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Uma História Social do Córrego Rapadura: Memória Coletiva e Urbano, Exercícios de Desenho

Uma narrativa histórica do córrego rapadura, um dos principais afluentes do rio aricanduva em são paulo. O texto aborda a importância dos rios e córregos na história urbana, a relação entre a memória coletiva e a identidade de um povo, e as alterações e intervenções que o córrego sofreu ao longo dos anos. O autor busca estabelecer uma ligação significativa entre o córrego e as diversas relações de memória, e realiza levantamentos de campo, análises de mapas e documentos para comparar a relação documentada com a realidade atual.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância histórica e social dos rios e córregos na urbanização?
  • Quais foram as alterações e intervenções no Córrego Rapadura e quais foram as consequências?
  • Como a memória coletiva influencia a percepção e valorização de um local?

Tipologia: Exercícios

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Andre_85
Andre_85 🇧🇷

4.5

(124)

218 documentos

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1. Resumo - A malha urbana da cidade desenvolveu-se ao longo dos anos tendo
como eixo os rios e córregos, fundamentais para o desenho das vias; porém estes
recursos foram e são frequentemente ignorados e desrespeitados, tornando-se parte
dos assuntos pouco abordados, mas de extrema relevância para o crescimento
sustentável da cidade. A proposta deste estudo passa pela compreensão de
aspectos histórico-sociais, levantando questionamentos relacionados ao Córrego
Rapadura e suas imediações, englobando seu parque linear e analisando seu
potencial de uso; as ocupações irregulares que o margeiam considerando seu
contexto histórico; a relação memória dos que residem no local e utilizam as novas
áreas requalificadas e dos que caminham pela região no dia a dia, buscando decifrar
os mapas e planos existentes, entender sua efetividade e valorizar os aspectos
socialmente relevantes; identificar problemas na intervenção e a coerência dos
documentos referentes ao parque quando confrontados aos fatos, visto que por meio
da intervenção, iniciou-se um processo de construção de memória. É necessário um
esclarecimento profundo da inserção, ocupação e história, para entender o
significado social real e assim conseguir determinar as relações de memória.
2. Introdução - O nosso estudo se inicia obrigatoriamente narrando um cenário em
4.000 a.C. ao tratarmos das primeiras aglomerações urbanas no Egito antigo e sua
relação com o Rio Nilo, considerado o segundo mais extenso rio do mundo com cerca
de 6.650km, cortando a região central e nordeste do continente Africano. O rio
chamado Iteru “rio grande era considerado responsável por toda espécie de
interação urbana, narrava a prosperidade da nação tendo total influência nos aspectos
sociais tidos como prioritários. O cronograma de atividades do povo era baseado nas
cheias do rio, que localizado em uma região desértica era a única fonte de água para
beber, irrigar plantações, criar gado e produzir o húmus, uma espécie de lodo fértil
que permitia o cultivo de grãos na região. De igual forma, as épocas de seca do rio
narravam um período de escassez absoluta de recursos, o que o tornava protagonista
da vida em sociedade; quando presente por todos os benefícios e quando ausente
por todas as privações subsequentes. Ao nos deparar com a história do Brasil colônia,
intitulado até então como América Portuguesa tamanha era a importância dos rios e
córregos que Dom João VI em 09 de agosto de 1817 ditou normas de proteção aos
mananciais de rios, com o único intuito de preservar o volume das aguas, pois, a falta
de água potável já se anunciava no Rio de Janeiro, entendia-se que o caminho mais
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  1. Resumo - A malha urbana da cidade desenvolveu-se ao longo dos anos tendo como eixo os rios e córregos, fundamentais para o desenho das vias; porém estes recursos foram e são frequentemente ignorados e desrespeitados, tornando-se parte dos assuntos pouco abordados, mas de extrema relevância para o crescimento sustentável da cidade. A proposta deste estudo passa pela compreensão de aspectos histórico-sociais, levantando questionamentos relacionados ao Córrego Rapadura e suas imediações, englobando seu parque linear e analisando seu potencial de uso; as ocupações irregulares que o margeiam considerando seu contexto histórico; a relação memória dos que residem no local e utilizam as novas áreas requalificadas e dos que caminham pela região no dia a dia, buscando decifrar os mapas e planos existentes, entender sua efetividade e valorizar os aspectos socialmente relevantes; identificar problemas na intervenção e a coerência dos documentos referentes ao parque quando confrontados aos fatos, visto que por meio da intervenção, iniciou-se um processo de construção de memória. É necessário um esclarecimento profundo da inserção, ocupação e história, para entender o significado social real e assim conseguir determinar as relações de memória.
  2. Introdução - O nosso estudo se inicia obrigatoriamente narrando um cenário em 4.000 a.C. ao tratarmos das primeiras aglomerações urbanas no Egito antigo e sua relação com o Rio Nilo, considerado o segundo mais extenso rio do mundo com cerca de 6.650km, cortando a região central e nordeste do continente Africano. O rio chamado “ Iteru ” “rio grande” era considerado responsável por toda espécie de interação urbana, narrava a prosperidade da nação tendo total influência nos aspectos sociais tidos como prioritários. O cronograma de atividades do povo era baseado nas cheias do rio, que localizado em uma região desértica era a única fonte de água para beber, irrigar plantações, criar gado e produzir o húmus, uma espécie de lodo fértil que permitia o cultivo de grãos na região. De igual forma, as épocas de seca do rio narravam um período de escassez absoluta de recursos, o que o tornava protagonista da vida em sociedade; quando presente por todos os benefícios e quando ausente por todas as privações subsequentes. Ao nos deparar com a história do Brasil colônia, intitulado até então como América Portuguesa tamanha era a importância dos rios e córregos que Dom João VI em 09 de agosto de 1817 ditou normas de proteção aos mananciais de rios, com o único intuito de preservar o volume das aguas, pois, a falta de água potável já se anunciava no Rio de Janeiro, entendia-se que o caminho mais

