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A IMPORTÂNCIA DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS UM ESTUDO EXPLORATÓRIO NA REGIÃO DE JUNDIAÍ
Tipologia: Teses (TCC)
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iv AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela saúde e por todas as oportunidades que me proporcionou até hoje. Aos meus pais, responsáveis pela minha formação como pessoa e grandes incentivadores em minha caminhada acadêmica e profissional. Ao meu marido pelo amor, companheirismo, paciência e carinho dispensados durante esta caminhada. Ao meu orientador, Professor Doutor Orlando Roque da Silva, mais que um orientador, um amigo e um exemplo por sua dedicação e paciência. Sempre com sugestões construtivas e muita sabedoria. Contribuiu muito para o meu desenvolvimento acadêmico e profissional. Aos amigos que estiveram ao meu lado nesta caminhada e entenderam as minhas ausências, em especial a Nelson Fioravanti Junior e Emerson Kiyoshi Agune. A todos que colaboraram de alguma forma para a realização desta pesquisa, principalmente as empresas que forneceram os dados. Aos professores Íris Bento da Silva e Takeshi Tachizawa pelas sugestões e contribuições oferecidas a este trabalho e a todo corpo docente e discente do programa de pós graduação da Faccamp.
v RESUMO
A produtividade é considerada hoje um fator determinante do sucesso empresarial. Nesse cenário, o uso adequado da Tecnologia da Informação (TI) nas organizações permite mais agilidade na tomada de decisões estratégicas. Dada a importância econômica das Micro e Pequenas Empresas (MPEs) da região de Jundiaí, este estudo analisou a percepção de seus gestores sobre o uso da TI e o grau de satisfação gerado pela produtividade nas atividades internas dessas empresas, relacionado também ao desempenho organizacional e à satisfação com a tecnologia adotada, considerando-se a sustentabilidade e a competitividade de mercado. Essa abordagem parte do pressuposto de que o uso eficiente da TI precisa ser observado para melhorias significativas nos processos de gestão, possibilitando às empresas definirem melhores estratégias de negócios. Para estudar esse fenômeno, metodologicamente adotou-se a Análise Envoltória de Dados (DEA) com o objetivo de medir o grau de produtividade no uso da TI pelas MPEs do setor industrial, comercial e de serviços. Para isso, foi realizada uma pesquisa descritiva e exploratória, com base quantitativa. Foram analisados os recursos de TI empregados (importância, investimentos e utilização de equipamentos) e de que forma eles impactam no desempenho organizacional (satisfação da diretoria e satisfação dos usuários). O questionário foi aplicado a 58 empresas dos setores comercial (25), serviços (19) e industrial (14). O resultado apresentado revelou a satisfação de diretoria e usuários, quanto aos recursos de TI, as tecnologias utilizadas e algumas indicações para que as empresas se mantenham sustentáveis e competitivas.
Palavras chaves: MPE, TI, DEA, percepção, desempenho organizacional.
Gráfico 15 - Investimento despendido para treinamentos / capacitações em informática.
