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A Importância da Contabilidade Moderna 4.0 para Gestores e Empresas no Brasil, Notas de estudo de Contabilidade

Este artigo demonstra a relevância da contabilidade atualizada para gestores e empresas no brasil, que enfrentam uma lacuna na formação de profissionais com habilidades para atender demandas da economia digital. O objetivo é mostrar a importância de um profissional contábil atualizado, deixando para trás métodos manuais e presenciais, e a importância de um sistema moderno e integrado para atender as necessidades de uma empresa de médio/grande porte. A contabilidade 4.0 é apresentada como uma ferramenta fundamental para os gestores, pois eles necessitam de informações organizadas, de qualidade, para tomar decisões mais rápidas e eficazes.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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Bacharelado em Ciências Contábeis Universidade de Caxias do Sul - 2021
CONTABILIDADE DIGITAL 4.0 A CONTABILIDADE MODERNA
COMO FERRAMENTA GERENCIAL APLICADA A UMA EMPRESA
DO RAMO INDUSTRIAL-COMERCIAL DE SC
DAIANE DOMINGOS CANAL
Professor Orientador Dr. Fernando Ben
2021/04
Resumo
Esta pesquisa tem por objetivos justificar a necessidade da modernização para a contabilidade
industrial 4.0 para uma indústria-comércio de SC. Foram conceituadas neste a história da
contabilidade e seus ramos e evolução, a contabilidade gerencial e a contabilidade digital
moderna. Demonstra-se através da pesquisa a relevância da informação na contabilidade com
a finalidade de orientar os gestores em suas decisões com maior rapidez e segurança. A
contribuição desta ferramenta ultrapassa às percepções de mera formação de preço, ajudando
a desenvolver o entendimento de todo o processo produtivo da empresa, relacionando às
entradas de recursos, à transformação destes e por fim à sua venda. Vive-se um novo tempo,
de oportunidades imensas para a indústria. A evolução tecnológica das últimas décadas
possibilitou mudanças rápidas em busca de processos cada vez mais eficazes para um
crescimento exponencial dos negócios e de sua capacidade de produção. Por outro lado,
trouxe inúmeros riscos financeiros e de gestão para as organizações que não se adaptam aos
novos tempos.
Palavras-chave: Contabilidade industrial 4.0. Contabilidade gerencial. Contabilidade Atual no
Brasil. Era Digital.
1 Introdução
Conforme a ABDI (2021), de acordo com o avanço tecnológico no decorrer da última
década no Brasil e no mundo todo, as transformações digitais estão sendo cada vez mais
rápidas e exigindo um treinamento muito além dos conhecimentos práticos que
vivenciamos, estamos entrando a fundo na era moderna, onde super computadores já estão
fazendo o trabalho humano, cabe a nós sabermos administrar e entender a forma deste novo
conceito de trabalho.
Ainda segundo a ABDI (2021), o efeito causado pela evolução tecnológica, tem sido
considerado um dos mais importantes fenômenos do século XXI. Na esteira dessa evolução, a
transformação digital ganhou lufar de destaque na agenda global, sobretudo no cenário de
pandemia do Covid-19. As ações de restrição à circulação de pessoas e de funcionamento ne
negócios forçaram as empresas a adotar novo formatos de trabalho e de interação com seus
clientes, funcionários e fornecedores. Da mesma forma, forçaram os governos a antecipar
serviços digitais, exigindo da população uma rápida adaptação e precipitando o aceleramento
da transição para uma economia digital.
O último relatório de profissões do LinkedIn mostra que, das quinze profissões
listadas como mais promissoras no Brasil, nove estão relacionadas à área de tecnologia da
informação (TIC), incluindo gestor de mídias sociais, engenheiro de cibersegurança,
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Bacharelado em Ciências Contábeis – Universidade de Caxias do Sul - 2021