rápido para um rio não era necessariamente o mais vantajoso para a população, dados estes, que confrontam o atual pensamento de que o desenvolvimento do Brasil não contou com nenhum planejamento de cunho urbanístico.

O crescimento das cidades, as estratégias de planejamento adotadas e a falta de informações não somente da população, mas também dos governantes é que foram fatores decisivos para o atual estado de preservação, deterioração e calamidade nos quais se encontram os rios da cidade de São Paulo. Um planejamento que visa quaisquer outros aspectos que não a saúde dos rios como parte fundamental do desenvolvimento urbano.

  1. Objetivos - Trazer uma narrativa histórica do córrego estabelecendo suas ligações com o entorno, sejam elas harmônicas ou não; as alterações e intervenções que ele sofreu ao longo dos anos tal como a inclusão do Parque Linear na área mais nobre, tendo sua inserção como um dos pontos de discussão; o fechamento por meio de muros metálicos feito pela população para cortar a comunicação e acesso das áreas de ocupação irregular e sua população ao bairro nobre tal como a documentação deste processo; buscando estabelecer uma ligação significativa entre córrego e as mais diversas relações de memória, visto que é através da memória coletiva que instituímos a importância ou irrelevância de algo ou de um local.
  2. Metodologia – Revisão bibliográfica, narrativas amparadas por pesquisas e levantamentos de campo, considerando o contexto histórico da ocupação, o desenvolvimento e os aspectos urbano e social na realidade atual do Córrego Rapadura. Levantamentos fotográficos da região de estudo, análises de mapas de plataformas digitais, relatórios e planos de intervenção disponibilizados pela Prefeitura Municipal de São Paulo, para comparação com dados históricos também serão meios de desenvolver uma das principais questões: a relação documentada versus a realidade da região, resultando em uma análise comparativa, critica e atualizada, que quando atrelada à levantamentos de opinião e entrevistas no local, nos fornecerá as informações necessárias para narrar a relação de memória urbana aos olhos de quem realmente vivencia a vida ao lado do Córrego Rapadura.
  3. Desenvolvimento - Com 2,7km de extensão, é um dos grandes afluentes do Rio Aricanduva, conhecido inicialmente por Córrego Jardim Têxtil, tem sua pior área localizada próximo à Rua Conselheiro Carrão. É impossível não chamar para a
  1. Fontes Consultadas - BIAGOLINI, C. Rio Aricanduva; um pouco de sua história. São Paulo, 2013. CULLEN, G. Paisagem Urbana. 2001 GEHL, L. Cidade para pessoas. Perspectiva, 2013. GORSK, M. Rios e cidades: ruptura e reconciliação. SENAC, 2010. HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva, São Paulo: Centauro,2018. JACOBS, Jane. Morte e vida de grandes cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2000. LERNER, J. Acupuntura urbana. Record, 2001. LYNCK, K. A imagem da cidade. Edições 70, 1999. TORMENTA, P. Arqueologias hídricas na procura da metrópole fluvial. Caleidoscópio, 2015. Collecção das Leis do Brasil- Biblioteca da Câmara dos Deputados, 1817 - Rio de Janeiro. Imprensa Nacional 1890 – Reimpresso pelo 1º escriturário do Tesouro Nacional: Joaquim Isidoro Simões.

Teses, Dissertações e Artigos - SEABRA, Odette Carvalho de Lima. Os meandros dos Rios nos Meandros do Poder Tietê e Pinheiros: Valorização dos Rios e das Várzeas na cidade de São Paulo. SEABRA, Odette Carvalho de Lima. Urbanização e industrialização: rios de São Paulo. Labor e Engenho, Campinas, SP, v. 9, n. 1, p. 37-48, mar. 2015. ISSN 2176-8846. Disponível em:https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/labore/article/view/2092.Acess o em: 03 ago. 2018. doi:https://doi.org/10.20396/lobore.v9i1.2092.

Vídeos - "ENTRE RIOS" - a urbanização de São Paulo. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Fwh-cZfWNIc> Visto em 05 mar. 2017