viii
x LISTA DE SIGLAS
BCC Banker, Charnes e Cooper CCR Charnes, Cooper e Rhodes DANFE Documento Auxiliar de Nota Fiscal Eletrônica DEA Data Envelopment Analysis - Análise Envoltória de Dados DMU Decision Making Units – Unidades de Tomada de Decisão EFD Escrituração Fiscal Digital GC Gestão do Conhecimento GI Gestão da Informação IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IC Inteligência Competitiva MPEs Micro e Pequenas Empresas NFE Nota Fiscal Eletrônica PIB Produto Interno Bruto SI Sistema de Informação SPED Sistema Público de Escrituração Digital TI Tecnologia da Informação
As empresas precisam ter o entendimento e o controle de suas informações para que, ao transformá-las em conhecimento, possam ser utilizadas como base para os negócios, possibilitando a agilidade nas tomadas de decisões e de providências para realizar adequações, quando necessárias. Na prática, isso acontece com uso de aplicativos, internet e sistemas de informação. Eles são ferramentas que disponibilizam acesso, tratamento, geração e armazenamento de dados e informações para a empresa toda, em suas transações internas ou externas, tratando os dados com qualidade para que se tornem informações úteis. Segundo O’Brien (2003), existem três papéis fundamentais dos sistemas de informação: suporte aos processos de negócios, suporte à tomada de decisão e suporte à vantagem competitiva. Para uma micro ou pequena empresa, esses sistemas são vitais, uma vez que permitem realizar o tratamento das informações e trabalhar na criação de uma cultura de conhecimento e inovação para manter a competitividade de mercado. Dessa forma, criam-se as condições para aproveitar as oportunidades que possam surgir. Nos dias de hoje, existem outros fatores, como pregões eletrônicos e licitações, que contribuem para que uma MPE se destaque das demais empresas, comprovando a qualidade de seus produtos e serviços, sem que seu volume de capital interfira no processo. Segundo Maçada (2000), várias pesquisas atestam que a literatura é falha ao não mostrar, de maneira conclusiva, o impacto estratégico e econômico que os investimentos em TI têm sobre a produtividade organizacional. O sucesso empresarial, entretanto, depende fundamentalmente da capacidade de perceber, organizar e administrar as informações da empresa, aproveitando as ferramentas e recursos que a TI tem a oferecer.
A partir de entrevistas com vários empresários de MPEs da região de Jundiaí, observou-se que a TI parece não ter relação com a eficiência e eficácia organizacional. Mas as pesquisas acadêmicas e publicações em periódicos sobre uso estratégico da TI justamente apontam na direção contrária. Embora timidamente, a TI já faz parte do cotidiano das MPEs brasileiras. Pesquisas do SEBRAE (2010) mostraram que cerca de 60% das MPEs no país fazem investimentos em TI. Em 2009, esses investimentos atingiram US$ 7,4 bilhões. Segundo Albertin (2010), “as tecnologias da informação e comunicação estão cada vez mais presentes e disponíveis na sociedade, seja pelas mudanças nas políticas e práticas
empresariais, ou pelo seu barateamento e assimilação, além do surgimento de Infovia pública da Internet”. Considerando outros estudos já realizados, o histórico do tema compõe um quadro revelador. Em artigo, Orlikowski e Baroudi (1991) apontam a relação permanente entre tecnologia da informação, indivíduos e organizações. A pesquisa relata a preocupação com a forma que a tecnologia da informação é introduzida com sucesso em organizações. Já outros pesquisadores focam na construção de sistemas de informação que sejam eficientes, eficazes e que também aumentem a satisfação dos usuários. Há também um grande e crescente interesse na comunicação mediada por computador, suporte à comunicação, coordenação e decisão em grupo. Da mesma forma, há pesquisadores que se concentram nas mudanças de poder geradas pela tecnologia e pela dependência tecnológica. Percebe-se então que a preocupação com o entrosamento entre a TI e os mais diversos segmentos pessoais e organizacionais advém de longa data, devido à falta de sistemas adequados ou à falta de percepção dos gestores ao investir em recursos computacionais. Há também ambiguidades e conflitos de papéis entre profissionais. Alguns são desprezados na contratação por falta de conhecimento básico de informática por receio de insatisfação futura; outros são rejeitados quando há implantação de um sistema de informação, induzindo uma distorção do papel da TI nas organizações. Além de ser uma preocupação de longa data, o estudo de como a empresas usam a TI permanece atual e relevante. Principalmente, porque a maioria das empresas o faz sem uma visão clara da importância que a TI tem para o negócio, limitando-se a afirmar que ela é necessária, desde que não comprometa os recursos. Não é por acaso que Beltrame e Maçada (2009) identificaram a constante a preocupação dos executivos em justificar e avaliar os retornos de investimentos em TI. Em outras palavras, as empresas ainda veem a TI apenas como custo e não como um investimento, que proporciona melhorias de qualidade, serviços e agilidade de informações imprescindíveis para a estratégia competitiva. Ainda de acordo com Beltrame e Maçada (2009): “A TI não é somente uma ferramenta para automatizar os processos existentes, mas também um facilitador de mudanças organizacionais que podem levar a ganhos adicionais de produtividade”. O que só pode acontecer quando estudos são elaborados a fim de adequar a tecnologia ideal ao porte da empresa, uma vez que tal tecnologia existe e está disponível. Porém, o mais importante é saber investir o suficiente para extrair o máximo de informação e conhecimento, sem perder de vista os objetivos da empresa.
