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A Atuação do Professor- Auxiliar e suas possíveis Contribuições, Manuais, Projetos, Pesquisas de Matemática

Pesquisa Cientifica

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2015
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Compartilhado em 18/08/2015

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FAAL FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E ARTES DE
LIMEIRA
CURSO DE GRADUAÇÃO
LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA
NOME: VALDECI FERNANDES DA SILVA
ORIENTADOR: PROF TIAGO GIORGETTI CHINELLATO
LIMEIRA/SP
2015
E-mail: valdeci_fernandes78@hotmail.com
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FAAL — FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E ARTES DE

LIMEIRA

CURSO DE GRADUAÇÃO

LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA

NOME: VALDECI FERNANDES DA SILVA

ORIENTADOR: PROF TIAGO GIORGETTI CHINELLATO

LIMEIRA/SP

A atuação do Professor-Auxiliar e sua possível contribuição para o rendimento escolar dos alunos das escolas públicas do Estado de São Paulo

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência para o Título de Licenciatura Plena de Matemática, pela Faculdade de Administração e Artes de Limeira, sob orientação do Professor Ms. Tiago Giorgetti Chinellato

LIMEIRA/SP

ABSTRACT

This research aims to evaluate the performance of Professor Assistant (PA) in public schools and its possible contribution to the academic performance of students. In addressing this issue, I have tried to show the contributions that the PA can bring students and the entire school community. The research methodology used was of qualitative kind and involved teachers who serve as classroom teacher and as PA, applied a questionnaire and analyzed following the Bogdan coding categories and Biklen (1994). In analyzing the data, we found that the PA's actions can bring improvements to the academic performance of students and was appointed also possible changes to the project will achieve the highest levels of efficiency, as increasing the number of classes, beginning from the PA beginning of the school year, among others. By completing the survey, there is an overview of the entire project in the view of teachers and such data can contribute to improving the same as a basis for further research on the topic

Keywords : Teacher-Assistant. Teacher Training. Educational Achievement.

SUMÁRIO

  • 4.31- Introdução
  • 2- Referencial Bibliográfico
    • 2.1-Criação do Projeto Professor-Auxiliar (PA)...................................................................
    • 2.2- Minha Atuação como PA e suas contribuições
  • 3- Metodologia e Procedimentos de Pesquisa
    • 3.1- Pesquisa nas Escolas
  • 4- Apresentação e análise dos dados obtidos
    • 4.1- Formação e tempo de atuação
    • professores 4.2- O Projeto PA na visão dos professores 21- Contribuições do projeto PA na visão dos
    • 4.4- Dificuldades do projeto PA na visão dos pesquisados.
    • 4.5- As mudanças sugeridas pelos professores
  • 5- Conclusão
  • 6- Referências Bibliográficas

Sentia-me bem com toda essa correria de professor, apesar de achar que era tudo mais tranquilo, pois observando meus professores no Ensino Fundamental II achava fácil o trabalho deles, imaginava que era só ali na sala de aula e depois eles ficavam sem afazeres, mas vi que existem muitas coisas para serem realizadas pelos professores como planejamento de aulas, preenchimento de diários entre outros. Embora tivesse essas tarefas, me sentia feliz, pois estava se concretizando aquilo que imaginei para minha vida profissional quando decidi fazer um curso de Licenciatura em Matemática. A experiência vivida como PA foi de extrema importância para a minha formação e em diversos momentos contribuiu com o professor regente e com os alunos na orientação dos mesmos. Tendo isso em vista, busco através dessa pesquisa, uma possível resposta para a seguinte pergunta: Qual a contribuição do PA para o rendimento escolar dos alunos? A pesquisa terá um caráter qualitativo, de modo a sabermos as concepções dos envolvidos na pesquisa. Para a realização desse estudo será feita a aplicação de um questionário com os professores da rede pública das escolas de Artur Nogueira e Limeira ambas sendo da Diretoria de Ensino de Limeira SP. A pesquisa será dividida entre professores que atuam como regentes e como PA´s. Todas as informações serão utilizadas exclusivamente para fins de pesquisa onde será mantida a identidade dos participantes envolvidos e da escola em que atuam.

