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A PRÁTICA DE VOLEIBOL NA ESCOLA: investigação sobre a relação ensino aprendizagem das habilidades básicas do Voleibol. JOSÉ ADAILTON DA SILVA. Trabalho ...
Tipologia: Notas de estudo
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Não perca as partes importantes!
Trabalho Monográfico apresentado como requisito final para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II do Curso de Licenciatura em Educação Física do Programa UAB da Universidade de Brasília – Polo Duas Estradas – PB.
Orientador: Osmar Riehl
A minha esposa Rosimery Augusta da Silva, a quem amo muito, companheira dedicada e amiga, e a minha filha, Adila Lorena Augusta da Silva, orgulho de minha vida que com suas atitudes de carinho e colaboração, proporcionaram-me forças para a superação dos inúmeros obstáculos surgidos durante todo o transcorrer dos meus estudos.
Aos meus alunos, ex-alunos, amigos e companheiros de trabalho com o voleibol aqui da minha cidade de Caiçara – PB e de todo o estado da Paraíba, e todos que passaram na minha vida e deram um pedaço de cada um, motivo do meu rejuvenescer e alegria de viver.
A Deus, fonte de vida o qual devo tudo que tenho e que vou ter durante toda minha vida.
A prática de esportes tem raízes na própria historia da humanidade, nos jogos e brincadeiras populares das mais antigas civilizações. A história do esporte esclarece uma parte da cultura e da evolução social do ser humano, passando das primeiras formas de manifestações de atividades lúdicas e esportivas ao esporte formalmente organizado nos níveis nacional e internacional, altamente competitivo do mundo atual. O trabalho com o desporto de massa, fora das aulas e da escola possui um grande significado para a Educação Física dos estudantes. O voleibol tem assinalado um lugar importante no programa de Educação Física escolar, isso, porém devido a grande procura pelo esporte, após a expansão do voleibol brasileiro que orgulhosamente vem conquistando vários títulos importantes e inéditos. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE VOLEIBOL, 1995). Mas além das aulas nas escolas, os clubes desportivos realizam um grande trabalho de base, bem como, difusão do voleibol entre as crianças; onde as aulas de voleibol para crianças e adolescentes possuem objetivos que vão além do simples exercício de gestos desportivos e ou movimento táticos. Há todo um envolvimento educacional ao trato com adolescentes, pois está sendo de fundamental importância para o desenvolvimento da modalidade desportiva voleibol por ser considerada categoria de base, onde o vínculo entre o estudo e a vida faz transparecer o fortalecimento de livre iniciativa e da autoconfiança. Este fortalecimento está intimamente ligado à saúde, ao bem estar psicológico, desenvolvimento físico correto, a interação social que o voleibol por ser um desporto coletivo proporciona e ao ensino da postura adequada e correta a pratica do voleibol. Partindo do pressuposto de que a formação inicial do professor de Educação Física deve ser eclética, apoiada na aquisição de um conjunto dos saberes e saberes-fazer teóricos, teórico-práticos e práticos, ou seja, a referida formação passa pela vivência de um conjunto de fatores ligados a experiências de aprendizagem, devidamente selecionadas o orientadas no sentido da aquisição de conhecimento e competências da analise, compreensão e intervenção sobre o processo de ensino-aprendizagem em particular na pratica do voleibol.