academia, com base em pesquisa realizada nos principais periódicos sobre gestão, na biblioteca virtual Proquest. São elas: Q1: Como os gestores das MPEs percebem a importância que a TI tem para o seu negócio? Q2: A percepção do gestor no uso da TI é determinante para melhoria e crescimento do seu negócio? Q3: Quais indicadores são os mais adequados para medir o impacto da TI no negócio? Q4: Existem diferenças na percepção entre gestores dos setores industrial, comercial e de serviços?
1.3 OBJETIVO GERAL
Na busca por respostas às questões levantadas anteriormente (tópico 1.2), esta pesquisa tem por objetivo geral determinar o grau de importância, baseado no nível de investimentos e de utilização que é atribuído a TI, nas MPEs em diferentes setores econômicos (indústria, comércio e serviço). Com base nos resultados, espera-se confrontar o senso comum entre os micro e pequenos empresários de Jundiaí de que a TI pode não agregar valor à eficiência técnica.
1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Este trabalho apresenta dados sobre as MPEs da Região de Jundiaí com a proposta de enriquecer a literatura sobre o tema. Além disso, estabelece relações com pesquisas já realizadas para não deixar de lado aspectos relevantes que necessitam fazer parte do conjunto de considerações fundamentais. Sendo assim, este estudo visa: i. verificar os elementos que compõem a área de TI; ii. mensurar a percepção do gestor sobre a TI nas atividades internas da empresa; iii. avaliar o grau de conversão dos recursos de TI disponibilizados em resultados; iv. propor uma classificação sobre a utilização da TI nas MPEs por setor produtivo.
Considerando que os dados de entrada ( inputs ) estão diretamente ligados à percepção e uso da TI (importância, investimento e treinamento) e que os dados de saída ( outputs ) estão
ligados à satisfação e eficiência (satisfação da direção e satisfação dos usuários), formula-se a seguinte hipótese:
H1: as MPEs cujos gestores percebem com maior nitidez a importância da TI são as mais eficientes; A partir da hipótese principal (H1) e considerando-se os setores produtivos, derivam- se outras três: H1A: as MPEs do setor industrial apresentam uma relação fraca entre TI e satisfação; H1B: as MPEs do setor de serviços apresentam uma relação forte entre TI e satisfação; H1C: as MPEs do setor de comércio apresentam uma relação moderada entre TI e satisfação.
Dessa forma, é possível analisar o grau de importância da TI buscando subsídios para políticas de fortalecimento das MPEs que se encontram mais vulneráveis no cenário competitivo atual.
Este trabalho está organizado em cinco Capítulos. No Capítulo 1, é apresentado o tema, a definição do problema, os objetivos, a justificativa e a hipótese para a realização da pesquisa. O Capítulo 2 traz a fundamentação teórica, em que são abordados seis elementos que proporcionam o suporte conceitual necessário para a elaboração do trabalho. São definidos os conceitos sobre o uso da TI nas empresas, MPEs, o impacto da TI nas empresas, o uso do DEA para criação de indicadores, visão setorial e indicadores de desempenho. A escolha da metodologia, definição e operacionalização de conceitos, a descrição e a forma de coleta de variáveis e análise dos dados na fase quantitativa são descritas no Capítulo
No Capítulo 4, é feita a tabulação dos dados obtidos por questionários aplicados no trabalho de campo e a apresentação dos resultados da pesquisa. Por fim, no Capítulo 5, é apresentada a Conclusão, procurado responder às questões da pesquisa, salientando as limitações encontradas, bem como fornecer informações e recomendações que contribuirão para estudos futuros. Esta pesquisa não é só para a academia,
na TI um meio de sobrevivência e diferencial competitivo. Na visão setorial percebeu-se que cada segmento econômico aponta importâncias diferenciadas à TI.
