Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

Interação Social: Desenvolvimento e Teorias, Provas de Desenvolvimento Humano

A evolução do estudo da interação social, desde o século XIX até os dias atuais, abordando tendências históricas e teorias que moldaram a compreensão dessa área. Destaca-se a preocupação com as relações interpessoais, a natureza humana e o papel do grupo social no comportamento humano. A psicologia social e a psicanálise contribuíram com conceitos importantes, assim como o desenvolvimento de métodos de investigação do comportamento social. A relação pais-filhos e os efeitos da interação no comportamento social dos indivíduos também foram estudados. Novas técnicas de observação e análise de dados foram desenvolvidas, assim como o estudo do significado de relações específicas, como a amizade. A interação passou a ser vista como formadora de relações sociais, e a percepção de cada parceiro sobre as interações passadas e futuras pode afetar o curso da relação.

Tipologia: Provas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Osvaldo_86
Osvaldo_86 🇧🇷

4.5

(163)

220 documentos

1 / 10

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
A INTERAÇÃO SOCIAL E O DESENVOLVIMENTO
HUMANO
MARIA
SALEfE
FÁBIO
ARANHA
(I)
Univrnidotk
Estadunl
PaM/isla
-&11"'
Trabalhando
com
o estudo da
interaçãoedo
desenvolvime
nto
de relações
sociais
algúm
tempo,
6etItilnOl;
necessidade de, olhando retrospectivamente,
analisar as leituras
que
têm
norteado a busca de conhecimento acerca
desse
fenômeno. Pareee-nos importante a localização, a identificação e a anâlise
das
tendências teóricas e
dos
procedimentos metodológicos que
têm
caracterizado
essa investigação, na tentativa
de
iniciarum processo
de
sistematização
do
conhe-
cimento
produzido, bem
como
de detectar direções
para
pesquisas futuras.
Pretendia-se realizar
wn
trabalho extenso de revisão da literatura
visando atender
as
necessidades acima expostas. Entretanto, limitações
em
condições objetivas (vasta quantidade
de
trabalhos, dificuldade
de
acesso a
muilo!l deles, questão
de
limitação de tempo) impediram o alcance
da
meta
inicialmente assumida. Desta fonna, a anâlise que aqui vamosexporrestringiu-se
a
wna
amostra
mais
restrita de publicações, embora algumasde1a$ sejam revisões
muito boas e razoavelmente abrangentes de material produzido
em
detenninados
períodos cronológicos. Embora peRnafieÇa a idéia e a proposta de sistematizar o
conhecimento
produzido
sobre
o tema em questão, estaremos nos atendo à
apresentação das principais tendências teóricas e metcxlológicllS assumidas are o
presente momento.
No
estudo
sobre
o desenvolvimento
hwnano,
a interação social tem
ocupado diferentes espaços, dependendo da função a ela atribulda
por
diferentes
abordagens teóricas.
O interesse pela questão das relações sociais interpessoais surgiu ainda
no
século XIX, época
em
que
se
iniciaram o questionamento e a reflexão sobre
os efeitos dos grupos sociais no comportamento humano. Entre 1830 e 1930,
pode-se constatar uma produção muito rica e variada de idéias, cujos eixos
comuns eram: 1. a pressuposição de que as experiências
de
grupo encontram-se
entre os mais importantes determinantes da natureza humana e 2. a de que os
fenômenos sociais
são
passlveis d e investigação cientlfica. Além disso, se
apontava,desde
essa época, que
"8
experiência social-nãoSOlIlente
com
adultos,
mas
também
com
coetâneos - é de importância central para a ontogênese
em
muitas
es
pe
des"
(Hartup, 1983, p. 104).
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa

Pré-visualização parcial do texto

Baixe Interação Social: Desenvolvimento e Teorias e outras Provas em PDF para Desenvolvimento Humano, somente na Docsity!

A INTERAÇÃO SOCIAL E O DESENVOLVIMENTO HUMANO

MARIA SALEfE FÁBIO ARANHA(I) Univrnidotk Estadunl PaM/isla - &11"'

Trabalhando com o estudo da interaçãoedo desenvolvime nto de relações sociais hâ algúm tempo, 6etItilnOl; necessidade de, olhando retrospectivamente,

analisar as leituras que têm norteado a busca de conhecimento acerca desse

fenômeno. Pareee-nos importante a localização, a identificação e a anâlise das

tendências teóricas e dos procedimentos metodológicos que têm caracterizado

essa investigação, na tentativa de iniciarum processo de sistematização do conhe-

cimento jâ produzido, bem como de detectar direções para pesquisas futuras.

