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a avaliação institucional como instrumento de melhoria do ..., Esquemas de Construção

novos encaminhamentos, situando a avaliação institucional já realizada nas escolas públicas, retomando-a em seus aspectos fragilizados, discutindo no ...

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Gustavo_G
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA - UEPG
NILCE MARTINS MIKA
A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL COMO INSTRUMENTO DE
MELHORIA DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM
CADERNO PEDAGÓGICO
PONTA GROSSA
2008
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Baixe a avaliação institucional como instrumento de melhoria do ... e outras Esquemas em PDF para Construção, somente na Docsity!

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DO PARANÁ – SEED

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – PDE

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA - UEPG

NILCE MARTINS MIKA

A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL COMO INSTRUMENTO DE

MELHORIA DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

CADERNO PEDAGÓGICO

PONTA GROSSA

A AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL COMO INSTRUMENTO DE

MELHORIA DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

Área de concentração: Pedagogia Autora: Nilce Martins Mika Orientadora: Prof.ª Ms. Maria José Bastos Martins Secretaria de Estado de Educação do Paraná Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG – SEED Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE

PONTA GROSSA

A Avaliação Institucional como Instrumento de Melhoria do Processo Ensino- Aprendizagem

Tema 1 A Necessária Reflexão sobre a Avaliação

Tema 2 Um novo olhar sobre a Avaliação

Tema 3 A Avaliação Institucional como Instrumento de Melhoria da Pedagógica^ Prática Docente

Apresentação

A construção deste Material Didático na forma de Caderno Pedagógico, faz parte do Programa de Desenvolvimento Educacional – PDE , instituído pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná(SEED), com o apoio da Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior(SETI), como uma política inovadora de Formação Continuada das professoras e dos professores da rede pública estadual. A participação do professor neste programa se constituem de atividades e tarefas que devem ser cumpridas sob a orientação e acompanhamento do professor Orientador das IES ( Instiuição de Ensino Superior), como a elaboração do plano ou proposta de estudo, construção da proposta de intervenção na escola, onde será elaborado materiais didático-pedagógicos e/ou outra modalidade pedagógica, dirigir e acompanhar um grupo trabalho em rede(via internet – Programa Moodle), além de cursos e outros eventos promovidos pela SEED e Universidades parceiras. O referido programa de formação continuada proporciona aos professores da rede pública estadual subsídios teóricos-práticos para o desenvolvimento de ações educacionais sistematizadas, que possam ser avaliadas em seu processo e em seu produto e que resultem em redimensionamento da prática educativa. A temática deste trabalho é a Avaliação Institucional, com o título: A Avaliação Institucional como Instrumento de Melhoria no Processo Ensino- Aprendizagem. O estudo contempla também a avaliação institucional, implantada pela SEED, em dezembro de 2005, como Processo de Auto-Avaliação Institucional, realizada em todas as instituições públicas estaduais.

de agir e, por isso, é necessário que seja usada da melhor maneira possível.^ A avaliação é uma ferramenta da qual o ser humano não se livra. Ela faz parte do modo ( LUCKESI, 2005, p.119)

Entendendo a avaliação a partir desta citação, iníciamos a reflexão sobre a sua prática na instituição escolar. Compreendemos que ela é fundamental para o processo ensino–aprendizagem, sendo concebida como um segmento da proposta pedagógica que subsidia a construção do conhecimento, acompanha a ação pedagógica, norteia o planejamento, indicando caminhos de sucesso e superação de dificuldades no ensino e na aprendizagem. Com o estudo do tema, visamos: analisar e refletir sobre concepções e práticas avaliativas atuais, ampliando e enriquecendo conhecimentos, enfatizando a articulação entre a avaliação escolar e institucional, para melhoria do processo ensino-aprendizagem. Após o estudo de cada tema o cursista, irá refletir, trocar idéias com colegas, discutir e debater a temática, registrando seus comentários, almejando que sirvam de novas setas, indicando caminhos que possam ser percorridos, desde que se ouse enfrentá-los. Tema 1, iniciamos com uma reflexão acerca da avaliação, distinguindo- a da praticada em sala de aula e a realizada a nível de instituição Para isso, recorremos ao processo evolutivo dos conceitos e das práticas avaliativas,situando-a em diferentes momentos. Ressaltamos a importância do planejamento na avaliação, resultando

