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Os conceitos fundamentais da manutenção industrial, custos associados e técnicas utilizadas. Discutimos a necessidade de atenção para as atividades de manutenção, a importância da manutenção preventiva e os métodos utilizados, como análise de vibrações, tribologia e lubrificação, temperatura e termografia, e medição de caudal.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Com a finalização deste Relatório de Estágio não posso deixar de agradecer a algumas pessoas que, direta ou indiretamente, me ajudaram neste percurso tão importante da minha vida pessoal e profissional.
Gostaria de dirigir os meus sinceros agradecimentos a todos os elementos da empresa Meivcore que me acolheram durante o período de estágio e por todos os conhecimentos que me transmitiram.
Ao Diretor Doutor José Gonçalves, gostaria de agradecer a oportunidade que me foi concedida de realizar o Estágio numa organização prestigiada e de grande dimensão como a Meivcore.
Ao meu Orientador de Estágio Externo Eng. Pedro Cardoso, gostaria de agradecer a oportunidade que me proporcionou em realizar este Estágio, assim como, todo o apoio e disponibilidade que me prestou durante a realização do mesmo.
À Administrativa Catarina Abrantes e à Técnica Superior de Segurança e Higiene no Trabalho, Fabiana Carriço, agradeço por me terem apoiado durante todo o período de estágio e por toda a sabedoria que me transmitiram.
Agradeço a orientação e disponibilidade que o Professor Doutor Avelino Virgílio Monteiro de Oliveira me disponibilizou, durante a elaboração do presente Relatório.
Um agradecimento final e muito especial à minha tia Regina por me possibilitou a realização do Mestrado, à minha namorada, família e amigos que a meu lado sempre demonstraram apoio incondicional ao longo de todo este percurso.
O presente relatório de estágio enquadra-se no âmbito do Trabalho Final de Mestrado em Instalações de Equipamentos e Edificmios do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra. Como tal, foi realizado um estágio na empresa Meivcore com o objectivo de demonstrar as aptidões adquiridas no decorrer do Mestrado, as quais tornaram possível a participação num estágio que envolveu inúmeras áreas inseridas na Engenharia da Manutenção e Gestão da Manutenção.
A manutenção é uma atividade essencial ao ciclo de vida dos equipamentos, que combina acções de gestão, técnicas e económicas, no sentido de obter elevada disponibilidade a baixos custos. O objectivo da manutenção será a de reduzir custos, mantendo e melhorando a disponibilidade dos equipamentos ao menor custo.
Neste trabalho abordam-se as metodologias a aplicar à manutenção e todo o processo inerente à planificação e gestão da manutenção. Desta forma, para se conseguir aplicar os objectivos da manutenção, é necessário elaborar, planificar e gerir de maneira criteriosa todas as etapas da manutenção, onde o outsourcing , tem vindo a ganhar espaço e adeptos.
Na fase inicial deste relatório é apresentada a empresa Meivcore e realizado o levantamento dos objectivos propostos para o Estágio. No segundo capitulo, abordam- se os conceitos fundamentais em manutenção, dando-se a conhecer as diferentes etapas a percorrer na planificação e gestão da manutenção. No terceiro capítulo integram-se os conhecimentos adquiridos ao longo do estágio, nomeadamente na demonstração e simulação de custos inerentes à realização da manutenção. Segue-se uma simulação de um contrato de manutenção, desde a palnificação à gestão, apresentando-se uma resposta a um orçamento, onde se evidenciam as etapas e boas práticas a executar por parte de um gestor e técnico de manutenção na realização de trabalhos nesta mesma área.
Palavras chave: Gestão da manutenção; Planificação da manutenção; Contratos de manutenção; Custos de manutenção.
iii) Calculo dos custos para o orçamento na compra e venda, para a mão de obra, materiais, serviços e estrutura..................................................................................
Anexo 25 _ Cálculo de custos do orçamento................................................................................ Anexo 26 _ Cálculo de valores para venda do orçamento............................................................
O presente relatório visa apresentar de forma descritiva o trabalho desenvolvido ao longo do estágio na Empresa Meivcore. Neste capítulo são anunciados os objectivos de estágio e os planos de trabalho nas diversas áreas. Realiza-se também uma apresentação da empresa e da sua organização interna, visando a parte legal e normativa da Meivcore.
i) Objetivos O estágio teve como objetivo primordial o aprofundamento da formação em contexto de trabalho, no âmbito do Mestrado em Instalações e Equipamentos em Edifícios. A empresa acolhedora – MEIVCORE, Lda – desenvolve a sua actividade em vários domínios, nomeadamente em Manutenção e Montagens Industriais tendo como principais planos a manutenção preventiva e correctiva. Neste contexto, desenvolveu- se uma integração progressiva em toda a actividade da empresa, dedicando-se contudo especial atenção aos domínos directamente relacionados com o Mestrado em Instalações e Equipamentos em Edifícios. A intervenção abrangeu as seguintes áreas:
1- Projeto: Acompanhamento e elaboração de planos de manutenção; 2- Orçamentação de obra: Contractos de manutenção; Empreitadas de manutenção; Custos de manutenção; 3- Execução de Obra: Escolha, compra e aluguer de recursos necessários à realização de obra e acompanhamento em obra das equipas de colaboradores.
