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Este trabalho discute a igualdade de gênero, focada, especificamente, na representatividade feminina brasileira na Arquitetura e Urbanismo do século XXI. O objetivo é identificar a atuação feminina em cargos protagonistas do campo arquitetônico e urbanístico, buscando entender como o percurso profissional feminino tem se destacado nos últimos anos. A hipótese é de que ainda falta representatividade de mulheres em espaços de protagonismo da profissão.
Tipologia: Teses (TCC)
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Trabalho de Conclusão do Curso de Arquitetura e Urbanismo, da FAG, apresentado na modalidade Teórico- conceitual, como requisito parcial para a aprovação na disciplina: Trabalho de Curso: Defesa. Professora Orientadora: Prof.ª Arq.ª M.ª Sirlei Maria Oldoni CASCAVEL - PR 2020
Trabalho apresentado no Curso de Arquitetura e Urbanismo, do Centro Universitário Assis Gurgacz, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Professora Arquiteta Mestra Sirlei Maria Oldoni. BANCA EXAMINADORA __________________________ Professora Orientadora Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz Prof.ª Arq.ª M.ª Sirlei Maria Oldoni
Professora Avaliadora Universidade Tecnológica Federal do Paraná Profa. Dra. Silmara Dias Feiber Cascavel/PR, 02 de junho de 2020.
A todas as mulheres que tornaram possível meu caminho até aqui.
Este trabalho discute a igualdade de gênero, focada, especificamente, na representatividade feminina brasileira na Arquitetura e Urbanismo do século XXI. O objetivo é identificar a atuação feminina em cargos protagonistas do campo arquitetônico e urbanístico, buscando entender como o percurso profissional feminino tem se destacado nos últimos anos. A hipótese é de que ainda falta representatividade de mulheres em espaços de protagonismo da profissão. A base para esta pesquisa se fundamenta em estudo bibliográfico acerca do tema, assim como a análise de publicações em revistas de arquitetura para quantificar a produção arquitetônica feminina e, ainda, obter dados sobre cargos ocupados por mulheres no ramo profissional da arquitetura e do urbanismo. Palavras-chaves: Representatividade; Feminismo; Arquitetura; Urbanismo.
SINDARQ-AM – Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Amazonas SINDARQ-ES – Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Espírito Santo SINDARQ-MA – Sindicato dos Arquitetos do Maranhão SINDARQ-MT – Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Estado de Mato Grosso SINDARQ-MS – Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Mato Grosso do Sul SINDARQ-PA – Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Pará SINDARQ-PB – Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado da Paraíba SINDARQ-PR – Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Paraná SINDARQ-PI – Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Piauí SINARQ-RN – Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas no Estado do Rio Grande do SINDARQ RO – Sindicato dos Arquitetos e Urbanistas do Estado de Rondônia TFT – Taxa de Fecundidade Total UIA – União Internacional dos Arquitetos UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura USP – Universidade de São Paulo
A presente pesquisa está relacionada à disciplina de Trabalho de Curso, do Curso de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário da Fundação Assis Gurgacz – TC CAUFAG – , na linha de pesquisa Arquitetura e Urbanismo, sendo parte do grupo de pesquisa Estudos e Discussões Sobre a Arquitetura a Urbanismo (GUEDAU). O objetivo desse grupo é fomentar discussões teóricas no campo arquitetônico (CAUFAG, 2019). Partindo da constatação de que, atualmente, o mercado de trabalho na área da arquitetura e de urbanismo é predominantemente feminino^1 (SICCAU, 2019), esta pesquisa se insere na discussão sobre a igualdade de gênero na área da Arquitetura e do Urbanismo. O tema enfatiza a representatividade feminina brasileira na arquitetura e urbanismo do século XXI. No Brasil, a questão é abordada de maneira interdisciplinar, e estudos relacionados à relação da mulher e ao campo arquitetônico e urbanístico ainda são escassos (ARAÚJO, 2006, p. 18). As tendências sociais, morais, sentimentais e intelectuais representam o momento da história em que a arquitetura é feita (ZEVI, 1996, p. 53 ). Sendo um campo abrangente e ligado à arte e à técnica, a arquitetura é, em sua essência, social, e a discussão de gênero está presente em todas as estruturas sociais (FONTES, 2016, p. 25 ). Agrest (1965, p. 585) ressalta que o alicerce do pensamento arquitetônico no ocidente se fundamentou em uma arquitetura genérica, que neutralizou o sexo e criou o sujeito “universal”. Não obstante, a história e a linguagem utilizadas se revelaram como um mecanismo para invisibilizar a mulher, haja vista que a figura, a proporção e a escrita masculina acabaram por consolidar o homem como protagonista. Quando se trata da história feminina da arquitetura, algumas pesquisas indicam que as mulheres sofrem deslegitimação, de maneira que os trabalhos relacionados às mulheres fossem feitos apenas para elas, como um anexo à história “original” da arquitetura (FONTES, 2016, p. 104). Beauvoir (1970, p.21) revela que discussões feministas prezam pela igualdade completa dos sexos, e a feminilidade não se torna um obstáculo – problema que para uma mulher parece essencial, mas, para muitos homens, insignificante. (^1) De acordo com a pesquisa apresentada pelo Sistema de Informação e Comunicação do CAU (SICCAU, 2019) em março de 2019, atualmente, 63,10% dos arquitetos e urbanistas ativos e registrados no Brasil são mulheres, enquanto 36,90% são homens. O total de profissionais brasileiros é 167.060, sendo 105.420 mulheres e 61. homens.