Prete ndia-se realizar wn trabalho extenso de revisão da literatura

visando atender as necessidades acima expostas. Entretanto, limitações em

condições objetivas (vasta quantidade de trabalhos, dificuldade de acesso a muilo!l deles, questão de limitação de tempo) impediram o alcance da meta inicialmente assumida. Desta fonna, a anâlise que aqui vamosexporrestringiu-se a wna amostra mais restrita de publicações, embora algumasde1a$ sejam revisões muito boas e razoavelmente abrangentes de material produzido em detenninados períodos cronológicos. Embora peRnafieÇa a idéia e a proposta de sistematizar o conhecimento jâ produzido sobre o tema em questão, estaremos nos atendo à apresentação das principais tendências teóricas e metcxlológicllS assumidas are o presente momento. No estudo sobre o desenvolvimento hwnano, a interação social tem ocupado diferentes espaços, dependendo da função a ela atribulda por diferentes abordagens teóricas. O interesse pela questão das relações sociais interpessoais surgiu ainda no século XIX, época em que se iniciaram o questionamento e a reflexão sobre os efeitos dos grupos sociais no comportamento humano. Entre 1830 e 1930, pode-se constatar uma produção muito rica e variada de idéias, cujos eixos comuns eram: 1. a pressuposição de que as experiências de grupo encontram-se entre os mais importantes determinantes da natureza humana e 2. a de que os fenômenos sociais são passlveis de investigação cientlfica. Além disso, jâ se apontava,desde essa época, que "8 experiência social-nãoSOlIlente com adultos, mas também com coetâneos - é de importância central para a ontogênese em muitas es pe des" (Hartup, 1983, p. 104).

Na realidade, 11 preocupação maior parecia ser a de buscar conhecimento sobre a natureza 11Iunana, com ênfase nos efeitos do gnlpo sobre o comportamento humano, do que propriamente nos efeitos da interação social. Pressupunha-se que 11 identificação de caractensticas conlWIS e ncontradas nos indivfduos em difC1entes grup05 e em diferentes contextos levaria ao conhccimento da natureza humana. Apesar da riqueza das idéias expostas, estas tinham um caráter mais especulativo, não tendo favorecido 11 construção de uma base empirica consistente, dado que a coleta de dados MO era sistemática, quando analisada a partir dos p:uimetros atuahnente exigidos para a investigação cientJfica. Na decada de 30, acirrou-se o debate acetta da validade de se estudar o papel do grupo social, discutindo-se conceitos produzidos tanto pela Psicologia Social, como pela Psicanálise (tais como o de "realidade" do fenômeno social, o de inconsciente coletivo, o de self especular, entre outros). Concomitantemente, constata-se um maior investimento no desenvolvimento de métodos de investigação do comportamento social. Foi nessa época que se iniciou o desenvolvimento de técnicas de observação do comportamento de indl vlduos em grupo. Estudos sobre o "clima social" de grupos de crianças fortaleceram os esforços de criação de técnicas experimentais para a investigação dos efeitos da manipulação de diferentes variáveis. Um outro avanço metodológico foi representado pelo desenvolvimento de instrumentos sociométricos. Com o advento da 21 Guerra Mundial, os estudos sobre a interação social praticamente desapareceram da literatura, tendo voltado a aparecer, após seu término. mostrando um interesse especial pela teoria neo-freudiana e pela teoria de aprendizagem social do desenvolvimento da person.1Iidade, enfatizando a relação pais-filhos (Hartup, 1983).

Na década de 60, relativamente pouca pesquisa foi feitasobre as relações

intetpessoais, no que se refere à sua emergência, ou às mudanças que nela ocorrem no decorrer do tempo. Cabe lembrar que grande parte da produção cienHfica nesse penodo abordava, sim, a interação, mas com o objetivo de identificar os eventos determinantes do estabelecime nto, da manutenção e da

mudança do comportamento do individuo,

No que se refere ao aspecto metodológico, mui!,ls das técnicas de que dispomos hoje para a inves tigação científica foram desenvolvidas nesse período,

tanto para 8 observação e descrição do comportamento humaoo, como para as

intervenções e xperimentais. A década de 70 mostrou-se surpreendentemente rica para o estudo da interação, tanto no que se refere à quantidade de traballios publicados, como, principahnente, no que se refere a propostas teóricas acerca de sua natureza e

2. Desenvolvimento de novas técnicas em registro de observação e

slntese de dados (análise sequencial), para a identificação de mudanças comportamentais oconidas como conseqüência da interação com outras crianças.

