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Guias e Dicas
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A Importância da Língua de Sinais na Educação de Surdos, Esquemas de Língua Espanhola

Este documento aborda a importância da língua de sinais na educação de pessoas surdas. Ele discute a evolução histórica da educação de surdos, desde o oralismo até a abordagem bilíngue atual, destacando a relevância da língua de sinais como meio de comunicação e ensino. O texto também enfatiza a necessidade de capacitação dos professores na língua de sinais e na cultura surda, bem como a proposição de um currículo que contemple as especificidades do aluno surdo. Além disso, o documento apresenta os benefícios da escrita da língua de sinais, como a valorização social da língua, a melhoria da comunicação, o desenvolvimento cognitivo dos surdos e a preservação da história, cultura e literatura surda. Essa abordagem é fundamental para garantir a inclusão e o pleno desenvolvimento educacional dos alunos surdos.

Tipologia: Esquemas

2023

Compartilhado em 20/06/2024

anderson-richard-pereira
anderson-richard-pereira 🇧🇷

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Língua Brasileira de Sinais
Língua Brasileira de Sinais
Libras
Libras
AUTORIA
Elizete Pinto Cruz Sbrissia Pitarch Forcadell
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Baixe A Importância da Língua de Sinais na Educação de Surdos e outras Esquemas em PDF para Língua Espanhola, somente na Docsity!

Língua Brasileira de SinaisLíngua Brasileira de Sinais

– Libras – Libras

AUTORIA

Elizete Pinto Cruz Sbrissia Pitarch Forcadell

Bem vindo(a)!

Prezado(a) acadêmico(a)!

É com alegria que estamos chegando até você! Seja bem vindo(a) à Disciplina de Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS.

Os fundamentos teóricos e práticos da Língua Brasileira de Sinais que passaremos a discutir neste Material Didático, apresenta recortes dos estudos sobre: “O Ensino de Libras na Universidade: Políticas, Formação Docente e Práticas Educativas” , da Profª Me. Elizete Pinto Cruz Sbrissia Pitarch Forcadell, em sua Dissertação defendida no dia 10/04/2017, pelo Programa de Pós-Graduação - Mestrado Acadêmico em Ensino - Formação Docente Interdisciplinar da Universidade Estadual do Paraná, Campus de Paranavaí.

Considerando-se que, muitos dos futuros docentes ou prossionais de diversas áreas sociais terão contato com surdos em vários ambientes, o conhecimento que eles adquirirem nos cursos de graduação comporá, em muitos casos, a bagagem que levarão para sua prática.

Dessa perspectiva, minha aspiração enquanto professora dessa disciplina é poder contribuir com os aprendizes que recebem uma formação básica nessa área, e que tem consciência de que para atuar no ensino e/ou no atendimento às pessoas surdas, deverão aprofundar o conhecimento recebido.

Assim sendo este Material Didático foi elaborado em 4 Unidades de Estudos para que você, aprendiz de Libras, inicie suas primeiras experiências nessa língua.

Na Unidade I você encontrará as Políticas de Inclusão na Educação Regular, representado por meio dos períodos de expressivas transformações na implementação da política educacional nacional.

Na Unidade II passaremos a conhecer os Desdobramentos da Educação dos Surdos no Brasil, como ponto de partida na construção da sua identidade cultural, social e educacional.

Na Unidade III compartilharemos as Orientações Básicas para a Prática Docente em Salas de Aula Regular Inclusiva para Surdos, de modo a compreender a singularidade linguística, a interação/relação surdo/ouvinte.

Na Unidade IV trataremos da Prática do Ensino de Libras na Formação Universitária, apresentando a função gramatical dessa língua registrando visualmente o que mostram a execução dos sinais durante o comportamento/ação/performance dos Surdos em um evento comunicativo.