Por se acreditar que o voleibol não deve ser visto e entendido apenas como uma simples forma de lazer compreende-se a necessidade em divulgar os enormes benefícios advindos da prática do mesmo. Segundo Bojikan (2005, p.78), “o voleibol é um instrumento usual da Educação Física, tendo nas áreas da saúde, da educação e da competição, seus principais campos de atuação”. Assim sendo, o voleibol deve ser concebida em seu real e verdadeiro significado e sentido, permitindo que todas as pessoas compreendam que seus valores estão diretamente relacionados ao bem social, uma vez que, contribuem acentualmente para o compromisso com a solidariedade e a compreensão de que o voleibol se joga em equipe e não sozinho. Brougere (1998, p. 44), destaca “o jogo está no centro da constituição de uma identidade, e nesse sentido, ele é um espaço de aprendizagem, apesar de sua aparência de desordem e mesmo de violência”. O Brasil vem se destacando consideravelmente no voleibol graças aos excelentes resultados alcançados nas últimas competições, sendo considerado o segundo esporte mais praticado no país, isto se deve as grandes conquistas das seleções brasileiras e também ao patrocínio de grandes empresas, aumentando assim a sua popularidade entre as pessoas nos últimos anos. É preciso ter em mente, que o papel da escola e do professor é criar ambiente acolhedor e projetar situações diferenciadas aos alunos, para que eles possam explorar e desenvolver suas potencialidades corporais, o que lhe será fundamental para um melhor entendimento de suas dimensões afetivas, sociais e cognitivas, facilitando assim sua efetiva participação nos jogos principalmente aqueles que acontecem em equipes. Para que maiores benefícios para a saúde possam ocorrer, é preciso que se aumente dentro da normalidade a quantidade de atividades físicas realizadas. Faz-se saber que o vôlei, por ser um jogo de equipe, contribui significativamente para um aumento do convívio social, o que é de suma importância para a qualidade de vida das crianças e adolescentes. As atividades físicas esportivas a serem oferecidas a crianças e adolescentes devem ter o intuito de ampliar o repertório de movimentos dos fundamentos básicos dos diversos esportes e, também, instrumentalizar as
Para isso, a apreensão das contradições que permeiam sua dinâmica se faz necessária para não falsearmos essa "leitura da realidade" (KUNS, 1996). Não menos importante, além de ser seu par dialético, a categoria "possibilidade" vem nos revelar a potencialidade inerente ao processo ensino- aprendizagem do Voleibol no contexto escolar, diante da realidade compreendida. Afirmamos ser uma possibilidade, pois podemos endossar práticas que propiciem uma vivência de sucesso para todos os alunos, e transformar aquelas ações relacionadas a este conteúdo, e que se pautam única e exclusivamente pelo ensino de gestos técnicos. Incentivar os alunos desde a prática do esporte principalmente na infância e adolescência colabora para que o sedentarismo, a obesidade e outros problemas similares não aumentem e também, além de tudo, fortalecer a autoestima. Criar o hábito do trabalho em equipe, estimulando a disciplina e a organização, para a formação da cidadania tornando um dos mais propícios meios para a construção do conhecimento (KUNS, 2001). No ambiente escolar vemos que em algumas matrizes curriculares o voleibol é uma modalidade pouco trabalhada, sabendo que é um esporte importante para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, pois explora diversos movimentos corporais do aluno além de proporcionar a socialização e o trabalho em equipe entre eles. Para isso, os professores devem entender que o esporte na escola necessita de um tratamento diferenciado, sendo entendido e trabalhado através de várias técnicas que podem ajudar no desenvolvimento das crianças nas escolas (MOREIRA, 2004) Para que o aluno comece a ter gosto por esse esporte, dependerá do comprometimento e da qualidade da sua prática pedagógica, que deve reconhecer a importância deste, para o desenvolvimento em ambas as partes do aluno. O professor tem que deixar bem explícito para o aluno que o voleibol não é um simples jogo para distrair, mas sim um meio para a construção do conhecimento.
De acordo com a LDB 9.394/96 a Educação Física possui as seguintes finalidades específicas: consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no ensino fundamental; possibilitar o prosseguimento dos estudos; preparar para o trabalho e cidadania desenvolver habilidades como continuar a prender, capacidade de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação e aperfeiçoamento; aprimorar o educando como ser humano, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; e compreender os fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando teoria e prática. Segundo Souza et al (2007):
É na Educação Física para as séries iniciais que se inicia todo um processo que poderá influenciar positiva ou negativamente o desenvolvimento dessas crianças. As atividades desenvolvidas nesse período determinam, em grande escala, todo o desenvolvimento posterior e, portanto, são de fundamental importância para a vida de todos os indivíduos.