  1. Estudo do significado de relações especificas (ex., de Ilmiude) e

desenvolvimento de padrões comportamcntais nas interações de amizade, a partir

da observação direta.

4. Investigação de estruturas gruPllis, especialmente de grupos de

crianças pequenas. S. Desenvolvimento de novas estratégias para melhorar as habilidades sociais. Esse movimento ganha em sistematização e clareza, vindo a constituir a

segunda grande tendência. Nela, a interação passa a ser vista enquanto processo

complexo que tem propriedades próprias e peculiares, qualitativamente

diferentes das dos seus componentes mais simples. Além disso, nesta tendência,

a interação passa 11 ser vista como via de foltT1ação de relações sociais, produto considerado "como um siste ma comport.'lmental de im ensa significfincia adaptativa para os seres hlDnanoo." (Schaffer, 1984, p. 4). Bowlby (l969), em SuIl teoria do apego, olha para a parceria mãe-criança como uma unidade que se estabelece bidiredonalmente e na qual ambos os parceiros permanecem em uma relação recíproca contínua, em todos os estâgios

do desenvolvimento da crian,a. '"A ênfase dada por Bowlby na adaptabilidade

mútua da mii e e do bebê destacou a ne c es sidade de se examinar o desenvolvimento social em tennos do que acontece entre pessoas e niio somente dentro dos indivíduos tratados como unidades isoladas." (Schaffer, 1984, p. 4). Hinde (1976, 1979, (981) presta enonne oontribuiçãoao refletirquestõcs teóricas e metodológicas acerca do estudo da interação enquanto unidade de construçâo das relaÇÕC8 sociais. Partindo do pressuposto de que as relações cotidianas aparentemente triviais têm um efeito cumulativo no desenvolvimento e na caracterizaçâo dos indivlduos, Hinde aponta que estas têm sido o ponto de encontro entre diferentes disciplinas, embora nao seja central em nenhuma delas. "Qualquer pessoa que examine a literatura sobre relações interpessoais nâo pode deixar de se espantar com a diversidade de abordagcns teóricas e metodoló8icas usadas em seu estudo, e pela ausência de tentativas de integrá-las. Acredito que a falta de integrnção nesta área das ciências sociais reside, em parte, na ausência de uma base descritiva. Se quisennos progredir na compreensão das relações, ou se quisennos especificar as condições necessárias para o desenvolvimento de um tipo de relação ao invés de oulro, devemos, com certeza, começar com uma abordagem dcscritiva. "(Hinde,1976,p.1).

Segundo Hinde (1976, 1979, 1981), interação é um episódio ondeA faz

lt para B e B fax y para A. Ele aponta para o fato de que a delimitação deste

episódio, no caso da investigação cienUfica, é arbitrária, dependendodos Il!Ipec~

que se pretende conhecer. En~lanto, considerando que a natureza da interação

depende da influência atomizada de cada um dos parceiros, faz-se importante, ao descrevê-Ia, referir-se tantollOseu conte6do, corno à sua qualidade. lã a relação é um fenômeno que envolve algwn tipo de interação intennitente e n~ duas pessoas, envolvendo intercâmbios durante um pedodo relativamente utenso de tempo. Aponta ainda que existe algum grau de continuidade en~ ll!I interações sucessivas, de forma que cada intenção é afetada pelas interações passadas e podem afetar ll!I intenções no futuro. Da mesma fonna, a percepção que cada parceiro tem das interações passadas elou como imagina ou se predispõe para interações futuras, podem afetar o curso da relação. Ou seja, para compreender uma relação preçisa-se conhecer também os aspectos afetivos/cognitivos envolvidos, reconhecendo que es tes, além dos comportamentais estão intimamente interligados. Sugere. s partir destas reflexões, que para descrever a relação aborde-se tanto o conte6do, como a qualidade e o padrão das interações entre os parceiros. Lembra, ainda, quemesmo ll!I interações diádicas ocorrem em um oontextosocial plliádico, palco da trama de relações que afeta cada interaçio em particular e todas as int erações, influenciando-as e por elas sendo influenciado. Schaffer, ColliseParsons (citados por MaccobyeMartin, 1983) afirmam