Unidade 1

A História da Educação de

Surdos e as Políticas de

Inclusão na Educação

Regular

AUTORIA

Elizete Pinto Cruz Sbrissia Pitarch Forcadell

Introdução

Esta Unidade apresenta estudos iniciais sobre as políticas de inclusão no Brasil a partir da década de 1990, por considerar que esse período representa um momento de expressivas transformações na implementação da política educacional nacional, uma vez que acompanhou a tendência mundial da propalada oferta da educação básica para todos os indivíduos como uma das formas de constituição de uma sociedade justa e igualitária.

Caro(a) acadêmico(a)! Você conhecerá um breve histórico da Educação Especial, e conhecer os caminhos e a evolução dessa modalidade educacional é importante, pois fará com que você reita e compreenda os vários enfoques atribuídos pela sociedade às pessoas com deciência, de acordo com os valores morais e éticos de cada época.

É fundamental que você compreenda que a história da educação dos surdos, a sua singularidade linguística, a sua identidade cultural e as políticas públicas que implementaram o ensino de Libras, também fazem parte do contexto histórico do qual passaremos a conhecer a partir dessa Unidade de estudo, que tudo isso não surgiu repentinamente, mas derivou-se de uma longa e dura trajetória, fruto de uma evolução decorrente de mudanças culturais e sociais.

Além disso, você terá a oportunidade de reetir através destes estudos e todo o material complementar disponibilizado nesta Unidade, sobre as quatro fases da história da educação especial: exclusão, segregação/separação, integração e inclusão, e compreender que por se tratar de mudanças de paradigmas, essas fases não ocorreram ao mesmo tempo e nem de forma linear para todos os grupos sociais, já que cada população tem seu próprio momento cultural e histórico.

Bons estudos!

Para iniciarmos nossos estudos sobre o atual processo de inclusão vivenciado nos dias de hoje, é necessário retrocedermos ao longo da história da humanidade em que se questionou sobre a educação das pessoas com deciência. É necessário então, entendermos como se deu a prática social em torno dessa questão, considerando a relevância da relação entre o passado e presente para a compreensão do atual momento das políticas educacionais que visam ao atendimento das pessoas público alvo da educação especial no Brasil, há de se pensar na longa trajetória percorrida para que se possa garantir a escolarização desses estudantes nas escolas de ensino comum ou regular.

Na gura a seguir, Beyer (2006, p. 279) ilustra essas práticas sociais: exclusão, segregação, integração e inclusão e explica como ocorreram essas mudanças históricas e como se contextualizaram as políticas públicas em torno da inclusão.

Fonte: Beyer (2006, p. 279).

Ele destaca que, na fase de exclusão , as pessoas com deciência não estavam inseridas em nenhum tipo de instituição de ensino. Isto signica dizer que, nessa fase, essas pessoas estavam excluídas de toda e qualquer forma de educação e do próprio convívio social.

Já na fase de segregação ou de separação , as pessoas com deciência começaram a ser inseridas nas escolas especiais, surgindo, assim, as primeiras instituições de ensino para essas pessoas, mas, ainda era notória a separação dessas pessoas do convívio social.

A História da Educação dos

Surdos na Europa e nos

EUA

AUTORIA

Elizete Pinto Cruz Sbrissia Pitarch Forcadell

Strobel (2009) apresenta um cronograma é extraído de várias partes de muitas publicações sobre a história dos surdos:

Idade Antiga - (4.000 a.C - 476 d.C.)

Roma: os surdos não eram perdoados porque achavam que eram pessoas castigadas ou enfeitiçadas, a questão era resolvida por abandono ou com a eliminação física, eram jogados no rio Tiger. Só se salvavam aqueles que do rio conseguiam sobreviver ou aqueles cujos pais os escondiam, mas era muito raro, também eram feitos de escravos obrigando-os a passar toda a vida dentro do moinho de trigo empurrando a manivela. Grécia: os surdos eram considerados inválidos e muito incômodo para a sociedade, por isto eram condenados à morte – lançados abaixo do topo de rochedos de Taygéte, nas águas de Barathere - e os sobreviventes viviam miseravelmente como escravos ou abandonados à própria sorte. Egito e Pérsia: os surdos eram considerados como criaturas privilegiadas, enviados dos deuses, porque acreditavam que eles comunicavam em segredo com os deuses. Havia um forte sentimento humanitário e respeito, protegiam e tributavam aos surdos a adoração, no entanto, os surdos tinham vida inativa e não eram educados.

