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8 – Equações de Estado, Slides de Equações Diferenciais

(A dimensão do vetor poderá eventualmente ser maior que ordem do sistema, mas neste caso haverá equações redundantes). S variáveis de estado u. (entrada).

Tipologia: Slides

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Raimundo
Raimundo 🇧🇷

4.6

(212)

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bg1
J. A. M. Felippe de Souza
8 – Equações de Estado
1
8 – Equações de Estado
8.1 – Representação por Variáveis de Estado 3
Exemplos 4
Exemplo 8.1 4
Exemplo 8.2 6
Exemplo 8.3 6
Exemplo 8.4 8
Matriz na forma companheira 10
Exemplos 11
Exemplo 8.5 11
Exemplo 8.6 12
8.2 – A equação característica e os polos do sistema 14
Exemplos 14
Exemplo 8.7 14
Exemplo 8.8 15
Exemplo 8.9 15
Exemplo 8.10 15
8.3 – Representações Equivalentes 16
Exemplos 17
Exemplo 8.11 17
Exemplo 8.12 19
Exemplo 8.13 20
Exemplo 8.14 22
Exemplo 8.15 24
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
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pf16
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pf1b
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pf2a
pf2b

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8 – Equações de Estado

  • 8.1 – Representação por Variáveis de Estado
    • Exemplos - Exemplo 8.1 - Exemplo 8.2 - Exemplo 8.3 - Exemplo 8.4
    • Matriz na forma companheira
    • Exemplos
      • Exemplo 8.5
      • Exemplo 8.6
  • 8.2 – A equação característica e os polos do sistema
    • Exemplos
      • Exemplo 8.7
      • Exemplo 8.8
      • Exemplo 8.9
      • Exemplo 8.10
  • 8.3 – Representações Equivalentes
    • Exemplos
      • Exemplo 8.11
      • Exemplo 8.12
      • Exemplo 8.13
      • Exemplo 8.14
      • Exemplo 8.15
  • 8.4 – Transformação Função de Transferência para Equações de Estado
    • Exemplos
      • Exemplo 8.16
      • Exemplo 8.17
      • Exemplo 8.18
  • 8.5 – Simulação Analógica
    • Exemplos
      • Exemplo 8.19
      • Exemplo 8.20
      • Exemplo 8.21
      • Exemplo 8.22
      • Exemplo 8.23
      • Exemplo 8.24
  • 8.6 – Conversão de Equação de Estado para Função de Transferência - Observação
    • Exemplos - Exemplo 8.25 - Exemplo 8.26 - Exemplo 8.27 - Exemplo 8.28 - Exemplo 8.29
    • Múltiplas entradas e múltiplas saídas - Exemplo 8.30

Para sistemas lineares e invariantes no tempo de ordem as equações de estado têm a forma

onde

A é uma matriz ×

B é uma matriz × 

C é uma matriz  ×

D é uma matriz  × 

p = número de entradas

q = número de saídas

No caso de sistemas com apenas uma entrada u(t), i.e., p = 1 e uma saída y(t) i.e., q = 1, temos que

ou seja, neste caso B é um vetor coluna, C é um vetor linha e D é uma constante d 1 (ou seja, D é uma matriz 1 x 1).

Exemplo 8.1:

Sistema carro-massa-mola

A equação diferencial ordinária (EDO) que descreve este sistema, conforme já visto no capítulo 2 (“ Modelização de Sistemas” ) é dada por:

eq. (7.1)

#%^

Neste exemplo, se definirmos a variável de estado

onde % = % = +,çã #* /00* * , +%/ %" %, %^ = %^ = 1"2,#/#" # /00* * , +%/ %" %.

então o par

representa o estado interno do sistema. Por exemplo, se

então isso significa que no instante t = 0 o “ estado ” do sistema é o carro passando pela origem (0 = 0) com velocidade 3m/s, ou seja 3m/s para trás (0 = −3).