2- Referencial Bibliográfico

O rendimento escolar dos alunos das escolas públicas do estado de São Paulo vem sendo alvo de muitas discussões nos últimos anos. Com a criação do SARESP (Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo) em 1996, a Secretaria da Educação vem acompanhando os índices de rendimento dos alunos e buscando meios para que esses números aumentem, elevando a qualidade da educação no Brasil de modo a conseguir posição de destaque no cenário mundial. Ter acesso à educação não é prioridade para poucos, o direito a alfabetização é um direito garantido a todos conforme o art. 205 da Constituição Federal de 1988 onde aponta que: A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1998, p. 121) É importante pensar num aprendizado que traga ao aluno condições de desenvolver seu raciocínio além daquele que se usa em sala de aula, formando assim, cidadãos aptos para desenvolver seu potencial de conhecimento levando para a vida muito mais que um aprendizado de teorias. Piaget (1999) fala da importância de se estimular o aprendizado no estágio operacional formal que compreende a adolescência, onde “o adolescente pretende inserir-se na sociedade dos adultos por meios de projetos, de programas de vida, de sistemas muitas vezes teóricos, de planos de reformas políticas ou sociais”. (ibid., p. 63). A escola precisa proporcionar um ensino de qualidade que possa desenvolver as capacidades e habilidades mencionadas por Piaget (1999). Assim, o Estado de São Paulo criou em 2012 o Projeto Professor-Auxiliar para atuarem nas escolas públicas estaduais como um possível meio para elevar a qualidade do ensino.

2.1-Criação do Projeto Professor-Auxiliar (PA)

Na busca por uma melhora na qualidade de ensino, considerando o direito a uma educação de qualidade, que forneça subsídios para uma aprendizagem concreta e de acordo com as habilidades condizentes com a série em que o aluno está

exige-se essa quantidade mínima de discentes em cada sala, pois se subentende que uma sala com poucos estudantes, o professor regente conseguiria sanar qualquer defasagem que vier a surgir. Também é definida a quantidade de até 10 aulas na semana por sala, por tempo indeterminado até que se constate a superação da defasagem dos alunos ou até o termino do ano letivo. Essa quantidade de aulas disponíveis para o PA atuar numa determinada sala de aula compreende, em primeiro lugar, as matérias de Português e Matemática, podendo se estender às demais matérias que por ventura o aluno vier a necessitar de apoio. O tempo de atuação do PA nesta sala depende do desenvolvimento das habilidades dos alunos, que pode ser verificada pelo professor regente nas avaliações, podendo o PA permanecer dando apoio até o término do ano letivo. A educação sendo um direito de todos deve abranger os alunos de forma a capacitá-los para atuar como sucessores do atual profissional, começando na fase inicial, nos primeiros anos, criando uma cultura de estudo e aprofundamento. Tendo em vista a criação do PA e os seus objetivos dentro do ambiente escolar, nesse momento é válido ressaltar também a atuação desse profissional nas escolas, durante a disciplina de Matemática, que é o foco dessa pesquisa.

2.2- Minha Atuação como PA e suas contribuições

Antes de adentrar nas funções atribuídas ao PA, relato minha experiência quando comecei a trabalhar como professor na rede estadual de ensino. Comecei atuando nas séries iniciais do Ensino Fundamental II nas turmas de 6°, 7° e 8° anos. Minha primeira experiência foi como PA, onde abordava as principais dificuldades dos alunos e trabalhava na superação das defasagens desses discentes. Meu trabalho como PA foi sempre muito produtivo, as atividades eram realizadas mantendo um sincronismo com as matérias dadas pelo professor regente e sempre estávamos adotando práticas que favorecia o aprendizado do aluno. Às vezes trabalhávamos juntos na mesma sala de aula, outras vezes os discentes eram retirados da sala e levados para outro ambiente. Os conteúdos aplicados pelo PA são os mesmos dados pelo professor regente, pois nas aulas em que o PA não atua, os alunos que estão tendo apoio ficam somente com o professor regente e com isso,

