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A TÉCNICA DE CONDICIONAMENTO OPERANTE DENTRO ..., Slides de Psicologia

Em um deles, por exemplo, o animal, para ser reforçado, deveria emitir uma certa quantidade de comportamentos. Em outro, era exigido um determinado intervalo ...

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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UFPB–PRG________________ __________________ _______________________ ____XENCONTRO DEINICIAÇÃOÀD OCÊNCIA
ATÉCNICADECONDICIONAMENTOOPERANTEDENTRODOLABORATÓRIO
KatiusciadeAzevedoBarbosa(1)
;EllenDiasNicáciodaCruz(1)
;JandilsonAvelinodaSilva
(2)
;
ThyalaMariaAlexandreLourenço(2)
;NatanaelAntoniodosSantos(3)
.
CentrodeCiênciasHumanas,LetraseArtes/DepartamentodePsicologia/MONITORIA
RESUMO
Aaprendizagemcorrespondeaoprocessodemodificaçãodecomportamentodoindivíduoa
partir das interações que estabelece com o me io ambiente. Ela é estudada por diversas
perspectivas teóricas, dentre as quais se destaca o Behaviorismo. Tal abordagem teve
como principal propulsor Frederik Skinner, que procurou e xplicar, a partir das atividades
observáveis, de que maneira os animais e as pessoas modificam e aprendem
comportamentos. Os princípios do behaviorismo alicerçaram a análise experimental do
comportamento, sendo a base para um dos tipos de aprendiza gem associativa, p.ex. o
condicionamento operante, que anuncia que o suj eito “opera” sobre o meio, de modo a
gerarconseqüências.Respaldadopelaspropostas da Psicologia Experimental, o presente
estudo pretendeu investigar acerca do condicionamento operante, tipo básico de
aprendizadoque envolvea associaçãoentreestímuloserespostas.Paratanto,através de
experimentoslaboratoriais, realizouseo condicionamentoda resposta depressãoàbarra
em um rato albino privado de água (privação média de 24 horas). No decorrer dos
exercícios, verificouse a taxa da resposta de pressão a barra (com portamento) após a
liberação da água (reforço). Tal resposta foi modelada e, em seguida, submetida aos
procedimentosde reforçamento contínuo (CRF), níveldesaciaçãoeextinção.A partir de
então, utilizaramse os esquemas de ref orçamento intermitente, nos quais o animal era
reforçado a cada intervalo ou razão prédeterminados. Realizaramse as sessões de
intervalo e razão tanto fixos quanto variáveis, na expectativa de se observar como o
comportamento varia em função dos esquemas de reforçamento. Por fim, efetuouse o
procedimentodaextinção, no qual sepôde observar o efeito doreforçamentointermitente
na taxa de resposta, comparando seus resultados obtidos na extinção após CRF. Os
resultados apontam que os experimentos atingiram obj etivosespe radose c orroboram as
proposiçõesfeitaspelaliteraturadocondicionamentooperante.
PALAV RASCHAVES:Aprendizagem;comportamento;Behaviorismo;condicionamento
operante.
INTRODUÇÃO
Umdostemasmais estudadosem Psicologiaéa aprendizagem, principalmentepelo
fatodamaiorpartedocomportamentohumanoseraprendido.Alémdisso,sabeseatualmente
quetodas asformasorganizadas devidaanimal aprendem,oque garanteoaperfeiçoamento
dasexperiênciaseoprogressodaespécie(Braghirolli,Bisi,Rizzon&Nicoletto,2002).
AindaconformeBraghirolli
et al.
(2002),aaprendizagemémuito complexaparaseter
umadefiniçãoprecisaeabrangente,fazsenecessárioreferirseàssuasconseqüências sobre
a conduta para então caracterizála. Assim, a aprendizagem pode ser considerada como
“qualquermudançarelativamentepermanentenocomportamento,equeresultadeexperiência
ouprática”(Morgan,1977,citadoporBraghirolli
etal.
,2002,p.120).
Um tipo muito comum de aprendizagem é o condicionamento.Ele éresponsávelpor
muitos comportamentos e ocorre em grande parte sem que o sujeito esteja consciente do
processo(Braghirolli
etal.
,2002).
Existem dois tipos de condicionamento: o clássico e o operante. Eles envolvem a
elaboraçãodeassociações,possibilitandooaprendizadodequecertoseventosocorremjuntos
(Atkinson,Atkinson,Smith,Bem&NolenHoeksema,2002).
No condicionamento clássico (ou respondente), as respostas estão relacionadas
principalmenteàfisiologiainternadoorganismoenãoafetaoambienteexternodiretamente.É
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associa a um estímulo incondicionado através da repetida, eliciando uma resposta reflexa
(Atkinson
etal
,p.258,2002).
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(1)Moni tor (a)Bo lsi sta;(2) Monito r(a)Vo lun tári o(a);
(3)Pro fess or( a)Orien tad or(a)/ Coor denador(a).
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A TÉCNICA DE CONDICIONAMENTO OPERANTE DENTRO DO LABORATÓRIO

