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Figura 6: Organização da Cadeia de Valor da The Coca-Cola Company. ... A FEMSA é, atualmente, responsável pelos canais de distribuição de cervejas de.
Tipologia: Exercícios
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Monografia submetida ao curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Santa Catarina, como requisito obrigatório para a obtenção do grau de Bacharelado.
Orientador: Helberte João França de Almeida
Agradeço à minha família, especialmente aos meus pais Gilney e Rosane, que sempre me apoiaram nas decisões que tomei na minha vida. Sou eternamente grato a eles pelo grande e incessante apoio/suporte que deram durante toda a minha jornada, desde a época de colégio até este momento de fechamento de mais um ciclo, e que continuarei amando para o resto da vida. Agradeço ao meu irmão, Francisco, que apesar de algumas desavenças que todo irmão tem, sempre me ajudou/defendeu de alguma maneira. Aos meus tios e primos, que sempre me ajudaram nos momentos de dúvidas, incertezas, e apoio que tive durante os últimos 5 anos, e durante a vida toda. Aos meus amigos novos que fiz na faculdade, as antigas amizades que pude cultivar e ter muitas risadas, muitas conversas, algumas viagens, mas acima de tudo, muita parceria. Agradeço aos professores que fizeram parte da minha jornada na universidade, e que de alguma maneira acrescentaram na minha formação com trabalhos, dando dicas, e oportunidades no curso de Ciências Econômicas. Agradeço as outras várias pessoas que foram, de alguma forma, importantes para mim, que me ajudaram a crescer como pessoa, ou que estiveram ao meu lado me apoiando, pessoas que me deram chances de evoluir profissionalmente. Enfim, o meu muito obrigado a todas estas pessoas que foram especiais na minha vida.
O trabalho exposto teve como objetivo a discussão sobre cadeias globais de valor da Coca-Cola, apresentando teorias relacionadas a Franchising , sobre a maneira com que as multinacionais costumar se arranjar, e também, teorias sobre Economic Vallue Added (EVA) , para analisar se a indústria está gerando ou se está perdendo valor. A franquia da Coca-Cola escolhida para este trabalho foi a Fomento Econômico Mexicano S.A (FEMSA). Percorrendo toda a cadeia global de valor da empresa norte americana, foi possível chegar numa empresa terceirizada, responsável por fazer as entregas dos produtos acabados aos clientes que adquiriram. Esta empresa tem sua sede em Torres/RS. Foram feitas análises dos fluxos de caixa, e, a partir dos resultados, calculou-se indicadores econômicos financeiros, tais como: VPL, TMA, TIR. Com estes resultados procurou-se identificar aspectos que pudessem gerar possíveis estratégias aos sócios proprietários para uma possível expansão da empresa para outras áreas da economia, tais como e-commerce, ou áreas afins no que tange a logística, ou estratégias para expansão da sua frota de caminhões. Os resultados desta pesquisa foi que as TIRs ficaram em 42,95%, 22,17% e 16,91% para os anos de 2015, 2016 e 2017, respectivamente.
Palavras-chave: Cadeia Global de Valor; Avaliação Econômico-financeira; Empresa terceirizada no setor de logística.
FEMSA – Fomento Econômico Mexicano TCCC – The Coca-Cola Company CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica), EVA – Economic Value Added IR – Imposto de Renda CSL – Contribuição Sobre o Lucro Líquido PIB – Produto Interno Bruto PANAMCO – Panamerican Beverages Inc. NOPAT – Lucro Operacional Líquido Após os Impostos CMPC – Custo médio ponderado do capital EBIT – Receita Antes dos Juros e Taxas ROE – Retorno sobre o Patrimônio TIR – Taxa Interna de Retorno FC – Fluxo De Caixa TMA – Taxa Mínima de Atratividade VPL – Valor Presente Líquido VaR – Value At Risk Fipe – Fundação Instituo de Pesquisas Econômicas CDI – Certificado de Depósito Interbancário BACEN – Banco Central do Brasil % a.a. – Porcentagem ao Ano
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Figura 1: Estrutura Corporativa FEMSA – Participação Acionária, até outubro de 2017.
Fonte: Relatório de Sustentabilidade FEMSA, 2016.