Entendemos que quando os alunos ingressam no ensino médio trazem uma bagagem de conhecimentos relacionados ao corpo, aptidão física, saúde, esportes, danças e outros sendo que a escola tem a responsabilidade de ampliar tais conhecimentos. Mattos et al (2008) diz que o professor deve trabalhar esses conhecimentos de forma que levem os alunos a solucionarem problemas por meio do plano estratégicos, plano motor ( se o tema for a ginástica) ou plano conceitual ( análise de tema cientifico). Segundo Souza et al (2007):
Hoje percebemos que na escola as aulas de educação física não são ministradas de acordo com o que estabelece a legislação, na maioria das vezes os professores não seguem uma metodologia
Massachusets, nos Estados Unidos, pelo americano Willian C. Morgan. Inicialmente foi chamado de minonette. Donegá (2007) enfatiza que:
Inicialmente, o novo esporte era praticado somente na cidade onde fora criado e somente anos mais tarde difundiu-se para outros estados americanos. Neste período sofreu muitas modificações, mas a ideia original da rede entre as duas quadras opostas permaneceu. O nome do esporte mudou para Voleibol uma vez que a ideias básicas do jogo era jogar a bola de um lado para outro, sobre a rede, usando as mãos. Em junho de 1896, a revista mensal norte-americana “Physical Education” publicou o primeiro artigo sobre o jogo. De autoria de J. Y. Cameron, chefe do Departamento de Educação Física da Associação Cristã de Moços (ACM), de Nova Iorque, o artigo dizia que: “o voleibol é um jogo principalmente adequado a ginásio, quadra coberta ou ao ar livre”. Consiste o jogo em manter uma bola em movimento sobre uma rede alta, de um lado para outro, apresentando características de esportes como o tênis e o handebol.
Willian C. Morgan dedicou-se ao treinamento físico e técnico do novo esporte deixando de lado a parte da regulamentação. A expansão inicial foi pequena. A sua prática, reduzida a poucas pessoas e o fato de ser jogado em ginásios, fizeram com que se precisasse mais tempo para evoluir. Todavia, o passo inicial para seu progresso foi dado quando passou a fazer parte dos programas de atividades esportivas escolares e jogado ao ar livre. A internacionalização da novidade começou pelo Canadá, em 1900, após o estabelecimento das primeiras regras. No Brasil, o voleibol chegou em 1915. Existem duas correntes: uma delas diz que o esporte foi praticado pela primeira vez no Colégio Marista, em Pernambuco; a outra diz que o vôlei aportou em São Paulo, na bagagem de professores da mesma instituição cristã. Ganhou força em 1923, quando o Fluminense organizou um torneio com vários clubes, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, a Associação Metropolitana de Esportes Atléticos, também do Rio, exigiu que seus filiados disputassem competições da nova modalidade. De acordo com Souza (2007):
Com a fundação da C. B. V. (Confederação Brasileira de Voleibol) em 09 de Agosto de 1954, os Campeonatos Brasileiros passaram a ser promovidos pela entidade especializada a partir de 1956 e continuam sendo realizados até os dias de hoje. A partir da segunda metade dos anos setenta, inicia-se a grande escalada do nosso Voleibol. A C. B. V, em colaboração com algumas federações estaduais, passa a investir mais na formação de técnicos e atletas brasileiros, organizando muitos cursos, ministrados por técnicos estrangeiros de renome. Clubes e seleções de outros países, constantemente passaram a competir no Brasil. Vários campeonatos internacionais, aqui, foram sediados.
Pudemos averiguar através de nossas pesquisas que o primeiro grande lance do voleibol brasileiro é do início da década de 80, quando a seleção masculina conseguiu seus primeiros resultados importantes. A partir daí só veio aumentar o rendimento, os investimentos e a credibilidade dos times brasileiros. Nenhum país do mundo possui ambos os selecionados (masculino e feminino) com posicionamento tão bom em nível internacional, como o Brasil. O nosso Voleibol é, hoje, o melhor do mundo, graças ao empenho e capacitação de técnicos, atletas e dirigentes. O nosso esporte tem um apelo popular muito forte. Todos querem praticar e discutir Voleibol, e isso o transforma no segundo esporte mais popular no Brasil.