Para as medidas de desempenho, foi utilizado a DEA com o intuito de criar indicadores sobre o uso da TI. A utilização da DEA na análise das MPEs, baseou-se no conceito de Ferreira e Gomes (2009), apontando a DEA como capaz de avaliar o desempenho das organizações e atividades por meio de medidas de eficiência técnica.
No quesito importância no investimento de TI verificou-se o investimento em treinamentos e nível de utilização dos equipamentos de informática. Stair e Reynolds (2006), descreve a importância da utilização da TI nas empresas, caracterizado pela disseminação, integração e aceitação da mesma pelos colaboradores. Embora os recursos possam ser totalmente utilizados, nem sempre ocorre com os SI, por isso o investimento no treinamento em TI é observado no meio empresarial. Nos segmentos de saída, para a análise de eficiência, o retorno de investimento dos SIs descritos por Stair e Reynolds (2006), é um dos principais indicadores que passa a ser incorporado pela TI, tanto no ambiente operacional como no administrativo. Com relação a satisfação do uso da TI, Stair e Reynolds (2006), salientam que é difícil a mensuração, porém a importância da TI no trabalho das organizações, é um indicador relevante para aferir a satisfação da diretoria e dos usuários.
Segundo Laudon e Laudon (2007), “o fluxo contínuo de inovações na Tecnologia da Informação, combinado com as novas práticas empresariais e decisões gerenciais de alto padrão, está transformando a maneira de se fazer negócios, a maneira como as receitas são geradas e a maneira como os consumidores recebem os produtos e serviços”. Hoje, a informação adquiriu um significado diferente, mais abrangente e de extrema relevância no cenário organizacional. A importância da informação se estende a todos os âmbitos da sociedade e principalmente às MPEs, que antes não se preocupavam com o valor da informação, e agora precisam investir em tecnologia para a tomada de decisões, estratégia competitiva e sustentabilidade. Para se ter processos bem definidos e automatizados é preciso investir em tecnologia. E investir corretamente na tecnologia que é realmente necessária, e não no que há de mais moderno no mercado. De acordo com essa perspectiva, uma das mais crescentes e utilizadas pelas organizações é a TI (ALBERTIN e MOURA, 2004). Além de valorizar a informação, o investimento em TI é uma arma poderosa de vantagem competitiva sobre os concorrentes. Com a criação de indicadores, é possível avaliar a eficiência de produtos ou serviço. E tal prática se tornou uma preocupação constante para organizações, uma vez que o foco é a satisfação do cliente. Um dos questionamentos em relação à eficiência dos investimentos em TI é sobre o ganho efetivo das organizações ao adotá-las e qual o impacto estratégico e econômico que esses investimentos têm sobre a eficiência técnica. As tecnologias de informação e comunicação estão cada vez mais presentes em todos os aspectos da nossa sociedade. A utilização ampla e intensa das tecnologias da informação e comunicação, em um ambiente formado, é denominado Negócios na Era Digital. Por meio dele, ocorre o comércio eletrônico, que é considerado uma revolução socioeconômica importante pela maneira de hoje se conduzir ou criar novos negócios (ALBERTIN,2010). O investimento em TI hoje é fato, porém não se sabe se está ligado diretamente ao aumento de eficiência ou se fica restrito à sua própria a área. Sendo assim, é difícil saber se estão sendo totalmente aproveitados, de maneira que possam ser justificados. Portanto, são necessários estudos para a devida mensuração desses investimentos, a fim de avaliar seus impactos nas empresas. De acordo com Beal (2002), a expressão Tecnologia da Informação tem sido substituída, nos últimos anos, pelo termo Informática.