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A Falta de Inovação na Cultura Organizacional e Sua Fatalidade, Manuais, Projetos, Pesquisas de Cultura

Este artigo discute a importância da inovação na cultura organizacional e os riscos de se manter arcaicas em tempos de mudanças constantes. Usando o exemplo do caso blockbuster e netflix, o texto mostra que empresas com culturas organizacionais frágeis tendem a não se estabelecer e criar raízes, e que a falta de inovação pode ser fatal para a saúde de sua cadeia de negócios.

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2021

Compartilhado em 30/07/2021

rodrigotmanchini
rodrigotmanchini 🇧🇷

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A FALTA DE INOVAÇÃO NA CULTURA ORGANIZACIONAL E SUA
FATALIDADE
Muito se fala sobre cultura organizacional e seus benefícios, porém pouco se fala
sobre o que a fragilidade dela pode acarretar numa organização nos tempos atuais.
Vivemos num período de constantes mudanças, onde a vida útil das novidades e
o interesse de pessoas se tornou volátil. Seguindo essa linha de pensamento podemos
concluir que: Quem menos se adapta tende a perecer perante os mais adaptáveis.
Chegamos ao tempo em que gigantescos impérios são ameaçados por empresas, que, a
não muito tempo atrás eram chamadas de fundo de quintal ou de garagem. Porém não
pelo risco imediato que apresentam, claro, mas pela potencialidade de evolução e por
enxergar nelas o futuro de seus respectivos negócios.
Esses mesmos impérios por muito tempo estiveram atuando no modelo tradicional
de negócio, apegados a suas culturas robustas e arcaicas, fazendo vista grossa as novas
tecnologias e aos novos desejos dos consumidores, despertados pelas maravilhas
proporcionadas pela inovação.
Com esse pensamento, chegamos ao questionamento central desse artigo: Estes
impérios possuíam uma cultura organizacional frágil por serem ameaçados por empresas
menores? Não, nós não podemos tirar o mérito delas, que estas culturas robustas do
passado cumpriam seus devidos propósitos quando foram criadas, pois eram aplicadas
numa sociedade que possuía um padrão quase linear e imutável, porém, a imutabilidade
da sociedade acabou. É nítido que empresas que possuem uma cultura organizacional
frágil tendem a não conseguir se estabelecer e criar raízes. Porém, quando falamos em
visão de longo prazo, notamos que existe sim certa fragilidade e essa fragilidade pode ser
fatal, pois a falta dela põe em risco a saúde de sua cadeia de negócios.
Podemos citar diversos casos que exemplificariam muito bem essa situação, as
FinTechs estão para provar, porém, gostaria de chamar sua atenção para o caso
Blockbuster e Netflix: No início dos anos 2000, a videolocadora de maior relevância neste
mercado era ninguém menos que a famigerada Blockbuster, com incríveis nove mil lojas
ao redor do mundo. Esta mesma empresa possuía uma concorrente chamada Netflix e
teve oportunidade de comprar esta última pela cifra de 50 milhões de dólares, porém não
acreditou no potencial do negócio e não concluiu a aquisição.
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A FALTA DE INOVAÇÃO NA CULTURA ORGANIZACIONAL E SUA

FATALIDADE

Muito se fala sobre cultura organizacional e seus benefícios, porém pouco se fala sobre o que a fragilidade dela pode acarretar numa organização nos tempos atuais.

Vivemos num período de constantes mudanças, onde a vida útil das novidades e o interesse de pessoas se tornou volátil. Seguindo essa linha de pensamento podemos concluir que: Quem menos se adapta tende a perecer perante os mais adaptáveis. Chegamos ao tempo em que gigantescos impérios são ameaçados por empresas, que, a não muito tempo atrás eram chamadas de fundo de quintal ou de garagem. Porém não pelo risco imediato que apresentam, claro, mas pela potencialidade de evolução e por enxergar nelas o futuro de seus respectivos negócios.

Esses mesmos impérios por muito tempo estiveram atuando no modelo tradicional de negócio, apegados a suas culturas robustas e arcaicas, fazendo vista grossa as novas tecnologias e aos novos desejos dos consumidores, despertados pelas maravilhas proporcionadas pela inovação.

Com esse pensamento, chegamos ao questionamento central desse artigo: Estes impérios possuíam uma cultura organizacional frágil por serem ameaçados por empresas menores? Não, nós não podemos tirar o mérito delas, já que estas culturas robustas do passado cumpriam seus devidos propósitos quando foram criadas, pois eram aplicadas numa sociedade que possuía um padrão quase linear e imutável, porém, a imutabilidade da sociedade acabou. É nítido que empresas que possuem uma cultura organizacional frágil tendem a não conseguir se estabelecer e criar raízes. Porém, quando falamos em visão de longo prazo, notamos que existe sim certa fragilidade e essa fragilidade pode ser fatal, pois a falta dela põe em risco a saúde de sua cadeia de negócios.

Podemos citar diversos casos que exemplificariam muito bem essa situação, as FinTechs estão aí para provar, porém, gostaria de chamar sua atenção para o caso Blockbuster e Netflix: No início dos anos 2000, a videolocadora de maior relevância neste mercado era ninguém menos que a famigerada Blockbuster, com incríveis nove mil lojas ao redor do mundo. Esta mesma empresa possuía uma concorrente chamada Netflix e teve oportunidade de comprar esta última pela cifra de 50 milhões de dólares, porém não acreditou no potencial do negócio e não concluiu a aquisição.

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Hoje, aproximadamente 20 anos após a oferta, a mesma Blockbuster que possuía nove mil lojas ao redor do mundo, foi reduzida a uma única loja remanescente nos EUA e sua concorrente, passou a possuir valor de mercado de 158 bilhões de dólares em 2020.

E o que isso tem a nos dizer? O caso vem nos mostrar a importância de sempre ter a inovação como um dos pilares da sua cultura organizacional, pois, o que menos se adapta mais próximo está do fim.

Considerando que a mudança de uma cultura organizacional possui um período de evolução extenso, enquanto evoluem suas próprias diretrizes culturais, as empresas têm voltado seus olhares para as chamadas startups e centros de inovação, buscando preencher as lacunas de inovação que estão presentes nas suas respectivas culturas, pois dessa forma possuem uma resposta mais dinâmica as mudanças de mercado, sempre buscando a manutenção da saúde de seus respectivos negócios.

Conceber uma cultura que tenha a capacidade de se adaptar ao cenário em constante evolução não é tarefa fácil e exige de seus idealizadores grande esforço quanto ao acompanhamento de tendencias de mercado, porém, devemos sempre ter em mente que somente assim se é capaz de perpetuar seus negócios entre gerações.

Por Rodrigo Torres Manchini