Katiuscia de Azevedo Barbosa (1)^ ; Ellen Dias Nicácio da Cruz (1); Jandilson Avelino da Silva(2)^ ; Thyala Maria Alexandre Lourenço (2); Natanael Antonio dos Santos (3)^. Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes/Departamento de Psicologia/MONITORIA

RESUMO

A aprendizagem corresponde ao processo de modificação de comportamento do indivíduo a partir das interações que estabelece com o meio ambiente. Ela é estudada por diversas perspectivas teóricas, dentre as quais se destaca o Behaviorismo. Tal abordagem teve como principal propulsor Frederik Skinner, que procurou explicar, a partir das atividades observáveis, de que maneira os animais e as pessoas modificam e aprendem comportamentos. Os princípios do behaviorismo alicerçaram a análise experimental do comportamento, sendo a base para um dos tipos de aprendizagem associativa, p.ex. o condicionamento operante, que anuncia que o sujeito “opera” sobre o meio, de modo a gerar conseqüências. Respaldado pelas propostas da Psicologia Experimental, o presente estudo pretendeu investigar acerca do condicionamento operante, tipo básico de aprendizado que envolve a associação entre estímulos e respostas. Para tanto, através de experimentos laboratoriais, realizous e o condicionamento da resposta de pressão à barra em um rato albino privado de água (privação média de 24 horas). No decorrer dos exercícios, verificous e a taxa da resposta de pressão a barra (comportamento) após a liberação da água (reforço). Tal resposta foi modelada e, em seguida, submetida aos procedimentos de reforçamento contínuo (CRF), nível de saciação e extinção. A partir de então, utilizarams e os esquemas de reforçamento intermitente, nos quais o animal era reforçado a cada intervalo ou razão préd eterminados. Realizarams e as sessões de intervalo e razão tanto fixos quanto variáveis, na expectativa de se observar como o comportamento varia em função dos esquemas de reforçamento. Por fim, efetuous e o procedimento da extinção, no qual se pôde observar o efeito do reforçamento intermitente na taxa de resposta, comparando seus resultados obtidos na extinção após CRF. Os resultados apontam que os experimentos atingiram objetivos esperados e corroboram as proposições feitas pela literatura do condicionamento operante.

PALAVRAS CHAVES: Aprendizagem; comportamento; Behaviorismo; condicionamento operante.

INTRODUÇÃO Um dos temas mais estudados em Psicologia é a aprendizagem, principalmente pelo fato da maior parte do comportamento humano ser aprendido. Além disso, sabe se atualmente que todas as formas organizadas de vida animal aprendem, o que garante o aperfeiçoamento das experiências e o progresso da espécie (Braghirolli, Bisi, Rizzon & Nicoletto, 2002).

Ainda conforme Braghirolliet al. (2002), a aprendizagem é muito complexa para se ter

uma definição precisa e abrangente, fazs e necessário referirs e às suas conseqüências sobre a conduta para então caracterizá la. Assim, a aprendizagem pode ser considerada como “qualquer mudança relativamente permanente no comportamento, e que resulta de experiência

ou prática” (Morgan, 1977, citado por Braghirolliet al., 2002, p. 120).

Um tipo muito comum de aprendizagem é o condicionamento. Ele é responsável por muitos comportamentos e ocorre em grande parte sem que o sujeito esteja consciente do

processo (Braghirolliet al., 2002).

Existem dois tipos de condicionamento: o clássico e o operante. Eles envolvem a elaboração de associações, possibilitando o aprendizado de que certos eventos ocorrem juntos (Atkinson, Atkinson, Smith, Bem & Nolen Hoeksema, 2002). No condicionamento clássico (ou respondente), as respostas estão relacionadas principalmente à fisiologia interna do organismo e não afeta o ambiente externo diretamente. É um processo de aprendizagem em que um estímulo neutro (que não tem nenhuma função) se associa a um estímulo incondicionado através da repetida, eliciando uma resposta reflexa

(Atkinsonet al, p. 258, 2002).