CONTABILIDADE DIGITAL 4.0 – A CONTABILIDADE MODERNA

COMO FERRAMENTA GERENCIAL APLICADA A UMA EMPRESA

DO RAMO INDUSTRIAL-COMERCIAL DE SC

DAIANE DOMINGOS CANAL

Professor Orientador Dr. Fernando Ben 202 1/ Resumo Esta pesquisa tem por objetivos justificar a necessidade da modernização para a contabilidade industrial 4.0 para uma indústria-comércio de SC. Foram conceituadas neste a história da contabilidade e seus ramos e evolução, a contabilidade gerencial e a contabilidade digital moderna. Demonstra-se através da pesquisa a relevância da informação na contabilidade com a finalidade de orientar os gestores em suas decisões com maior rapidez e segurança. A contribuição desta ferramenta ultrapassa às percepções de mera formação de preço, ajudando a desenvolver o entendimento de todo o processo produtivo da empresa, relacionando às entradas de recursos, à transformação destes e por fim à sua venda. Vive-se um novo tempo, de oportunidades imensas para a indústria. A evolução tecnológica das últimas décadas possibilitou mudanças rápidas em busca de processos cada vez mais eficazes para um crescimento exponencial dos negócios e de sua capacidade de produção. Por outro lado, trouxe inúmeros riscos financeiros e de gestão para as organizações que não se adaptam aos novos tempos. Palavras-chave: Contabilidade industrial 4.0. Contabilidade gerencial. Contabilidade Atual no Brasil. Era Digital. 1 Introdução Conforme a ABDI (2021), de acordo com o avanço tecnológico no decorrer da última década no Brasil e no mundo todo, as transformações digitais estão sendo cada vez mais rápidas e exigindo um treinamento muito além dos conhecimentos práticos que já vivenciamos, estamos entrando a fundo na “era moderna”, onde super computadores já estão fazendo o trabalho humano, cabe a nós sabermos administrar e entender a forma deste novo conceito de trabalho. Ainda segundo a ABDI (2021), o efeito causado pela evolução tecnológica, tem sido considerado um dos mais importantes fenômenos do século XXI. Na esteira dessa evolução, a transformação digital ganhou lufar de destaque na agenda global, sobretudo no cenário de pandemia do Covid-19. As ações de restrição à circulação de pessoas e de funcionamento ne negócios forçaram as empresas a adotar novo formatos de trabalho e de interação com seus clientes, funcionários e fornecedores. Da mesma forma, forçaram os governos a antecipar serviços digitais, exigindo da população uma rápida adaptação e precipitando o aceleramento da transição para uma economia digital. O último relatório de profissões do LinkedIn mostra que, das quinze profissões listadas como mais promissoras no Brasil, nove estão relacionadas à área de tecnologia da informação (TIC), incluindo gestor de mídias sociais, engenheiro de cibersegurança,

especialista em Inteligência Artificial e cientista de dados. Vale lembrar que a tecnologia 5G é a chave para o funcionamento das novas fábricas inteligentes da indústria 4.0, sendo considerada o maior habilitador do mundo digital. Entretanto, para que cumpra sua capacidade revolucionária, é fundamental, além da regulação adequada, mão de obra treinada e qualificada. Estudo do Fórum Econômico Mundial estima que, até 2025, 85 milhões de empregos serão deslocados devido à divisão entre humanos e máquinas, enquanto 97 milhões de novas ocupações podem surgir. Portanto, a transformação digital abrirá muitas novas vagas no ramo tecnológico. De acordo com a matéria da ABDI (2021), a aceleração do ritmo da transformação digital decorrente da pandemia criou três grandes desafios para o mercado de trabalho. Primeiro, a requalificação dos empregados. Conforme estudo do Fórum Econômico Mundial, até 2025, cerca de 44% das habilidades exigidas atualmente dos trabalhadores devem mudar. Segundo, embora os treinamentos e cursos à distância tenham ganhado espaço, os desafios são maiores para o grupo de 14 milhões de desempregados no país. Terceiro, é preciso formar e preparar o capital humano do Brasil para as chamadas “profissões do futuro”. Diversos indicadores internacionais mostram que o Brasil apresenta uma importante lacuna no desenvolvimento de profissionais com perfil e habilidades para atender demandas da economia digital, que dependem em grande medida de conhecimentos em TIC e da formação em áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática (conhecidas pela sigla inglesa STEM). O Brasil ocupa a 71ª posição de um total de 141 países no Global Competitiveness Index 4.0, do Fórum Econômico Mundial (2019). Neste cenário de acelerada transformação digital, algum desequilíbrio entre oferta e demanda de mão de obra é inevitável, visto que competências e habilidades necessárias são percebidas, desenvolvidas e alcançadas com algum atraso. Mas é preciso construir uma ponte e evitar o “fosso digital”. A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) espera contribuir para a construção dessa ponte. Sua responsabilidade de apoiar a formação de estudantes e a (re)qualificação de trabalhadores para a economia digital está diretamente ligada à sua missão de aumento da maturidade digital do setor produtivo. A ABDI, com o apoio do Ministério da Educação, do Ministério da Economia e em parceria com a Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo, está desenvolvendo o Monitor de Profissões. Trata-se de uma plataforma que visa sistematizar dados sobre o mercado de trabalho formal no Brasil, disponibilizar informações sobre as ocupações relevantes e em ascensão na economia digital (mapa de ocupações), além de apresentar as exigências de desenvolvimento de algumas delas (jornadas de capacitação). Sendo assim, o objetivo principal do presente artigo é demonstrar a importância do futuro profissional contábil em manter-se atualizado buscando sempre novas ferramentas de trabalho, deixando para trás a antiga forma de solucionar problemas de maneira manual e presencial, buscando novas opções mais ágeis e virtuais para atender a demanda a qual está cada vez mais em contato apenas pelos meios tecnológicos tornando assim uma maneira mais eficiente e rápida para solução de problemas e também a importância de um sistema moderno e integrado à todos os setores da indústria para que possa atender as necessidades de uma empresa de médio/grande porte, demonstrando as falhas que ocorrem nos processos feitos ainda de forma manual, consequentemente gerando maiores transtornos e demora na entrega dos relatórios para as devidas tomadas de decisões futuras dos gestores. A transformação digital contribui para o aumento da produtividade, a mudança de processos, a criação de novos modelos de negócios e de empregos. Uma economia digital não apenas promove a adoção de novas tecnologias por empresas, pessoas ou governos, mas garante que o “digital” traga bem-estar para a sociedade. Para que isso ocorra deve-se garantir que os avanços tecnológicos estejam integrados à formação do capital humano. Trata-se não

