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Neste texto, francisco cândido xavier nos leva a uma viagem por trás das fronteiras do tempo, mostrando-nos a criação da terra e da humanidade. Ele nos desvela os momentos iniciais da formação do planeta, a solidificação da matéria, a chegada da vida e a criação do primeiro homem. O autor nos convida a contemplar a grandeza e misericórdia divina que infunde tudo que existe.
O que você vai aprender
Tipologia: Slides
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Não perca as partes importantes!
pelo espírito Emmanuel
História da civilização à luz do Espiritismo
ANTELÓQUIO
Meus amigos, que Deus vos conceda paz. É-me grata a vossa palestra a respeito dos nossos traba- lhos. Esperemos e supliquemos a bênção do Alto para o nos- so esforço. Dando seguimento aos nossos estudos, procuremos esforçar-nos por mostrar a verdadeira posição do Evangelho do Cristo, tanta vez incompreendido aí no mundo, em face das religiões e das filosofias terrenas. Não deverá ser este um trabalho histórico. A história do mundo está compilada e feita. Nossa contribuição será à tese religiosa, elucidando a influência sagrada da fé e o ascendente espiritual, no curso de todas as civilizações terrestres. O livro do irmão Humberto 1 foi a revelação da missão coletiva de um país; nosso esforço consistirá, tão somente, em apontamen- tos à margem da tarefa de grandes missionários do mundo e de povos que já desapareceram, esclarecendo a grandeza e a misericórdia do divino Mestre. Vamos esperar os dias próxi- mos, quando tentaremos realizar nossos planos humildes de
(^1) XAVIER, Francisco Cândido. Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho. Brasília: FEB, 2013.
Francisco Cândido Xavier | Emmanuel
trabalho. Que Deus vos conceda a todos tranquilidade e saú- de, e a nós as possibilidades necessárias. Muito vos agradeço o concurso de cada um no esforço geral. Trabalhemos na grande colmeia da evolução, sem outra preocupação que não seja a de bem servir àquele que, das Alturas, sabe de todas as nossas lutas e lágrimas. Confiemos nele. Do seu coração augusto e misericordioso parte a fonte da luz e da vida, da harmonia e da paz para todos os corações. Que Ele vos abençoe.
Emmanuel (Mensagem recebida em 17/8/1938.)
Francisco Cândido Xavier | Emmanuel
evolução humana com as suas lágrimas e sofrimentos, e até nossos ouvidos chegam os ecos dolorosos de suas aflições. Passam as primeiras organizações do homem e passam as suas grandes cidades, transformadas em ossuários silencio- sos. O tempo, como patrimônio divino do Espírito, reno- va as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. Passam as raças e as gerações, as línguas e os povos, os países e as fronteiras, as ciências e as religiões. Um sopro divino faz movimentar todas as coisas nesse torvelinho maravilhoso. Estabelece-se, então, a ordem equilibrando todos os fenô- menos e movimentos do edifício planetário, vitalizando os laços eternos que reúnem a sua grande família. Vê-se, então, o fio inquebrantável que sustenta os séculos das experiências terrestres, reunindo-as, harmo- niosamente, umas às outras, a fim de que constituam o tesouro imortal da alma humana em sua gloriosa ascensão para o Infinito. As raças são substituídas pelas almas e as gerações constituem fases do seu aprendizado e aproveitamento; as línguas são formas de expressão, caminhando para a ex- pressão única da fraternidade e do amor, e os povos são os membros dispersos de uma grande família trabalhando para o estabelecimento definitivo de sua comunidade uni- versal. Seus filhos mais eminentes, no plano dos valores espirituais, são agraciados pela Justiça suprema, que legisla no Alto para todos os mundos do universo, e podem visi- tar as outras pátrias siderais, regressando ao orbe, no esfor- ço abençoado de missões regeneradoras dentro das igrejas e das academias terrenas.
A caminho da luz
Na tela mágica dos nossos estudos, destacam-se es- ses missionários que o mundo muitas vezes crucificou na incompreensão das almas vulgares, mas, em tudo e sobre todos, irradia-se a luz desse fio de espiritualidade que di- viniza a matéria, encadeando o trabalho das civilizações, e, mais acima, ofuscando o écran das nossas observações e dos nossos estudos, vemos a fonte de extraordinária luz, de onde parte o primeiro ponto geométrico desse fio de vida e de harmonia, que equilibra e satura toda a Terra numa apoteose de movimento e divinas claridades. Nossos pobres olhos não podem divisar particulari- dades nesse deslumbramento, mas sabemos que o fio da luz e da vida está nas suas mãos. É Ele quem sustenta to- dos os elementos ativos e passivos da existência planetária. No seu coração augusto e misericordioso está o Verbo do princípio. Um sopro de sua vontade pode renovar todas as coisas, e um gesto seu pode transformar a fisionomia de todos os horizontes terrestres. Passaram as gerações de todos os tempos, com as suas inquietações e angústias. As guerras ensanguentaram o ro- teiro dos povos nas suas peregrinações incessantes para o conhecimento superior. Caíram os tronos dos reis e esfa- celaram-se coroas milenárias. Os príncipes do mundo vol- taram ao teatro de sua vaidade orgulhosa, no indumento humilde dos escravos, e, em vão, os ditadores conclama- ram, e conclamam ainda, os povos da Terra, para o morti- cínio e para a destruição. O determinismo do amor e do bem é a Lei de todo o universo e a alma humana emerge de todas as catástrofes em busca de uma vida melhor.