que o conceito de diálogo é essencial para a compreensão das interações,

sugerindo que dUlls aquisições na 1I infância são vitais para a habilidade da criança em participar de diâlogas: reciprocidade e intencionalidade. Da mesma

forma que outros autores, Oottman e Rausch (cilados por Maccoby e Martin,

1983) têm comparado a internção en~ mãe-bebê a wna dança ou diâlogo

comportamenlal, hOS quais as ações sucessivas dos parceiros se encontram intimamente coordenadas. A coordenação pode tomar a forma de

contingenciamento mútuo ou de sincronia, ou p:xIe ainda ser recIproca em um

sentido mais restrito: ações qualitativamente combinadas, como no caso da imitação ou dosorrlso mútuo. Bakeman e Brown (citados por Maccoby e Martin,

  1. sugeriram que todas estas ações, bem como outras, podem ser consideradas atos comunicativos e que podem ser mais significativas para rastrear o diálogo que para procurar as trocas de ações semelhantes. Mais rec entemen te, Schaffer (1984), investigando o processo do desenvolvimento infantil, tece considernções que vêm se somar às demais, acima expostas, apontando que:
  • o desenvolvimento da criança recêm-nascida é um empreendimento

conjunto entre a criança e o adulto que dela cuida. Da mesma forma, ã medida

relações sociais enquanto processo, do continuo movimento dialêtico de influência entre os parceiros interativos, e à pressuposição do efeito cumulntivo das interações no desenvolvimento cognitivo, bem como no desenvolvimento das relações interpessoais dos sujeitos - toma -se absolutamente peculiareinovadora, ao defender o plano interativo como o contexto em que se dá a construção, por um lado, da subjetividade humana e, poroutro, da própria história da humanidade. Tem, entre seus principais representantes, os psicólogos da antiga União Soviêtica, dos quais Vygotsky e Leontiev são os mais conhecidos atualmente. Pode-se constatar na Psicologia soviêtica dois momentos históricos mais marcantes: a década de 20 e o período iniciado na década de 70. Segundo Valsiner (1988), emm dois os principais temas de investigação na década de 20: l. as relações sociais das crianças e 2. os principios do estabelecimento, da manutenção e da dissipação de grupos sociais infantis. Além destes, outros tópicos foram ativamente estudados nesse período:

  • o estudo sobre os efeitos da classe social das crianças, bem como seu ambient~ de origem - rural ou urbano - no desenvolvimento de re lações interpessoais e no desenvolvimento psicológico;
  • o estudo sobre a natureza da visão de mundo e da compreensão da sociedade e de suas instituições, pela criança;
  • o estudo sobre a natureza da visão de religiosidade pela criança;
  • o estudo sobre o desenvolvimento das relações da criança com o trabalho, em diferentes condições ambientais. Tendo sido extintas, por decreto, a ellistência de classes sociais e a religião, tais questões debmmmde ser investigadas, tendo sido interrompida uma interessante direção de pesquisa. A partir da década de 70, duas linhas de abordagem ao estudo da interação têm estado presentes na Psicologia soviética:
  1. a primeira,enraizada nostrabalhosdeBekhterevedeLomov, utiliza-se princ:ipahnente de metodologia experimental para detenninar de que fonnas a interação entre pessoas (relação sujeito-sujeito) afeta seu desempenho individual em tarefas de resolução de problemas (com o objetivo de provar que a interação,

enquanto condição para o trabalho individual, pode facilitar seu desempenho

individual). Esta linha não se preocupa em identificar como a interação funciona enquanto influencia as ações dos individuas.

  1. a segunda, enraizada no trabalho de Vygotsky e de Leontiev, tem se carocterizado mais por estudos descritivos que experimentais e, em linhas gerais, defende que: a. o desenvolvimento hwnano ê wn processo continuo de aquisições quantitativas e de transfonnaçõcs qualitativas que se dão no sujeito psicológico, a partir de suas experiências no contexto das relações sociais;

b. "a estrutura humana complexa é o produto de wn processo de desenvolvimento profundamente enraizado nas ligações e ntre história individual e história social" (Vygotsky, 1984, p. 33);

c. tal ligação se dá no contexto interativo, plano que permite a apreensão

pelo individuo, tanto das propriedades estruturais dos objetos materiais e ideais, COOK) de seu significado e função social;

d. a interação homem-ambiente será sempre mediada pelo uso de

instrum~to, COOlO pelo lISO dos sistemas de signos "criados pelas sociedades ao

longo do curso da história hwnana, mudando a fonna social e o nlvel de seu

desenvolvimento cultural" (Vygotsky, 1984, p. 8); e. a internalização dos sistemas de signos produzidos culturalmente provoca transfonnaço5es comportamentais e estabelece wn e lo de ligação entre as fonnas iniciais e as mais avançadas do desenvolvimento individual; f. as funções psicológicas que emergem e se consolidam no plano intersubjetivo (ação entre sujeitos) tomam-se intemalizadas, transfonnaodo-se

para constituir o fwlcionamento interno do individuo (plano intra-subjetivo)

