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A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA, Teses (TCC) de Pedagogia

TCC sobre Ludicidade e Educação Inclusiva

Tipologia: Teses (TCC)

2020

Compartilhado em 06/05/2020

andreia.fachini
andreia.fachini 🇧🇷

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FIJ – FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGUÁ
EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA
MARIA ANGÉLICA VENERONI
A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO
INCLUSIVA
Rio de Janeiro
2012
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Baixe A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA e outras Teses (TCC) em PDF para Pedagogia, somente na Docsity!

FIJ – FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGUÁ

EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA

MARIA ANGÉLICA VENERONI

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO

INCLUSIVA

Rio de Janeiro 2012

FIJ – FACULDADES INTEGRADAS DE JACAREPAGUÁ

EDUCAÇÃO ESPECIAL INCLUSIVA

MARIA ANGÉLICA VENERONI

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA EDUCAÇÃO

INCLUSIVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pós Graduação em Educação Inclusiva das Faculdades Integradas de Jacarepaguá como requisito para obtenção do grau em Pós graduado, sob a orientação da professora Deisele Costa Coutinho da Silva. Rio de Janeiro 2012

AGRADECIMENTOS

“A Deus, que me deu tudo, o Dom da Vida! A minha família, por me ensinar a retidão do caminho! Aos mestres, que com sua paciência, antes de me ensinarem, fizeram-me aprender! Aos meus colegas de classe, pelo convívio fraternal e familiar, Rio de Janeiro 2012

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de serem pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado. Rubem Alves

INTRODUÇÃO

Como já sabemos o brincar é terapêutico e pedagógico, facilitando a aceitação e a aproximação dos indivíduos, que brincam juntos criando um clima de harmonia, facilitando a comunicação e estabelecendo a alegria da convivência, superando desafios e dificuldades através de um espírito lúdico. Prevêem-se, nos parágrafos 1º e 2º, a existência de apoio especializado no ensino regular e de serviços especiais separados quando não for possível a integração “em virtude das condições especificas dos alunos”. Prevê ainda a redação da lei que o ensino precisa assegurar ao educando “currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização especifica para atender suas necessidades”. Posteriormente com a declaração de Salamanca que desencadeou o debate versando sobre o movimento mundial para todos. Porém, não basta incluir, precisa-se garantir qualidade de vida para esse sujeito. A escolha do tema se deu para mostrar a importância da atividade lúdica, do jogo e da brincadeira, como um instrumento pedagógico e de inserção do aluno portador de necessidades educacionais especiais, nas escolas regulares. O termo lúdico segundo o dicionário Larousse (1992, p. 699) vem do Latim - Ludus e traduz-se por jogo, brinquedo, divertimento, passatempo, relativo ao jogo enquanto componente do comportamento humano. Porém, a definição que provoca uma aproximação com a intenção deste estudo refere-se, “... aqueles em que as crianças jogam juntas, de acordo com uma regra estabelecida que especifique: algum clímax preestabelecido e o que cada jogador deveria tentar fazer em papeis que são interdependentes, opostos e cooperativos” (KAMII e DEVRIES, 1991. P. 4). Nesse sentido, o lúdico veste-se com a fantasia da

provocaria um interesse maior por parte dos alunos na construção do conhecimento. O despertar do desejo em estar na escola participando, sentindo-se ator principal do processo de aprendizagem, sendo acolhido, olhado e ouvido dentro de um espírito de ludicidade, conduzem o sujeito para o exercício de valores, princípios, virtudes condutas humanitárias, democrática e solidária que se faz pertinente nos dias atuais. Através do lúdico, a vida passa ter mais sentido e as possibilidades dos sonhos, criação e fruição são permitidos e estimulados, facilitando uma aproximação de fato com as várias linguagens de aprendizagens articuladas a postura do pertencimento. SHEVIN coloca que: Comunidades inclusivas são aquelas em que todos os membros consideram-se pertencentes e às quais acham que podem dar uma contribuição; os alunos não podem constituir uma comunidade, não podem ficar a vontade se acharem que o preço a pagar é a indiferença as suas próprias diferenças e as de seus colegas. (SHEVIN, 1992. p.288) Portanto, superar o preconceito para com as diferenças, tolerando aqueles sujeitos que não se enquadram nos padrões que a sociedade exige e determina, precisa ser eixo de reflexão no ambiente escola. O brincar, o jogo, o brinquedo e a atividade lúdica de uma forma geral, planejada, organizada com a intenção clara de exercício pedagógico, poderão ser o objeto de articulação no sentido de aproximação e de criação de vínculos positivos entre os sujeitos envolvidos nesse processo. WALLON (1989) fala da importância da relação lúdica para a constituição do sujeito, a construção da subjetividade e a identificação do ser. O brincar, as brincadeiras e os brinquedos são elementos fundamentais para a organização psíquica e para o desenvolvimento cognitivo das crianças. Para o autor, o cérebro se forma na ação continua mediante a atividade lúdica, de acordo com a solicitação do meio.

