostras e a prevalência de inflamação nos exames de citologia
  • de citologia cérvico-vaginal e exame microbiológico................................................... 5.2 – Principais observações sobre a prevalência dos agentes identificados com o exame
    • esfregaço...................................................................................................................... 5.3 - O conhecimento do ecossistema vaginal aplicado à presença de Lactobacillus no
  • 5.4 - A interpretação da flora bacteriana patogência na ausência de Lactobacillus ......
  • 5.5 - Os estudos da BV e sua correlação com o exame citológico.................................
  • 5.6 - A infecção por T. vaginalis e o papel da Citopatologia no seu diagnóstico............
  • 5.7 - A infecção por Candida sp. , a mais frequente desta amostra.................................
  • 5.8 - A infecção por clamídia, nesta amostra...................................................................

1.0 INTRODUÇÃO

1.0 – INTRODUÇÃO

O exame de Papanicolaou tem como principal objetivo a detecção das lesões pré- cancerosas do colo uterino e o câncer do trato genital inferior feminino em estágio inicial ou avançado. Como alvos secundários do exame, incluímos a identificação das alterações reativas e processos inflamatórios assim como a flora normal ou patogênica. No nosso meio, devido ao baixo poder aquisitivo da população, o teste de Papanicolaou assume um papel relevante no estudo da microbiologia vaginal, apesar de reconhecermos que não substitui os métodos microbiológicos da cultura, considerada de eleição devido a sua maior sensibilidade e especificidade diagnóstica. ( 2,30,69,116,126 ) A abordagem das pacientes com corrimento vaginal envolve diferentes especialidades médicas compreendendo a Ginecologia, a Citopatologia e a Microbiologia. Os profissionais dessas áreas, contudo, rotineiramente, trabalham individualmente e não, como uma equipe multidisciplinar como seria o ideal. (8,9,26,30,31,110,111) Do ponto de vista clínico, as características macroscópicas da secreção vaginal, com relação á sua consistência, cor e odor são pouco específicas para indicar a sua etiologia, com exceção daquelas resultantes das infecções por Gardnerella vaginalis, Candida sp. e Trichomonas vaginalis. Atualmente a Ginecologia reconhece a importância dos raspados cérvico-vaginais no diagnóstico dos processos inflamatórios e agentes microbianos. A intensidade leve, moderada ou acentuada pode ser aferida através da análise de alterações citoplasmáticas ou nucleares e podem ser seguramente identificados microorganismos tais como Lactobacillus sp. , Gardnerella vaginalis , Leptotrix vaginalis, Actinomyces sp. , Trichomonas vaginalis e Candida sp , além das alterações citopáticas pelo papiloma vírus humano, o HPV e herpes simplex, o HSV. (4,27,38,77,110,122 ) A Microbiologia, por sua vez, assegura a identificação precisa do(s) agente(s) etiológico(s) mas, no nosso estudo, observamos que são solicitadas culturas da secreção vaginal que resultam em microorganismos que podem ser identificados com a coloração