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Guias e Dicas
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A importância da alimentação em tempos de pandemia, Esquemas de Saúde do Trabalhador

O documento aborda questões relacionadas aos hábitos alimentares, exercício físico e obesidade. Discute-se a influência de fatores socioeconômicos, culturais e antropológicos na escolha adequada de alimentos para uma dieta balanceada. Além disso, destaca-se a importância do exercício físico na promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas. Por fim, aborda-se a obesidade como um problema de saúde pública e seus danos à saúde e prejuízos psicossociais. evidências científicas e estudos epidemiológicos para embasar as discussões.

Tipologia: Esquemas

2021

À venda por 15/01/2022

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Hábitos Alimentares
Embora a educação nutricional seja vista como um esforço destinado a mudar “hábitos
alimentares”, padrões alimentares são determinados por fatores que incluem, além de
educação orientada para uma nutrição adequada, fatores socioeconômicos, ecológicos,
culturais e antropológicos. Alguns destes fatores induzem à geração e manutenção de
“tabus alimentares” que impedem, principalmente nas camadas mais carentes da
população, a escolha adequada de alimentos para uma dieta balanceada. Este trabalho
aborda algumas destas questões, numa tentativa de provocar reflexão sobre educação
nutricional num contexto mais amplo como principal estratégia de combate à
hipovitaminose A, considerada um dos mais importantes problemas nutricionais e d e
Saúde Pública do mundo atual. A principal causa desta carência é a ingestão
inadequada de alimentos fonte de vitamina A, que muitas vezes está mais relacionada
às questões culturais e hábitos alimentares do que a fatores econômicos. Vários estudos
mostram que, no Brasil, os alimentos fonte deste nutriente são alvo de crenças,
proibições e tabus. Link 1
A inatividade física é fortemente relacionada à incidência e severidade de um vasto
número de doenças crônicas. Assim sendo, o exercício físico torna-se uma das
ferramentas terapêuticas mais importantes na promoção de saúde. A atividade física é
evidenciada há centenas de anos como promovedor de saúde. Tal ideia ganha respaldo
no discurso do “pai da medicina”, Hipócrates: “O que é utilizado, desenvolve-se, o que
não o é, desgasta-se... se houver alguma deficiência de alimento e exercício, o corpo
adoecerá”. O filósofo Platão compartilhava da importância do exercício, considerandoo
fundamental na manutenção do equilíbrio de corpo e mente (ou o espírito). Estudos
epidemiológicos demonstram que a inatividade física aumenta substancialmente a
incidência relativa de doença arterial coronariana (45%), infarto agudo do miocárdio
(60%), hipertensão arterial (30%), câncer de cólon (41%), câncer de mama (31%),
diabetes do tipo II (50%) e osteoporose (59%) (KATZMARZYK & JANSSEN, 2004). As evidências
também indicam que a inatividade física é independentemente associada à mortalidade,
obesidade, maior incidência de queda e debilidade física em idosos, dislipidemia,
depressão, demência, ansiedade e alterações do humor (GREGG, PEREIRA & CASPERSEN,
2000; GRUNDY, CLEEMAN, MERZ, BREWER JUNIOR, CLARK, HUNNINGHAKE, PASTERNAK, SMITH JUNIOR,
STONE, NATIONAL HEART, LUNG, AND BLOOD INSTITUTE, AMERICAN COLLEGE OF CARDIOLOGY
FOUNDATION & AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2004; LAUTENSCHLAGER & ALMEIDA, 2006; MANINI,
EVERHART, PATEL, SCHOELLER, COLBERT, VISSER, TYLAVSKY, BAUER, GOODPASTER & HARRIS, 2006;
WARBURTON, NICOL & BREDIN, 2006). Em populações pediátricas, o sedentarismo é também
considerado o principal fator responsável pelo aumento pandêmico na incidência de
obesidade juvenil. Além disso, recentes achados sugerem que a inatividade física é um
componente agravante do estado geral de saúde em crianças e adolescentes
acometidos por várias doenças, incluindo as cardiovasculares, renais, endocrinológicas,
neuromusculares e osteoarticulares (GUALANO, PINTO, PERONDI, LEITE PRADO, OMORI,
ALMEIDA, SALLUM & SILVA, 2010). Na sociedade moderna, sobretudo quando considerado que
cerca de 70% da população adulta não atinge os níveis mínimos recomendados de
atividade física. Fazendo alusão ao passado, nossos ancestrais dependiam de suas
habilidades e técnicas desenvolvidas a partir do seu condicionamento físico, eles tinham
uma estrutura corporal bem mais desenvolvida que grande parte da população atual,
com base nos dados acima, pois o estimulo e a dificuldade os obrigavam a lutar, onde
sobrevivia os mais fortes e bem preparados. Trata-se de um período longínquo (cerca
de 10 mil anos a.C.), no qual a caça, a luta e a fuga se faziam necessárias para a
alimentação e a sobrevivência dos nossos antepassados. Aqueles que logravam êxito
em suas “tarefas cotidianas” aumentavam suas chances de sobreviverem,
reproduzirem-se e, consequentemente, transmitirem seus genes às próximas gerações,
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Hábitos Alimentares