ii) Plano de trabalho Pelo facto do Mestrado em Instalações de Equipamentos e Edifícios ser lecionado nas instalações do ISEC e a empresa MEIVCORE situar-se em Mangualde, acordou-se que no 1º semestre e início de 2014 se daria inicio à preparação do estágio, através de visitas à empresa e a Obras. A partir de 1 de Abril e até 15 de Outubro, o estágio decorreu a tempo inteiro na empresa, perfazendo cerca de 1356 horas em contexto empresarial.
O plano de trabalho foi baseado na integração nas atividades e equipas da Meivcore, na área de Engenharia e Manutenção Industrial.
De seguida é apresentado o cronograma das horas de trabalho:
1ª fase 2ª fase 3ª fase 4ª fase
Figura 1 - Cronograma das horas de trabalho em contexto empresarial
Numa primeira fase foi efetuada a preparação para o estudo de aspetos relevantes, nomeadamente, a caracterização das várias áreas de intervenção da MEIVCORE e o acompanhamento de trabalhos, desde o projeto, orçamentação e conclusão da obra.
Posteriormente houve um envolvimento e participação activa nas diversas áreas de intervenção da MEIVCORE. Após uma abordagem crítica das etapas anteriores, onde se efectou uma análise detalhada das atividade desenvolvidas, procedeu-se à identificação dos pontos fortes e fracos na realização do projeto/obra. Nesta fase foi
Janeiro Fevereir o Março Abril Maio junho Julho Agosto Setemb ro^ Outobr o horas 50 50 100 176 176 176 176 176 176 100
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horas
Montagens industriais: Fabrico e montagem ; Comissionamento ; Estudos e planos de segurança ; Gestão e supervisão do trabalho ; Apoio técnico aos subcontratantes ; Desmontagem e transporte de equipamentos.
Enquadramento legal e normativo da Meivcore:
Segundo o D.L. nº 381/2007 de 14 de Novembro, a Meivcore tem como CAE principal: 33120- Reparação e Manutenção de máquinas e equipamentos e como CAE secundários: 46900- Comércio por grosso não especificado; 25620- Actividades de mecânica geral e 74900- Outras actividades de consultoria, científica, técnicas e similares.
Referências normativas na manutenção: [2]
São propostos três níveis de certificação: Técnico de Manutenção, Supervisor de Manutenção, Gestor de Manutenção.
Organigrama da empresa
Na figura 2 apresenta-se o organigrama da empresa Meivcore na qual é possível verificar como estão distribuídos os diversos postos de trabalho. Para além das pessoas afectas à empresa, a Meivcore recorre também à prestação de serviços qualificados por parte de uma empresa de trabalho temporário.
Figura 2 – Organigrama da Empresa Meivcore
equipamentos tornam-se menos confiáveis à medida que o tempo de operação, ou idade, aumentava. Assim, a grande preocupação da manutenção era estabelecer ações de manutenção que se antecipassem às quebras. [8]
A introdução das novas estratégias de organização começaram a ser utilizadas nos anos mais recentes. A “ Total Productive Maintenance ” ( TPM ), “Reliability Centered Maintenance” ( RCM ) e, mais recentemente, a “Reliability Based Maintenance” ( RBM ), passaram a ser utilizadas com grandes perspectivas de retorno para as empresas. [8]
As estratégias de manutenção devem considerar uma aproximação sistemática que se denomina de “ top-down bottom up ” e que descreve quatro etapas: [7]
Etapa 1 : Compreender as características de operação da fábrica;
Etapa 2 : Implementar um plano de manutenção para cada unidade industrial;
Etapa 3 : Implementar um plano de manutenção para a fábrica;
Etapa 4 : Implementar uma política de recondicionamento e peças de reserva.
