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Este documento fornece recomendações para a implementação de dispositivos de operação de portas que se adequem às necessidades de utilizadores com diferentes capacidades motoras, incluindo pessoas com mobilidade reduzida e cães de serviço. As orientações incluem a especificação de distâncias mínimas, forças máximas e espaços livres efetivos para a instalação de dispositivos de operação de portas, bem como a consideração de diferentes tipos de portas, como portas de batente e portas de correr. Além disso, o documento aborda a importância de considerar a usabilidade dos dispositivos de operação de portas para diferentes grupos de utilizadores, incluindo pessoas com diferentes alturas e capacidades de alcance, e fornece recomendações para a implementação de automatismos e formatos alternativos de dispositivos de interface.
O que você vai aprender
Tipologia: Notas de aula
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AGRADECIMENTOS
À minha orientadora, Prof. Liliana de Sousa e ao meu coorientador, Prof. António Barbedo Magalhães por terem aceite o desafio da orientação da minha tese ainda sem estar definida e pela dedicação merecida. Ao Prof. Carlos Aguiar que me inspirou e apoiou no meu curto percurso pelo design e que me fez acreditar que pode ser mais longo e significativo. Ao Prof. Xavier Carvalho pela disponibilidade quase sempre imediata para me ajudar e para encontrar ajuda. À Eng.ª Cristina Crisóstomo pelo entusiasmo e disponibilidade na partilha de sábias conversas e leituras, e que também estabeleceu o meu contacto com o Centro de Reabilitação Profissional de Gaia (CRPG). Aos funcionários e utentes do CRPG que se dispuseram a contribuir para o meu estudo. Ao Sebastião Castro Lemos e à Ânimas por me terem recebido na Quinta do Côvo e pela sua colaboração. Ao Centro de Reabilitação da Areosa, através do Artur Cabral, Dr.ª Célia Almeida, Dr.ª Fernanda Peixoto, formadores e utentes que me receberam de forma tão atenciosa e simpática que me fará lá voltar. À Clínica Dourival, através da Dr.ª Fátima, que de forma tão diligente me conseguiu receber e contribuir com os testemunhos e boa vontade dos seus utentes. Ao Rui Koch pela simpatia, disponibilidade e colaboração, que espero poder vir a retribuir. Ao Paulo Magalhães e à equipa de Boccia e Dança Adaptada do Estrela e Vigorosa Sport (EVS), em especial aos atletas Emília, Fernando, Rui, Álvaro, Albino e Pedro, pela contribuição para o meu trabalho e pelos sorrisos que me faziam sentir sempre benvinda. À Etelvina Vieira pela amizade e carinho crescentes, e por me ter convidado a participar nos treinos de basquetebol adaptado da equipa da Associação Portuguesa de Deficientes (APD) do Porto, onde pude (e poderei) encontrar duas vezes por semana razões para rir, e o prazer de me sentir parte de uma família especial: Bina, Ana e Ricardo, Ricardo (“coach”), Gonçalo, Luís e António, Laurent, Rui, Ilídio, Nelson, Pedro, Ricardo, Jamba, Joel, Henrique e Tomás, Nelson e Filomena, Jorge e Vasco. Ao Jaime Sarró pelo apoio, companheirismo e conselhos. Aos meus colegas, em especial à Nina Costa, Pedro Costa, Mahmoud Hayati e Teresa Alaniz, que com tanta partilha e convivência dentro e fora do Design Studio foram um dos meus suportes técnicos e emocionais quando o cansaço e a frustração começavam a corromper-me. Ao Sr. Álvaro da MGNM pela simpatia e por se ter associado a um pequeno contributo para o Centro de Reabilitação da Areosa. À Laurinha que me mostra que a inércia é um estado mental e não uma condição de tetraplegia. Ao Hugo pelo que me ensinou e partilhou comigo nos últimos 12 anos. Por fim ao meu porto seguro, à minha família – aos meus pais, à minha irmã, à Mel e à Rokia.