Com a definição de  = 8^99 :;< acima temos

e, como  =  e  = , então

Neste caso define-se as variáveis de estado como:

2 3

2

(^132)

X s s Y s

X s s Y s

s s s

U s X s Y s

o que implica que:

⇒⇒⇒⇒

1 1

2 1

3

1 3

2

1 2

s X s s X s s X s U s

s X s X s

s X s X s

Mas,

s X 1 (s) s X 2 (s ) 2 ⋅ = ⋅ e

1 (^ ) 3 (^ )

3

s ⋅ X s = s ⋅ X s

logo,

⇒⇒⇒⇒

1 1

2 3

2 3

1 2

s X s s X s s X s U s

s X s X s

s X s X s

e como s ⋅ X 1 (s) = X 2 (s) e s X 1 (s) X 3 (s) 2 ⋅ = , temos que:

⇒⇒ ⇒⇒

1

3 2 3

2 3

1 2

Y s X s

s X s X s X s U s

s X s X s

s X s X s

e portanto,

1

3 2 3

2 3

1 2

Y s X s

s X s X s X s U s

s X s X s

s X s X s

e desta formas obtemos as equações de estado do sistema:

 [ ]

y x

x x u

Note que as matrizes A, B, C e D são neste caso:

− −

=

0 5 4

0 0 1

0 1 0

A

1

0

0

B C = [ 1 0 0 ] e D = 0

Exemplo 8.4:

Considere um sistema descrito pela equação diferencial ordinária (EDO)

#%^
#B
#%B^
+ ⋯ + /B

É fácil de se notar que a função de transferência deste sistema é dada por

D+
E+
+^ + /+B^ + ⋯ + /B+ + /

Matriz na forma companheira

A matriz A deste exemplo 8.4 acima é dita estar na forma companheira.

Note que ela tem

a) os elementos acima da diagonal principal têm todos o valor ‘1’ (um);

b) a última linha é constituída dos coeficientes do polinómio característico de A

+ = +^ + /+B^ + ⋯ + /B+ + /

com os sinais trocados e na ordem inversa;

além disso,

c) os demais elementos são todos igual a ‘0’ (zero).

Uma matriz quadrada (n x n) A que satisfaz as propriedades (a), (b) e (c) acima é dita estar na forma companheira.

Observe que as matrizes A do exemplos 8.1, 8.2 e 8.3, também estão ambas na forma companheira.

Se o polinómio característico de uma matriz quadrada (n x n) A tem o coeficiente de seu termo de mais alto grau um valor ao ≠ 0, ou seja,

+ = /T+^ + /+B^ + ⋯ + /B+ + /

então a matriz A na forma companheira terá a forma mais geral:

 

  

 (^) −  

  

 (^) −  

  

 (^) −  

  

 (^) −  

  

 (^) −

=

− − − o o

n o

n o

n o

n a

a a

a a

a a

a a

a

A

1 2 3 1

0 0 0 0 1

0 0 0 1 0

0 0 1 0 0

0 1 0 0 0

L

L

M M M M M M

L

L

L

No caso particular, mas bastante comum, de ao = 1, a matriz A na “ forma companheira ” tem o seguinte aspeto:

an an− 1 an− 2 an − 3 a 1

A

L

L

M M M M M M

L

L

L

onde, a 1 , … , an-1 , an , são os coeficientes da equação característica p(s)

n 1 n

n 2 2

n 1 1

p( s) = sn^ + as + a s + + a s + a

− − L

Exemplo 8.5:

Se a equação diferencial ordinária (EDO) também tivesse derivadas de u, a escolha acima não seria apropriada. Considere o sistema descrito por:

A função de transferência do sistema é:

D+ E+

+^ + 2+ + 2

Define-se neste caso:

F
G
H
G
IJ+ =
E+
+^ + 2+ + 2
J+ =
+ E+
+^ + 2+ + 2

⇒ U

+J+ = J+
+J+ + 2+J+ + 2J+ = E+

u(t) (^) S y(t)

ou seja,

D+ =
−+ + 7 E+
+^ + 4 + − 2
  • 2 E+ eq. (7.2)

Agora definindo as variáveis de estado

J+^ =
E+
+^ + 4 + − 2
J+^ =
+E+
+^ + 4 + − 2

temos que

+J+ =
+E+
+^ + 4 + − 2
= J+
+J+^ = − 4 +J+^ + 2 J+^ + E+^ =

e logo,

Portanto,

 =  7 − 1!^  +  2!^ 

Observe que a matriz A aqui neste exemplo também está na forma companheira.

