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A VIDA NAS GRANDES FAZENDAS DE CAFÉ NO SEGUNDO IMPÉRIO do autor MAURO, Frèdèric.
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Carlos Jordan Lapa Alves Jordan.marquiory@hotmail.com Graduando em História Centro Universitário São Camilo – ES
MAURO, Frèdèric. O Brasil no tempo de D. Pedro II. São Paulo: Cia das Letras,
A economia brasileira durante o Segundo Império ainda conservava muitas características da economia colonial a presença dos latifúndios, o trabalho escravo e uma economia voltada para o mercado externo. Este é o cenário do livro: O Brasil no tempo de Dom Pedro II do historiador Frèdèric Mauro este foi professor da Universidade de Paris X, ex-aluno do historiador Fernand Braudel, entre suas obras estão “Étude Économique” e “Nova História, Novo Mundo”.
O autor faz uma analise do Segundo Império através da vida cotidiana das fazendas de café e de seus personagens abordando em alguns casos as questões sociais e as mazelas criadas pelo deslocamento do centro econômico para o Rio de Janeiro, assim tentando recriar o Rio do século XIX
A obra é estrutura em subtítulos onde o autor vem descrevendo cada aspecto que compunha a sociedade estudada. São abordados personagens importantes escravos, grandes latifundiários, padres, doutores, feiticeiros, feitores e outros. Cada qual com sua relevância. É notório ao decorrer da leitura uma dualidade entre perca e ganho, cristianismo e feitiçaria, pobreza e riqueza. Ora o fazendeiro cuida bem do escravo, pois este é uma mercadoria de grande valor, ora ele explora, dispõem uma má alimentação, podendo levar a perda deste. Ora ele invoca a proteção dos santos católicos, ora ele recorrer
a feitiçaria. O antagonismo vivenciado nesta sociedade ganha seu auge quando o autor descreve:
“Em geral, a honra cabe a santo Antônio, o santo mais venerado do Brasil. Também é ele quem protege as plantações contra os raios e até mesmo os porqueiros contra as perdas, os roubos e as doenças dos seus animais. Quando santo Antônio é notoriamente incapaz, as pessoas se dirigem ao feiticeiro, geral um negro alforriado ou um índio semi-selvagem, semicivilizado.” (MAURO, 1991, p. 70-71). O objetivo do autor é descrever de modo preciso um período de transformação econômica vivenciada pela elite agraria e sentida pelas classes baixas da sociedade, descrevendo os perigos que ambas estavam correndo em meio a animais perigosos, inseto, cobras venosas e os índios puris. Para alcançar este objetivo utiliza-se de depoimentos ricos em detalhes, dados numéricos e cartas trocadas por personagens da época.
Em uma analise profunda é sentida a falta de uma argumentação precisa que identifique a importância dos cafeicultores para Dom Pedro II e sua politica. Como exclama Valverde:
No início os fazendeiros eram homens rudes e chucros. Contudo, como passar do tempo, a maioria dos fazendeiros se educou, e já no final do Império orgulhavam-se de seu senso estético e requinte. No vale do Paraíba, formou-se uma nova classe, os “Barões do Café”, constituindo-se em uma nobreza rural, que influenciava decisivamente na vida econômica, política e até cultural do Império, o que pode ser ilustrado ao considerarmos que “dentre os quase mil títulos nobiliárquicos concedidos pelos imperadores, cêrca de um terço foi constituído por cafèzistas, comissários e banqueiros ligados ao café” (VALVERDE, 1967, p.52). Contudo, a obra é coerente com o período histórico, contribui e fomenta uma história não somente da elite agraria, mas também dos braços que ergueram e movimentaram o país durante a economia cafeeira. As apresentações de depoimentos deixam o texto atraente levando o leitor a sentir e imaginar o que o personagem vivenciava. Convém frisar que, a fácil