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Assistência de enfermagem ao parto natural
Tipologia: Esquemas
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Não perca as partes importantes!
Artigo apresentado à Faculdade do Centro Maranhense (FACMA) como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Nome do curso. Orientador: Prof. Dra. Jéssica Karine Távora de Sousa Barra do Corda/MA
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 Palavras-chave: Assistência de enfermagem. Humanização e assistência de enfermagem. Violência obstétrica. Métodos não farmacológicos. ABSTRACT
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 A palavra “humanizar”, se refere a um cuidado que parte da identificação dos direitos essenciais das mães e crianças e do direito à ciência adequada na assistência. Esse conjunto de demandas insere o direito à escolha de pessoas, maneiras da assistência no parto, à escolha de local e preservação da integridade da mãe e do bebê, o respeito ao parto experiência pessoal, sexual e familiar, apoios emocionais e a proteção contra negligência e abuso (QUEIROZ, 2003). Para Koettker, (2013) a humanização da assistência é de extrema importância para garantir que um momento único, como o parto, seja vivenciado de forma positiva e enriquecedora. É necessário resgatar o contato humano, ouvir, acolher, explicar, criar vínculo são quesitos indispensáveis no cuidado. Tão importante quanto o cuidado físico, a realização de procedimentos comprovadamente benéficos, a redução de medidas intervencionistas, a privacidade, a autonomia e o respeito à parturiente. O parto é uma experiência marcante para a mulher, podendo deixar lembranças positivas ou negativas como sofrimento, medo de engravidar novamente e depressão. Assim, os profissionais ao assistirem a parturiente precisam compreender como sua clientela vivencia a parturição, atender suas carências individuais, com sua participação ativa e poder de escolha, vislumbrando um modelo que possa levar a uma efetiva humanização do parto (MOUTA e PROAGIANTI, 2009). Proporcionar o parto mais humanizado é um grande desafio. Isso não requer voltar à história de como nossas avós e mães pariram, mas
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 abordagem qualitativa, sendo considerada um meio para a síntese de literaturas de certas temáticas, beneficiando uma compreensão maior de forma científica. A revisão integrativa é separada em seis etapas: Definição do problema; Estabelecimento de critérios para inclusão e exclusão de estudos/ amostragem ou busca na literatura; Definição das informações a serem extraídas dos estudos selecionados/ categorização dos estudos; Avaliação dos estudos incluídos; Interpretação dos resultados; Apresentação da revisão/síntese do conhecimento (MENDES et al,. 2008). A coleta de dados foi realizada nas bases de dados, SCIELO e BVS a partir do uso dos seguintes descritores em saúde: humanização; parto humanizado; assistência de enfermagem e parto natural. Os critérios de inclusão definidos para seleção dos artigos foram: artigos publicados em português, disponíveis na íntegra que retratassem a temática em estudo e compreendidos entre 2017 e 2022. Estabeleceu-se como critérios de exclusão: artigos incompletos, duplicados, editoriais, teses e dissertações. Os artigos incluídos foram organizados em forma de tabelas para melhor entendimento e análise de seu conteúdo.
2. O DESENVOLVIMENTO DO ARTIGO CIENTÍFICO No método de busca, foram consultados na Biblioteca Virtual da Saúde por meio das bases de dados: Literatura Latino-americana e do
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Bases de Dados de Enfermagem (BDENF). Na estruturação das buscas utilizou-se o operador “AND”, e registros nos descritores em ciência na saúde DECs: “humanização”, “parto humanizado”, “assistência de enfermagem” e “parto natural”. No qual foram encontrados 544 artigos, dos quais após a aplicação dos filtros, utilizou-se como critérios de inclusão: artigos no idioma Português, no intervalo de tempo 2017 a 2022, que abordassem o tema Humanização e Assistência de Enfermagem ao Parto Natural e que tivessem relação com o objetivo desse estudo. Os critérios de exclusão foram artigos publicados antes de 2017, artigos em outros idiomas e que não fizessem relação ao tema proposto. Após aplicar os filtros, foram encontrados 163 artigos, e após leitura de título e resumo foram excluídos 143 artigos, sendo selecionados 11 artigos para compor esse estudo. Os artigos selecionados foram lidos na íntegra, com finalidade de determinar as informações de maior interesse para o estudo.