Embora a educação nutricional seja vista como um esforço destinado a mudar “hábitos alimentares”, padrões alimentares são determinados por fatores que incluem, além de educação orientada para uma nutrição adequada, fatores socioeconômicos, ecológicos, culturais e antropológicos. Alguns destes fatores induzem à geração e manutenção de “tabus alimentares” que impedem, principalmente nas camadas mais carentes da população, a escolha adequada de alimentos para uma dieta balanceada. Este trabalho aborda algumas destas questões, numa tentativa de provocar reflexão sobre educação nutricional num contexto mais amplo como principal estratégia de combate à hipovitaminose A, considerada um dos mais importantes problemas nutricionais e de Saúde Pública do mundo atual. A principal causa desta carência é a ingestão inadequada de alimentos fonte de vitamina A, que muitas vezes está mais relacionada às questões culturais e hábitos alimentares do que a fatores econômicos. Vários estudos mostram que, no Brasil, os alimentos fonte deste nutriente são alvo de crenças, proibições e tabus. Link 1 A inatividade física é fortemente relacionada à incidência e severidade de um vasto número de doenças crônicas. Assim sendo, o exercício físico torna-se uma das ferramentas terapêuticas mais importantes na promoção de saúde. A atividade física é evidenciada há centenas de anos como promovedor de saúde. Tal ideia ganha respaldo no discurso do “pai da medicina”, Hipócrates: “O que é utilizado, desenvolve-se, o que não o é, desgasta-se... se houver alguma deficiência de alimento e exercício, o corpo adoecerá”. O filósofo Platão compartilhava da importância do exercício, considerandoo fundamental na manutenção do equilíbrio de corpo e mente (ou o espírito). Estudos epidemiológicos demonstram que a inatividade física aumenta substancialmente a incidência relativa de doença arterial coronariana (45%), infarto agudo do miocárdio (60%), hipertensão arterial (30%), câncer de cólon (41%), câncer de mama (31%), diabetes do tipo II (50%) e osteoporose (59%) (KATZMARZYK & JANSSEN, 2004). As evidências também indicam que a inatividade física é independentemente associada à mortalidade, obesidade, maior incidência de queda e debilidade física em idosos, dislipidemia, depressão, demência, ansiedade e alterações do humor (GREGG, PEREIRA & CASPERSEN, 2000; GRUNDY, CLEEMAN, MERZ, BREWER JUNIOR, CLARK, HUNNINGHAKE, PASTERNAK, SMITH JUNIOR, STONE, NATIONAL HEART, LUNG, AND BLOOD INSTITUTE, AMERICAN COLLEGE OF CARDIOLOGY FOUNDATION & AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2004; LAUTENSCHLAGER & ALMEIDA, 2006; MANINI, EVERHART, PATEL, SCHOELLER, COLBERT, VISSER, TYLAVSKY, BAUER, GOODPASTER & HARRIS, 2006; WARBURTON, NICOL & BREDIN, 2006). Em populações pediátricas, o sedentarismo é também considerado o principal fator responsável pelo aumento pandêmico na incidência de obesidade juvenil. Além disso, recentes achados sugerem que a inatividade física é um componente agravante do estado geral de saúde em crianças e adolescentes acometidos por várias doenças, incluindo as cardiovasculares, renais, endocrinológicas, neuromusculares e osteoarticulares (GUALANO, SÁ PINTO, PERONDI, LEITE PRADO, OMORI, ALMEIDA, SALLUM & SILVA, 2010). Na sociedade moderna, sobretudo quando considerado que cerca de 70% da população adulta não atinge os níveis mínimos recomendados de atividade física. Fazendo alusão ao passado, nossos ancestrais dependiam de suas habilidades e técnicas desenvolvidas a partir do seu condicionamento físico, eles tinham uma estrutura corporal bem mais desenvolvida que grande parte da população atual, com base nos dados acima, pois o estimulo e a dificuldade os obrigavam a lutar, onde sobrevivia os mais fortes e bem preparados. Trata-se de um período longínquo (cerca de 10 mil anos a.C.), no qual a caça, a luta e a fuga se faziam necessárias para a alimentação e a sobrevivência dos nossos antepassados. Aqueles que logravam êxito em suas “tarefas cotidianas” aumentavam suas chances de sobreviverem, reproduzirem-se e, consequentemente, transmitirem seus genes às próximas gerações,