A FEMSA tem como foco o mercado do Sul e do Sudeste do território brasileiro. Segundo um estudo do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (IBGE, 2014), a Coca-Cola detém uma fatia de aproximadamente 60% do mercado de refrigerantes, sendo detentora de marcas de bebidas frias como: Refrigerantes Sprite, Fanta Laranja e Uva; Sucos Del Valle e Laranja Caseira; bebidas isotônicas como o Powerade e i9; e energéticos como Burn e Monster. Como se pode observar na Figura 1, uma vantagem perante sua maior concorrente, que é a Inbev , uma empresa multinacional belga de bebidas formada em 2004 a partir da fusão da brasileira AmBev com a belga Interbew , e que tem a licença dos produtos da PepsiCo no território brasileiro, cujos produtos são: Pepsi-Cola, Gatorade, Sukita, Soda, H2OH!, Toddy e Trop Coco. Neste mercado a Inbev tem uma porcentagem de participação maior que a sua maior concorrente no país, a FEMSA. A FEMSA é, atualmente, responsável pelos canais de distribuição de cervejas de propriedade da Heineken. As cervejas são: Heineken, Kaiser, Amstel, Bavária, Sol Premium e Desperados. Neste setor de cervejas, a multinacional mexicana não tem tido tanto destaque no mercado brasileiro. Pode-se observar na Figura 2, extraída de uma pesquisa feita pelo BNDES, que a Inbev tem larga vantagem perante seus concorrentes, ocupando mais de dois terços do mercado.
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Figura 2: Market Share dos produtores brasileiros de cerveja e refrigerante em 2013.
Fonte: Artigo BNDES, 2014.
A Logística Trevizol, que é terceirizada pelos mexicanos da FEMSA, é uma empresa de sociedade limitada. Ela é responsável somente pelo transporte rodoviário de cargas intermunicipais, ou seja, ela pode somente fazer entregas nas microrregiões que lhes são designadas pela FEMSA, e que, neste caso, compreende o litoral norte do estado do Rio Grande do Sul. A empresa trabalha na entrega dos produtos da linha Coca-Cola aos estabelecimentos comerciais da região, como supermercados, mercados, bares, restaurantes, etc. Isso faz com que a empresa precise ter uma alta produtividade ao carregar os produtos, bem como conseguir fazer as entregas no menor tempo possível para satisfazer as necessidades dos clientes e ter alta produtividade. A FEMSA pode dar o direito de trabalhar em uma área maior, ou que não sofra com a sazonalidade, abrindo a possibilidade de aumentar os lucros. Todo arranjo que é feito durante o ano é para quando chegar o período de maior fluxo de entregas e de faturamento. Os sócios da empresa precisam, com a poupança acumulada no verão, manter a empresa sustentável, para, no longo prazo, poder empregar o número necessário de pessoas para continuar contribuindo para a economia local, dando retornos financeiros crescentes e constantes. Neste contexto, esta monografia se propõe analisar a cadeia de valor da The Coca-Cola Company , que, de acordo com o que foi descrito anteriormente, trabalha com o modelo de franchising , ou seja, ela produz apenas o xarope de Cola para vendê-la para as engarrafadoras, que de fato são quem produz a tão conhecida Coca-Cola.
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O interesse por este estudo surgiu de um trabalho que este autor fez em uma disciplina optativa chamada Análise de Investimentos, pertencente ao curso de Ciências Econômicas- UFSC. Neste trabalho analisou-se os fluxos de caixa da empresa, assim como foram feitas projeções de 500 observações adiantes. Com base nisso, houve o interesse de analisar a cadeia de produção da Coca-Cola por parte deste autor pelo fato de a empresa familiar estar inserida nesta cadeia produtiva, sendo responsável pela entrega dos produtos já envasados para os estabelecimentos. Este mercado de bebidas atualmente tem 4 empresas, correspondendo a mais de 98% da parcela do mercado de cervejas, pois, de acordo com Cibelle Bouças (2017), jornalista do jornal Valor Econômico, recentemente houve uma aquisição da cervejaria Brasil Kirin por parte da cervejaria Heineken. A aquisição foi aprovada por parte do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), e, a partir de agora, este mercado tem um número restrito de 3 empresas que correspondem a 98,4% da parcela do mercado de cervejas, fazendo com que o mercado brasileiro de bebidas seja muito concentrado em grandes empresas. A organização desta cadeia de suprimentos em que ela está inserida tem alguns benefícios, tais como: a empresa não trabalha com estoque, pois tudo que é produzido pela multinacional será vendido pela FEMSA, deixando o trabalho de transportar os produtos até os clientes para a Logística Trevizol, e, a partir desta lógica, a empresa não precisa ter uma força produtiva tão grande na parte administrativa (Marketing, Vendas, etc.), preocupando-se inteiramente com as operações de entrega dos produtos designados a ela. Pode-se dizer que este trabalho pode trazer grandes contribuições para a empresa, por conta de que a mesma nunca foi objeto de análise, então, pode ser que haja melhorias a serem feitas tanto ao direcionamento dos investimentos, quanto ao gerenciamento da empresa, considerando o fato que a mesma se situa numa região litorânea, o que consequentemente a faz sofrer com o fenômeno da sazonalidade. A Figura 3 ilustra a sazonalidade na produção de bebidas no Brasil de 2002 até o ano de
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Figura 3: Sazonalidade da Produção de Bebidas (2002-2016).
Fonte: Artigo Bradesco, 2017.