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ABSTRACT
A door can be turned into an 'inaccessible access' to the built surrounding if it doesn’t meet the needs of those people with musculoskeletal impairment (MI) whenever assisted or not by a service dog. The service dog will materialize the concept of “extreme user” (Cassim 2010) and it’s intended to contribute to the specification of users’ needs. The goal of this study is to determine the dimensional and functional requirements of these two types of users – person with MI and service dog - to support the design of interior doors for public spaces. Accessibility standards should be based on three levels of knowledge: human functioning (personal component), norms and standards (environmental component), and an analysis juxtaposing the personal and environmental components. This paper aims to address these three levels. On personal component was chosen a mixed methodology through document analysis of studies on structural and functional anthropometry of the subjects concerned and by direct consultation of users with IM through a questionnaire. It was also carried out an ethnographic approach to promote a more engaging performance comprehension of the population with MI. In the environmental component a comparative study of Portuguese standard on accessibility and the standards of three other countries - Australia, Britain and the United States of America was carried out to understand how each of the accessibility standards proposes measures for the benefit of people with MI. The final juxtaposition of both components allows improvement proposals of the current accessibility standard, keeping up with the same demanding level, while for more inclusive levels recommendations to the standard are added. For the first level the modification of the measuring method is suggested for effective width, as well as the decrease of lower limit measurement for door operating devices and the maximum force for operation thereof. For higher demands, it is recommended the increment of clearance dimensions, the reduction of power requirements and the possibility of different forms of use and approach, among others. It was also concluded that Service Dog requirements for door design can benefit other users.
Keywords: accessibility, universal design, end user, service dog, people with musculoskeletal impairment, door, structural and functional anthropometry.
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ÍNDICE
Agradecimentos ...........................................................................................................vii
Resumo ........................................................................................................................iii Abstract ........................................................................................................................ v
Índice ...........................................................................................................................vii Lista de figuras ............................................................................................................ ix Lista de tabelas........................................................................................................... xiii
Lista de gráficos.......................................................................................................... xv Unidades de medida ................................................................................................... xv
Lista de acrónimos e siglas ........................................................................................ xvii Glossário ....................................................................................................................xix
1 Introdução ........................................................................................................................... 1 1.1 Definição do problema ...................................................................................... 1 1.2 Objetivos ........................................................................................................... 2
1.3 Metodologia....................................................................................................... 3 1.4 Estrutura da dissertação ................................................................................... 4
2 Contextualização................................................................................................................. 5 2.1 Antecedentes .................................................................................................... 5
2.1.1 Acessibilidade e design universal ............................................................ 5 2.1.2 Deficiência, acessibilidade e sustentabilidade ......................................... 6 2.1.3 A deficiência e a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) .... 7 2.2 Porta: acesso ou barreira? ................................................................................ 7
2.3 Utilizador extremo no processo de design universal .......................................... 9 2.4 Cão de serviço ................................................................................................ 10
3 Normas de acessibilidade: estudo comparativo entre Portugal, Austrália, Reino Unido e Estados Unidos da América ....................................................................................... 13
3.1 Zona livre de permanência e largura útil.......................................................... 14 3.2 Abordagem e zonas de manobra .................................................................... 16
3.3 Alcance ........................................................................................................... 18 3.4 Força ............................................................................................................... 19
3.5 Dispositivos mecânicos de fecho de portas (portas de batente) ...................... 20 3.6 Dispositivos de operação de portas................................................................. 21