Adichie (2014, p. 60) relata que a conotação negativa relacionada à questão de gênero e principalmente ao termo “feminismo” se dá principalmente pela falta de reflexão dos homens acerca do tema, visto que não experienciam o mundo da mesma maneira que as mulheres e estão habituados a dominar, assim, presumem a inexistência das problemáticas relacionadas ao tema. Como definem Montaner e Muxí (2014, p. 18), a diversidade é um conceito novo, complexo e abrangente, que engloba diferentes crenças, escolhas e culturas. Por isso, essa pesquisa parte da igualdade entre homens e mulheres, negando a hierarquização dos gêneros e a submissão entre eles. Apesar da discussão de gênero ser complexa e geralmente causar desconforto, como aponta Antunes (2012, p. 10), a atual pesquisa se justifica, primeiramente, em defender a profissão arquitetônica como plural e igualitária em oportunidades para homens e mulheres, fundamentando-se no compromisso social de apoio a uma arquitetura mais inclusiva e homogênea, além de colaborar para a criação de uma sociedade mais ética e tolerante. A segregação política e social privilegiou o homem ao longo da história, ocultando as mulheres e, consequentemente, a sua produção (LOURO, 1997). Por isso, este estudo procura contribuir com a produção acadêmica na área da Arquitetura e Urbanismo, buscando trazer reconhecimento para discussão de gênero e a invisibilidade feminina. O prejuízo histórico causado pela ofuscação da produção arquitetônica das mulheres é, em partes, irreparável; porém, por meio desta investigação, espera-se que o trabalho atual delas receba a atenção e a credibilidade merecidas. Ademais, pretende-se motivar profissionais da área a refletirem sobre as diferentes realidades que existem no campo, na diversidade de indivíduos que compõem o universo da arquitetura e do urbanismo e como cada um desses é capaz de produzir uma arquitetura de qualidade independente do seu gênero, sendo merecedores de reconhecimento por conceberem e construírem um novo mundo, de maneira igualitária. Montaner e Muxí (2014, p. 198) relatam que as mulheres foram silenciadas e afastadas do protagonismo na história. Apesar de serem atuantes em todo o percurso da civilização ocidental, a ocultação feminina ainda é um problema na atualidade. Desse modo, esta pesquisa parte do seguinte questionamento: A representatividade feminina brasileira cresceu com o aumento do número de mulheres atuando na área da arquitetura e do urbanismo no século XXI?
Para atingir aos objetivos propostos, este texto está dividido em quatro capítulos. Para introduzir o tema, o primeiro capítulo versará primeiramente sobre os quatro pilares da formação do arquiteto e urbanista e também fundamentará como se deu a inserção feminina no mercado de trabalho em um contexto geral, buscando entender os obstáculos enfrentados pelas mulheres e de que modo atingiram as suas conquistas. Além disso, o capítulo apresentará os principais atores idealizadores da arquitetura, desde a sua gênese, e como as mulheres se enquadraram dentro da profissão. O segundo capítulo trata sobre a apresentação de correlatos de autores que se fundamentaram em revistas para elaborar suas pesquisas. Esses correlatos têm o propósito de guiar este estudo, com base em pesquisadores que realizaram trabalhos relevantes no meio acadêmico e que têm metodologias aproximadas. Assim, podem auxiliar quanto à delimitação dos critérios a serem utilizados e esclarecer ao leitor sobre como o estudo proposto por esta pesquisa foi realizado. O terceiro capítulo é o responsável por introduzir os itens a serem analisados na próxima etapa da pesquisa. São apresentados: os objetos de estudo, sendo duas revistas responsáveis por divulgar, noticiar e transmitir o conhecimento arquitetônico para profissionais e a sociedade em geral; as instituições brasileiras que representam e coordenam o campo profissional da arquitetura no país; e por fim, as premiações mais prestigiadas da arquitetura e do urbanismo que acontecem no Brasil. O quarto capítulo, em sua primeira parte, apresenta a metodologia utilizada na pesquisa para análise dos dados dos objetos de estudo e apresentação dos mesmos através de quadros. Então, o capítulo mostra os resultados obtidos, sintetizando as informações coletadas. Os resultados são organizados através de gráficos para facilitar a compreensão dos mesmos. Por fim, a pesquisa apresenta as considerações finais, para enfim, responder à questão principal que a guiou durante toda a sua elaboração.