precisam estar atualizado com o conteúdo. As técnicas adotadas eram diversas, como o uso de atividades impressas, jogos educativos, atividades de recortes e colagens e os resultados eram notados nas avaliações. Como PA tive a oportunidade de realizar três cursos de aperfeiçoamento que me ajudaram a atuar em várias etapas no processo de recuperação e aprendizagem dos alunos. O curso foi oferecido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo na modalidade on line a todos os professores da rede estadual de ensino. O curso foi essencial para conhecermos as técnicas e o momento da intervenção pedagógica. No primeiro curso estudamos os processos de Articulação Pedagógica e Práticas de Intervenção que consiste em: discutir os conceitos de avaliação formativa e diagnóstica; analisar os conceitos de avaliação formativa e diagnóstica em atividades práticas de avaliação; relacionar os principais aspectos de avaliações diagnósticas em atividades de diferentes disciplinas curriculares. Aprendemos a importância de se atuar em conjunto com os outros professores e também com os coordenadores, realizando uma interdisciplinaridade. No segundo curso estudamos os Recursos Metodológicos e Superação de Defasagens. Nesse curso vimos diversos recursos como: compreender o que é um plano de ação pedagógica; articular a construção de um plano de ação entre o professor regente, o PA e o coordenador; refletir sobre ações necessárias para a realização de um plano de ação que auxiliam na recuperação e aprendizagem que vai desde uma simples rubrica nas avaliações até o feedback usado como um retorno , uma devolutiva aos alunos. Paiva (2003, p.2), apresenta uma definição de feedback como sendo a: Reação à presença ou ausência de alguma ação com o objetivo de avaliar ou pedir avaliação sobre o desempenho no processo de ensino-aprendizagem e de refletir sobre a interação de forma a estimulá-la, controlá-la ou avaliá-la. [...] o feedback pode ser também fornecido por um colega ou até um indivíduo que não esteja inserido no ambiente de aprendizagem. (PAIVA, 2003, p. 2) No terceiro curso estudamos a Avaliação e Recuperação de Estudos onde foram abordados os seguintes temas: premissas da AAP (Avaliação da Aprendizagem em Processo); relacionar a AAP com uma proposta de intervenção pedagógica; elaborar uma proposta de intervenção para o 6º ano. Com base na AAP, aprendemos a

pedagógica não é vigiá-la, mas sim fazer vigília por ela, isto é, estar e permanecer acordado por ela, na cumplicidade da construção do projeto, na cumplicidade pedagógica. (FREIRE, 1996. p. 14) O professor regente deve estar preparado a qualquer tipo de observação. A observação parte de todos do ambiente escolar, desde os funcionários à equipe gestora. Com o PA não é diferente, pois buscam novas metodologias de ensino como: relação professor-aluno, negociação de significados, organização do espaço físico, entre outros, que, se agregadas ao seu conhecimento, favorece o trabalho de ambos e, consequente sucesso daquilo que se pretende aplicar. O mesmo acontece quando se tem um estagiário na sala, que está ali para aprender com o professor regente, absorvendo suas aulas, sua metodologia, se espelhando naquele profissional que será seu companheiro na educação. A presença de outro professor deve ser vista como um aliado para um possível aprimoramento do trabalho do professor regente. Ainda que preparados, todo profissional não detém todo conhecimento e outra pessoa pode fornecer um feedback , sobre aquilo que se está fazendo. A importância do PA na sala de aula é mostrada com a presença de estagiário atuando em uma escola na cidade de São Paulo. Ruiz (2013) em matéria publicada na Revista Gestão Escolar^2 fala sobre a atuação de professores estagiários atuando como auxiliares na rede pública estadual: Aqui na escola o estagiário tem papel definido na rotina de sala de aula e depois de um tempo observando e auxiliando o professor nos encaminhamentos das situações didáticas já é possível dividir a turma com o professor. As crianças são divididas em duas turmas (conforme seus saberes e intencionalidade educativa da atividade). Enquanto um grupo está com o professor num espaço definido (que pode ser dentro da mesma sala, no pátio ou outro espaço), outro grupo de crianças estará com o estagiário realizando uma atividade planejada e orientada pelo professor. Certamente o ganho é de todos! A atuação de professores estagiários mencionadas por Ruiz (2013) é de grande importância, tanto para os alunos que são beneficiados com a aprendizagem, quanto para os professores que pretendem iniciar na docência, pois complementam sua aprendizagem da faculdade e adquirem experiência como profissional.