(Góes,I99I); g. o plano inlra-subjetivo, não sendo, desta forma, meramente uma cópia do plano extemo, se caracteriza peJa slntese elaborada pelo sujeito, a partir "das estratégias e conhecimentos já dominados pelo sujeito c de ocorrências no oontexto interativo" (Góes, 1991, p. 18); IL ao interagir, é a subje tividade OOllStnúda socialmente que se manifesta, "modificando ativamente a situação es timuladora como uma parte do processo

de resposta a ela" (Vygotsky, 1984, p. 15);

i. desta fonua, temos wn sujeito que não é passivamente mold'ldo pelo meio, nem realiza suas aquisições assentado em recursos exclusivamente individuais, mas sim wn sujeito interativo que se constroi sociahnente, ao mesmo tempo que participa ativamente da constnlção do soda!. Embora tenhamos nos restringido à apresentação das idéias de Vygotsky e Leontiev, cabe ressaltar que a natureza social do desenvolvimento das funções

psicológicas da criança constitui a base axiomática da maior parte da produção

da Psicologia infantil soviética.

Podem-se citar, ainda, os trabalhos de Basov, que diferem dos de Vygotsky, ao aceitar o estudo da interação enquanto fenômeno comple xo a partir de suas partes componentes, "de fonna que a síntese da qualidade do todo possa

ser observada no curso do acompanhamento das relações estabelecidas entre os

cpmponentes do sistema". A atomização do sistema é não só aceita por Basov, como vista como necessária, caso se pretenda compreender "como uma nova estimulação externa se integra à estrutura de estimulas internos já existentes" (Valsiner, 1988, p. 178). Em sua investigação, Dasov se utiliza tanto de métodos

T..... , .. P~;,, (l99J ).N'J

u..,..., ... U.17-loI. Ilanup.W.W.(L983)i'<oerrdotiono.EmP.M_el.CarnUdIld(Ed&.).lltutiIhooI;o{CIoi/dIV<:IIoloo._ YOO"k:JolmW"llloyands.... flL:do. RA. (1976) Ondooctibl:la rcl&lloD5hlps.Jo,,,,.,,Io{CIoIIdP,,...~ /7, 1·19. llinde, RA. (19711) Jhwdr UodI!nMNIi.., JU/ationMÕ/M. Ncw YOO"k: Acad<.mi<:Pr.-m.:. Hin<k,R.A.(I9ILI)ThcbMaol ....kn:eolirolcfpenroRal ... latlonshlps.I!mS.DuckeR.Gilmour(F.da.). PerstHtQ} JUIDIIOMIoIps I: Slodyl.., P~rl()",,1 JUkJl~. Nn·YOO"k: Acoda,Iic l'moI b",. Mooocoby. li. e ManIn. I.A. (l!nl) Soolallllllollln tbeCOllleXl of ~'" f1ll'lily: F'""I-child iu!uactk.. Em P. M ....... el.CAnnIc:bod(F.da.).HtvtdbcdofCIIi/J~IooIov·Nc ... Y<lfk;IdInWilkyands.... MIP>cbIn.P.P.o Shoplro. E.K. (l!nl) ThcflCbool ... C<>IIIQl ror...,LaIdevdop"",~.llInP. M........ ol. CbamIldIad,(lido.).lIandbo<>1:.",CIULIPsyc:IooJov.Ne""yorlt:JobnW"~lejrood_. SchotI"cr,H.R.(19&4)7MCIIUJ)ENryI.vOllS«/aIIibrId.Load.on:Ac:ad<tnicI'ttam.:. ValIIPn-,I. (19U) JHw/opflwIUllJ P".....""",I~ rlot S<J"'elll"u",.l.ondool: Tho Iw-w_ Umiled. Vypsky. LS. _( 19&4)AF"'"''Ç40S«I4Jdo M,,,,,._ SIol'llulo: UVI'Via MarliDII_Belit"... Uda.