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Este trabalho analisa a relevância da família na educação e na vida escolar da criança, refletindo os papéis específicos de cada uma dessas instituições, de forma a identificar o papel do professor como educador no processo de valorização da educação desenvolvida pela família e apontar a necessidade da valorização da educação familiar na escola, em prol de uma formação significativa das crianças. O documento aborda a evolução do conceito de família, as mudanças nos papéis e responsabilidades dos pais, a importância da participação da família no processo de aprendizagem e desenvolvimento da criança, bem como a necessidade de uma maior integração entre a família e a escola para o sucesso educacional dos alunos. A descrição destaca a relevância do tema, a análise realizada e as principais conclusões do estudo.
Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas
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Luis Alberto Beltrao de Souza^1 RESUMO A escola é constituída e transformada a partir da ação dos sujeitos que a compõem. Atualmente, a relevância dos pais na aprendizagem infantil tornou-se importante nas discussões sobre o sucesso ou fracasso do aluno. Isto porque a família é um dos primeiros ambientes de socialização do indivíduo e a grande responsável pela transmissão de valores, crenças, ideias e significados. Assim, a criança necessita de um ambiente familiar adequado, de uma estrutura familiar sólida, pois a perda ou abandono dos pais causa um grande impacto no desenvolvimento e aprendizagem da mesma. Este trabalho vem mostrar a relação da educação entre a família e escola, abordando o papel dos pais no processo de aprendizagem dos filhos e sua importância para a formação social do indivíduo. Propõe uma observação na relação família-sujeito-escola, baseado na técnica de integração relacional dentro das modalidades de reflexão e discussão como meio para esclarecer esta relação educativa, possibilitando o despertar de processos internos do aluno, ligando seu aprendizado à sua relação com o ambiente sócio cultural em que vive. Palavras-chave: Família. Escola. Aprendizagem infantil. 1 INTRODUÇÃO A aprendizagem é um momento muito especial na vida de todo ser humano, momento este, que se passa, primeiramente, no seio da família e, portanto, compreende-se a importância social na educação da criança. Entende-se a família, como o início da história de todo ser humano, é base e ponto de referência da sociedade. É na infância que se inicia a socialização da pessoa, quando a criança começa a se situar em relação aos outros, aprende a linguagem domiciliar, começa a formar ideias, princípios e valores, atitudes, padrões de comportamento e habilidades adquiridas na interação com seus semelhantes. A família é o lugar em que a criança adquire, inicialmente, sua compreensão de mundo e de valores, enquanto a escola, por sua vez, tem a missão de ampliar essas concepções. Nesse momento, surge o educador com o papel de contribuir para a valorização da educação desenvolvida pela família. (^1) Pós Graduando Docência do Ensino Superior.
De acordo com Vygotsky (1973), “O indivíduo se constitui enquanto tal não somente devido ao processo de maturação orgânica, mas principalmente, através de suas interações sociais, a partir das trocas estabelecidas com seus semelhantes. ” Dessa maneira, a diversidade, característica presente em qualquer grupo humano, passa a ser vista como fator indispensável para as interações na sala de aula. Os diferentes ritmos, comportamentos, experiências, trajetórias pessoais, contextos familiares, valores e níveis de conhecimentos de cada criança (e de cada Professor) imprimem ao cotidiano escolar a possibilidade de troca de repertórios de visão de mundo, confrontos, ajuda mútua e consequentemente ampliação das capacidades individuais. Este trabalho tem como objetivo analisar a relevância da família na educação e na vida escolar da criança, refletindo os papéis específicos de cada uma dessas instituições, de forma a identificar o papel do professor como educador no processo de valorização da educação desenvolvida pela família e apontar a necessidade da valorização da educação familiar na escola, em prol de uma formação significativa das crianças. A escolha do tema “A Relevância da Família na Educação Infantil” justifica- se, por acreditar que é imprescindível para um profissional de educação compreender a necessidade de procurar contribuir no sentido de trazer a família para o ambiente escolar, tendo em vista que o elemento principal e alvo maior da educação é a criança. Acredita-se que uma vez que a família e a escola são instituições que se inter-relacionam e se complementam, e tendo um seu papel específico é necessário que cada uma delas tenha consciência de suas responsabilidades e procurem interagir, pois é através da interação, da soma de forças que a educação da criança se fará de forma plena. Foi utilizada a pesquisa bibliográfica, com busca e consultas a diferentes fontes escritas (livros, artigos, trabalhos acadêmicos, sites, entre outros), que tratam do tema sobre a relevância da família na educação infantil. O trabalho de Conclusão do Curso de Pós Graduação aborda: a Introdução, Conceituando Família e Escola, Família e Escola no Processo de Desenvolvimento Infantil.