Esta figura vai ao encontro com a situação da empresa, pois o fato de ela estar situada na região Sul do Brasil, onde os invernos fazem com que as temperaturas sejam mais amenas que em outras regiões do país, influencia no consumo de bebidas frias durante este período do ano. Portanto, é necessário que se faça uma gestão eficaz dos recursos da empresa para estudar uma maneira de minimizar este problema e tornar o negócio da empresa sustentável no longo prazo.
1.4 METODOLOGIA
O presente estudo tem como objetivo o levantamento da bibliografia, além de fazer uma revisão teórica sobre o tema do trabalho (Cadeias globais de valor da Coca-Cola), com um adendo em um estudo a respeito da empresa responsável pela logística. Para que possa conseguir chegar ao objetivo deste trabalho, será feita uma pesquisa exploratória descritiva, com dados primários e utilização de um questionário para o caso da empresa de transporte. Para Gil (2008, p. 27), as pesquisas exploratórias são aquelas que: Têm como principal finalidade desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos posteriores [...] Procedimentos de amostragem e técnicas quantitativas de coleta de dados não são costumeiramente aplicados nestas pesquisas [...] Quando o tema escolhido é bastante genérico, tornam-se necessários seu esclarecimento e delimitação, o que exige revisão da literatura, discussão com especialistas e outros procedimentos.
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Os estudos sobre GVC possuem uma história relativamente recente. Pesquisas teóricas e trabalhos práticos sobre esse tema começaram em Sussex, no Reino Unido, no início da década de 90, primeiramente no Institute of Development Studies (IDS), com grupos de estudos e conferências focados neste tópico (AVDASHEVA, 2007 apud MACLENNAN, 2017, p. 2). No ano 2000, um grupo de pesquisadores, inicia uma série de encontros e workshops para o desenvolvimento da teoria da governança, hoje chamada de Global Value Chain ou Cadeia Global de Valor (STURGEON, 2009 apud MACLENNAN, 2017, p. 2). Assim, a cadeia global de valor é um fenômeno que tem se caracterizando cada vez mais como o pilar da economia global, onde a maneira de produzir está cada vez mais presente na participação do comércio internacional, no PIB global e também nos empregos. Neste processo, a evolução das cadeias está proporcionando novos arranjos na forma de trabalhar, assim como na terceirização de commodities , na produção dos ramos de vestuário, dos eletrônicos, do turismo e dos serviços comerciais, implicando em grandes mudanças nos negócios, no comércio e nos empregos, além de impactar na maneira com que os agentes econômicos dos países subdesenvolvidos se integram na economia (OLIVEIRA, 2015, p. 45-46). A participação dos países subdesenvolvidos na globalização ajuda na união da força produtiva dos mesmos, representada pelas empresas, trabalhadores e consumidores, a se tornarem os pilares da economia global. Os países de baixa renda são aqueles que mais precisariam se inserir neste meio, pois seria uma condição vital para o desenvolvimento da nação. Na relação dos países subdesenvolvidos e empresários, as iniciativas das forças de trabalho podem ser vistas como o domínio da política social e não como uma melhoria da competitividade da indústria. De certa maneira esta é uma perspectiva ultrapassada, visto que em ambientes econômicos onde a terceirização é a norma, em muitas indústrias de manufatura e de serviços, o desenvolvimento da força de trabalho é um elemento integral tanto da mitigação da pobreza quanto dos objetivos da competitividade nacional (GEREFFI; FERNANDEZ STARK; PSILOS, 2011, p. 3). Por outro lado, nas economias desenvolvidas, uma força de trabalho especializada e com alto grau de qualificação é um ativo de desenvolvimento econômico importante, bem como as iniciativas de desenvolvimento da força de trabalho direcionados são ferramentas populares
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para melhorar a competitividade econômica local e regional nos Estados Unidos e Europa (BLAKELY; GREEN LEIGH, 2009 JACOBS; HAWLEY et al., 2011, p. 3). Com os países se esforçando para melhorar o grau de qualificação das pessoas, possivelmente esta será a porta de entrada para que os mesmos possam competir com sucesso, adquirindo ganhos relacionados ao desenvolvimento econômico da nação, além da capacitação da força produtiva e consequentemente melhores empregos. Estas políticas poderiam ajudar a reduzir o desemprego da nação e, consequentemente, a pobreza. Gereffi e Fernandez (2016, p.
A cadeia representa todo o processo de entrada e saída que traz produtos ou serviços desde a concepção inicial até as mãos do consumidor. Os principais segmentos da cadeia variam de acordo com a indústria, mas, tipicamente, incluem: pesquisa e design, insumos, produção, distribuição e comercialização e vendas e, em alguns casos, a reciclagem de produtos após o uso. Essa estrutura de entrada e saída envolve bens e serviços, bem como uma variedade de indústrias de apoio. (Tradução Própria) Analisando a partir desta ótica, o adjetivo “global” remete ao fato de que nas últimas décadas vêm ocorrendo uma fragmentação deste tipo de atividade, bem como a dispersão geográfica destas, além de que o uso da expressão “cadeia de valor” está sendo mais usada em