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Este texto discute o filme 1964 – o brasil entre armas e livros, produzido pela brasil paralelo em 2019. O documentário utiliza elementos tradicionais dos documentários históricos, mas sua análise é guiada pela construção de estereótipos de edward said e os apontamentos sobre o tema feitos por peter burke. O artigo aborda a forma como o 'comunista' é retratado no filme e os efeitos políticos dessa representação. O texto também discute a importância da história e da memória na educação humanista.
Tipologia: Notas de estudo
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Resumo O cinema pode servir a diferentes propósitos, principalmente em tempos de cólera. É a partir desta premissa que este trabalho visa discutir como a produção audiovisual 1964 – o Brasil entre armas e livros se utiliza da coerência narrativa para sustentar uma argumentação negacionista e, ao mesmo tempo, ultrapassada sobre o comunismo no país durante a ditadura civil-militar. Lançado em 2019 por uma produtora gaúcha chamada Brasil Paralelo, 1964 é construído com os mesmos elementos utilizados tradicionalmente nos documentários historiográficos – jornais da época, imagens do passado e entrevistas com pesquisadores e pessoas que viveram o período - , o que lhe confere um caráter de verossimilhança estético ao conteúdo audiovisual. A lente pela qual esta análise será guiada é da construção de estereótipos de Edward Said (19 90 ) e os apontamentos sobre o tema feitos por Peter Burke (2004); neste caso, esta análise aborda a forma com que o “comunista” é retratado nas mais de duas horas de filme. Palavras-chave 1964 ; Ditadura; Audiovisual; Estereótipo; Comunista.
Abstract Cinema can be used for different purposes, particularly in times of cholera. Based on this premise, this article aims to discuss how the audiovisual product 1964 – o Brasil entre armas e livros appropriates the narrative coherence to support, at the same time, a negacionist and outdated contention about communism in the country during its civil and military dictatorship. Released in 2019 by a southern video producer named Brasil Paralelo, 1964 is sustained by the same elements traditionally used in historical documentaries – newspapers, past images and interviews with researchers and people who lived in that time – , which reassert an aesthetic likelihood feature to its content. The perspective that will guide this analysis is the building of stereotypes by Edward Said (1990) and the contributions to this subject by Peter Burke (2004); in this case, this article reverberates how the figure of the “communist” is portrayed over the two-hours long motion picture. Keywords 1964 ; Dictatorship; Audiovisual; Stereotype; Communist.
Assim, a preocupação com a verdade do passado se completa na exigência de um presente que, também, possa ser verdadeiro.
Jeanne Marie Gagnebin
Uma produção audiovisual carrega forte poder de representação social. A sedução da
imagem em movimento, articulada com sonoridades plurais, conduz espectadores em
diferentes contextos históricos. Os usos políticos do cinema estão marcados na história de
diferentes países, inclusive no Brasil.
Em 31 de março de 2019, a autointitulada “produtora de documentários políticos”
Brasil Paralelo lançou 1964 – o Brasil entre armas e livros. O filme se estrutura a partir de
entrevistas com pessoas associadas aos grupos negacionistas da ditadura civil-militar (1964-
1985 ) – que eles, convenientemente, chamam de “revolução”^1. O argumento é de que o golpe
de 1964 foi uma resposta à ameaça de um “golpe comunista” e de que a violência no período
também só foi praticada porque os “comunistas” estavam se organizando para tomar o poder.
Quase metade do filme pretende abordar a história do comunismo ao longo do século
XX e, para isso, resume contextos e estabelece, ao mesmo tempo, uma relação
assustadoramente simplista na narrativa histórica – tanto na fala dos entrevistados quanto na
do narrador. Todas as ações são justificadas para deter a possibilidade de uma “ditadura
comunista”. Esta é a premissa discursiva que costura todos ambientes apresentados.
Apesar de ter sido considerado um filme revisionista, tanto por grupos alinhados a
partidos de direita quanto de esquerda, 1964 é claramente negacionista. Primeiramente, a
própria produtora faz uma autorreverência por não ter vínculos com entidades
governamentais ou científicas. O que parece uma tentativa de enaltecer uma liberdade na
produção, no entanto, é a evidência do caráter negacionista da argumentação, já que o
revisionismo de natureza historiográfica é fundamentado em novas descobertas científicas.
O jornalista e filósofo Luis Milman (2000) conceitua o negacionismo como uma
elaboração ideológica com aparência histórica.
[...] na medida em que constroem uma versão fictícia da História e que essa versão produz efeitos políticos, os negacionistas obrigam-nos não somente a refutá-los, mas fazermos uma reflexão sobre a relevância do papel da História e da memória para a educação humanista (MILMAN, 2000, p. 132).