nacional e nas diretrizes do Ministério da Educação aprovadas no decorrer dos anos 90, tais como: Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8069/90), nos artigos 4º e 55; Política Nacional de Educação Especial, que adota como umas de suas diretrizes gerais: adotar mecanismos que oportunizem a participação efetiva da família no desenvolvimento global do aluno. Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96), artigo 1º, 2º, 6º e 12; Plano Nacional de Educação (aprovado pela lei nº 10172/2007), que define como uma de suas diretrizes a implantação de conselhos escolares e outras formas de participação da comunidade escolar (composta também pela família) e local na melhoria do funcionamento das instituições de educação e no enriquecimento das oportunidades educativas e dos recursos pedagógicos (LEITE; GOMES, [2007 ?], p. 3). Assim, os pais se tornam responsáveis pelos sucessos e fracassos dos filhos, tomando para si a função de instalá-los na sociedade. Para isso mobilizam um conjunto de estratégias para o desempenho do filho na sociedade, principalmente e inicialmente no âmbito escolar, sendo a escola uma ponte importante na definição dos destinos ocupacionais do indivíduo. Tendo se tornado quase impossível a transmissão direta dos ofícios dos pais aos filhos, o processo de profissionalização passa cada vez mais por agências específicas, dentre as quais a mais importante é, sem dúvida, a escola. Dessen e Polonia (2007) salientam que “a escola surge como uma instituição fundamental para o indivíduo e sua constituição, como também para a evolução da sociedade e da humanidade”. Sendo a escola um microssistema da sociedade, esta não apenas reflete as transformações atuais como também deve lidar com diferentes demandas do mundo globalizado. Uma das tarefas mais importantes da escola passa a ser o preparo dos pais e dos professores para viverem e superarem as dificuldades em um mundo de mudanças rápidas e conflitos interpessoais, contribuindo para o processo de desenvolvimento do indivíduo. 3 FAMÍLIA E ESCOLA NO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO INFANTIL 3.1 O Papel da Família no Desenvolvimento Infantil Segundo Nascimento (2009), “a família desempenha um papel fundamental no desenvolvimento infantil, pois a criança passa a maior parte do tempo com os pais, e deles aprende muitas noções para que se desenvolva de forma plena”. Assim, os pais precisam se conscientizar que exercem influência no comportamento dos filhos e que suas atitudes podem desempenhar um papel positivo ou negativo, marcando a criança até a idade adulta.
3.2 A relevância da Escola no Desenvolvimento Infantil A criança é um sujeito social que estabelece uma função produtora e portadora de cultura, sendo a infância considerada como um tempo de preparação da criança, onde a mesma sonha, brinca, joga, desenha etc. Nesse sentido, a criança é a protagonista de um momento único em sua vida: seu desenvolvimento. Segundo Pasqualini (2010), “a aprendizagem na escola é organizada com base na imitação”. Assim, a criança não aprende o que sabe fazer sozinha, mas sim o que ainda não sabe e lhe vem a ser acessível em colaboração com o professor e sob sua orientação. Para Nascimento (2009), “o primeiro papel da escola é levar a criança à plena realização de si mesmo”. Quando a criança chega à escola, o professor deve demonstrar às mesmas oportunidades de crescimento como ser humano, de mostrar suas potencialidades e de se desenvolver fisicamente, moralmente e intelectualmente. O professor tem a responsabilidade de estabelecer o vínculo entre as crianças, pois é na escola que essa interação se tornará cada vez mais frequente, mais fortalecida, mais social e complexa. Já que um dos pré- requisitos para estabelecer e manter essas relações é a capacidade de controlar seu próprio comportamento, levando em conta as necessidades e sentimentos das outras crianças – isso só vai ocorrer de maneira equilibrada se o desenvolvimento da criança estiver se construindo de maneira satisfatória. À medida que as crianças crescem, elas se tornam mais capazes de agir socialmente, se tornam mais hábeis em se colocar na posição dos outros e adotar as regras e restrições de sua cultura (NASCIMENTO, 2009, p.45). A função da escola é socializar e desenvolver na criança aspectos que são inerentes à escola. O desenvolvimento infantil é um processo que tem relação com todos os momentos da vida do indivíduo, sendo a base de seu sucesso e fracasso. O professor, neste âmbito, tem um papel de transmitir a função da escola, ajudando a criança a encontrar um equilíbrio nas relações estabelecidas sem deixar que isso interfira em seu processo de aprendizagem e crescimento.
Quando a criança não tem estrutura familiar adequada, ou pela perda dos pais ou pelo abandono, a mesma sofre consequências que podem ter um grande impacto no seu desenvolvimento e processo de aprendizagem. Tal fato deve-se à responsabilidade total da escola pelo sucesso ou fracasso do aluno. Para Machado (2005), “as crianças abandonadas em abrigos foram submetidas a este estado pela falta de condições dos pais, como a busca de outras alternativas de sobrevivência, a miséria, gravidez na adolescência ou mães solteiras”. A função de educar e cuidar destas crianças são do Estado, sendo que a família substituta ou natural é melhor do que qualquer outra instituição, pois não existem vínculos afetivos em tais instituições. O problema de abandono ou falecimento dos pais tem consequências no desenvolvimento da criança, sendo que o processo de desenvolvimento começa com a mãe e o bebê, a na ausência da mãe, a criança pode se tornar vulnerável. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Um dos temas pedagógicos mais relevantes atualmente é a participação dos pais (família) na aprendizagem dos seus filhos (alunos). Tal fato deve-se às promoções da escola em prol de uma efetiva participação dos pais no processo de aprendizagem dos filhos e também da atuação neste processo, como a influência cultural ou socioeconômica dos mesmos. Através da elaboração do presente trabalho observa-se que o conceito de família evoluiu constantemente, e o modelo tradicional de pai, mãe e filhos já não é o ideal ou comum. Isto porque as famílias mudaram, com pais homossexuais, divórcios, filhos morando com primos, avós e tios. Com este contexto de família fica mais fácil definir o comportamento de um aluno. Mas, o que se pretende mesmo é que os pais (sejam do conceito antigo ou atual de família) se comprometam em participar mais da educação dos filhos tanto na escola quanto no ambiente em que a criança esteja inserida. A relevância dos pais na educação da criança é de suma importância, desde seu nascimento, pois cabe a eles o processo de socialização da criança, que, em determinado momento, difunde-se com o processo de socialização escolar, sendo que ambos (pais e escola) devem se unir para o sucesso da aprendizagem do aluno.