em uma prática avaliativa mais eficiente e de melhor qualidade. Apresentamos ainda, as tendências conservadora e transformadora e as funções da avaliação. Tema -2, apresentamos os indicadores de qualidade que favorecem a reflexão sobre a prática avaliativa vivenciada por professores, alunos, direção, equipe pedagógica, pais, comunidade , instâncias colegiadas, considerando o espaço e a estrutura existente, o trabalho realizado, visando o progresso do aluno, a forma de acompanhamento e os resultados obtidos. No tema 3, indicamos a utilização e a construção de diferentes técnicas e instrumentos avaliativos como o objetivo de tornar a aprendizagem mais significativa, configurando-se assim, em melhores resultados no desempenho docente e discente. A reflexão sobre a prática escolar cotidiana, deve servir para subsidiar novos encaminhamentos, situando a avaliação institucional já realizada nas escolas públicas, retomando-a em seus aspectos fragilizados, discutindo no coletivo, propostas que levem a superá-los, pois, entendemos que a avaliação institucional não deve servir somente para quantificar dados e diagnosticar a realidade escolar, mas, a partir deles, buscar a melhoria do processo ensino-aprendizagem, dentro de uma perspectiva transformadora. O desafio da escola está em efetivar a necessária articulação da avaliação institucional com a avaliação realizada em sala de aula, de forma que uma não se sobreponha a outra, mas, que juntas apontem novos rumos, constituindo-se em avanço e progresso do aluno no seu processo de aprendizagem.

Tema 2: Um novo olhar sobre a avaliação institucional 2.1 A avaliação institucional e seus indicadores 2.2 Indicadores da qualidade na educação

Objetivos:

  • Reconhecer aspectos importantes que constituem o planejamento da avaliação institucional;
  • Considerar os indicadores de qualidade como elementos necessários á análise e parâmetro na avaliação institucional.

Tema 3: A avaliação institucional como instrumento de melhoria da prática pedagógica docente 3.1 Repensar a avaliação da ação docente e da ação discente 3.2 Instrumentos e técnicas de avaliação: teste, provas, entrevistas, relatórios, questionários, portfólio, casos de ensino 3.3 Construção de instrumento de avaliação: estudo de caso

Objetivos:

  • Analisar limites e possibilidades da instituição escolar, objetivando superar fragilidades, ressaltando práticas avaliativas significativas;
  • Refletir sobre a avaliação docente e discente, visando melhoria do trabalho pedagógico e do processo ensino–aprendizagem;
  • Estabelecer critérios avaliativos articulados à proposta pedagógica da escola;
  • Identificar as etapas necessárias ao planejamento da avaliação: objeto a ser avaliado, as técnicas a serem utilizadas, os instrumentos para medir e avaliar e os critérios estabelecidos.

de 2004 a 2006, com um Programa considerado modelo de avaliação nas escolas. Considerando-se uma concepção focalizada na formação humana, onde o conhecimento historicamente elaborado é mediado pela construção e reconstrução do ser cidadão, é que se lança esta provocação de avaliar sistematicamente a escola com vistas a uma transformação crítica, abrangendo e articulando ações conjuntas de forma responsável , visando atingir melhor qualidade e efetividade no processo ensino-aprendizagem.

1.1 Evolução dos conceitos e das práticas avaliativas: A avaliação vem se constituindo historicamente, por meio das grandes mudanças sociais que reivindicam em cada momento novas práticas , novas metodologias e posturas diferentes no cotidiano escolar. Mas, desde os primórdios, carrega um certo sentido de seleção e controle, resquícios ainda vistos atualmente. Segundo Brandalise(2007), o conceito e as práticas avaliativas evoluem seguindo momentos chamados de “quatro gerações de avaliação”. O primeiro momento, designado de primeira geração, destaca-se pela preocupação em mensurar, medir e avaliar, focalizando-se na construção de instrumentos e testes utilizados para verificar o rendimento do aluno. O crescimento do aluno era determinado através dos exames e testes que classificavam, selecionavam e certificavam conforme os resultados obtidos. O avaliador exercia o papel de técnico nesta geração( década de vinte e trinta do séc. XX).

No segundo momento, chamado segunda geração, os objetivos passam a fazer parte da avaliação, tornando-se seu foco principal, sendo a medida utilizada como um de seus instrumentos apenas. A partir deste momento, a avaliação assume uma função descritiva, onde o avaliador, passa a descrever critérios e padrões estabelecidos através dos objetivos. Por volta dos anos quarenta/cinqüenta, Ralph Tyler, considerado o”pai da avaliação”, expressa o nome “avaliação educacional”, resultando na geração chamada descritiva. Nesta geração, o processo de avaliação é fundamental para se saber o quanto os objetivos são alcançados realmente, devendo ser um processo contínuo, aperfeiçoando as ações tomadas. Na terceira geração, ( décadas de sessenta e oitenta), a avaliação constitui-se em emitir juízo de valor, sobre o objeto avaliado. Considerava-se que os resultados obtidos sem previsão e de forma secundária, eram mais importantes que os previstos. Nesta geração, o avaliador assumia a função de juiz, fazendo o julgamento dos resultados obtidos, através das tarefas que descrevia e os juízos de valor que formulava. Alguns autores rejeitaram esse tipo de avaliação, mas, o julgamento, constituiu-se em peça fundamental no ato avaliativo. Além da medida e da descrição, seria necessário emitir julgamentos acerca do objeto avaliado, bem como dos objetivos estabelecidos. Iniciando na década de oitenta, a quarta geração, apresenta uma nova visão de avaliação, objetivando negociar com avaliadores e avaliados a prática avaliativa, constituindo-se de um processo dialético, de interação contínua, de

  • Converse com seus colegas e discutam sobre a evolução dos conceitos e das práticas avaliativas, e a sua prática nos dias de hoje.

