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Este documento discute o papel do exame citológico cérvico-vaginal de papanicolaou na redução de taxas de carcinoma escamocelular invasor e seu impacto no diagnóstico de infecções cérvico-vaginas. O texto aborda objetivos, materiais e métodos do exame, avaliação da flora e intensidade da inflamação, estudos estatísticos e conclusões relacionadas a infecções comuns, como clamídia e candida. O documento também discute a importância do diagnóstico de infecções através do exame citológico e a relação com exames microbiológicos.
O que você vai aprender
Tipologia: Resumos
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ALCANCES E LIMITES DO EXAME CITOPATOLÓGICO COM A COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU NO DIAGNÓSTICO DAS CÉRVICO-VAGINITES: um estudo citológico e microbiológico de 2.169 casos de um total de 10.064 exames citopatológicos
ALCANCES E LIMITES DO EXAME CITOPATOLÓGICO
COM A COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU NO DIAGNÓSTICO DAS CÉRVICO-VAGINITES
ALCANCES E LIMITES DO EXAME CITOPATOLÓGICO COM A COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU NO DIAGNÓSTICO DAS CÉRVICO-VAGINITES um estudo citológico e microbiológico de 2.169 casos de um total de 10.064 exames citopatológicos.
SILVA, Maria do Perpetuo Socorro Alcances e limites do exame citopatológico com coloração de Papanicolaou no diagnóstico das cérvico-vaginites. Um estudo citológico e microbiológico de 2169 casos de um total de 10.064 exames citopatológicos. 189 folhas:il. tab.,graf.,fotos Tese (Mestrado) - Universidade Federal de Pernambuco. CCS. Anatomia Patológica, Inclui referências bibliográficas.
In memoriam: À minha mãe Maria Helena, com quem aprendi muitas lições, a maior delas - a fé em Deus.
Ao meu pai, Paulo, por seus momentos de coragem e ética na sua vida de funcionário público.
À UFPE que me acolheu como pós-graduanda, compreendendo que a trajetória dos nordestinos pelas terras brasileiras deve trazer benefícios para a nossa região e para o país.
À Prof. Dra.Maria do Carmo Carvalho Abreu e Lima e Prof. Dayse N.O.Lima, pela habilidade e sinceridade com me receberam em Recife. A formação científica sólida de Maria do Carmo foi fundamental para definir o perfil definitivo deste trabalho.
À equipe do Laboratório Sabin de Patologia Clínica de Maceió, especialmente à Dra. Denise Almeida Bandeira, principal responsável pelos exames microbiológicos e ao Dr. Denis S. Casado Valente de Lima, pela sua capacidade de organização e operosidade.
À Prof. Dra. Dinalva Bezerra da Rocha ex-professora de Patologia da FMUFAL e da FM de Alagoas, por ter sabido tão bem me conduzir pela mão, nesta caminhada.
Ao Dr. Carlos Marigo que me iniciou em pesquisa mostrando detalhes de biópsias e autópsias ou acompanhando os primeiros trabalhos científicos para congressos e, por isso, é o primeiro da lista dos caros professores da Santa Casa de São Paulo e da FMUSP que contribuíram para a minha formação como patologista.
Ao meu filho Eduardo Henrique, que me compreendeu nas horas de estudo e me chamou logo a atenção de que o nome dos microorganismos deve ser escrito em itálico.
Ao Dr. Fernando Silva Caldas, Ana Gisa e Dra. Amanda D. Silva Caldas, amigos e profissionais competentes.
médica mais completa, para que desempenhem os seus múltiplos papéis na sociedade atual com uma melhor qualidade de vida..
Aos companheiros de trabalho, professores e funcionários, do Departamento de Patologia da FM - UNCISAL ( antiga ECM ), com os quais enfrentamos e superamos tantas dificuldades, sem dispensar as confraternizações dos finais de ano.
Aos alunos e ex-alunos - são tantos, e quando os encontro, perceber o que construímos juntos, renova a minha esperança de que dias melhores virão.
À minha turma de Residentes da Santa Casa de São Paulo, especialmente a Dra. Consuelo Antunes Barreto Lins, que se destacou desde o primeiro ano pelos conhecimentos que trazia de Pernambuco e por sua consideração e estima pelos colegas e amigos.
Aos meus examinadores, esperando corresponder à expectativa que os senhores merecem.
Aos familiares e a todos que direta ou indiretamente contribuem para elevar os meus passos no caminho da vida ou me seguram nos tropeços.