2.1.2 O Desenvolvimento da Contabilidade no Brasil De acordo com Vignoli, Bocchi e Borges (2012), o desenvolvimento social que ocorria naquele período, aliado a expansão da atividade colonial provocou um aumento nos gastos, exigindo um melhor controle das contas públicas e receitas do Estado, e para este fim foi implantado o órgão denominado Erário Régio. Com a instalação do Erário Régio, foi introduzido o método das partidas dobradas, já utilizado em Portugal. Conforme estudo levantado por Vignoli, Bocchi e Borges (2012), o órgão era composto por um presidente com funções de Inspetor Geral, um contador e um procurador fiscal, incumbidos de fazer toda arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal. O processo de escrituração contábil nos órgãos públicos tornou-se obrigatório em Portugal através do Alvará de 24 de dezembro de 1768. No Brasil, a primeira referência oficial à escrituração e relatórios contábeis ocorreu no ano de 1808, elaborada pelo Príncipe Regente D. João VI, conforme dispõe o texto da Carta: “Para o método de Escrituração e fórmulas de Contabilidade de minha real fazenda não fique arbitrário a maneira de pensar de cada um dos contadores gerais, que sou servido criarem para o referido Erário: - ordeno que a escrituração seja mercantil por partidas, por ser a única seguida pelas nações mais civilizadas, assim pela sua brevidade, para o manejo de grandes somas como por ser mais clara e a que menos lugar dá a erros e subterfúgios, onde se esconde a malícia e a fraude dos prevaricadores.” De acordo com Vignoli, Bocchi e Borges (2012), o processo de escrituração das contas só poderia ser feita por profissionais que estudassem aulas de comércio, sendo essas aulas realizadas no Brasil originárias de Portugal e preparavam os empregados do comércio para o exame na Junta Comercial. 2.1.3 A Denominação Final De acordo com um estudo elaborado por Reis e Silva (2008), no ano de 1869 foi criado a Associação dos Guarda-Livros da Corte, sendo reconhecido oficialmente no ano seguinte pelo Decreto Imperial nº 4.475, este fato foi importante, pois estava constituído o guarda-livros, como a primeira profissão liberal do Brasil. Segundo Reis e Silva (2008), o guarda-livros, como era conhecido antigamente o profissional de Contabilidade, era um profissional ou empregado incumbido de fazer os seguintes trabalhos da firma: elaborar contratos e distratos, controlar a entrada e saída de dinheiro, através de pagamentos e recebimentos, criar correspondências e fazer toda a escrituração mercantil. Conforme o Classificados do Jornal do Comércio, Rio de Janeiro, 13/10/1835, exigia-se que estes profissionais tivessem domínio das línguas portuguesa e francesa, além de uma aperfeiçoada caligrafia, demonstrado através das publicações abaixo: Figura 1 – Anúncio Original I

Fonte: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=364568_02&pagfis= Figura 2 – Anúncio Original II Fonte: http://memoria.bn.br/DocReader/DocReader.aspx?bib=364568_02&pagfis= 2 Mais (1923), seguidor de Bésta (1923), afirmaram que o objeto da Contabilidade era o patrimônio, declarando seu pensamento em um artigo, cujo título denominava “La Regioneria come Scienza Del Patrimonio” (A Contabilidade como ciência do patrimônio) que Sá (1998) transcreveu em parte: “Se examinarmos os fenômenos fundamentais de Contabilidade, não podemos deixar de reconhecer que eles requerem indagações acuradas; não se pode negar que se torna necessário observá-los, expô-los e procurar explicá-los; depois, munidos dos ensinamentos oferecidos pelas pesquisas feitas com o subsídio de métodos especiais de investigação, próprios das ciências experimentais, daí retirar normas de prática aplicação a casos concretos. Ora, os fenômenos dos custos, das receitas, do crédito, das entradas e saídas financeiras, para lembrar só alguns dos mais evidentes fenômenos contabilísticos já por nós referidos, são todos investigados nas suas fases de constituição e de evolução apresentando problemas que sempre se apresentaram na Lei 514 de 28 de outubro de 1848.” 2.1.4 Aceitação da Contabilidade no Brasil Segundo Martins e Silva (2007) o Patrimonialismo obteve grande aceitação no Brasil predominando até hoje, havendo vários adeptos desta escola, como Francisco D ‘Áuria e Frederico Herrmann Júnior. Constata-se que era totalmente natural a influência européia, principalmente italiana no Brasil, pois, a escola italiana era a que mais se destacava no âmbito da Contabilidade e por isso os profissionais brasileiros, se identificavam e praticavam as doutrinas italianas. Francisco D ‘Áuria foi o precursor do estudo científico no Brasil, em 1948 lançou a obra “Primeiros Princípios de Contabilidade Pura”, introduzindo o patrimonialismo na Contabilidade Pública Brasileira. Segundo Masi ( 1958 ) D ‘Áuria em sua obra “Primeiros Princípios de Contabilidade Pura”, revela-se patrimonialista pela sua própria definição de Contabilidade: “... é uma ciência matemático-social, cujo campo de aplicação é o patrimônio; tem como meios os dados quantitativos de gestão, os seus instrumentos são cálculo e os registros; são as suas funções de observação, análise,