Pegas fixas ......................................................................................................... 23 Puxadores de muleta .......................................................................................... 24 Fechos de rodar .................................................................................................. 25 3.7 Zonas envidraçadas em portas ....................................................................... 25 3.8 Síntese do estudo comparativo ....................................................................... 26
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Figura 12. Pega em forma de D (à esquerda) e maçaneta (à direita). ......................... 22
Figura 13. Alturas máximas e mínimas para os dispositivos para operação de portas (à esquerda) e para pegas fixas (à direita) segundo as quatro normas. .......................... 23
Figura 14. Espaço mínimo livre junto da pega fixa vertical da porta de correr (mm). Norma australiana (fonte: AS 1428.1 2009, figura 30 b) ............................................. 23
Figura 15. Parâmetros dimensionais para pegas e puxadores, segundo a norma
australiana (à esquerda, fonte: AS1248.1 2009, figura 35 (A) b) e a norma britânica (à direita, fonte: BS 8300: 2009, figura 15 b). .................................................................. 24
Figura 16. Exemplos recomendados de formas de puxadores de muleta apresentados pelas normas britânica (à esquerda, fonte: BS8300: 2009, figura 15 a) e australiana (à
direita, fonte: AS1428.1 2009, figura 15 (A) a). ........................................................... 24
Figura 17. Fecho de rodar: dimensão mínima do manípulo (esquerda) e valor máximo
do momento (direita). .................................................................................................. 25
Figura 18. Esquema das dimensões mínimas para superfícies envidraçadas em portas, segundo a norma britânica. (fonte: BS8300: 2009, figura 13) A zona sombreada
indica a altura mínima para um único painel, quando não é contemplada a interrupção de ≤ 350 mm. A norma americana apenas regulamenta a altura máxima do lado
inferior, já contemplado no esquema da BS8300. ....................................................... 25
Figura 19. Abertura completa da porta de correr: diferenças entre largura do vão e
largura útil. .................................................................................................................. 26
Figura 20. Limites de alcance frontal e lateral. A linha contínua define o limite máximo
de aproximação à porta da pessoa em cadeira de rodas e a linha tracejada define o alcance máximo da mão, à altura do ombro. Verifica-se que o alcance frontal sem
alteração postural não é exequível mas o lateral é. .................................................... 31
Figura 21. Distância ao ponto A (no plano sagital que contém a articulação do ombro), mais curta que ao ponto B (centrado). ........................................................................ 32
Figura 22. “Accommodation model” (fonte: Steinfeld et al. 2010. "Anthropometry of Wheeled Mobility Project - Final Report." In. Buffalo, New York: Center for Inclusive
Design and Environmental Accesss (IDeA Center). http://www.udeworld.com/anthropometrics (accessed abril 2012), p. 105): o modelo
gerado para a zona de abordagem que conjuga a abordagem frontal, laterais esquerda e direita, e o alcance bilateral do braço. ...................................................................... 32
Figura 23. Tipos de preensão: preensão de mão (a); pinça polegar-indicador (b); pinça
lateral (c)..................................................................................................................... 33
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Figura 24. Cão de serviço a fechar porta (fonte: eikootje on Flickr “Close the door”
http://www.flickr.com/photos/eikootje/2689302977/ (accessed junho 2012).) .............. 37
Figura 25. Variação da força necessária ao cão para abrir a porta em função da
direção em que a mesma é aplicada (fonte: Coppinger, R., L. Coppinger e E. Skillings.
Figura 26. Força normal à porta e orientação de força para abertura de porta – plano perpendicular ao plano da porta e tangencial ao chão. Quando o cão está alinhado
com a força normal, a força necessária é a menor possível (A e B: menor esforço; C: maior esforço). ............................................................................................................ 39
Figura 27. Postura do cão em função da força............................................................ 39
Figura 28. Estatura mínima (aprox. 540 mm altura da cernelha) do estalão do Retriever
de Labrador segundo Kennel Club UK e US. (mm) .................................................... 40
Figura 29. O cão de serviço e outros utilizadores: níveis baixos de alcance. .............. 61
Figura 30. Método proposto para medição de largura útil na porta de batente. ........... 63
Figura 31. Aplicando as condições das projeções sobre a zona útil de passagem aos dispositivos para operação de portas. ......................................................................... 63
Figura 32. Distância mínima dos dispositivos para operação de portas ao bordo livre da porta e espaço livre efetivo para operação de dispositivos para operação de portas
do lado contrário ao sentido de abertura da porta. ...................................................... 64
Figura 33. O aumento do valor mínimo da largura livre junto do trinco do lado do
sentido de abertura da porta, pode permitir a abordagem lateral (A) e facilitar o movimento de abertura da porta na abordagem frontal (B). ........................................ 65
Figura 34. Alcance: frontal (a e b) e lateral (c e d). Flexão do tronco (a e c). Postura neutra (b e d) .............................................................................................................. 67
Figura 35. Abordagens: frontais (a), laterais esquerdas (b), laterais direitas (c),
bilaterais (d) e exemplo de lateralidade (e). ................................................................ 68
Figura 36. Distância mínima dos dispositivos para operação de portas ao bordo livre
da porta e uso com uma mão fechada. ....................................................................... 70
Nota: Todas as figuras em que não é identificada a fonte das mesmas são de
elaboração própria.