500 a.C.

O lósofo Hipócrates associou a clareza da palavra com a mobilidade da língua, mas nada falou sobre a audição.

470 a.C.

O lósofo heródoto classicava os surdos como “Seres castigados pelos deuses”. O lósofo grego Sócrates perguntou ao seu discípulo Hermógenes: “Suponha que nós não tenhamos voz ou língua, e queiramos indicar objetos um ao outro. Não deveríamos nós, como os surdos-mudos, fazer sinais com as mãos, a cabeça e o resto do corpo?” Hermógenes respondeu: “Como poderia ser de outra maneira, Sócrates?” (Cratylus de Plato, discípulo e cronista, 368 a.C.).

355 a.C.

O lósofo Aristóteles (384 – 322 a.C.) acreditava que quando não se falavam, consequentemente não possuíam linguagem e tampouco pensamento, dizia que: “... de todas as sensações, é a audição que contribuiu mais para a inteligência e o conhecimento..., portanto, os nascidos surdo-mudo se tornam insensatos e naturalmente incapazes de razão”, ele achava absurdo a intenção de ensinar o surdo a falar.

O Juan Pablo Bonet publicou o primeiro livro sobre a educação de surdos em que expunha o seu método oral, “Reduccion de las letras y arte para enseñar a hablar a los mudos” no ano de 1620 em Madrid, Espanha. Bonet defendia também o ensino precoce de alfabeto manual aos surdos.

1644

John Bulwer (1614-1684) publicou “Chirologia e Natural Language of the Hand”, onde preconiza a utilização de alfabeto manual, língua de sinais e leitura labial, idéia defendida pelo George Dalgarno anos mais tarde. John Bulwer acreditava que a língua de sinais era universal e seus elementos constituídos icônicos.

1648

John Bulwer publicou “Philocopus”, onde armava que a língua de sinais era capaz de expressar os mesmos conceitos que a língua oral.

1700

Johan Conrad Ammon (1669-1724), médico suíço desenvolveu e publicou método pedagógico da fala e da leitura labial: “Surdus Laquens”.

1741

Jacob Rodrigues Pereira (1715-1780),foi provavelmente o primeiro professor de surdos na França, oralizou a sua irmã surda e utilizou o ensino de fala e de exercícios auditivos com os surdos. A Academia Francesa de Ciências reconheceu o grande progresso alcançado por Pereire: “Não tem nenhuma diculdade em admitir que a arte de leitura labial com suas reconhecidas limitações, (...) será de grande utilidade para os outros surdosmudos da mesma classe, (...) assim como o alfabeto manual que o Pereira utiliza”.

1755

Samuel Heinicke (1729-1790) o “Pai do Método Alemão” – Oralismo puro – iniciou as bases da losoa oralista, onde um grande valor era atribuído somente à fala, em Alemanha. Samuel Heinicke publicou uma obra “Observações sobre os Mudos e sobre a Palavra”. Em ano de 1778 o Samuel Heinicke fundou a primeira escola de oralismo puro em Leipzig, inicialmente a sua escola tinha 9 alunos surdos. Em carta escrita à L’Epée, o Heinicke narra: “meus alunos são ensinados por meio de um processo fácil e lento de fala em sua língua pátria e língua estrangeira através da voz clara e com distintas entonações para a habitações e compreensão. Uma pessoa muito conhecida na história de educação dos surdos, o abade Charles Michel de L’Epée (1712-1789) conheceu duas irmãs gêmeas surdas que se comunicavam através de gestos, iniciou e manteve contato com os surdos