No entanto, a maior parte do comportamento humano produz efeito no mundo exterior e suas conseqüências podem influenciar o organismo, possibilitando alterar sua freqüência de

4CCHLADPMT



(1) (^) Monit or(a) Bolsista; (2) (^) Monitor(a) Voluntário(a); (3) (^) Professor(a) Orientador(a)/Coordenador(a).

emissão (Skinner, 1974). Quando o organismo comportas e visando produzir certas mudanças em seu ambiente, denominas e tal processo de condicionamento operante. Assim, nesse tipo de condicionamento, o sujeito “opera” sobre o meio, de modo a gerar conseqüências

(Braghirolliet al., 2002).

Um dos primeiros estudos referentes ao condicionamento operante foi feito por Thorndike, em 1898. Esse estudo introduziu o método experimental na investigação do comportamento animal na resolução de problemas. Tentava também explicar tais comportamentos em termos de associações entre estímulo e resposta, e as mudanças ocasionadas pelas conseqüências do comportamento (Keller & Schoenfeld, 1973). Em seus experimentos, Thorndike usou alguns animais (preferencialmente gatos) como sujeitos, e diferentes aparelhos, cada um com um problema diferente a ser solucionado

(Braghirolliet al., 2002).

No procedimento, um gato faminto era colocado em uma gaiola e do lado de fora ficava o alimento, de forma que o gato pudesse vêl o. Assim, o animal tentava de várias formas sair da gaiola para conseguir o alimento, utilizando diversos “ensaios”. Ocasionalmente ele tocava na tranca que abria a gaiola e alcançava o alimento. Tal experimento era repetido durante vários dias e, ao longo desse tempo, o gato pouco a pouco eliminava os “erros” para sair da gaiola. A cada tentativa, o tempo e os ensaios que não davam resultado foram diminuindo, até que nenhum erro era mais cometido e o gato

saía da gaiola após emitir uma única resposta: a de abrir a tranca (Braghirolliet al., 2002).

De acordo com Thorndike, ao solucionar um determinado problema, o animal experimenta um prazer, que serve para determinar a conexão entre estímulo – resposta que leva a sensações agradáveis. Por outro lado, quando essas conexões levam a uma conseqüência desagradável, tendem a desaparecer. Essa foi a primeira aproximação a um princípio básico de comportamento (Keller & Schoenfeld, 1973). Thorndike determinou “Lei do Efeito” ao fato de que o comportamento é alterado pelas suas conseqüências (Keller & Schoenfeld, 1973). “Esta primeira tentativa de demonstrar um processo quantitativo no comportamento, semelhante aos processos da física e da biologia, foi proclamada como um avanço importante” (Skinner, 1974, p. 41). Thorndike formulou ainda a lei do exercício, onde afirma que a conexão entre estímulos e respostas é fortalecida pela repetição. Propõe também que muitos comportamentos de solução de problemas da vida diária ocorrem por ensaio e erro, com êxito acidental (Braghirolli

et al., 2002).

Contudo, Skinner (1974) afirma que ao usar a aprendizagem por ensaio e erro associada à Lei do Efeito, faz se interpretação inadequada ao que está sendo observado; isso porque se chama “ensaio” aos movimentos desejados pelo experimentador e “erro” a todos que não o são. Skinner foi responsável por várias outras mudanças no modo como os pesquisadores estudam o condicionamento operante. Ele também se dedicou a estudar esse tipo de condicionamento, pois reconheceu que a maior parte do comportamento humano é operante. Seu método é mais simples do que o de Thorndike e tem sido bastante aceito

(Atkinsonet al, 2002). Visava provar que a emissão de operantes podia ser controlada,

determinando as variáveis que influenciavam a freqüência dessa emissão (Braghirolliet al.,

Os estudos de Skinner foram feitos com animais, preferencialmente ratos e pombos, em um aparelho adequado, denominado “caixa de Skinner”. Essa caixa, à prova de som, possui uma alavanca em uma das paredes e, abaixo, um recipiente que recebe porções de alimento cada vez que a alavanca é pressionada. Um pombo em privação de alimento é colocado na caixa e começa a se movimentar para todos os lados, bicando o chão e as paredes e, ocasionalmente, a alavanca. Assim,

imediatamente aparece o alimento, que será rapidamente comido pelo pombo (Braghirolliet al.,