contabilidade. Já para Iudicibus (2018), ressalta que: “Voltada para fins internos, procura suprir os gestores de um elenco maior de informações, exclusivamente para a tomada de decisões” 2 .3 Início da Nova Era Digital Agora no século 21, de acordo com Schwab (2018), vivemos a Quarta Revolução Industrial, também conhecida por indústria 4.0. Ela tem como grande destaque uma produção ainda mais inteligente. Ou seja, uma produção capaz de conectar o mundo físico ao mundo digital, além de transformar definitivamente o modo que produzimos hoje em dia. Essa era é marcada, portanto, pela inteligência artificial. Pelo estudo levantado por Schwab (2018) e Almeida (2019), o big data, a hiperconectividade e a gamificação são alguns exemplos da sua aplicação. Para as empresas e indústrias, essas tecnologias são capazes de automatizar a produção e direcionar a inteligência humana para áreas menos operacionais e mais estratégicas. 2.3.1 Avanço das Tecnologias na Revolução Industrial De acordo com ABDI (2021), do ano imprevisível de 2020, herdamos pelo menos dois aprendizados: a adoção da transformação digital não como opção, mas como sobrevivência, e a necessidade da cooperação para o fortalecimento dos ecossistemas de inovação. No quadro abaixo, conforme elaborado pela ABDI (2021), um resumo da revolução industrial até os dias atuais, percebe-se que em 90 anos passamos de uma era mecânica para elétrica, após 100 anos, para automação, e em menos de 40 anos, já estamos na era artificial robótica, ou seja, já seguimos uma linha de automatização muito mais rápida comparada ao início: Figura 3 – A Evolução da Revolução Industrial Fonte: Agenda Brasileira para a Indústria 4. De acordo com a ABDI (2021), a indústria 4.0 trata de um conjunto de novas tecnologias com alto nível de informatização e ampla conectividade. Com ela, máquinas e equipamentos conectados à internet analisam em tempo real todas as operações industriais, podendo: prevenir e reduzir erros; diminuir custos; aumentar a produtividade; oferecer mais qualidade ao processo produtivo.

2.3.2 Grandes Sistemas da Modernidade Atual De acordo com Machado (2018), o Big Data talvez seja a mudança mais presente nos dias de hoje. O uso de dados e resultados concretos serve para embasar decisões, estabelecer novas estratégias e direcionar as pessoas. Marketing, vendas, manufatura. Diversos setores da indústria podem se beneficiar do uso de dados para embasamento das estratégias e decisões, devido o grande volume de dados que podem ser analisados para gerar insights. O propósito dessa análise é otimizar o processo de tomada de decisão e trazer outros benefícios para a indústria, como: redução de custos; aumento da produtividade; encontrar novas oportunidades de mercado; identificar possíveis melhorias ou gargalos; encontrar riscos e ameaças, entre outros; contribuição no cumprimento de normas sanitárias. Para autores de livros da atualidade como Machado e Schwab juntamente com Miranda (2018), a indústria 4.0 é uma transformação na sociedade como um todo, inclusive nos modos de produção empresariais. A inteligência artificial já está presente no dia a dia das pessoas, nos aplicativos de celular, nos eletrodomésticos das casas, etc. Nas empresas e indústrias essa tecnologia também deve ser adotada, para acompanhar o ritmo e o nível de exigência em que a sociedade está vivendo. Conforme Machado e Schwab juntamente com Miranda (2018) a contabilidade também é afetada pelas transformações da indústria 4.0. Essa área das empresas, que é essencial para a sua saúde financeira e a gestão do seu patrimônio, pode ser também bastante onerosa. Registrar movimentações, preencher relatórios, prestar contas, cuidar da folha de pagamento, emitir notas fiscais e demais tarefas. Tudo isso toma bastante tempo do empresário e do funcionário (analistas, controllers) e pode prejudicar a sua produtividade, o que afeta também as suas entregas ao cliente. Por isso, a contabilidade também precisa entrar na era da indústria 4.0. 2.4 Como a contabilidade deve atuar na indústria 4.0? De acordo com Machado e Schwab juntamente com Miranda (2018), a indústria 4.0 é marcada pela automação. Hoje as máquinas são capazes de realizar diversas ações anteriormente manuais. Isso traz resultados para a agilidade das equipes, a produtividade das empresas, a diminuição de falhas, a redução de custos e a escalabilidade da produção. Com base no que os autores Schwab juntamente com Miranda (2018) definem, a contabilidade então, deve atuar na indústria 4.0 com base na automação. Para isso, existem sistemas contábeis que facilitam as atividades da área, como a emissão de notas fiscais, o registro de pagamentos, a geração de relatórios e o envio de declarações. Portanto, esses softwares também precisam prever a integração com outros sistemas de informação, não só internos à empresa, mas também com programas da Receita Federal, que também está se adaptando à indústria 4.0. 2.4. 1 Qual o papel do Contador na Indústria 4.0? De acordo com Paulani e Bobik (2020), o contador também assume um novo papel diante de tantas inovações tecnológicas. Ele não é mais apenas quem faz as contas e preenche declarações. Afinal, as máquinas já podem fazer algumas das suas atividades técnicas. O profissional, então, deve se diferenciar como um consultor, focado na solução de demandas e na atenção constante nas melhores oportunidades para os seus clientes, que estão em busca da eficiência máxima. Assim, a integração entre a inteligência humana e a inteligência das máquinas pode trazer muito mais valor para as empresas.

