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Uma abordagem detalhada sobre o abdome agudo, uma síndrome clínica caracterizada por dor abdominal súbita que requer tratamento clínico ou cirúrgico. Ele discute os principais aspectos da anamnese, exame físico e exames complementares necessários para o diagnóstico diferencial, bem como as principais síndromes de abdome agudo (inflamatório, perfurativo, obstrutivo, hemorrágico e vascular) e suas etiologias comuns. Além disso, o texto aborda o manejo inicial do paciente com abdome agudo no departamento de emergência, enfatizando a importância da estabilização clínica, reposição volêmica e analgesia. Uma referência valiosa para profissionais de saúde que atuam no atendimento de pacientes com dor abdominal aguda, fornecendo informações essenciais para um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.
Tipologia: Resumos
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Data
A história de um paciente com dor abdominal inclui determinar se a dor é aguda ou crônica e uma descrição detalhada da dor e sintomas associados, que devem ser interpretados com outros aspectos da história médica. Não há um período exato que classifique o diagnóstico diferencial infalivelmente se a dor é crônica ou aguda, a dor de menos de alguns dias de duração que piorou progressivamente até o momento da apresentação é clasicamente "aguda" e a dor que permanece inalterada por meses ou anos pode ser classificada com segurança como crônica.
Na investigação clínica devemos explorar o decálogo da dor:
L localização;
I intesidade;
I irradia;
D duração;
E evolução;
R relação com função orgânica;
A agravantes;
M manifestações concomitantes (sintomas associados);
C caráter;
A atenuantes.
October 9, 2024
A expressão abdome agudo refere-se a sinais e sintomas de dor e sensibilidade abdominal, uma manifestação clínica que, em geral, requer terapia cirúrgica de emergência.
É uma síndrome clínica caracterizada por dor abdominal súbita que requer tratamento clínico ou cirúrgico.
30% dos casos não conseguiremos realizar o diagnóstico.
A maioria dos diagnósticos são realizados com exame físico.
Sempre sindrômico.
Nocicepção visceral:
Envolve alongamento e distensão dos órgãos abdominais. Fibras c lentas e é uma dor mal definida, mal localizada.
É muito comum vir acompanhada de resposta vaga (bradicardia, náusea, hipotensão, sudorese).
A dor visceral próximo ao ligamento de Treitz (esôfago, estômago e duodeno proximal) é percebida no epigástrio.
A dor visceral entre o ligamento de Treitz e a flexura hepática (duodeno distal, jejuno, íleo e ceco) é percebida na região periumbilical.
A dor em órgãos distantes da flexura hepática (cólon transverso até o reto) é percebida na região suprapúbica.
aumenta a intensidade fala a respeito de apendicite aguda, diverticulite, obstrução distal do delgado e cólon.
Característica e duração: Quando dor aguda e constante, indica víscera perfurada. Quando dor vaga e de localização profunda que se torna em cólica, indica obstrução de delgado. Surda e constante, fala a favor de infarto intestinal. Intensa, grave com o paciente agitado, fala a favor de obstrução ureteral. Paciente inquieto fala a favor de peritonite.
Irradiação: Se irradia para ombro e escápula direita, fala a favor de colecistite aguda. Se irradia para dorso, pancreatite. Se irradia para a região inguinal ou perineal, nefrolitíase.
Agravantes/ atenuantes: Se melhora com alimentação, fala a favor de úlcera duodenal, porém se piora com alimentação, deve-se pensar em úlcera gástrica, colelitíase, câncer de estômago e isquemia mesentérica crônica. Se piora com movimentação, irritação peritoneal.
Manifestações concomitantes: Os vômitos, por exemplo, podem ser consequencia da dor ou devido à própria doença abdominal. Se dor precede vômito, o vômito é consequência da dor, sendo maior a chance de cirurgia nesses pacientes. Se vômito precede a dor, indica doenças clínicas, como gastroenterite. Quando obstrução proximal do delgado, há muitos vômitos e pouca distensão abdominal. Se vômitos claros, indica obstrução da ampola de Vater. Se vômitos biliosos, obstrução depois da ampola de Vater. A obstrução de cólon tem vômitos raros.
A maioria dos pacientes com abdome agudo tem inapetência.
O funcionamento intestinal é alterado. Diarreia aquosa com dor fala a favor de gastroenterite. Historia previa de diarreias fala a favor de doença intestinal inflamatória. Ausência de eliminação de fezes e/ ou gases fala a favor de obstipação intestinal.
Dor abd+ icterícia = doenças hepatobiliares;
Dor abd + hematúria = doenças urológicas;
Dor abd + amenorreia = gravidez ectópica.
O paciente pode cursar com 2 síndromes ao mesmo tempo.
Inflamatório:
É causada por processo inflamatório e/ou infeccioso em cavidade abdominal, órgãos ou estruturas adjacentes. Costuma cursar com manifestações de peritonite e alterações de ritmo intestinal. Caracteriza-se por dor de início insidioso e intensidade progressiva. Pode ser causado por um processo agudo ou pela agudização de uma doença crônica.
A apendicite é a causa mais comum de abdome agudo cirúrgico no mundo
O diagnóstico de um abdome agudo inflamatório pode ser inferido através de anamnese e exame físico – exames de imagem e laboratório são uteis para estabelecer o diagnóstico etiológico.
Perfurativo:
Caracteriza-se por dor de início súbito e intenso, difusa em todo abdome, agravada com movimentação e irritação peritoneal por derrame de conteúdo de vísceras ocas no peritônio.
A evolução natural da síndrome se dá por inflamação química inicial com posterior invasão bacteriana, agravando o quadro.
Etiologias comuns: úlcera gastroduodenal, diverticulite, corpos estranhos e neoplasia.
Obstrutivo:
Síndrome caracterizada por sinais e sintomas de obstrução em TGI, como náuseas, vômitos, distensão abdominal, parada de eliminação de flatos e fezes. Tem caráter evolutivo e a dor costuma ser em cólica, geralmente periumbilical. Pode apresentar causa mecânica, por obliteração parcial ou total do lúmen, ou funcional. Etiologias comuns: corpo estranho, bridas, hérnias, neoplasias, bolo de áscaris.
Pacientes com alto risco para desenvolvimento de abdome agudo:
Gestantes, obesos, idosos, paciente com leucocitúria discreta, imunodeprimidos, diagnóstico presuntivo de gastroenterocolite, idade 45a, refrateriedade ao tratamento incial.
Para diagnóstico, diversos exames laboratoriais podem ser solicitados, bem como de imagem.
Inflamatorio → rx, usg, tc, videolaparoscopia;
Perfurativo → rx, tc;
Obstrutivo → rx, tc;
Vascular → rx, angiotc, videolaparoscopia;
Hemorrágico → usg, tc, videolaparoscopia.
O tratamento é dependente da etiologia da dor abdominal. Deve-se verificar sinais vitais e estabilidade clínica com monitorização para pacientes com condições potencialmente instáveis.
É importante fazer dois acessos calibrosos, com coleta de exames e tipagem sanguínea, em caso de dor abdominal severa, além da reposição de fluidos. O objetivo do manejo do abdome agudo, principalmente no departamento de emergência, é descartar patologias com risco maior para o paciente como o abdome agudo cirúrgico.
Os pacientes podem receber medicações sintomáticas como analgésicos e antiespasmódicos como a combinação de dipirona e hioscina. Mas em casos de dor incontrolável, pode ser usada morfina, 0,05 mg/kg a cada 20 minutos até controle da dor (cuidado com pacientes com náuseas e vômitos, pois o medicamento pode piorar esses sintomas podem piorar). Em pacientes com quadros de litíase urinária, podemos usar anti-inflamatórios.
Rx em série para abd. agudo:
RxTx, RxAbd em pé e RxAbd deitado.
As estruturas que quero ver devem ficar mais próximas ao filme/ sensor.
D A letra “Dˮ se refere a dispositivos. Vamos procurar por dispositivos abdominais que não são da natureza e alguém colocou alí. Pode ser uma sonda, dreno, cateter, clipes ou fios cirúrgicos, DIU.
E A letra “Eˮ se refere ao esqueleto e esquecidos. Devemos reparar na estrutura esquelética, fraturas, localização e esquecidos como bases pulmonares, ângulo costofrênico etc.