Este capítulo apresenta as aproximações do tema central da pesquisa com os fundamentos arquitetônicos, também designados como os quatro pilares da arquitetura, revelando a conexão entre história e teorias da arquitetura, projetos, tecnologias e planejamento urbano com o conteúdo do trabalho. Essa relação demonstra a relevância de referências na formação acadêmica de arquitetura e urbanismo e ampara a pesquisa por meio de parâmetros fundamentados. Ademais, este capítulo contextualiza a inserção da mulher no mercado de trabalho no mundo e no Brasil e fornece um breve relato da história da Arquitetura e do Urbanismo e seus principais atores, com foco na relevância de seus legados para o campo arquitetônico. 1.1 APROXIMAÇÕES TEÓRICAS NOS FUNDAMENTOS ARQUITETÔNICOS A arquitetura é descrita como a alma de uma sociedade, assim como a fisionomia humana é a expressão verdadeira da alma de um indivíduo. (BATAILLE, 1970, p. 171). Pallasmaa (2011, p. 11) afirma que a verdadeira arte com significado é capaz de se relacionar diretamente com a consciência de uma pessoa. Nessa perspectiva, a arquitetura, como arte, é capaz de provocar experiências que toquem diretamente na identidade do usuário e alterem a sua percepção do mundo. Partindo desse princípio, Mezalira e Spolaor (2018, p. 16) ressaltam que a vivência no espaço e o contato com a arquitetura são capazes de influenciar o comportamento de uma sociedade. Ainda, as autoras declaram que a reprodução de convenções sociais repressoras relacionadas ao gênero ao longo da história dessa mesma sociedade define o seu percurso, sendo que essa mesma história é utilizada para se repensar o presente. A invisibilidade da mulher ao longo do desenvolvimento da arquitetura deve ser analisada para que se possam entender quais dos comportamentos e dos discursos de outrora ainda predominam atualmente. Ao se estudar o percurso da narrativa da arquitetura de uma civilização, de acordo com Zevi (1996, p. 53), é possível entender sua própria história e uma série de seus interesses humanos. Montaner e Muxí (2014, p. 30), por sua vez, insistem que, no percurso da civilização, a construção social dos gêneros privou a mulher do mundo público, de sua expressão e de sua produção. Agrest (1965, p. 586) assevera que a sociedade estabeleceu
apresentarem competição direta com os homens e por ser uma atividade “aceitável”, o registro escrito se tornou a porta de entrada para as mulheres na arquitetura. Também, isso ocorreu porque podiam escrever estando dentro do âmbito doméstico. Outra razão é que tinham conhecimento do funcionamento de uma residência e da organização espacial necessária para tornar uma casa mais funcional, por isso, começaram a escrever sobre o ambiente doméstico. Os primeiros registros escritos que introduziram as mulheres na teoria arquitetônica foram de Catherine Beecher^4 , publicando “Tratado da Economia Doméstica”, em 1841, e, anos depois, em 1869, junto com sua irmã Harriet Beecher^5 , “A Casa da Mulher Americana”. A problemática da invisibilização feminina só passou a ser discutida no início dos anos de 1970, com as mulheres aderindo cada vez mais às universidades e com os movimentos políticos feministas que pediam pela libertação feminina (PERROT, 2009, p. 113). Antunes (2012, p.10) ressalta que, apenas nos anos de 1990, discussões e debates sobre a presença feminina na arquitetura ganharam notoriedade, quando se passou a perceber a mulher como utilizadora dos espaços - sejam eles arquitetônicos ou urbanísticos - ou como a criadora desses ambientes. Na contemporaneidade, apesar de críticos de arquitetura apresentarem uma visão política e social, ainda há a omissão entre o contexto social atual da presença feminina na arquitetura. Saffioti (1987, p. 33) explica que, embora a presença feminina esteja ativa na sociedade contemporânea, até hoje persiste uma concepção de mulher passiva, quando comparada ao homem, que é visto como ativo. 