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A GÊNESE PLANETÁRIA
A comunidade dos Espíritos puros
Rezam as tradições do mundo espiritual que na dire- ção de todos os fenômenos, do nosso sistema, existe uma comunidade de Espíritos puros e eleitos pelo Senhor su- premo do universo, em cujas mãos se conservam as rédeas diretoras da vida de todas as coletividades planetárias. Essa comunidade de seres angélicos e perfeitos, da qual é Jesus um dos membros divinos, ao que nos foi dado saber, apenas já se reuniu, nas proximidades da Terra, para a solução de problemas decisivos da organização e da direção do nosso planeta, por duas vezes no curso dos milênios conhecidos. A primeira, verificou-se quando o orbe terrestre se desprendia da nebulosa solar, a fim de que se lançassem, no tempo e no espaço, as balizas do nosso sistema cosmo- gônico e os pródromos da vida na matéria em ignição, do planeta, e a segunda, quando se decidia a vinda do Senhor à face da Terra, trazendo à família humana a lição imortal do seu Evangelho de amor e redenção.
Francisco Cândido Xavier | Emmanuel
A Ciência de todos os tempos
Não é nosso propósito trazer à consideração dos estu- diosos uma nova teoria da formação do mundo. A Ciência de todos os séculos está cheia de apóstolos e missionários. Todos eles foram inspirados ao seu tempo, refletindo a claridade das Alturas, que as experiências do Infinito lhes imprimiram na memória espiritual, e exteriorizando os defeitos e concepções da época em que viveram, na feição humana de sua personalidade. Na sua condição de operários do progresso univer- sal, foram portadores de revelações gradativas, no domínio dos conhecimentos superiores da humanidade. Inspirados de Deus nos penosos esforços da verdadeira civilização, as suas ideias e trabalhos merecem o respeito de todas as ge- rações da Terra, ainda que as novas expressões evolutivas do plano cultural das sociedades mundanas tenham sido obrigadas a proscrever as suas teorias e antigas fórmulas. Lembrando-nos, porém, mais detidamente, de quan- tos souberam receber a intuição da realidade nas perqui- rições do Infinito, busquemos recordar o globo terráqueo nos seus primeiros dias.
Os primeiros tempos do orbe terrestre
Que força sobre-humana pôde manter o equilíbrio da nebulosa terrestre, destacada do núcleo central do sis- tema, conferindo-lhe um conjunto de leis matemáticas, dentro das quais se iam manifestar todos os fenômenos
Francisco Cândido Xavier | Emmanuel
sua luz polarizada, cujo suave magnetismo atuaria decisi- vamente no drama infinito da criação e da reprodução de todas as espécies, nos variados reinos da natureza.
A solidificação da matéria
Na grande oficina surge, então, a diferenciação da matéria ponderável, dando origem ao hidrogênio. As vastidões atmosféricas são amplo repositório de energias elétricas e de vapores que trabalham as substân- cias torturadas no orbe terrestre. O frio dos espaços atua, porém, sobre esse laboratório de energias incandescentes, e a condensação dos metais verifica-se com a leve formação da crosta solidificada. É o primeiro descanso das tumultuosas comoções geológicas do globo. Formam-se os primitivos oceanos, onde a água tépida sofre pressão difícil de descrever-se. A atmosfera está carregada de vapores aquosos e as grandes tempestades varrem, em todas as direções, a superfície do planeta, mas sobre a Terra o caos fica dominado como por encanto. As paisagens aclaram-se, fixando a luz solar que se projeta nesse novo teatro de evolução e vida. As mãos de Jesus haviam descansado, após o longo perío- do de confusão dos elementos físicos da organização planetária.
O divino Escultor
Sim, Ele havia vencido todos os pavores das energias desencadeadas; com as suas legiões de trabalhadores divinos,
A caminho da luz
lançou o escopro da sua Misericórdia sobre o bloco de ma- téria informe, que a sabedoria do Pai deslocara do Sol para as suas mãos augustas e compassivas. Operou a escultura geológica do orbe terreno, talhando a escola abençoada e grandiosa, na qual o seu coração haveria de expandir-se em amor, claridade e justiça. Com os seus exércitos de traba- lhadores devotados, estatuiu os regulamentos dos fenôme- nos físicos da Terra, organizando-lhes o equilíbrio futuro na base dos corpos simples de matéria, cuja unidade substancial os espectroscópios terrenos puderam identificar por toda a parte no universo galáxico. Organizou o cenário da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir. Fez a pressão atmosférica adequada ao homem, antecipando-se ao seu nascimento no mundo, no curso dos milênios; estabeleceu os grandes centros de força da ionosfera e da estratosfera, onde se harmonizam os fenô- menos elétricos da existência planetária, e edificou as usinas de ozone a 40 e 60 quilômetros de altitude, para que filtras- sem convenientemente os raios solares, manipulando-lhes a composição precisa à manutenção da vida organizada no orbe. Definiu todas as linhas de progresso da humanidade futura, engendrando a harmonia de todas as forças físicas que presidem ao ciclo das atividades planetárias.
O Verbo na criação terrestre
A ciência do mundo não lhe viu as mãos augustas e sábias na intimidade das energias que vitalizam o orga- nismo do globo. Substituíram-lhe a providência com a