ao passo que aqueles que não obtinham sucesso em suas “aventuras” pré- históricas (ex.: caça) estavam fadados à morte ou, no linguajar darwinista, extinção. As evolução nos trouxe muitos benefícios, mas também nos tornou seres sedentários, evidencia-se que a facilidade encontrada em nossos meios e o desenvolvimento das tecnologias, nos impulsiona a ficarmos parados. Como consequência, condições como síndrome metabólica e obesidade emergiram. Além de nos tornamos sedentários, a indústria colabora com o estrago, trazendo drogas que prometem causar os efeitos de um exercício físico, segundo o autor: acreditamos que jamais surgirá uma droga que mereça a alcunha de “mimetizador” de exercício, sendo o próprio absolutamente ímpar como agente terapêutico (BOOTH & LAYE, 2009; GOODYEAR, 2008; HAWLEY & HOLLOSZY, 2009). link A obesidade é uma doença crônica definida como um acúmulo excessivo de tecido adiposo num nível que compromete a saúde dos indivíduos (WHO, 1997). Atualmente a obesidade tem se apresentado como um agravo importante para as sociedades modernas em face de seu avanço em diferentes partes do mundo. Os danos acarretados pela obesidade são extensos. Relacionam-se a diferentes enfermidades incluindo as cardio e cerebrovasculares, a diabetes não-insulino dependente, a hipertensão arterial sistêmica e certos tipos de câncer. Somam-se, ainda, prejuízos psicossociais relacionados à questão da discriminação a indivíduos sob esta condição patológica. Estima-se que os gastos públicos com a enfermidade consumam de 2% a 7% dos orçamentos de saúde nos países desenvolvidos (WHO, 1997). De forma semelhante ao constatado nesses países verifica-se nas últimas décadas a evolução do excesso de peso no Brasil. Notadamente observa-se a inversão dos indicadores nutricionais no país caracterizada pelo declínio substancial da desnutrição e em contrapartida pela ascensão da obesidade. De tal forma, que hoje a obesidade se apresenta como o maior problema alimentar da população brasileira. Link 2 Verificar a adesão ao tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2)em pacientes do Núcleo de Atenção à Saúde e Práticas Profissionalizantes (NASPP), Montes ClarosMG. Métodos: Estudo de campo transversal com abordagem quantitativa descritiva através de formulários específicos. São eles: Formulário Sociodemográfico, Questionário clínico MAT (Questionário de Medida de Adesão aos Tratamentos) e Questionário de Avaliação do Autocuidado adaptado. Amostra selecionada de 43 pacientes de ambos os sexos assistidos no setor de Endocrinologia do NASPP. Os dados foram submetidos à análise descritiva¸ através de média, desvio-padrão e frequência, adotando-se nível de significância p<0,05. Resultados: A maior parcela amostral pertencia ao sexo feminino (62,8%), na faixa etária de 50-59 anos (44,2%); 69,8% da amostra alcançou a meta terapêutica; 53,8% da amostra não tomou o medicamento alguma vez, sendo, 32,5% por se sentir melhor, 26,9% por se sentir pior e 50% porque o medicamento acabou. Houve significância estatística da relação entre dieta e exercício físico no controle glicêmico. Conclusão: Apesar de 100% da amostra ser aderente ao tratamento farmacológico, 30,2% dos pacientes não alcançaram a meta de controle dos seus níveis glicêmicos. Sendo assim, destaca-se a importância da associação entre o tratamento farmacológico, a realização de dieta balanceada e prática de exercícios físicos para atingir a meta glicêmica. link 4^ Bibliografia:

1. Art.: O PAPEL DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL A EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NO COMBATE ÀS CARÊNCIAS NUTRICIONAIS **https://www.scielo.br/j/rn/a/3zRDSYvpgXJ5KFMQXg7BwBb/?format=pdf&lang=pt

  1. Art.: Obesidade no Brasil: tendências atuais https://run.unl.pt/bitstream/10362/95877/1/2- 06 - 2006.pdf**