agências regulatórias do governo utilizam as informações geradas pela contabilidade financeira enquanto que os usuários internos utilizam as informações geradas pela contabilidade gerencial.” 2.5.1 Contabilidade Gerencial Atual De acordo com Crepaldi (2017), a contabilidade gerencial é tratada como ferramenta voltada para a gestão das empresas, que ao utilizar destes mecanismos prospectam a eficácia de seus processos. Os gestores necessitam de tomadas de decisões com agilidade, para que não acabe deixando passar uma oportunidade que a organização poderia ter. Para isso há a necessidade de informações provindas da contabilidade. Mas não é o que, em muitos casos, temos visto nos escritórios de contabilidade, pois o que vemos são contadores atendendo o fisco. Isso acaba passando para os usuários da contabilidade que o contador seja apenas um atendente do fisco mostra uma visão de contabilidade sutil, sem saber a sua verdadeira importância, que na qual são os auxílios para a tomada de decisão. Conforme Atkinson et al (2008), define que: “Sistemas de contabilidade gerencial eficazes podem criar valor considerável pela informação a tempo e com precisão sobre as atividades exigidas para o sucesso das organizações de hoje.” Os gestores almejam chegar ao resultado esperado, mas para isso as atividades devem ser bem controladas. Um sistema de contabilidade gerencial possibilita o controle destas atividades, para que assim, os resultados almejados sejam alcançados. Segundo Iudícibus (1986) diz que: “A contabilidade gerencial pode ser caracterizada, superficialmente, como um enfoque especial conferido a várias técnicas e procedimentos contábeis já conhecidos e tratados na contabilidade financeira, na contabilidade de custos, na análise financeira e de balanços etc., colocados numa perspectiva diferente, num grau de detalhe mais analítico ou numa forma de apresentação e classificação diferenciada, de maneira a auxiliar os gerentes das entidades em seu processo decisório.” Para Iudícibus (1986), a contabilidade gerencial tem como característica colocar os dados das diferentes áreas da contabilidade de forma que sirva como informação aos gestores para que possam, tomar suas decisões com a menor margem de erro possível. Ainda no mesmo pensamento de Iudícibus (1986), o mesmo define que: “ De maneira geral, portanto, pode-se afirmar que todo procedimento, técnica, informação ou relatório contábil, feitos ‘sob medida’ para que a administração os utilize nas tomadas de decisões entre alternativas conflitantes, ou na avaliação de desempenho, recai na contabilidade gerencial.” Já para Barbosa (2006), entende que: “Não se pode imaginar o gerenciamento eficaz de uma célula social sem a presença da informação contábil”. De acordo com Jiambalvo (2002), diz que a contabilidade gerencial “enfatiza as informações que são úteis aos gerentes internos para o planejamento, o controle e a tomada de decisão.” Ao utilizar dados da contabilidade para criar informações relevantes para tomada de decisão, os gestores geram benesses para as suas organizações, resultando em ganhos de qualidade que melhoram os processos e consequentemente o seu desempenho.

A contabilidade gerencial, portanto, organiza os dados, analisa-os, mensurados, para que o gestor tenha o devido entendimento do que está passando sobre um todo, para que assim tome decisões mais concretas e até mesmo nortear o gestor para que saiba aonde investir e também se houver algum problema, identificando este problema, trazendo assim para a organização, uma contabilidade como ferramenta gerencial, fazendo a controladoria de fato da organização. 2.6 Sistema de Gestão e Contabilidade De acordo com Horngren, Sundem e Stratton (2004), os gestores se beneficiam, quando a contabilidade fornece informações que auxiliem suas tomadas de decisões. O processo de gestão compreende uma série de atividades em um ciclo de planejamento e controle. Tomada de decisão – a decisão com propósito de selecionar entre um conjunto de cursos alternativos de ação projetados para atingir algum objetivo – é o núcleo do processo de gestão. As decisões variam entre rotineiras (programar a produção diária) e não-rotineiras (lançar uma nova linha de produtos). Então, pode ser dito que o processo de gestão é dividido em dois tipos, o primeiro em planejamento e o segundo em controle. Cabe ressaltar que quando se tratar de gestão, é importante atenção em uma das duas partes, para assim simplificar a análise. 2.6.1 Conceito de Gestão e Atuação da Contabilidade Gerencial A contabilidade gerencial atua dentro das organizações dando auxílio para a tomada de decisão no âmbito de suas atividades. Conforme Padoveze (2009), as áreas de atuação da contabilidade gerencial são divididas em três blocos de informações para suprir cada um dos níveis hierárquicos, como segue:

_1. Gerenciamento contábil, objetivando canalizar informações que sejam apresentadas de forma sintética, em grandes agregados, com a finalidade de controlar e planejar a empresa dentro de uma visão de conjunto;

  1. Um segundo bloco de informações que suprirão a média administração, ou, caso necessário, seguimentos que a empresa definiu em termos de divisões ou linhas de produtos. São informações para canalizar os conceitos de contabilidade por responsabilidade. Denominamos esse segmento de gerenciamento contábil setorial.
  2. Um terceiro bloco de informações para gerenciar cada um dos produtos da companhia, de forma isolada. Denominamos esse segmento da contabilidade gerencial de gerenciamento contábil específico. São informações que descem a um grau maior de detalhamento, em nível operacional._ Ao entender, a contabilidade gerencial deve atender todas as atividades da empresa, mas cada área deve ser particularmente apreciada a ponto de elencar qual a parcela de contribuição que cada uma oferece na geração de um todo.

Pela pesquisa levantada pela ABDI (2021), a Indústria 4.0 é impulsionada pela utilização de sistemas digitais integrados e de tecnologias super avançadas, como Inteligência Artificial (IA ou AI), Internet das Coisas (IoT), Realidade Aumentada (AR), entre inúmeras outras. Mas, na prática, é uma mudança de mentalidade. Agora, é necessário ter uma alta capacidade de adaptação às mudanças, expertise digital para atuar estrategicamente e coragem para correr riscos calculados, nesta nova era, para inovar, é preciso arriscar. 2.7.2 Tecnologias Habilitadoras De acordo com um estudo levantado pela ABDI (2021), uma tecnologia habilitadora é uma tecnologia que pode conduzir a mudança radical na capacidade de um usuário ou cultura, permitindo a criação de produtos radicalmente novos ou serviços ou processos mais eficientes. Abaixo uma listagem das principais formas de tecnologias habilitadoras: Robôs Autônomos: substituição ou cooperação de tarefas executadas por humanos (normalmente perigosas ou repetitivas) pela mão de obra de robôs, que também podem exercer atividades colaborativas. Os robôs autônomos têm a capacidade de exercer seu trabalho sem a necessidade de supervisão humana e normalmente possuem elevada eficácia em suas atividades. Realidade Aumentada: é a integração de elementos virtuais com o mundo real. Para isso, normalmente utilizam-se câmeras e sensores embarcados em dispositivos como tablets e celulares. Trata-se de uma experiência interativa do mundo real sendo acentuado por imagens e criando um ambiente sensorial em uma tela. Na manufatura, pode ser utilizada em ambientes de manutenção, capacitação de novos colaboradores e até mesmo segurança do trabalho. Simulações: permitem que técnicos e engenheiros realizem uma série de testes em processos e produtos ainda na fase de concepção. Desta forma, reduzem-se os custos de fabricação e minimizam-se os riscos de erros de operação e processamento. Integração de Sistemas: quando diferentes sistemas interagem de forma automatizada, eles estão integrados. Muitas empresas utilizam diferentes tipos de sistemas na sua rotina de operação: SAP, e-PDM, M.E.S e diversos outros. Centralizar as informações geradas em um sistema de gestão de recursos se faz necessário para que todo o fluxo seja organizado e de fácil acesso. Internet das Coisas: é o modo como os objetos físicos estão conectados e se comunicam entre si. Para realizar esta comunicação, existe a necessidade de que estes objetos possuam sensores inteligentes e softwares que transmitem os dados para uma rede. O resultado desta conexão é um sistema operacional responsivo e inteligente. Big Data e Analytics: os sensores geram uma quantidade gigantesca de dados. É preciso que todos eles sejam transformados em informações. Este é o trabalho do Big Data,