AGUS - Atypical glandular cells of undetermined significance AHO - Anticoncepcional hormonal oral AIDS (SIDA) - Síndrome da imunodeficiência adquirida AMP - Adenosina monofosfato ASCUS - Atypical squamous cells of undetermined significance ATP - Adenosina trifosfato BCC - benign cellular changes BV (VB) - Bacterial vaginosis (Vaginose bacteriana) C3 - Fração 3 do complemento CD - grupamento ( cluster ) de diferenciação Cl - cloro CLIA 88 - Clinical Laboratory Improvment Act CO 2 - gás carbônico C V V - Candida vulvo-vaginitis (Vulvo-vaginite por Candida) DIP - doença inflamatória pélvica DIU - dispositivo intra-uterino DNA - ácido desoxirribonucleico DST (STD) - doença sexualmente transmissível ( sexually transmited disease ) EI - inclusão eosinofílica intracelular (por clamídia) ELISA - EIA- enzyme-linked immunoabsorbent assay EUA - Estados Unidos da América F1 a F11- códigos de floras para exame citológico cérvico-vaginal, adotado em 1976 Fc - fragmento cristalizável de anticorpo GCTF - formação de alvo central granular (por clamídia) H - hidrogênio
NIC - neoplasia intra-epitelial cervical NSV - non-specific vaginitis (vaginite bacteriana inespecífica) O 2 - oxigênio OMS (WHO) - Organização Mundial de Saúde (World Health Organization) PAS - periodic acid Schiff PCR - polimerase chain reaction (reação de polimerase em cadeia) PGE - prostaglandina E PH - potencial hidrogênio-iônico PMN - polimorfonuclear neutrófilo PPLO - pleuropenumonia-like organisms RN - recém-nascido RNA - ácido ribonucleico RVVC - infecção vaginal recorrente por Candida SARA - artrite reativa sexualmente adquirida SIL - squamous intraepithelial lesion SUS - Sistema Único de Saúde TBS - The Bethesda System (Sistema Bethesda) TCR - receptor de célula T TRIC - trachoma-inclusion conjuntivitis T+ M - exame bacterioscópico positivo e negativo para tricomonas e / ou monília UNG (NGU) - uretrite não gonocócica ( non-gonococic uretritis ) Zn- zinco
O impacto do exame citológico cérvico-vaqinal de Papanicolaou na redução das taxas de carcinoma escamocelular invasor obscureceu o papel desse exame no diagnóstico das cérvico-vaginites, com reflexos sobre o Sistema Bethesda (TBS). Os aperfeiçoamentos do TBS no terreno das lesões intra-epiteliais escamosas não foram alcançados no que diz respeito às infecções, apesar dos avanços da pesquisa microbiológica. A autora estudou, a partir de uma amostra de 10.064 exames citopatológicos, dos quais 86% apresentavam inflamação (12,34 % leve, 66,22% moderada e 7,44% intensa), 2169 casos em que foram solicitados exames microbiológicos a critério clínico. O exame microbiológico, representado pela cultura em 94,85% dos casos, revelou freqüência relativa semelhante entre os três tipos de floras mais encontradas no exame citopatológico e microbiológico (p< 0,001): as de Lactobacillus sp., Candida sp. , e Gardnerella vaginalis , esta última diagnosticada pela ocorrência de “célula-guia”. Confirmou-se a possibilidade de diagnóstico citológico pelo método de Papanicolaou, dos Lactobacillus sp ., Candida sp ., Leptotrix vaginalis , Trichomonas vaginalis. O diagnóstico de Gardnerella vaginalis é seguro, quando se identifica a “célula guia”. São ainda diagnosticáveis o Actinomyces spp ., Chlamydia trachomatis , Streptococcus sp. e provavelmente, Mobiluncus spp. Confirmamos que a codificação das floras F1 a F11 não deve ser utilizada. Como conseqüência do estudo, propomos as seguintes modificações no sub-ítem “Infecções” do TBS, em relação às especificações dos microorganismos: 1) Manutenção do item Lactobacillus sp.
O exame de Papanicolaou tem como principal objetivo a detecção das lesões pré- cancerosas do colo uterino e o câncer do trato genital inferior feminino em estágio inicial ou avançado. Como alvos secundários do exame, incluímos a identificação das alterações reativas e processos inflamatórios assim como a flora normal ou patogênica. No nosso meio, devido ao baixo poder aquisitivo da população, o teste de Papanicolaou assume um papel relevante no estudo da microbiologia vaginal, apesar de reconhecermos que não substitui os métodos microbiológicos da cultura, considerada de eleição devido a sua maior sensibilidade e especificidade diagnóstica. ( 2,30,69,116,126 ) A abordagem das pacientes com corrimento vaginal envolve diferentes especialidades médicas compreendendo a Ginecologia, a Citopatologia e a Microbiologia. Os profissionais dessas áreas, contudo, rotineiramente, trabalham individualmente e não, como uma equipe multidisciplinar como seria o ideal. (8,9,26,30,31,110,111) Do ponto de vista clínico, as características macroscópicas da secreção vaginal, com relação á sua consistência, cor e odor são pouco específicas para indicar a sua etiologia, com exceção daquelas resultantes das infecções por Gardnerella vaginalis, Candida sp. e Trichomonas vaginalis. Atualmente a Ginecologia reconhece a importância dos raspados cérvico-vaginais no diagnóstico dos processos inflamatórios e agentes microbianos. A intensidade leve, moderada ou acentuada pode ser aferida através da análise de alterações citoplasmáticas ou nucleares e podem ser seguramente identificados microorganismos tais como Lactobacillus sp. , Gardnerella vaginalis , Leptotrix vaginalis, Actinomyces sp. , Trichomonas vaginalis e Candida sp , além das alterações citopáticas pelo papiloma vírus humano, o HPV e herpes simplex, o HSV. (4,27,38,77,110,122 ) A Microbiologia, por sua vez, assegura a identificação precisa do(s) agente(s) etiológico(s) mas, no nosso estudo, observamos que são solicitadas culturas da secreção vaginal que resultam em microorganismos que podem ser identificados com a coloração