C D
A
C
B

8.2 – A equação característica e os polos do sistema

Um sistema descrito na forma de equação de estados [eq. (8.1)]:

tem o seu polinómio característico dado por:

+ = det+] − 

Já os polos do sistema são os “ autovalores ”(ou “ valores próprios ”) de A , podendo ser repetidos, i.e., duplos, triplos, etc.

Como é sabido, os autovalores de A são as raízes do polinómio característico + = det+] − .

Exemplo 8.7:

Observe que para o sistema do exemplo 8.2 acima, o polinómio característico é dado por:

+ = det+] −  = #"% 

^ _ `+ +^

a _b

= +^ +

e, no caso de m = 1, & = 5 e k = 4

+ = $+^ + &+ + ' = +^ + 5+ + 4

Logo, a equação característica pode ser escrita como:

+^ + 5+ + 4 = 0

e para encontrar os polos , calcula-se as raízes de p ( s ), ou seja, os autovalores de A

c = −1 e c = −

Observe que a polinómio característico p(s) e os polos c " c obtidos aqui são os mesmos que os obtidos através da função de transferência.

u(t)^ S y(t)

8.3 – Representações Equivalentes

Considere o sistema:

cuja variável de estado é x(t). Definindo-se agora uma nova variável de estado ̅ como sendo:

̅ = f

sendo P inversível. Logo, como:

̅ = f

temos que:

W

 = fB̅

 = fB̅

e substituindo na eq. (8.3) obtém-se:

W

fB̅ = fB̅ + 

 = fB̅ + 

⇒ W

̅ = f fB̅ + f 

 = fB̅ + 

Portanto, a representação em Equações de Estado não é única. O sistema das equa- ções da eq. (8.3) acima pode ser representado na forma equivalente.

̅ = ̅̅ + g, ̅  0  = ̅  = ̅ ̅ + h

g

u(t)^ S y(t)

h

eq. (7.3)

onde:

̅ = f fB

g (^) = f

 ̅= fB

h^ = 

Note que a entrada u e a saída y não se alteraram. Somente a representação interna do sistema ( variáveis de estado ).

Exemplo 8.11:

Considere um sistema de 2ª ordem do exemplo 8.5, cujas equações de estado são:

W

 = ^2 1!^  +  0!^ 

Portanto, a variável de estado original é:

Agora, escolhendo-se,

f = 8

temos que

̅ = f = (

Ou seja, a nova variável de estado ̅ é a antiga variável de estado x com a ordem das componentes trocadas.

Calculando ̅, g, ̅ " h^ pela eq. (8.5) obtemos

A PAP

1

eq. (7.4)

Exemplo 8.12:

Considere agora um sistema de sistema de 3ª ordem do exemplo 8.4.

 [ ]

y 1 0 0 x

u

x

x&

Para que a nova variável de estado ̅ ser igual à antiga x apenas trocando a terceira componente L pelo dobro: ̅L = 2L, P deve ser:

f = i

j

e desta forma temos que

− −

= 

 ⋅ 

− −

⋅ 

 = − = 0 2 , 5 2

0 0 1

0 1 0

0 0 2

0 1 0

1 0 0

0 5 4

0 0 1

0 1 0

0 0 0 , 5

0 1 0

1 0 0 A PAP^1

 ⋅ 

 = = 3

0

0

3

0

0

0 0 1

0 1 0

2 0 0 B PB

[ ] [ 0 , 5 0 0 ]

0 0 1

0 1 0

0 , 5 0 0 C CP 1 0 0 1 = 

 = = ⋅ − e D =D= 0

logo, as equações abaixo são uma representação diferente do mesmo sistema em equações de estado.

A B
C

 [ ]

y 1 0 0 x

u

6

x

0 10 4

x&

Exemplo 8.13:

Considere novamente o sistema do exemplo 8.2,

 = ^1 0!^ 

onde

%^ = posição do carro

% = velocidade do carro

Vamos definir uma nova variável de estado ̅ de tal forma que a sua primeira compo- nente ̅ é igual à primeira componente da variável de estado original ;

entretanto, a sua segunda componente

̅ é uma combinação linear das duas componentes da variável de estado original ,

Por exemplo: ̅ é igual a primeira componente de  mais a 2 vezes a segunda componente de  (i.e., ̅ =  + 2).

A B
C

̅ g

h^ = 0