que armazena os dados gerados, e do Analytics, que os processa, transformando-os em informações e deixando a tomada de decisão mais simples, objetiva e assertiva. Segurança da Informação: garantir que os dados e informações gerados estão seguros é essencial. Criptografar os dados, restringir o acesso aos Data Centers e regulamentar a segurança juridicamente são algumas iniciativas que fazem parte da segurança da informação. Computação em Nuvem: também conhecida como Cloud, é a entrega de recursos da TI sob demanda por meio da Internet. Em vez de o usuário comprar e manter Data Centers e servidores físicos, este serviço pode ser acessado remotamente e o armazenamento de dados fica em nuvem. Alguns exemplos são o Google Drive e o Amazon Web Services. Podem ser IaaS (Infraestrutura como Serviço), PaaS (Plataforma como Serviço) ou SaaS (Software como Serviço). Manufatura Aditiva: a manufatura aditiva, ou impressão 3D, é uma forma de fabricação por meio aditivo, onde um modelo tridimensional é gerado através de sucessivas deposições de camadas de material. Os materiais que servem de matéria-prima podem ser resinas, polímeros ou demais compósitos. 2.8 Impactos na Produção na Era 4. De acordo com Almeida (2019), a revolução é pautada pela evolução tecnológica, mas liderada pelas pessoas. Com indústrias avançadas, que unem humanos, máquinas e uma abundante quantidade de dados digitais em processos descentralizados, a presença de Gestores de Produção se prova indispensável. A transformação digital chegou para acabar com funções repetitivas e operacionais, e nos deixa com tarefas puramente estratégicas. Entre elas: Mais Qualidade: A Indústria 4.0 traz uma visão geral de todos os processos e controle detalhado dos resultados alcançados. Isso possibilita a identificação de falhas em tempo real e, consequentemente, a melhora contínua da qualidade dos produtos. Além disso, a redução do trabalho manual nos coloca um passo mais próximo de acabar com acidentes de trabalho. Mais Produtividade: Como vimos, os processos puramente operacionais estão sendo automatizados por máquinas inteligentes. Isso garante uma produção em grande escala com taxa de riscos praticamente nula. Mais Economia: É só fazer as contas: produzir mais rápido, com menos falhas e com menos desperdícios resulta em aumento significativo na rentabilidade da indústria. 2.8.1 Quais são os resultados esperados da indústria 4.0 no Brasil? Essas e outras tecnologias da indústria 4.0 devem impactar de forma positiva o setor no país. De acordo com um levantamento da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI 2021 ) a estimativa é de que a redução de custos industriais no Brasil seja

Figura 5 – Adoção Tecnológicas da Indústria 4. vs Expectativa de Faturamento Fonte: Confederação Nacional da Indústria (CNI) A pesquisa revelou que as tecnologias da indústria 4.0 que mais impactam positivamente na lucratividade das empresas são os sistemas de conexão máquina-máquina, big data e inteligência artificial. Entre as empresas que adotaram as duas primeiras tecnologias, 32% lucram mais hoje que no pré-pandemia. No grupo daquelas que têm inteligência artificial, o índice é de 30%. A expectativa é de no período pós-pandemia, as empresas vão operar de maneira diferente. Novas formas de trabalho que exigirão mais conectividade entre os profissionais da empresa e entre os agentes das cadeias produtivas constituem-se em importantes desafios paras as companhias vencerem nos próximos anos. 3 Aspectos Metodológicos 3.1 Delineamento da pesquisa Acordando com o objetivo geral deste artigo, foi utilizado uma metodologia qualitativa exploratória, utilizando dados da contabilidade de uma empresa de médio/grande porte na cidade de Jaraguá do Sul em Santa Catarina. O processo de coleta de dados, foi feito através de um questionário pela plataforma Google Formulários, enviado de forma online diretamente por e-mail aos convidados e também pelo WhatsApp.A pesquisa foi realizada com um grupo de pessoas que fazem parte desta empresa e também pessoas externas, direcionada ao público da área contábil e administrativa. Foram enviados para 35 pessoas o questionário e respondido por 27 participantes. O intuito desta coleta de dados, foi abordar o tema em questão também para algumas pessoas que não atuam na área contábil, a ideia foi analisar o nível de entendimentos de uma forma geral sobre o assunto, embora alguns participantes da pesquisa não são contadores, a intenção foi de medir o nível de conhecimentos das pessoas sobre o assunto. Nas maioria das questões, quem não atua na área contábil diretamente, considerou as respostas incorretas,

portanto, mostra-se que os profissionais que não atuam na área, embora sejam formados em contabilidade, não estão preparados para as novas tendências de mercado, caso hoje fossem trabalhar no ramo. A forma de análise utilizada, foi feita através de uma tabulação de dados em planilha eletrônica com posterior elaboração de gráficos de análise. 4 Estudo de Caso A organização onde foi realizado o estudo, fica localizada na cidade de Jaraguá do Sul

  • Santa Catarina. Esta empresa, conta hoje com mais de 70 0 funcionários ao todo, somando as filiais espalhadas pelo Brasil, sendo elas: Matriz em Jaraguá do Sul – SC, Fábrica de Chapas e unidade logística também em Jaraguá do Sul – SC, Diadema – SP, São José do Rio Preto – SP, Curitiba – PR, Belo Horizonte – MG, unidade nova aberta este ano em Chapecó – SC, e uma nova a ser aberta em breve em Porto Alegre – RS e também em Guarulhos - SP. Tem também as unidades fora do Brasil, em Bogotá e Medelín Colômbia e na Ásia aberta em
Em 2004, a empresa se transfere para um espaço comercial, ampliando o negócio em 