Atualmente, a manutenção industrial está na linha da frente para a redução dos custos de produção, bem como da redução do custo do ciclo de vida dos bens, o que provoca uma crescente necessidade de especialistas em manutenção na indústria. A crescente complexidade e imprevisibilidade dos mercados devidas às constantes alterações em todos os seus elementos, força as empresas, independentemente da indústria, a uma adaptação continua para sobreviverem. No caso particular das empresas industriais, estas constantes adaptações trazem consigo dificuldades especiais traduzidas em grandes custos. [6]
Sendo assim, para que a manutenção ocorra é necessária a disponibilidade de recursos materiais, mão-de-obra, recursos financeiros e recursos de informação. Além disso, para a gestão da manutenção, pode-se optar por recursos internos; recursos externos ou por uma abordagem mista. As soluções que envolvem recursos externos, o outsourcing , têm vindo a ganhar espaço e adeptos. Nos últimos anos a percentagem de empresas que recorre somente a meios internos diminuiu e assistiu-se a uma transferência para soluções que passam por utilizar meios internos e externos. As empresas que recorrem a meios externos para a manutenção têm como soluções os contratos de manutenção e empreitadas. Para a manutenção global, devem possuir nos seus quadros de pessoal trabalhadores especializados nas respectivas áreas tecnológicas e ter know-how de manutenção. De uma forma geral, os conteúdos funcionais dos profissionais de manutenção têm vindo a sofrer claras mutações que
evidenciam, de alguma forma, um alargamento das suas atividades. Assim, a este nível, podem apontar-se essencialmente dois perfis profissionais estratégicos, o Gestor de Manutenção e o Técnico de Manutenção. [7]
As competências do Gestor de Manutenção estão inseridas na gestão de custos; gestão de equipamentos; gestão de recursos humanos e na gestão de operações. As competências do Técnico de Manutenção estão reunidas no seguinte núcleo; ambiente, higiene, saúde e segurança; tecnologias de produção diversificadas; aplicação de manutenção preventiva e programada; domínios de intervenção (electricidade, mecatrónica, pneumática, hidráulica, electrónica); tecnologias de informação e comunicação. [1]
2) Tipos de Manutenção:
As formas de definição dos tipos de manutenção e as suas aplicações diferem entre autores. Numa revisão de literatura foram identificados 49 modelos, técnicas, sistemas e políticas no âmbito da manutenção. Associados a cada uma das estratégias de manutenção podemos imaginar todas as ramificações e opções possíveis, considerando os 49 modelos referidos. [6]
Neste contexto, vários autores sugerem que a manutenção pode ser encarada segundo duas perspectivas: Correctiva e Preventiva. [7]
A manutenção corretiva corresponde à realizada após a ocorrência de uma falha, e visa restaurar a capacidade produtiva de um equipamento ou instalação cuja capacidade de exercer as suas funções esteja reduzida ou cessada. A Manutenção preventiva é toda a acção sistemática de controlo e monotorização com o objetivo de reduzir ou impedir falhas no desempenho de equipamentos ou sistemas. [8]
De acordo com a norma NP EN 13306:2007, para alcançar os objectivos da manutenção, que são a de redução de custos e a melhoria da qualidade de produtos, podem ser utilizadas várias estratégias, que por sua vez podem ser aplicadas individual ou simultaneamente. (Figura 3). [6]
c) Ciclo de vida de um componente – ver Figura 4:
Figura 4 - Ciclo de vida de um componente
Fase de amaciamento - os defeitos internos do equipamento manifestam-se pelo uso normal e pelo auto-ajuste do sistema. Normalmente estes defeitos estão cobertos pelas garantias do fabricante.
Vida útil do componente - nesta fase as quebras e/ou paragens são reduzidas sendo também a fase de maior rendimento do equipamento.
Envelhecimento - os vários componentes vão atingindo o fim de vida útil e passam a apresentar falhas e/ou paragens mais frequentes. É a altura para decidir pela reparação ou troca.
A figura 5 ilustra o custo da manutenção correspondente às fases de amaciamento, de vida útil e de envelhecimento: [1]
Figura 5 - Custo da manutenção correspondente às fases de amaciamento (1), de vida útil (2) e de envelhecimento (3)
Na região 1 (fase de amaciamento) existe um crescimento do número de defeitos a partir do ponto zero, decorrente da acomodação dos componentes recém instalados, bem como da manifestação de possíveis falhas internas dos materiais. Na região 2 (vida útil) verifica-se que o número de defeitos permanece sem alteração. É nesta fase que o equipamento tem o seu melhor desempenho, pois está sempre no melhor rendimento e com ausência de defeitos (paragens). Na região 3 (envelhecimento) o número de defeitos começa a crescer e o custo da manutenção torna-se elevado.
Na prática os custos de manutenção são mais elevados nas fases de amaciamento e de envelhecimento, sendo constantes na sua vida útil.
Nos parágrafos seguintes procede-se a uma breve apresentação dos diferentes tipos de manutenção. De salientar que os diferentes tipos de manutenção podem ser utilizados em conjunto, complementando-se entre si, para a melhor abordagem possivel às estratégias de manutenção.
2.1) Manutenção Corretiva
A manutenção corretiva corresponde ao estágio mais primitivo da manutenção mecânica. Entretanto, como é praticamente impossível acabar totalmente com as falhas, a manutenção corretiva ainda existe. É definida como um conjunto de procedimentos que são aplicados a um equipamento fora de ação ou parcialmente