(^2) http://gestaoescolar.abril.com.br/blogs/coordenadoras/2013/03/05/o-papel-do-estagiario-na-minha-escola- e-muito-mais-que-observar-e-cortar-papeis/#comments. Acesso em 30/30/

Um programa do Governo Federal que visa inserir os alunos das Licenciaturas no ambiente escolar é o PIBID^3 (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) que tem como um dos objetivos: [...] promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola. (BRASIL, 2015). Esse programa oferecido pelo Governo Federal aos alunos de Licenciatura vem de encontro com o que diz Ruiz (2013), pois unem a necessidade do aluno em ter um apoio a mais dentro da sala de aula com a complementação pedagógica necessária para o professor como estagiário. O professor tem a missão de proporcionar condições favoráveis para um aprendizado que vai muito além dos muros da escola e as políticas públicas devem contribuir para que essa responsabilidade não fique somente nas mãos do professor. Tendo em vista os apontamentos relatados nesse capítulo, essa pesquisa vem buscar identificar qual a importância do PA no ensino da Matemática. Para isso aplicou-se um questionário a professores regentes e PA´s buscando a concepção de cada um deles sobre a importância do projeto em questão. Todo o trabalho de pesquisa tem como principal objetivo ouvir professores para levantar dados que possa contribuir para o aperfeiçoamento do projeto, mostrar a importância do PA como uma possível solução para o rendimento escolar dos alunos e busca por melhorias nos índices de avaliação.

(^3) http://www.capes.gov.br/educacao-basica/capespibid> Acesso em 16/06/

Por outro lado, a utilização do questionário traz também algumas desvantagens, citadas por Goldenberg (2004, p. 88) que diz: “tem um baixo índice de respostas; a estrutura rígida impede a expressão de sentimentos; exige habilidades de ler e escrever e disponibilidade para responder”. Definido o método de pesquisa e os profissionais que irão contribuir no fornecimento dos dados, procurei os professores com o qual dei apoio como PA e também busquei estender minha pesquisa a outros profissionais com os quais não tive nenhum contato no local de trabalho, levando em conta a afirmação de Goldenberg (2004) que diz: O pesquisador interfere nas respostas do grupo ou indivíduo que pesquisa. A melhor maneira de controlar essa interferência é tendo consciência de como sua presença afeta o grupo e até que ponto esse fato pode ser minimizado, ou, inclusive, analisado como dado da pesquisa. (GOLDENBERG, 2004, p.55). Com isso, procurei professores de outras escolas com o qual não tive nenhuma relação de trabalho seguindo a ideia de Goldenberg (2004, p.59) que diz: “quanto mais intensa a relação, maior a necessidade de um distanciamento do pesquisador [...]”. Também procurei os alunos do Curso de Licenciatura Plena em Matemática que atuaram como PA e como professor regente para responderem ao questionário.

3.1- Pesquisa nas Escolas

Antes de iniciar a coleta dos dados formulei uma carta de apresentação (anexo II) onde continha um breve resumo de minha pesquisa e que seria um passaporte para o acesso às dependências da escola e o contato com os sujeitos. Munido dos questionários, do termo de consentimento livre e esclarecido (anexo III) e do termo de consentimento da participação da pessoa como sujeito (Anexo IV) fui a campo. Antes de cada abordagem era feita uma breve apresentação na qual explicava a razão da minha pesquisa e as condições para que a pessoa pudesse responder sem comprometimento futuro. Esse comprometimento inclui o sigilo dos dados e da identidade da pessoa que irá responder ao questionário, pois segundo Bogdan e Biklen (1994, p. 77): “as identidades dos sujeitos devem ser

protegidas, para que a informação que o investigador recolhe não possa causar-lhes qualquer tipo de transtorno ou prejuízo”. Na primeira escola onde iniciei minha pesquisa - aqui chamada de escola A – fui muito bem recebido pelos funcionários e equipe gestora, porem só teve a participação de três professores, sendo um professor-regente e dois PA´s. Como a pesquisa esta centrada nos professores que lecionam matemática, a quantidade de docentes que se encaixavam nesse requisito era reduzida. Agradeci os professores que não responderam e também aqueles que não tinham perfil para responderem ao questionário e fui à busca de novos campos para coleta dos dados. Continuando a coleta dos dados, procurei outra unidade escolar, aqui chamada de escola B, onde teve a participação de quatro professores sendo três regentes e um PA. Nunca tive contato com esses professores e esse distanciamento favoreceu respostas mais objetivas e livres de contaminação por influências. Todos os questionários respondidos foram sendo separados por escola e atuação dos docentes para facilitar a analise dos dados, seguindo a ideia de Alves- Mazotti, Gewandsznajder (1999) que diz: À medida que os dados vão sendo coletado, o pesquisador vai procurando tentativamente identificar temas e relações, construindo interpretações e gerando novas questões e/ou aperfeiçoando as anteriores, o que, por sua vez, o leva a buscar novos dados, complementares ou mais específicos, que testem suas interpretações, num processo de “sintonia fina” que vai até a análise final. (ALVES-MAZZOTTI, GEWANDSZNAJDER, 1999, p. 170). Paralelamente às pesquisas nas escolas, foi também feita a distribuição de questionários aos alunos do curso de Licenciatura Plena em Matemática que atuaram como professores regentes e PA´s, totalizando assim cinco sujeitos que responderam a pesquisa. Foi também estendido o convite a dois professores do curso de Licenciatura Plena em Matemática que prontamente se comprometeram a responder ao questionário. O quadro abaixo mostra como foi a distribuição dos pesquisados por campo de coleta dos dados e atuação.