A pesquisa explicita o contexto negacionista da ditadura no Brasil - que vem se
intensificando ao longo deste século e ganhou mais espaço e visibilidade a partir das jornadas
de junho de 2013. Eduardo Morettin, no texto O cinema como fonte histórica na obra de
Marc Ferro (2011), estabelece este vínculo entre cinema e o contexto de produção: “Se não
conseguirmos identificar, através da análise fílmica, o discurso que a obra cinematográfica
constrói sobre a sociedade na qual se insere, apontando para suas ambiguidades, incertezas
(^1) No decorrer deste artigo, atribuiremos aspas para os termos que são utilizados ao longo do filme 1964 – o Brasil entre armas e livros para se referir aos eventos daquele período e, principalmente, aos grupos opositores do regime, comumente generalizados como “comunista”, “gramscista”, entre outros.
Para finalizar, ainda tem duas matérias de O Globo : uma da editoria de cultura, com
o título “Cinemark diz ter errado ao exibir filme pró-ditadura”, e a outra da editoria de
política, “Filho de Bolsonaro divulga documentário que defende a ditadura”. Fica claro nesta
apresentação prévia do material audiovisual que até os apoiadores da produção assumem que
o filme “exalta o Golpe de 64”.
Utilizando os termos de Jeanne Marie Gagnebin (2006), pode-se dizer que 1964 é
uma comemoração da ditadura, não uma rememoração (grifo da autora), contrária à apologia
do período.
A rememoração também significa uma atenção precisa ao presente , em particular a estas estranhas ressurgências do passado no presente, pois não se trata somente de não se esquecer do passado, mas também de agir sobre o presente. A fidelidade ao passado, não sendo um fim em si, visa a transformação do presente” (GAGNEBIN, 2006, p. 55).
A escolha por entrevistados em uma produção com a pretensão de ser historiográfica
é feita em consonância com as escolhas discursivas do mesmo. Desta forma, se faz
importante traçar um inventário de quem são estes entrevistados, bem como a produtora
Brasil Paralelo.
Brasil Paralelo é um grupo gaúcho que se autodeclara uma produtora. Na página da
internet, no entanto, percebe-se que o objetivo é de formação: a partir de uma assinatura, o
internauta tem acesso a “aulas que você não encontra em nenhuma sala de aula tradicional”,
apresentando os entrevistados de 1964 como os chamados “professores” do site. Estes
escritores/jornalistas/filósofos/historiadores fazem parte das aulas e são eles mesmos que
analisam os fatos historiográficos retratados nesta produção audiovisual (Figura 1).
Figura 1
Professores do Brasil Paralelo.
Fonte: site do Brasil Paralelo.
O primeiro a falar é Percival Puggina, definido “escritor e jornalista”. Em seu próprio
blog, Puggina assume a formação em Arquitetura e Urbanismo e, no período pós-abertura,
sua filiação à política, mais especificamente, “Frente Liberal (hoje DEM) e, posteriormente
ao PDS (hoje PP)”. Puggina tem uma empresa de comunicação e publicou os seguintes
livros: Crônicas Contra o Totalitarismo , Cuba - a Tragédia da Utopia , Pombas e Gaviões e
A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros.
Flávio Morgenstern é a segunda fonte. Declarado como escritor no filme e
“blogueiro” na Folha de S. Paulo, tem apenas um livro publicado: Por trás da máscara.
Hélio Beltrão, “presidente do Instituto Mises Brasil”, é economista que promove a
“produção e a disseminação de estudos econômicos e de ciências sociais que promovam os
princípios de livre mercado e de uma sociedade livre”. Vladimir Petrilák, autor do livro
1964: o elo perdido , publicado pela Vide Editorial, a mesma editora que publica os livros de
Olavo de Carvalho, “filósofo e escritor”, também presente nas entrevistas que aparecem no
filme.
Rafael Nogueira é referenciado como “historiador”. O conhecido jornalista William
Waack também aparece como entrevistado. Além deles, também participam de 1964 Petr
Blazek, “historiador Ph.D.”; Luiz Felipe Pondé, “filósofo e escritor”; Leszek Pawlikowicz,
“historiador e escritor”; Laudelino Lima, “administrador do site ‘A verdade sufocada’”;
Mauro Abranches Kraenski, “pesquisador e autor do livro 1964: o elo perdido” ; Svetlana
Ptacníková, única depoente mulher a aparecer no filme, “diretora de arquivo de serviços de
Figura 2
Fonte: o filme 1964 – o Brasil entre armas e livros.