carentes e humildes que perambulavam pela cidade de Paris, procurando aprender seu meio de comunicação e levar a efeito os primeiros estudos sérios sobre a língua de sinais. Procurou instruir os surdos em sua própria casa, com as combinações de língua de sinais e gramática francesa sinalizada denominado de “Sinais métodicos”. L’Epée recebeu muita crítica pelo seu trabalho, principalmente dos educadores oralistas, entre eles, o Samuel Heinicke. Todo o trabalho de abade L’Epée com os surdos dependia dos recursos nanceiros das famílias dos surdos e das ajudas de caridades da sociedade. Abade Charles Michel de L’Epée fundou a primeira escola pública para os surdos “Instituto para Jovens Surdos e Mudos de Paris” e treinou inúmeros professores para surdos. O abade Charles Michel de L’Epée publicou sobre o ensino dos surdos e mudos por meio de sinais metódicos: “A verdadeira maneira de instruir os surdos-mudos”, o abade colocou as regras sintáticas e também o alfabeto manual inventado pelo Pablo Bonnet e esta obra foi mais tarde completada com a teoria pelo abade Roch-Ambroise Sicard.

1760

Thomas Braidwood abre a primeira escola para surdos na Inglaterra, ele ensinava aos surdos os signicados das palavras e sua pronúncia, valorizando a leitura orofacial

Idade Contemporânea - (1789 até os nossos dias)

1789

Abade Charles Michel de L’Epée morre. Na ocasião de sua morte, ele já tinha fundado 21 escolas para surdos na França e na Europa.

1802

Jean marc Itard, Estados Unidos, armava que o surdo podia ser treinado para ouvir palavras, ele foi o responsável pelo clássico trabalho com Victor, o “garoto selvagem” (o menino que foi encontrado vivendo junto com os lobos na oresta de Aveyron, no sul da França), considerando o comportamento semelhante à um animal por falta de socialização e educação, apesar de não ter obtido sucesso com o “selvagem” na relação à língua francesa, mas inuenciou na educação especial com o seu programa de adaptação do ambiente; armava que o ensino de língua de sinais implicava o estímulo de percepção de memória, de atenção e dos sentidos.

1814

Em Hartford, nos Estados unidos, o reverendo Thomas Hopkins Gallaudet (1787-

  1. observava as crianças brincando no seu jardim quando percebeu que

“Fala visível” ou “Linguagem visível”, sistema que utilizava desenhos dos lábios, garganta, língua, dentes e palato, para que os surdos repitam os movimentos e os sons indicados pelo professor.

1855

Eduardo Huet, professor surdo com experiência de mestrado e cursos em Paris, chega ao Brasil sob beneplácito do imperador D.Pedro II, com a intenção de abrir uma escola para pessoas surdas.

1857

Foi fundada a primeira escola para surdos no Rio de Janeiro – Brasil, o “Imperial Instituto dos Surdos-Mudos”,hoje, “Instituto Nacional de Educação de Surdos”– INES, criada pela Lei nº 939 (ou 839?) no dia 26 de setembro. Foi nesta escola que surgiu, da mistura da língua de sinais francesa com os sistemas já usados pelos surdos de várias regiões do Brasil, a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais). Dezembro do mesmo ano, o Eduardo Huet apresentou ao grupo de pessoas na presença do imperador D.Pedro II os resultados de seu trabalho causando boa impressão.

1861

Ernest Huet foi embora do Brasil devido aos seus problemas pessoais, para lecionar aos surdos no México, neste período o INES cou sendo dirigido por Frei do Carmo que logo abandonou o cargo alegando: “Não agüento as confusões” e com isto foi substituído por Ernesto do Prado Seixa.

1862

Foi contratado para cargo de diretor do INES, Rio de Janeiro, o Dr. Manoel Magalhães Couto, que não tinha experiência de educação com os surdos.

1864

Foi fundado a primeira universidade nacional para surdos “Universidade Gallaudet” em Washington – Estados Unidos, um sonho de Thomas Hopkins Gallaudet realizado pelo lho do mesmo, Edward Miner Gallaudet (1837-1917).

1867

Alexander Grahan Bell (1847-1922), nos Estados Unidos, dedicou-se aos estudos sobre acústica e fonética.