apenas 3 anos de seu oficial abertura, isso tudo graças a mentalidade sempre a frente e moderna de seus administradores. Em 2011, o negócio familiar se expande, é alterado o nome da antiga empresa para o atual, e eles ingressam no mercado de venda de chapas e matérias primas, pela primeira vez a empresa contrata um sistema mais tecnológico para atender a demanda. Em 2013, é inaugurada a primeira filial da empresa fora de SC, unidade em Diadema – SP. Em 2014, a empresa finaliza a construção do novo e atual parque fabril, com mais de 12.000m² em Jaraguá do Sul – SC e também inaugura a nova filial em Belo Horizonte- MG, neste ano também, houve a mudança de sistema para um sistema um pouco mais eficiente. Em 2015, a empresa expande o negócio para o mercado internacional, dando início a exportação dos produtos. Em 2016, abre a nova filial em Curitiba – PR, em 2018 inaugura a fábrica de Chapas em SC, e em 201 9 ocorre a oficial fusão da antiga marca para a atual, e também a abertura da primeira filial internacional na Colômbia em Bogotá. Em 2020, abre a nova filial em São José do Rio Preto – SP e a loja II também em Bogotá. Em 2021, inaugura um centro de negócios em Hong Kong e abertura da nova filial em Chapecó – SC. 4.1 O Crescimento da Empresa Pode-se perceber, nitidamente, o quanto esta empresa vem crescendo com o passar dos anos, é ainda uma empresa jovem, com muitos desafios pela frente, mas a mentalidade dos proprietários da mesma, fizeram com que seu crescimento elevasse. Desde então, os problemas surgem da mesma proporção de seu crescimento. Falando da indústria 4.0, assunto deste artigo, assim como já descrito nos assuntos e pesquisas acima feitas por livros e artigos da atualidade, o conceito indústria 4.0 está longe ainda de estar presente na realidade das indústrias. Embora esta empresa em questão, seja moderna e nova, ainda existem grandes dificuldades de implantar novos sistemas e mais eficientes para a gestão do negócio.

Temos um analista de custos que faz todo um levantamento manual das movimentações de entrada e saída de estoque por um sistema paralelo ao principal, a quantidade de erros e problemas que acontecem nessa transição de informações é muito grande, desgastando o funcionário e fora o tempo perdido em fazer “ajusteis manuais”. Pode-se observar, neste caso, é que ainda existem muitas indústrias mesmo novas e modernas, que estão longe de colocar em prática as questão que tanto mencionei acima, se torna caro a implantação de um novo sistema integrado para uma indústria deste porte, porém é mais do que necessário, e o grande desafio de nós futuros contadores, é além de saber compreender uma DRE ou Balanço, é poder provar aos empresários que eles devem começar a investir nas coisas certas, para poder ter um desempenho muito melhor e eficiente na gestão de seu negócio. Desta forma, se constata que a maior dificuldade obtida para realizar o fechamento mensal de uma organização, em pleno século 21, na era da indústria 4.0 digital, não é a falta de dinheiro para investir, mas sim a falta de conhecimento dos próprios gestores, onde ainda existe o conceito de indicação por “grau de parentesco” e não por capacidade profissional, causando assim um efeito colateral de forma negativa, então o desafio é chegar até os proprietários (CEO) das organizações e mostrar o quanto impacta não ter pessoas preparadas para assumir cargos que exigem hoje muito mais do que conhecimentos específicos, mas sim sobre tecnologia e principalmente saber lidar com pessoas, e fazer a tecnologia trabalhar para nós, e não ao contrário. 4.4 Resultados da Pesquisa No intuito de complementar o objeto de estudo, será demonstrado os resultados obtidos através da pesquisa. Na primeira questão, foi solicitado a média de idade dos participantes, no qual demonstra conforme figura abaixo (sendo a maior parte de 26 a 36 anos): Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor Na segunda questão, foi solicitado a profissão dos participantes, no qual demonstra conforme figura abaixo (sendo a maior parte na área administrativa/contábil): Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor

Na terceira questão, foi questionado o seguinte: Você sabe o que é a contabilidade 4.0 e qual sua função? Sendo a maior parte (33,3%) informando que possuía um conhecimento superficial, e 29,6% que não sabem o que é. Estes números surpreenderam, visto que a pesquisa foi feita com a maioria de pessoas que já atuam na área, ou já atuaram em algum momento, nota-se que os participantes ainda não possuem um entendimento claro sobre o tema em questão. Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor Na quarta questão, foi questionado o seguinte: Das opções abaixo, qual você acha ser a correta sobre a Contabilidade 4.0? Aqui, os 27 participantes acertaram o conceito sobre a contabilidade 4.0, contraditório visto que na questão anterior nem todos sabiam sobre o assunto, mas em tese, a maioria sabe do que se trata, sobre uma tendência que surgiu com a transformação digital, com um parâmetro de serviço mais modero e automatizado. Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor Na quinta questão, foi questionado o seguinte: Das opções abaixo, qual você acha ser a correta sobre como funciona a Contabilidade 4.0? Da mesma forma da questão anterior, os 27 participantes também foram assertivos nesta questão. A finalidade da contabilidade 4.0 é proporcionar mais eficiência na prestação dos serviços contábeis, integrando máquina e a inteligência humana. Fonte: Pesquisa desenvolvida pelo autor