Esta não é a única fotografia de Sebastião Salgado utilizada de forma
descontextualizada no filme 1964. A outra imagem é apresentada para ilustrar a Guerrilha
do Araguaia (1967-1974), porém a foto é de 1986, feita por Salgado no garimpo de Serra
Pelada (Figura 3), o que comprova o uso – e abuso – de imagens documentais como formas
narrativas esteticamente coerentes, apesar de historicamente manipuladas.
Figura 3
Fonte: o filme 1964 – o Brasil entre armas e livros.
A narração em off que acompanha esta foto visa estabelecer relação entre a imagem
e o impossível:
Mesmo antes de 1964, guerrilhas rurais e movimentos armados já existiam e já estavam determinados a fazer a revolução. Após o 31 de março, esses grupos passam a adotar métodos hediondos e submetem o Brasil a anos tenebrosos. O terrorismo revolucionário se torna cotidiano. O crime, o medo e o sangue marcam presença dos brasileiros. Assaltos a bancos e estabelecimentos comerciais, explosão de bombas. [...] Os comunistas brasileiros seguiam o exemplo de seus companheiros ideológicos, que em outros países já somavam 500 milhões de assassinatos em nome da revolução. No mês de fevereiro, antes da subida dos militares ao poder, o PCdoB enviou brasileiros para a China com o objetivo de aprender as técnicas de guerrilha de Mao-Tsé-Tung. Foram estes cidadãos que voltaram quatro anos depois e formaram a Guerrilha do Araguaia, com a intenção de replicar a Revolução Chinesa no Brasil.
Segundo o narrador de 1964 , o problema primordial era o “terrorismo comunista” e,
em nome da luta contra este grupo, até a repressão era justificada:
Com o terrorismo comunista cada vez mais crescente, a esquerda radical deu o pretexto para que a população sentisse medo e a linha dura do exército conseguisse expandir seu poder. E foi neste ambiente de guerra que psicopatas, torturadores e criminosos de ambos os lados se valiam para praticar as suas perversidade em nome de uma causa ou de outra. A tortura contra opositores já era presente na política desde a ditadura Getúlio Vargas. Infelizmente, ela não teve seu fim no regime militar. A guerra travada pelos terroristas expandia suas justificativas para a repressão por parte do exército.
morrido em 1937. Percebe-se uma confusão estereotipada entre “marxista”, “comunista”,
“gramscista” e “terrorista”. Esta confusão indica uma visão negativa sobre pessoas que são
contra problemas estruturais brasileiros como o machismo, o racismo e a homofobia, como
esbraveja Morgenstern. O anacronismo é evidente e sugere uma manipulação das datas e
contextos.
Esta manipulação demonstra uma intencionalidade do grupo em alegar que a luta
teria sido contra comunistas que, além de ignorantes, seriam alienados e, claro, perigosos,
justificando quaisquer ações para o seu fim. Estabelece-se este paralelo com a visão
amplamente analisada por Edward Said (1990) quando sumariza os quatro dogmas do
Orientalismo. Dois deles são estruturalmente verificáveis nesta análise: o primeiro dogma
“é a absoluta e sistemática diferença entre o Ocidente, que é racional, desenvolvido,
humanitário e superior, e o Oriente que é aberrante, subdesenvolvido e inferior” e, “o quarto
dogma é que o Oriente, no fundo, ou é algo a ser temido (...) ou a ser controlado” (SAID,
1990, pág. 305).
A partir de sua perspectiva histórica e antropológica, Said, que utiliza conceitos da
obra de Gramsci, traça um cruzamento de que os dois extremos – Ocidente e Oriente –
encontraram definições mutuamente baseadas no contraste, estabelecendo a noção coletiva
do que é ser um europeu e um não-europeu. O primeiro grupo representa a evolução,
enquanto o não-europeu, isto é, o oriental, é a personificação do atraso, do exótico, do
selvagem e do que precisa ser repreendido. Valendo-se do conceito de hegemonia de
Gramsci, Said repercute como a ideia de identidade europeia foi acolhida e sumariamente
autenticada como superior em comparação aos demais povos e culturas não-europeias.
Esta concepção estigmatizada, um dos alicerces dos pressupostos orientalistas, foi
consolidada por séculos a fio no imaginário popular por meio da “distribuição de consciência
geopolítica em textos estéticos, eruditos, econômicos, sociológicos, históricos e filológicos”
(SAID, 1990, p. 24). Said se refere à “atitude textual” quando um texto capaz de criar
conhecimento confere maior autoridade do que a própria realidade; este conhecimento e
realidade advindos das páginas de um texto e conduzidas pelo olhar – por vezes
condicionado – de um autor produzem uma tradição. Amparada pela repercussão em escala,
esta tradição de narrativa singular dá origem a conceitos questionáveis de estereotipia.
A escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie em uma palestra bem sucedida na
internet, que rendeu a publicação de um de seus livros, O perigo de uma história única
(2019), atribui à literatura ocidental a responsabilidade da heterogeneidade do continente
africano fosse diluído em uma única história.
Said também examina a literatura – principalmente a francesa e inglesa – para
examinar como foram construídos os diferentes tipos de orientalismos que atingiram os
povos árabes. O crítico literário sintetiza o pensamento de Cromer e Balfour: “o oriente é
apresentado como algo que se julga (como em um tribunal), algo que se estuda e se descreve
(como em um currículo, algo que se disciplina (como eu uma escola ou prisão), algo que se
ilustra (como em um manual zoológico)” (SAID, 1990, p. 51). E assim se cria e alimenta
estereótipos.
Adichie recorre aos relatos da viagem feita pelo mercador britânico John Locke ao
continente africano, em 1561, como um dos precursores da tradição de contar histórias
africanas no Ocidente. O testemunho de Locke é um emaranhado de fantasias que não condiz
com a realidade, chegando ao ponto de reduzir os povos africanos a “pessoas sem cabeça”.
A autora acrescenta que a história única cria estereótipos. E, segundo Adichie, um dos muitos
problemas com os estereótipos é que eles apresentam histórias incompletas a ponto de uma
história se tornar a única história.
Peter Burke, no seu texto “Estereótipos do Outro”, apresenta duas reações possíveis
que acontecem quando um grupo se depara com uma cultura diferente da sua. A primeira é
a tentativa de assimilar o outro. Na segunda, faz-se o contrário: “É a construção consciente
ou inconsciente da outra cultura como oposta à nossa própria” (BURKE, p. 154). Nesta
relação, o autor relativiza a propensa inclinação do estereótipo ser encarado como uma
inversão da autoimagem de quem qualifica, tornando este um referencial em se tratando do
outro. “Dessa forma, os outros são transformados no ‘Outro’. Eles são transformados em
exóticos e distanciados do eu. E podem mesmo ser transformados em monstros” (BURKE,
2004, p. 157 ).
Considerações finais
A produção audiovisual com viés histórico demanda uma série de análises que são
importantes porque constroem representações sobre o passado. A pesquisadora Caroline
Gomes Leme (2013) se dedica em seu livro Ditadura em imagem e som a analisar a
cinematografia brasileira produzida durante o regime militar. Leme se propõe a examinar
Referências
ADICHIE, Chimamanda Ngozi. O perigo de uma história única. Tradução: Julia Romeu. São Paulo: Companhia das Letras, 2019. BURKE, Peter. Testemunha Ocular: história e imagem. Tradução de Vera Maria Xavier dos Santos. Revisão técnica Daniel Aarão Reis Filho. Bauru: Edusc, 2004. CORDEIRO, Tiago. Duplo padrão: universidades barram filme sobre ditadura, mas liberam eventos de esquerda. Gazeta do Povo, Curitiba, 15 abr. 2019. Disponível em: <https://www.gazetadopovo.com.br/educacao/universidades-barram-filme-ditadura- 1964 - liberam-eventos-esquerda/>. Acesso em 13 out. 2020. GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Ed. 34, 2006. LEME, Caroline Gomes. Ditadura em imagem e som: trinta anos de produções cinematográficas sobre o regime militar brasileiro. São Paulo: Editora Unesp, 2013. MILMAN, Luis. Negacionismo: Gênese e desenvolvimento do extermínio conceitual. In: VIZENTINI, Paulo Fagundes; MILMAN, Luis (Orgs). Neonazismo, Negacionismo e Extremismo Político. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFRGS: CORAG, 2000. MORETTIN, Eduardo. O cinema como fonte histórica na obra de Marc Ferro. (in:) CAPELATO, Maria Helena; MORETTIN, Eduardo; NAPOLITANO, Marcos; SALIBA, Elias Thomé (Orgs). História e Cinema: dimensões históricas do audiovisual. São Paulo: Alameda, 2011. SAID, Edward. Orientalismo – O Oriente como invenção do Ocidente. Tradução: Rosaura Eichenberg, São Paulo: Companhia de Bolso, 1990. SALGADO, Sebastião. Terra. Introdução de José Saramago. Versos de Chico Buarque. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.
Filmes: 1964 – o Brasil entre armas e livros. Direção: Filipe Valerim e Lucas Ferrugem. Produção: Henrique Zingano. Porto Alegre: Brasil Paralelo, 2019. Youtube. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yTenWQHRPIg&t=830s&ab_channel=BrasilParalelo. Acesso em 12 out. 2020.
CHIMAMANDA Adichie: O perigo da história única. Bruno Alves. Youtube. 28 abr.