No período da coleta dos dados também teve outros imprevistos, entre eles: uma grande quantidade de feriados no período da pesquisa e a paralização de alguns professores reivindicando melhorias para a categoria, porém, esses contratempos não afetou diretamente a pesquisa. Contudo, os dados conseguidos foram de grande valia para essa pesquisa e serão analisados seguindo a ideia de Bogdan e Biklen (1994) que dizem que: Muitos observadores experientes sabem o que fazer- fazem um intervalo. Deixam o material assentar, partem para as férias ou fazem coisas que não puderam fazer por estarem ocupados com a recolha de dados, e só voltam depois frescos e mais descansados. (BOGDAN, BIKLEN, 1994, p.220). Para mim, a pausa se deu por conta da semana de provas na faculdade, e mesmo não podendo continuar a pesquisa nesse período de provas, estava pensando na análise dos dados, e logo retornei para dar continuidade, pensando no que diz Bogdan e Biklen (1994): “contudo, fazer um intervalo demasiado longo tem os seus contras. Adiar o trabalho mais difícil pode transformar-se numa armadilha. Pode, também, fazer com que perca o contato com o conteúdo de suas notas.”. Sendo assim daremos sequência à pesquisa onde o próximo passo será a análise dos dados, buscando resposta para a pergunta: Qual a contribuição do PA para o rendimento escolar dos alunos?

4- Apresentação e análise dos dados obtidos

Neste capítulo são apresentados e analisados os dados coletados em campo, dados estes que foram obtidos através de questionários aplicados aos professores regentes e PA´s que lecionam Matemática. Segundo Gil (1999, p.168), “a análise tem como objetivo organizar e sumariar os dados de forma tal que possibilitem o fornecimento de respostas ao problema proposto pela investigação”. Para a coleta de dados foram distribuídos 16 questionários aos professores, porém, destes, somente 14 entregaram as folhas com as respostas. Visando a melhor análise desses dados, os questionários foram separados em grupos, sendo: escola A, escola B, alunos de Licenciatura em Matemática e professores do curso de Licenciatura em Matemática. Esta fase da pesquisa exige muita organização, criatividade e conhecimento por parte do pesquisador, pois é neste momento que são introduzidas as informações mais relevantes da pesquisa que são as ideias dos sujeitos. Goldenberg (2004, p.94) afirma: “este momento exige muito tempo de reflexão e dedicação para se tirar o máximo de ideias de cada resposta conseguida”. Para melhor análise dos dados, serão utilizadas categorias de codificação. Bogdan e Biklen (1994) definem as categorias de codificação como sendo: O desenvolvimento de um sistema de codificação envolve vários passos: percorre os seus dados na procura por regularidades e padrões bem como de tópicos presentes nos dados e, em seguida escreve palavras e frases que representam estes mesmo tópicos e padrões. Estas palavras ou frases são categorias de codificações. (BOGDAN E BIKLEN, 1994, p. 220). Essas categorias se fazem necessárias, pois facilitam a melhor compreensão dos dados. Para Gil (1999, p. 169), “as respostas fornecidas pelos elementos pesquisados tendem a ser as mais variadas. Para que essas respostas possam ser adequadamente analisadas, torna-se necessária, portanto, organizá-las, o que é feito mediante o seu agrupamento em certo número de categorias”. As categorias com o qual organizei os dados foram: Formação e tempo de atuação, o projeto PA na visão dos professores, contribuições do projeto PA na visão dos professores, dificuldades do projeto PA na visão dos docentes e as mudanças sugeridas pelos professores.