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A consciência de um privilégio específico, Notas de estudo de Teologia

Ministração

Tipologia: Notas de estudo

Antes de 2010

Compartilhado em 10/08/2008

carlos-fernandes-8
carlos-fernandes-8 🇧🇷

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A consciência de um privilégio específico
Romanos 1.1
Introdução
Embora para alguns as palavras introdutórias de uma carta, mesmo em se tratando
das cartas neo-testamentárias, não mereçam muita atenção, é sempre importante
atentarmos para essas introduções, principalmente para aquelas escritas (ou
ditadas) pelo apóstolo Paulo. Nesta introdução Paulo dirige-se aos romanos fazendo
três afirmações. Essas afirmações merecem atenção, pois ele apresenta-se a uma
igreja que nunca visitara, embora conhecesse vários dos seus membros (cap. 16), a
qual desejava ansiosamente conhecer (1.10) e no convívio mútuo edificar e ser
edificado (1.12),
Ao identificar-se como o autor da carta aos Romanos, em suas primeiras palavras,
Paulo descreve-se com dois termos, contrastantes entre si, muito significativos no
Novo Testamento:
δουλος
- doulos - escravo, servo e,
αποστολος
- apóstolo -
enviado, mensageiro, missionário.
O termo "escravo", que aparece 124 vezes no NT é usado por Paulo 30 vezes com o
significado de humildade e uma vida pertencente a outrem. O "escravo" deve ao seu
senhor obediência exclusiva e absoluta. Seu serviço não lhe faz merecer nem lucros
nem agradecimentos. Esse termo "escravo", muito comum, é usado para designar
todos os cristãos, que tendo a Jesus como Senhor, entendem-se como escravos ou
servos de Cristo.
O termo "apóstolo" aparece 76 vezes no NT e tem o significado de enviado,
chamado, alguém com autoridade. Nesse sentido mais amplo esse termo foi usado
para designar Matias (At 1.23-26), Barnabé (At 14.4 e 14), Andrônico e Júnias (Rm
16.7) e, Tiago, meio-irmão de Jesus (Gl 1.19). No sentido mais restrito de
representante ou delegado autorizado com poderes, alguém com um privilégio
singular diante da missão recebida o termo foi aplicado aos doze (Mt 10.2; Mc 6.30;
Lc 6.13), a Jesus (Hb 3.1) e a Paulo (conf. as introduções das suas cartas. Esse
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A consciência de um privilégio específico

Romanos 1.

Introdução

Embora para alguns as palavras introdutórias de uma carta, mesmo em se tratando das cartas neo-testamentárias, não mereçam muita atenção, é sempre importante atentarmos para essas introduções, principalmente para aquelas escritas (ou ditadas) pelo apóstolo Paulo. Nesta introdução Paulo dirige-se aos romanos fazendo três afirmações. Essas afirmações merecem atenção, pois ele apresenta-se a uma igreja que nunca visitara, embora conhecesse vários dos seus membros (cap. 16), a qual desejava ansiosamente conhecer (1.10) e no convívio mútuo edificar e ser edificado (1.12),

Ao identificar-se como o autor da carta aos Romanos, em suas primeiras palavras, Paulo descreve-se com dois termos, contrastantes entre si, muito significativos no

Novo Testamento: δουλος - doulos - escravo, servo e, αποστολος - apóstolo -

enviado, mensageiro, missionário.

O termo "escravo", que aparece 124 vezes no NT é usado por Paulo 30 vezes com o significado de humildade e uma vida pertencente a outrem. O "escravo" deve ao seu senhor obediência exclusiva e absoluta. Seu serviço não lhe faz merecer nem lucros nem agradecimentos. Esse termo "escravo", muito comum, é usado para designar todos os cristãos, que tendo a Jesus como Senhor, entendem-se como escravos ou servos de Cristo.

O termo "apóstolo" aparece 76 vezes no NT e tem o significado de enviado, chamado, alguém com autoridade. Nesse sentido mais amplo esse termo foi usado para designar Matias (At 1.23-26), Barnabé (At 14.4 e 14), Andrônico e Júnias (Rm 16.7) e, Tiago, meio-irmão de Jesus (Gl 1.19). No sentido mais restrito de representante ou delegado autorizado com poderes, alguém com um privilégio singular diante da missão recebida o termo foi aplicado aos doze (Mt 10.2; Mc 6.30; Lc 6.13), a Jesus (Hb 3.1) e a Paulo (conf. as introduções das suas cartas. Esse

termo não é de uso comum, ao contrário, é um termo que destaca aquele que assim foi denominado.

Ao contrastar esses termos com os quais se apresentou, Paulo demonstra porque ele considerava-se "separado para o evangelho de Deus". Em resumo, essa é a afirmação do apóstolo:

Somente o cristão consciente sabe que é seu privilégio obedecer total e exclusivamente ao seu Senhor.

Nas palavras iniciais de Romanos encontram-se três afirmações sobre a consciência de obedecer exclusivamente a Cristo:

I. A primeira afirmação: Paulo - Servo de Jesus Cristo

  1. Essa era a sua identificação 1.1. Assim, apresentou-se em Rm 1.1; 1 Co 3.5; Gl 1.10; Fl 1.1 e Tt 1.11. 1.2. Assim, ele compreendia o seu ministério - 1 Co 3. 1.3. Assim, era a sua prática ministerial - At 20.19, 24 e 34
  2. Servo descreve uma vida que não se pertence 2.1. Cristo comprou todos os cristãos - 1 Co 6.19- 2.2. Cristo liberta o cristão para que ele sirva seus irmãos - Gl 5. 2.3. Em Cristo não se distingue servos e livres - 1Co 12.13; Gl 3.28; Cl 3.
  3. Para Paulo Jesus Cristo era a pessoa central de sua vida - 1 Co 2. 3.1. Jesus é o Deus encarnado, reconhecido em figura humana - Fl 2. 3.2. Cristo é o Messias proclamado por Paulo - At 9.22; 17. 3.3. Jesus Cristo, o homem-Deus é o único intermediário - 1 Tm 2.

II. A segunda afirmação: Chamado para ser Apóstolo

  1. Paulo apresentava-se preferencialmente como apóstolo 1.1. Assim ele apresentou-se em 1 Co 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1; Ef 1.1; Cl 1.1; 1 Tm 1.1 e 2 Tm 1. 1.2. Ele reivindicava essa designação por ter visto Cristo ressurreto - 1 Co 9.1; 15.8 (de acordo com o pré-requisito de At 1.22)