Posteriormente, haverá um aumento na freqüência do comportamento de bicar a alavanca devido ao alimento liberado. Ao grão de alimento, Skinner denominou “reforço”. Ele define que “reforço é qualquer estímulo cuja apresentação ou afastamento aumenta a

probabilidade de uma resposta” (Braghirolli et al., 2002, p. 125). Tornar seá um reforço

somente se for adequadamente associado à resposta (Whaley & Malott, 1980). Skinner afirma, a esse respeito, que “alguns reforços consistem na apresentação de estímulos, no acréscimo de alguma coisa à situação” (Skinner, 1974, p. 49). Ele cita como

O esquema de intervalo fixo envolve o procedimento em que se determina o tempo entre o reforçamento e a chegada da próxima contingência. Nenhuma resposta pode ser reforçada até que o intervalo fixo tenha passado (Millenson, 1967). Skinner (1974) propõe, a esse respeito, que “como as respostas nunca são reforçadas logo após o último reforço, (...) a freqüência de resposta é baixa por um período depois de cada reforço” (p. 65). Porém, quando se aproxima o momento do próximo reforçador programado, aumentas e consideravelmente a incidência do comportamento. Nesse tipo de esquema de intervalo, a taxa total de respostas é moderada (Davidoff, 2001). Já o esquema de intervalo variável torna disponível o reforço em intervalos variáveis de tempo (Deese & Hulse, 1975). “No lugar de reforçar uma resposta cada cinco minutos, por

exemplo, reforçamos cada cinco minutosem média, de modo que o intervalo interveniente

pode variar de, no mínimo poucos segundos a, por exemplo, dez minutos” (Skinner, 1974, p. 65). Skinner (1974) enfatiza que esse tipo de intervalo elimina a baixa probabilidade de resposta após cada reforço, como ocorreria no esquema de intervalo fixo, visto que o organismo continua a responder por todo o tempo. O desempenho do animal submetido ao esquema de intervalo variável é uniforme e estável. Além dos esquemas de intervalo, há ainda os de razão, em que “o reforçamento

depende do número de respostas dadas pelo organismo” (Atkinsonet al., 2002, p. 270).

Geralmente esse tipo de esquema é praticado no interior das fábricas, em que os

trabalhadores recebem de acordo com sua produção (Atkinsonet al., 2002).

Há dois tipos de esquemas de razão; ela pode ser fixa ou variável (Braghirolliet al.,

2002). No reforçamento de razão fixa, a liberação do reforço depende da ocorrência de um número fixo de respostas (Deese & Hulse, 1975). O reforço nesse tipo de esquema produz uma incidência elevada de respostas, ainda que a razão não seja alta (Skinner, 1974). Em concordância à afirmação de Skinner, Davidoff (2001) diz que “a taxa geral de respostas dos animais é relativamente alta sob esquemas de razão fixa. Quanto mais rápido respondem, mais reforçadores obtém”. A autora ainda acrescenta que os animais, antes de retornarem ao trabalho, costumam realizar uma pausa para descanso depois de ter sido liberado o reforçador. Por outro lado, o esquema de razão variável determina que o reforçador deve ser apresentado depois de um número variável de respostas corretas. Dessa forma, “o número de comportamentos requeridos para a obtenção do reforçador muda aleatoriamente, porém tem um valor específico como média” (Davidoff, 2001, p. 117). Em torno de um valor médio, pode se variar as razões dentro de uma amplitude considerável (Skinner, 1974). Skinner (1974) também enfatiza que o animal se ajusta mantendo uma freqüência constante de respostas devido à probabilidade de chegar ao reforço a qualquer momento. Por isso, esse esquema de reforço é mais eficaz do que um de razão fixa com um mesmo número médio de respostas. Respaldado pela literatura científica citada, o presente trabalho teve como objetivo a análise experimental do comportamento do rato albino, a partir das relações entre variáveis ambientais e comportamentais. Durante o estudo, algumas variáveis foram utilizadas para se obter o comportamento almejado: a contingência, no caso, a água, foi considerada a variável independente, que é a variável a ser manipulada pelo experimentador e independe das ações do animal. Já a resposta de pressão à barra é chamada de variável dependente, porque supõe depender da presença do reforçador (Davidoff, 2001). Baseado nos princípios do condicionamento operante realizous e a observação e análise do comportamento individual em ratos albinos, possibilitando o uso de procedimentos especiais que, pela ética, não são permitidos a seres humanos.

DESCRIÇÃO METODOLÓGICA

Os experimentos foram realizados com um rato albino ingênuo da espécieRattus

norvegicus, e linhagem Wistar, de três meses de idade e sexo masculino. O animal foi privado

de água em média de 24 horas. Cada vez que emitia uma resposta desejada, o sujeito experimental era reforçado com uma gota de água.