Dessa forma, o processo lúdico do jogo, se inter-relaciona com todas as forças da imaginação criativa do sujeito, que nesse momento se permite vivenciar os mais variados papéis e os mais variados conhecimentos, articulando-os entre si, serve como alívio das tensões e presta-se a dar repouso à alma, pois no processo de ludicidade penetra-se no sentimento mágico de realidade, onde o tempo perde de certa forma o seu valor passando a produzir com a sensação de estar além da natureza. O jogo evolui, pelo contrário, por tensão e por relaxamento, (...) “relaxamento do esforço adaptativo e por manutenção ou exercício de atividades pelo prazer único de dominá-las e dela extrair como que um sentimento de eficácia ou de poder”. (PIAGET, 1975, p.118) Nesse caso, percebe-se que o jogo, o brinquedo, a brincadeira serve como um estímulo importante para o desenvolvimento, pois no brincar a criança veste- se do personagem que quer ser, supera limitações e exercita avanços consideráveis assimilando novas descobertas. Pode-se buscar uma aproximação do pensamento de Piaget: (...) vê se logo como uma sanção repetida pode consolidar a associação, até o momento em que a assimilação tornar-se-á possível com o progresso da inteligência: É o que acontece quando se brinca constantemente com a criança, quando se a incentiva e encoraja etc. (PIAGET, 1975, p.46) De fato, uma proposta lúdica, centrada no brincar no espaço educativo que inclui e recebe a todos, que articula a convivência tolerante com as diferenças, liga- se nessa rede, onde no exercício do encontro humano, cada momento é único, subjetivo e singular. Cheio de mistérios, encantamentos, desencantos, conquistas e desafios incompreensíveis. No entanto, ser educador ou educadora é estar fazendo um mundo melhor a cada dia, é saber que a sociedade é feita por cada um e cada uma que circula por nossas vidas durante um ano, vários anos e assim sucessivamente. É provocar uma metamorfose diária, transformando e deixando se transformar. E assim ir tocando a

JUSTIFICATIVA

A presente pesquisa vai tratar de dois temas importantes para a educação, articulando uma inter-relação entre eles. A questão do resgate do brincar e suas implicações, utilizando- o como instrumento pedagógico na escola inclusiva. Este trabalho visa evidenciar a relevância da brincadeira para a educação especial. Para tanto, pretende-se traçar a trajetória histórica da educação especial e do processo de inclusão; discutir-se a importância dos jogos e brincadeiras para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno com necessidades educativas especiais e propor-se atividades lúdicas como metodologia de trabalho do professor na sala de aula. Esse estudo auxiliará na ação pedagógica das instituições de ensino, como também irá colaborar com os educadores que desejam modificar ou aprimorar sua ação pedagógica propondo-se ao esclarecimento da importância do desenvolvimento das atividades lúdicas em sala de aula, principalmente no que se refere aos alunos com necessidades educacionais especiais. Cabe aqui, portanto, ao realizar essas reflexões, contribuir para subsidiar ações baseadas em elementos lúdicos no processo educativo, em especial, na sala de aula com alunos com necessidades especiais. No entanto, o sentido verdadeiro da educação lúdica, só estará garantido se o educador estiver preparado para realizá-lo e a escolar aceitá-lo como um recurso de conhecimento sobre os fundamentos da mesma. Assim, a ludicidade e a criança caminham juntas desde o momento em que se fixa a imagem da mesma como um ser que brinca. Portadora ou não de necessidades especiais a criança é de uma especificidade que se expressa pelo ato

lúdico, à infância carrega consigo as brincadeiras que se perpetuam e se renovam a cada geração.