O voleibol é um esporte coletivo que consiste em movimentar a bola de um lado para outro da quadra, sobre a rede, procurando fazer com que ela caia na quadra adversária, respeitando rigorosamente uma série de regras. Pode ser praticado em ginásios, quadras cobertas ou ao ar livre.
De acordo com Souza (2007): Seja para lazer, seja para manter a saúde, seja para competir de fato, o Voleibol é um dos esportes mais procurados. A televisão fez com que, independentemente de classe social, o brasileiro passasse a gostar de Voleibol, a entendê-lo e a praticá-lo. Muitos se indagam porque o Voleibol, e não outro esporte foi o eleito nos últimos tempos , o segundo esporte entre os brasileiros.
Essas características são comuns a todos os tipos de voleibol, seja ele, de rendimento, de lazer, escolar ou de praia. Entretanto, são diferentes em alguns aspectos, especialmente, no que diz respeito aos seus objetivos. Para Bôas (2008):
Conhecer quem é o atleta é fundamental para planejar a preparação de uma equipe tanto física, como técnica e taticamente, visando obter bons resultados. Porém, o que se observa na prática, principalmente em categorias menores é a ausência de um planejamento com perspectivas a longo prazo e quando isto acontece, quase sempre é reproduzido o modelo das equipes de alto nível.
Souza (2007) nos diz que “o voleibol escolar tem por objetivo promover o desenvolvimento das capacidades motoras, físicas e psicológicas dos alunos. É na Escola que o praticante de voleibol tem uma das primeiras oportunidades de conhecer e praticar este esporte”. Diante dessa reflexão pudemos compreender que se a técnica de execução dos fundamentos e do jogo em si for apresentada de forma dinâmica e atraente, o aluno logo desenvolverá o gosto pela prática e despertará cada vez mais interesse pelo esporte e assim procurará ampliar cada vez mais seus conhecimentos. Na Escola, o Voleibol é um esporte que pode e deve ser praticado por todos os alunos, independente de sexo, faixa etária, altura, habilidade e desempenho. O objetivo principal do professor de Educação Física é, numa etapa inicial, promover a estimulação, onde todos têm oportunidade. Basta Ter vontade e determinação para aprender. A maioria dos alunos possui o mesmo nível e todos passam pelas mesmas etapas de prática e aprendizagem. É comandado pelo professor através de treinamentos. Segundo Bôas (2008):
Para que o treinamento seja ideal, o planejamento deve seguir uma progressão baseada de acordo com as teorias de treinamento e as variáveis fisiológicas utilizadas, fazendo assim uma planificação do conteúdo.
No Voleibol Escolar, seguem-se as regras oficiais e os alunos buscam resultados (é a competição entre eles). O professor, no entanto, não deve estimular a obtenção de desempenho. Cabe a ele indicar e mostrar caminhos para o aperfeiçoamento da prática, sem excluir àqueles com menor aptidão para o esporte.
De acordo com Souza (2007): Se esse esporte está com um conteúdo da Educação Física Escolar a abordagem como “vôlei-educação” interagindo com o “vôlei-participação” é a mais indicada, sendo a possibilidade de exclusão de alunos muito menor, e, encarado como conteúdo, irá dividir espaço com muitos outros, por exemplo: com ginásticas, jogos, lutas, atividades rítmicas e expressivas.
Quando se inicia um trabalho com Voleibol tanto o professor quanto o técnico assumem inúmeros papéis. Além de transmitir os conhecimentos técnicos e táticos do esporte, ambos devem ser educadores e formadores de opiniões e atitudes.