1.2 A MULHER NO MERCADO DE TRABALHO Nas sociedades antigas, a divisão do trabalho era realizada de acordo com o sexo: o homem era designado para o trabalho de caçador e a mulher ficava responsável pelo âmbito familiar. Na sociedade egípcia antiga; contudo, apesar da divisão sexual do trabalho ainda ter se mantido, as mulheres desfrutavam do poder jurídico, podendo até se divorciar e ter certa participação social (PRATAS, 2011, p. 162). Saffioti (1987, p. 47 - 60) diz que o patriarcado – sistema de dominação masculina sob a (^4) Catherine Beecher (1800-1878) foi uma escritora estado-unidense precursora da defesa da igualdade entre homens e mulheres. Escreveu inúmeros tratados sobre a residência doméstica, com foco na saúde e no conforto das mulheres (MAS, 2012). (^5) Harriet Beecher Stowe (1811-1896), irmã de Catherine Beecher, foi uma escritora nascida em Connecticut – Estados Unidos, envolvida em causas pró-abolicionistas, feministas e religiosas. Escreveu mais de 10 livros sobre o assunto, incluindo “A Cabana do Pai Tomás”, considerado o primeiro grande livro com herói afro- americano (FIGUEIRÊDO, 2001).
mulher – estabeleceu-se no mundo há cerca de seis milênios. Na Grécia e na Roma antigas, esse modo de organização social estava fundido ao sistema escravocrata. Ele se perpetuou no sistema feudal, fazendo do patriarcado o sistema mais antigo dominação-exploração. Beauvoir (1970, p. 125) destaca que nas aldeias da Idade Média existiam alguns privilégios: a mulher participava de assembleias e de reuniões para definir os governantes aos Estados Gerais e ainda tinha o poder de decisão sob a posse dos bens da família. Foi no século XVI, todavia, que as mulheres foram encarceradas no ambiente doméstico, perdendo a pouca participação social que tinham, tendo como justificativa a sua fragilidade. De acordo com Duby (2011, p. 14), apesar de obter alguns privilégios, a mulher era reprimida de dois modos: primeiro por meio da cultura matrimonial ruralizada, na qual mulher era obrigada a se casar para preservar o patrimônio e as posses da família; segundo por meio de uma construção eclesiástica, na qual a sexualidade era vista como um mal e por isso deveria ser refreada. Avançando na história, Perrot (1995, p. 15 - 17) relata que a situação da mulher obteve certa mudança somente com o aparecimento dos estudos antropológicos e sociológicos, que estavam interessados em relatar a história das mulheres. Outro fator de modificação foi o surgimento dos movimentos das mulheres iniciados na França a partir dos anos 1970, os quais sociais foram responsáveis por fomentar diversas discussões acerca do tema feminista. Fontes (2016, p. 35) argumenta que os ideais da Revolução Francesa do século XVIII despertaram a sociedade no que se refere à desigualdade e às injustiças no campo do trabalho. Beauvoir (1970, p. 17) relata que, na Revolução Industrial, as reivindicações feministas saíram do campo teórico para o campo econômico, fazendo com que a emancipação feminina se tornasse uma ameaça aos burgueses, que defendiam com veemência as antigas tradições nas quais a mulher deveria estar restrita ao lar. Na mesma direção, Pedro (2004, p. 292) descreve que a presença feminina nas indústrias foi importante para aumentar a mão de obra; entretanto, a imagem idealizada de sua distinção frágil, comparada ao homem, justificou o pagamento de baixos salários e a exclusão de muitas no setor laboral. Scott (1991, p. 444) descreve que a entrada da mulher no mercado de trabalho era vista como impossível, pois a sua atividade de criar os filhos e os afazeres domésticos as impediam de trabalhar fora de suas casas por longos períodos. Surgiu, com isso, outra justificativa para o pagamento de salários mais baixos, pois, segundo essa lógica, as mulheres teriam de abandonar o emprego remunerado por causa de suas obrigações domésticas e maternais. A divisão sexual do trabalho - que no período pré-histórico enaltecia o homem pela sua força física e sua capacidade de proteção - foi então substituída no século XIX pelo discurso