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 2.1 RESULTADOS Após a leitura dos artigos, montou-se uma tabela especificando título, autores, objetivo e método de pesquisa. Foi esquematizado um quadro síntese contendo 20 artigos selecionados para serem analisados na presente pesquisa (quadro. 1). Desta forma, os objetivos e os resultados encontrados neste estudo contribuirão para o afundamento do tema estudado, possibilitando ao enfermeiro o conhecimento científico específico ao tema proposto. Quadro 1: Distribuição dos artigos, conforme: título, autores, objetivo e método. TÍTUL O
rtigo 1 Vivênci as sobre violência obstétrica: Boas práticas Nasci mento, D.E.M; Barbosa, J.I.C;
presente estudo objetivou compreender Pesqui sa exploratória e descritiva
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 de enfermagem na assistência ao parto. Barreto, B.N; Holanda, R.B; Fernandes, E.M; Neto, L; Tavares, R. o papel dos enfermeiros na prevenção da violência obstétrica no parto. Ar tigo 2
percepção do cuidado centrado na mulher por enfermeiras obstétricas num centro de parto normal Jacob, N.O; Rodrigues, D.P; Alves, V.H.F; Silva, E; Carneiro, M.S; Pena, L.H.G; Bonazzi, V.C.A.M Compr eender a percepção da atuação das enfermeiras obstétricas em relação à assistência às mulheres atendidas em um Centro de Parto Normal. Estudo descritivo, exploratório Ar tigo 3 Percep ção das puérperas sobre a assistência Souza , L.B.C; Ferreira, J.E.S; Oliveira, L.R; Analisa r na literatura a percepção da puérpera sobre a Qualita tivo
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 de saúde e o processo de humanização no centro obstétrico Gomes, R.R.T; Santos, A.S; Oliveira, H.M.S identificando os tipos de violência obstétrica, possíveis causas observadas e o papel do enfermeiro nesse cenário Ar tigo 6 Violênc ia obstétrica: uma revisão integrativa Souza , A.C.A; Tomé, L; Campolina, P.H; Costa, L.T; Lindner, S.R; Amorim, T; Felisbino, M.M.S Revisar pesquisas brasileiras, identificando os tipos de violência obstétrica, possíveis causas observadas e o papel do enfermeiro nesse cenário Revisã o integrativa Atuaçã Juliatt Identific Conve
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 Ar tigo 7 o da enfermeira obstetra em parto de risco habitual: um guia de cuidados o, J.B.C ar as dificuldades e potencialidad es do serviço de obstetrícia no cenário do estudo; construir um Guia de Cuidados para a atuação da Enfermeira Obstetra em parto de risco habitual. rgente Assistencial Ar tigo 8 Tecnol ogias apropriadas ao processo do trabalho de parto humanizado Souza , F.M.L.C; Santos, W.N.S; Santos, R.S.C; Rodrigues, O.B; Refletir sobre as tecnologias apropriadas utilizadas pelos enfermeiros generalistas e Reflex ão acerca das tecnologias duras
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 à mulher em processo de parturição embasando- se nas boas práticas de atenção ao parto e ao nascimento Ar tigo 11 Boas Práticas na atenção obstétrica e sua interface com a humanização da assistência Andra de, L.F.B; Quessia, P.R; Velozo, R.C. Analisa r as boas práticas adotadas na atenção à mulher e ao recém- nascido, em uma maternidade pública baiana, apoiada pela Rede Cegonha Descrit ivo com abordagem quantitativa
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 FONTE: SILVA, L. (2022) 2.2 DISCUSSÃO Após a análise de todos os artigos selecionados, foram divididos em 3 categorias: Violência Obstétrica; Humanização e Manejo de Enfermagem no Parto e Métodos não Farmacológicos durante o Parto Humanizado. 2.3 Violência Obstétrica A violência obstétrica é conceituado como apropriação dos processos reprodutivos e corpo das mulheres pelos profissionais de saúde, por meio de abuso de medicação, e patologização do processos naturais e assistência desumana, ocasionando a perda de capacidade livre de tomadas de decisões sobre o próprio corpo, sexualidade e autonomia (REDE PARTO DO PRINCÍPIO, 2012). A violência obstétrica, engloba diversos momentos do processo, podendo ser iniciado desde a gestação. Sendo considerado violência obstétrica, o pré-natal de má qualidade, nos quais se omitem e expõe informações equivocadas, como sugerir a parturiente um parto cesárea
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 com os indicadores de morbimortalidade perinatal e materna (SOUZA et al,. 2019). Um parto violento repercute ao longo da vida das parturientes trazendo traumas emocionais e memória das vítimas e a ideia de sofrimento referente a esse momento e dará continuidade de geração a geração (NASCIMENTO et al., 2017). 2.4 A Humanização e o Papel do Enfermeiro no Parto Natural O parto humanizado vai além de técnicas e práticas, foca-se no respeito à mulher como indivíduo, no momento da vida em que ela precisa de cuidados e atenção, que devem se expandir ao bebê e à família, assegurando a ele o direito a nascimento harmonioso e sadio. Esse método deve permear todos os serviços de saúde, os quais devem estar voltados na humanização da assistência ao parto, conforme as recomendações e as normas técnicas do Ministério da Saúde (MOURA,
Humanizar é reconhecer que o parto natural é fisiológico e normal, e que grande parte das vezes não necessita de qualquer intervenção, ter conhecimento que a mulher é capaz de guiar o processo e que ela é protagonista desse acontecimento, dialogar e informar a mulher a respeito dos procedimentos e pedir permissão para realizar, também deve fazer parte da assistência, assegurar e incentivar a presença de um acompanhante a escolha dela, para passar tranquilidade e segurança, proporcionar um ambiente acolhedor, respeitando as individualidades, levando em consideração suas angustias e seus medos, ofertar as
Credenciada pelo Ministério da Educação - MEC Portaria no. 135, de 02 de fevereiro de 2017 parturientes os melhores recursos e condições disponíveis, para que ela se sinta segura e acolhida nesse momento tão único e especial, conforme as Normas Técnicas e recomendações do Ministério da Saúde (NUNES, 2019). No modelo de atenção humanizada, a mulher é tida como protagonista de todas as ações referente à sua saúde, que se tratando de uma oportunidade de escolha, através do dividir das decisões entre os profissionais da saúde, sendo destacado o enfermeiro, e a mulher. Assim, compreende que o enfermeiro tem, entre outros, uma meta importante no resgate do direito das mulheres de compartilharem nas problemáticas e decisões que podem aparecer durante o ciclo gravídico-puerperal (COSTA et al,. 2021). A enfermagem obstétrica tem o propósito de contribuir, com os outros profissionais de saúde, para diminuir a mortalidade materna e morbidade, e garantir um nascimento seguro por meio do fortalecimento de capacitações técnicas de profissionais e utilização de planos de humanização, assim como a integração de boas práticas embasadas em evidências científicas (WHO, 2018). O Ministério de Saúde caracteriza a enfermeira obstetra e sua equipe são os profissionais que estão presentes por todo o tempo ao lado da mulher durante o trabalho de parto, fazendo-se entender que o significado desse momento é extremamente importante e que cabe à Enfermeira Obstetra proporcionar segurança, efetividade na atenção,