Para Donegá (2007):
No contexto escolar, o papel do professor de Educação Física é de fundamental importância, pela sua liderança, pela sua competência e, principalmente, pelo carisma que exerce junto aos alunos (normalmente é ele quem tem melhor relacionamento com a classe). A criança, nesta faixa etária, aprende e assume comportamentos devido a interação com uma pessoa que considera muito importante em sua vida, normalmente copiando e adotando sua postura, formando grande parcela de seu caráter e de sua personalidade. Para que isso aconteça paralelamente a aprendizagem do voleibol é indispensável que o professor ganhe a confiança, a estima e a credibilidade da criança e isto não se conseguirá sendo apenas um técnico.
profissional que se dispõe a trabalhar com voleibol será mais competente em suas atividades se conseguir unir as qualidades exigidas e encontradas em técnicos, professores e educadores com boa base pedagógica. De acordo com Nascimento (2007): No trabalho com crianças, o professor de Educação Física deve ser professor e educador para que ele possa ensinar com a didática correta, desenvolvendo na criança, o gosto pelo esporte; deve ser técnico-educador para produzir no atleta o espírito de companheirismo e formular uma boa noção técnica e tática, possibilitando a evolução na qualidade do rendimento da equipe. Seja qual for a função, professor ou técnico, o profissional precisa ser um educador, procurando desenvolver o lado psicológico dos alunos e sua socialização em grupo, pois somente ele tem condições de chegar no lado humano de seu aluno formando não apenas um atleta, mas um cidadão crítico e responsável.
O desenvolvimento da criança acontece principalmente através das atividades esportivas. Ela precisa brincar para crescer, se exercitar para desenvolver suas habilidades motoras e precisa do jogo que atinge o ser humano em sua totalidade, desenvolvendo os aspectos cognitivo, psicomotor e afetivo- social. A atividade física escolar deve ser uma forma de lazer e uma oportunidade de crescimento pessoal para as crianças. As brincadeiras e os jogos tornam-se recursos didáticos de grande aplicação e valor no processo ensino-aprendizagem. A criança aprende melhor brincando e jogando e tudo pode ser ensinado através de atividades lúdicas. As atividades de brincar e jogar sempre terão objetivos didático-pedagógicos e proporcionarão o desenvolvimento integral do educando. Piaget (1989) diz que “os jogos não são apenas uma forma de entretenimento para gastar a energia das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual”. O Esporte escolar, baseado na ludicidade, encaminha o educando na busca de novos conhecimentos, exigindo
dele uma ação reflexiva, ativa, criativa, desvendadora e socializadora. O jogo, por exemplo, sempre representará uma situação problema a ser resolvida pela criança e a solução deverá ser construída por ela mesma de forma inteligente e criativa. Neste sentido, é de fundamental importância o papel do professor que deve planejar suas atividades na aprendizagem por descoberta, estimulando a criatividade e fornecendo elementos para o aluno pensar, analisar, criticar e criar. Segundo Piaget (1989): O jogo é um dos elementos fundamentais da cultura humana. Ele se caracteriza por ser a ação livre que se desenvolve dentro de certos limites de tempo e espaço que origina ordens e estimula a socialização. É uma forma de exercitar o corpo, talvez a única que atinja o ser humano na sua totalidade. Jogando, mais do que em qualquer outra atividade, as pessoas têm oportunidade de se reconstruir como tais, reintegrando os segmentos cognitivos, psicomotor e afetivo-social num todo. Os esportes traduzem a mais autêntica manifestação sócio-pedagógica da educação. Por intermédio do jogo, as pessoas aprendem a se relacionar através de normas que emanam do próprio convívio, identificando espontaneamente a necessidade de elaboração de um código de direitos e deveres.
A Educação Física encontra no jogo seu principal instrumento. Serve para fixar os padrões motores das crianças até a pré-adolescência, quando os alunos são iniciados nos diferentes esportes, são diversas as oportunidades de exploração do jogo como estratégia pedagógica. Entretanto, observa-se que a aplicação deste meio educativo é pouco utilizada no ambiente escolar. Toda essa problemática é devida a uma excessiva preocupação com a perfeição técnica na execução dos gestos esportivos, onde os alunos são vistos como atletas em potencial e não como seres humanos. As influências comportamentalistas fazem com que a atividade de jogo esteja sistematicamente voltada para o desempenho e para os resultados de alto nível, onde quem não tem habilidade é excluído do processo. Para Sousa e Rodrigues (2007): O esporte como prática social, que institucionaliza temas lúdicos da cultura corporal, se projeta numa dimensão complexa de