Em cada sessão experimental, o rato era colocado em uma caixa de Skinner,

comumente utilizada para este tipo de experimento (ver Figura 1). Para o registro das

respostas do animal, foram utilizadas folhas de registro recomendadas pelas autoras Gomide e Weber (2001), caneta esferográfica e cronômetro. Realizarams e as seguintes sessões experimentais: (i) Nível Operante, que tinha o objetivo de verificar a intensidade da resposta de pressão à barra, antes que a mesma fosse modificada pelo experimento; (ii) treino ao bebedouro que tinha o intuito de fazer com que o animal associasse o ruído do bebedouro (estímulo neutro) à apresentação da água (reforço); (iii) modelagem, que pretendia levar o sujeito à aquisição do comportamento de pressão à barra; (iv) Reforçamento contínuo, com a finalidade de fazer com que o animal recebesse automaticamente o reforço ao pressionar a barra, sem a necessidade da intervenção do experimentador; (v) Nível de saciação, para se verificar quanto tempo e quantas gotas de água eram necessárias para a saciação do sujeito experimental; (vi) extinção da resposta de pressão à barra; (vii) esquemas de reforçamentos intermintentes, que pretendiam fazer com que o animal adquirisse o desempenho característico de contingências temporais de reforçamento; e (viii) extinção após reforçamento intermitente.

RESULTADOS E DISCUSSÃO Com o procedimento de Nível Operante foi possível determinar a força do operante a ser condicionado (a resposta de pressão à barra RPB), antes do comportamento ser modificado pela inserção do reforço; verificous e aí uma freqüência muito baixa de tal operante (0,1 R/ min). Tal sessão permitiu também avaliar o efeito do reforço, ao se comparar a freqüência da resposta antes e depois do animal receber a contingência. Com o exercício de treino ao bebedouro, o animal pôde associar o ruído da alavanca com a apresentação da água, a qual adquiriu características de estímulo reforçador condicionado. Com isso, o rato privado de água passou a se dirigir ao bebedouro cada vez mais rapidamente, após a ocorrência do ruído. Como o sujeito associou o ruído do bebedouro à liberação da água, foi possível também alcançar o objetivo do procedimento de modelagem, através do qual o rato passou a pressionar a barra e obter água sem a intervenção do experimentador. Estando o animal condicionado a emitir o operante de pressão à barra para receber o reforço (água), o procedimento de reforçamento contínuo possibilitou um aumento significativo da freqüência dessa resposta quando comparada à freqüência da mesma em nível operante (a taxa de RPB aumentou de 0,1R/ min, no nível operante, para 7,43 R/min, no reforçamento contínuo). Verificous e também que os demais comportamentos foram emitidos numa freqüência menor (por exemplo, o comportamento de farejar, que obteve 2,43 R/ min no nível operante, apresentou no CRF a taxa de 1,77 R/ min); podes e então dizer que o reforço teve a eficácia esperada. Após o procedimento de reforçamento contínuo, o animal foi submetido à sessão de nível de saciação. O objetivo era verificar quanto tempo e quantas gotas de água seriam necessárias para saciação do sujeito experimental. Verificous e que, a partir de 20 minutos do início do procedimento, o animal diminuiu a freqüência no comportamento de pressionar a barra, até que, aos 35 minutos, ele deixou de emitir essa ação. Isso se deve ao fato de que a água deixou de funcionar temporariamente como estímulo reforçador positivo e que o sujeito atingiu a saciedade naquele momento (durante este procedimento o animal emitiu 8,58 R/ min). Após verificar o nível de saciação do animal, procedeus e o exercício de extinção da resposta de pressão à barra, no qual se verificou que, quando o reforço não era mais apresentado logo depois da resposta, a freqüência desta sofria declínio, até se aproximar à taxa obtida no nível operante (obteves e nesse exercício a taxa de 1,83 R/min); o animal, durante o procedimento de extinção, apresentava respostas emocionais diversas. Com os esquemas de reforçamento intermitente (intervalo fixo, razão fixa, razão variável e intervalo variável), nos quais nem todas as respostas eram reforçadas, foram produzidas taxas de respostas maiores do que em CRF. Isso pode ser demonstrado na Tabela 1:

Tabela 1: Apresentação das taxas médias de RPB obtidas nas sessões de intervalo fixo, razão fixa, razão variável, intervalo variável e CRF. CRF Intervalo Variável Intervalo Fixo Razão Fixa Razão Variável