METODOLOGIA

No presente trabalho será utilizada a pesquisa qualitativa como forma de aproximação e compreensão do universo de pesquisa, no intuito de conhecer os significados da importância deste tema. Pois, conforme LUCK, (...) “a pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte direta de dados e o pesquisador como seu principal instrumento” (1986, p.11). Assim busca-se superar a distância entre a ciência e o conhecimento popular, provocando um diálogo entre esses dois pólos, Para CERVO e BERVIAN, documento “é toda a base de conhecimento fixado materialmente e suscetível de ser utilizado para consulta ou prova” (1996, p.68).

CAPITULO 1 - O TRABALHO COM O LÚDICO ATRAVÉS DA HISTÓRIA

Do ponto de vista histórico a dimensão lúdica se destaca a partir da época em que a criança no seu cotidiano está inserida num espaço em que a mesma ocupa numa dimensão social específica. Na educação em que se encontra e as relações sociais que mantém com o seu mundo. Diversos estudos clássicos destacam a determinação das origens brasileiras na mistura de três raças ou na assimilação progressiva, nos primeiros séculos, das raças vermelha e negra pela raça branca, na figura dos primeiros portugueses colonizadores. Foi graças a esse cruzamento, estimulado pela ausência de preconceitos raciais, que no Brasil se misturaram às raças brancas, ameríndias e africanas na formação do povo brasileiro. Posteriormente, continuou o cruzamento com povos europeus e asiáticos, produzindo a grande heterogeneidade da composição populacional de hoje em dia. Com essa mistura das populações veio também seu folclore. Ao longo do processo de miscigenação, o folclore brasileiro recebeu nova cor, tomou novos aspectos. Mas o que havia de português permaneceu e perdurou. Foram através desses primeiros colonizadores que a ludicidade veio unida com o folclore lusitano, incluindo os contos, histórias, lendas e superstições que se perpetuam pelas vozes adocicadas das negras, e também jogos, as brincadeiras de roda, festas, técnicas e valores. Em virtude da ampla miscigenação étnica a partir do primeiro grupo de colonização, fica difícil precisar a contribuição especifica de brancos, negros e índios

A ludicidade faz parte das atividades essenciais da dinâmica humana. Caracterizando por ser espontâneo funcional e satisfatório levando a realização de diversas atividades que englobam a criança dentro de sua especificidade contribuindo para uma satisfação pessoal. Portanto, a ludicidade pode ser um tema atual, porém já era um tema estudado de muito tempo atrás. Visto numa abordagem restrita à Educação Física e presente somente nestas aulas, sem vínculo a outras demais áreas de conhecimento.

1.1. O BRINCAR COMO ARTICULADOR DAS RELAÇÕES

O termo lúdico segundo o dicionário Larousse (1992, p. 699) vem do Latim - Ludus e traduz-se por jogo, brinquedo, divertimento, passatempo, relativo ao jogo enquanto componente do comportamento humano. Porém, a definição que provoca uma aproximação com a intenção deste estudo refere-se, “... aqueles em que as crianças jogam juntas, de acordo com uma regra estabelecida que especifique: algum clímax preestabelecido e o que cada jogador deveria tentar fazer em papeis que são interdependentes, opostos e cooperativos” (KAMII e DEVRIES, 1991) Nesse sentido, o lúdico veste-se com a fantasia da brincadeira, do jogo, da competição e da cooperação mesmo se apresentando com certo antagonismo, a vivenciação de acontecimentos lúdicos caracteriza-se por um impulso em direção as conquistas de resultados sonhados. UIZINGA, autor do livro Homo Ludens, foi um dos pesquisadores mais dedicado ao estudo do lúdico, para ele, jogar é algo que antecede a civilização. Segundo o autor: O espírito de competição lúdica, enquanto impulso social é mais antigo que a cultura, e a própria vida está toda penetrada por ele, como por um verdadeiro fermento. O ritual teve origem no jogo sagrado, a poesia nasceu no jogo e dele se nutriu, a música e a dança eram puro jogo. O saber e a filosofia encontraram expressão em palavras e formas derivadas das competições religiosas. As regras da guerra e as convenções da vida aristocrática eram baseadas em modelos lúdicos. Daí se concluiu necessariamente que em suas faces primitivas a cultura é um jogo. (HUIZINGA, 1999. p. 193) A ludicidade precisa reconquistar um espaço nas salas de aula, pois sendo este um lugar de encontro de pessoas com suas singularidades, no momento em que estão descobrindo muitos conhecimentos, com relação à vida e o mundo, começando uma caminhada que marcarão profundamente a sua história, as inter-