1868

Após a inspeção governamental, o INES foi considerado um asilo de surdos, então o dr. Manoel Magalhães foi demitido e o sr. Tobias Leite assumiu a direção. Entre os anos 1870 e 1890, o Alexander Grahan Bell publicou vários artigos criticando casamentos entre pessoas surdas, a cultura surda e as escolas residenciais para surdos, alegando que são os fatores o isolamento dos surdos com a sociedade. Ele era contra a língua de sinais argumentando que a mesma não propiciavam o desenvolvimento intelectual dos surdos.

1872

Alexander Graham Bell abriu sua própria escola para treinar os professores de surdos em Boston, publicou livreto com método “ O pioneiro da fala visível”, a continuação do trabalho do pai.

1873

Alexander Graham Bell deu aulas de siologia da voz para surdos na Universidade de Boston. Lá ele conheceu a surda Mabel Gardiner Hulbard com quem se casou no ano 1877.

1875

Um ex-aluno do INES, Flausino José da Gama, aos 18 anos, publicou “Iconograa dos Signaes dos Surdos-Mudos”, o primeiro dicionário de língua de sinais no Brasil.

1880

Realizou-se Congresso Internacional de Surdo-Mudez, em Milão – Itália, onde o método oral foi votado o mais adequado a ser adotado pelas escolas de surdos e a língua de sinais foi proibida ocialmente alegando que a mesma destruía a capacidade da fala dos surdos, argumentando que os surdos são “preguiçosos” para falar, preferindo a usar a língua de sinais. O Alexander Graham Bell teve grande inuência neste congresso. Este congresso foi organizado, patrocinado e conduzido por muitos especialistas ouvintes na área de surdez, todos defensores do oralismo puro (a maioria já havia empenhado muito antes de congresso em fazer prevalecer o método oral puro no ensino dos surdos). Na ocasião de votação na assembléia geral realizada no congresso todos os professores surdos foram negados o direito de votar e excluídos, dos 164 representantes presentes ouvintes, apenas 5 dos Estados Unidos votaram contra o oralismo puro. Nasce a Hellen Keller em Alabama, Estados Unidos. Ela cou cega, surda e muda aos 2 anos de idade. Aos 7 anos foi conada a professora Anne Manseld Sullivan, que lhe ensinou o alfabeto manual tátil (método empregado pelos surdos-cegos). Hellen Keller obteve graus universitários e publicou trabalhos autobiográcos.

Como Chegamos de Fato à

Inclusão das Pessoas com

Deciência no Ensino

Regular?

AUTORIA

Elizete Pinto Cruz Sbrissia Pitarch Forcadell

A sociedade, ao longo de sua história, tem se mostrado relutante em admitir e respeitar as diferenças. Na sociedade moderna, o empenho pela integração aos meios de produção promoveu entre os homens a exclusão daqueles que não se enquadravam às exigências do mercado.

Conforme explica Fernandes (1998 p. 56), no início do século XIX, as instituições (igrejas, escolas, hospitais, prisões, entre outras), em conexão com o processo produtivo, empenharam-se em normatizar suas relações sociais, visando adaptar os indivíduos a um sistema regulador, inclusive estruturado arquitetonicamente para privilegiar a tutela e a disciplina.

Fonte: Brasil (2006, p. 6).

Os diferentes olhares do mundo social em que se vive, inscreve-se no início do século XXI. Um tempo onde múltiplas identidades culturais e sociais são discutidas, desconstruindo o pensamento da razão unitária, linear, xa, nas relações entre os sujeitos. Nessas práticas sociais, novas categorias assumem lugar em diferentes espaços: identidade, alteridade, diferença, subjetividade, e representação cultural.

Desse modo, a sociedade tem por obrigação compreender a cultura das pessoas com deciência ou com necessidades educacionais especiais, pois mesmo sendo vistos como integrantes de grupos minoritários, eles convivem nessa sociedade e, também, lutam pela vida social, e ao mesmo tempo vão compondo, produzindo, organizando, atribuindo sentidos às suas vidas, nas diferentes relações culturais, políticas, educacionais, sociais e linguísticas, que estabelecem entre sujeitos na sociedade.