Registrando abaixo...

Refletindo em grupo...

1.2 Planejamento e avaliação : A avaliação faz parte do planejamento educacional, assim como, o planejamento educacional faz parte da avaliação, mantendo entre si, uma relação dialética. Ressaltamos que ambos devem estar relacionados ao Projeto Político- Pedagógico, da escola, que seguindo os princípios filosóficos da educação nacional, tem como pressuposto básico atender aos objetivos da comunidade escolar e da sociedade. Assim como, os objetivos, os conteúdos, a metodologia e o modelo de avaliação contidos no plano da escola, em cada disciplina e nas atividades desenvolvidas, estão atreladas ao projeto educativo da escola.

Luckesi (1995, p.118), coloca que Enquanto o planejamento é o ato pelo qual decidimos o que construir,avaliação é o ato crítico que nos subsidia na verificação de como estamos a construindo o nosso projeto.de executar, por isso, contribui em todo o percurso da ação planificada. A avaliação atravessa o ato de planejar Ae avaliação se faz presente não só na identificaçãosocial, como também na seleção de meios alternativos e na da perspectiva execução político- do projeto, tendo em vista a sua construção. Ou seja, a avaliação,crítica de percurso, é uma ferramenta necessária ao ser humano no como processo de construção dos resultados que planificou produzir, assimmo o é no redimensionamento da direção da ação. co-

A prática avaliativa deve estar contemplada no projeto político- pedagógico, atendendo aos objetivos explicitados, bem como, seus princípios, direcionados às necessidades e interesses de cada realidade.

Esse tipo de educação tem como centro a pessoa do professor e a transmissão de conhecimentos, dentro de um processo autoritário, chamado de “educação bancária” por Freire (1981), onde o aluno:” adquire”(apreende) conhecimentos “depositados” (transmitidos) pelo professor. Seu objetivo é manter/conservar os valores das classes dominantes. Nessa educação conservadora, os programas ou aprendizagens são avaliados conforme os objetivos pré-determinados pelo professor, a possibilidade da influência de fatores aleatórios, é pouco ou raramente considerada. Com isso, , se supõe que o aluno seguindo em ritmo próprio, através de meios adequados, conseguirá atingir os objetivos. O caráter da avaliação nessa concepção é de “ medida” consistindo essencialmente em aferir e constatar a quantidade de conteúdo ensinado/depositado, apreendido/adquirido pelo aluno. Predominando a classificação, seleção e o aspecto burocrático.

A avaliação é a reflexão transformada em ação. Ação, essa que nos impul-siona a novas reflexões. Reflexão permanente do educador sobre sua rea- lidade etória de construção do do conhecimento. Um processo interativo, através do acompanhamento, passo a passo, do educando, na sua traje- qual educandos e educado res aprendem sobre si mesmos e sobre a lidade escolar no ato próprio da avaliação. rea-

Tendência Transformadora A educação nessa perspectiva transformadora, juntamente com outras, críticas e progressistas volta-se para o despertar de uma consciência crítica, buscando a emancipação e auto-educação. A relação professor/aluno, caracteriza-se pelo diálogo, troca, forma democrática, relações recíprocas. Nesta tendência, a avaliação assume um caráter reflexivo, democrático, participativo, investigativo, abrangendo toda ação pedagógica: professor, ambiente, métodos, aluno e aprendizagem. A relevância do aspecto qualitativo predomina sobre o quantitativo, sem excluí-lo, havendo a preocupação em constatar a qualidade do ensino e aprendizagem, uma vez que avaliar é “atribuir valor”. A aprendizagem é avaliada de forma diagnóstica, formativa, acompanhando o aluno, levando-o a conhecer, aprender , analisar e buscar superar suas dificuldades e seus erros. Neste sentido, os programas são avaliados de acordo com os resultados apresentados, servindo de suporte para melhoria da qualidade do processo ensino e aprendizagem. Torna a avaliação uma ação reflexiva, investigativa e dinâmica, almejando a transformação da prática pedagógica e progresso dos alunos. Essa tendência é descrita por Hoffmann (1995, p.18) assim: