Docsity
Docsity

Prepare-se para as provas
Prepare-se para as provas

Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity


Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos para baixar

Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium


Guias e Dicas
Guias e Dicas

7167931 - Marco - Feliciano - Chamada - de - Fogo, Manuais, Projetos, Pesquisas de Teologia

livro de leitura

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2016

Compartilhado em 20/10/2016

marcelo-panissola-11
marcelo-panissola-11 🇧🇷

2 documentos

1 / 91

Toggle sidebar

Esta página não é visível na pré-visualização

Não perca as partes importantes!

bg1
Digitalizado por: Dimasp
com exclusividade para:
CHAMADA DE FOGO
PR. MARCO FELICIANO
CAPA
Marcus Castro
www.IMAGINAR.com.br
DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO
Maria da Conceição Milagres Lopes Gomes
IMPRESSÃO
Gráca Del Rey – MG
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Pr. Marco Feliciano
Ministério É Hora de Semear Fogo
www.MARCOFELICIANO.com.br
DISTRIBUIÇÃO E PEDIDOS
EDITORA MISSÃO & VIDA
Telefone: [21] 2497.4610
www.MISSAOEVIDA.com.br
PAGE 2
pf3
pf4
pf5
pf8
pf9
pfa
pfd
pfe
pff
pf12
pf13
pf14
pf15
pf16
pf17
pf18
pf19
pf1a
pf1b
pf1c
pf1d
pf1e
pf1f
pf20
pf21
pf22
pf23
pf24
pf25
pf26
pf27
pf28
pf29
pf2a
pf2b
pf2c
pf2d
pf2e
pf2f
pf30
pf31
pf32
pf33
pf34
pf35
pf36
pf37
pf38
pf39
pf3a
pf3b
pf3c
pf3d
pf3e
pf3f
pf40
pf41
pf42
pf43
pf44
pf45
pf46
pf47
pf48
pf49
pf4a
pf4b
pf4c
pf4d
pf4e
pf4f
pf50
pf51
pf52
pf53
pf54
pf55
pf56
pf57
pf58
pf59
pf5a
pf5b

Pré-visualização parcial do texto

Baixe 7167931 - Marco - Feliciano - Chamada - de - Fogo e outras Manuais, Projetos, Pesquisas em PDF para Teologia, somente na Docsity!

Digitalizado por: Dimasp

com exclusividade para:

CHAMADA DE FOGO PR. MARCO FELICIANO

CAPA Marcus Castro www.IMAGINAR.com.br

DIAGRAMAÇÃO E REVISÃO

Maria da Conceição Milagres Lopes Gomes

IMPRESSÃO Gráfica Del Rey – MG

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS Pr. Marco Feliciano Ministério É Hora de Semear Fogo www.MARCOFELICIANO.com.br

DISTRIBUIÇÃO E PEDIDOS EDITORA MISSÃO & VIDA Telefone: [21] 2497. www.MISSAOEVIDA.com.br

Dedicatória

Ao meu Senhor e Salvador Jesus Cristo, único e justo, pela

inspiração e a quem desejo sempre imitar. À irmã Edileusa, minha querida, fiel, amada e dedicada esposa, pelas horas de solidão que passa em silêncio e oração, quando estou trabalhando na seara do Senhor. Às minhas filhas Karen, "pedra preciosa" que Deus me concedeu pela sua existência e a Ketlen, que veio ao mundo para brilhar para Jesus. A todos os pregadores do Evangelho, em solo brasileiro, aos "grandes" e aos "pequeninos", aos das praças públicas e aos das grandes multidões, principalmente aos mais jovens que têm se espelhado no ministério que o Senhor me concedeu. Ao Pastor Enoc, da Church Bread of Life, em Londres, por ter sido o vaso escolhido pelo Senhor para profetizar, quando lá estive pregando em fevereiro de 1999: "- Filho meu, põe no papel a tua história, vocação e chamada, pois onde não for possível tuas palavras faladas chegarem, tuas palavras escritas chegarão. E, então, Eu levantarei um exército de jovens pregadores, que se inspirarão na tua chamada. Assim diz o Senhor." Ao mui digno e querido irmão, Dr. Almeri P. de Carvalho, do nosso querido Estado do Paraná, pelo apoio e empenho na realização deste livro.

Meu muito obrigado!

Pastor Marco Feliciano

Índice

PRIMEIRA PARTE

Meu nascimento 05 Minha infância 06 A minha conversão 08 A minha chamada 10 O sobrenatural 13

Desculpem-me a pretensão, porém, é assim que vejo o meu nascimento. Marco Antônio Feliciano é o meu nome, mais conhecido como Marco Feliciano, conferencista, "tochinha" (nome este que, mais tarde, você descobrirá a origem), ou simplesmente Irmão Marco, como prefiro ser chamado. Nasci no dia 12 de outubro de 1972 (a data 12 de outubro lembra- lhe algo?). No Brasil é uma data muito importante para os devotos de Maria. É chamado o dia de "Nossa Senhora Aparecida". Meu avô materno, seu José Rodrigues Feliciano de oitenta anos, ainda vivo, sempre quando está "alto", devido a uns goles a mais, vocifera e afirma:

  • Entre os netos, este é o mais abençoado, pois nasceu no dia de "Nossa Senhora"... Amo meu avô e não discuto com ele, mas você, leitor, e eu sabemos que a origem da minha vida abençoada, está em Nosso Senhor e não em "nossa Senhora".

2

Minha infância

G raças a uma boa memória recordo-me de pequenos acontecimentos desde os meus três anos de idade. Como, por exemplo, o dia em que coloquei fogo no canavial do 'Sô' Mane... Uma outra vez comento sobre isso. Quando nasci, mamãe era solteira (estado civil que a acompanha até hoje). Ser mãe solteira naquela época, há 28 anos atrás, não era como hoje. Havia muita discriminação por parte da família, da sociedade etc. Mamãe trabalhava como doméstica, condição que a fez colocar-me em uma creche, chamada Creche Getúlio Lima, em minha cidade natal, Orlândia, Estado de São Paulo, onde fiquei dos dois aos sete anos de idade. Assim que completei sete anos de idade, recebi um lindo e grande presente de um amigo de papai, o Sr. Rasmim. Uma bela caixa de engraxate grande, pois era maior do que eu. Desde pequeno fui ensinado a trabalhar e aprendi que o trabalho dignifica o homem. Desde menino já era muito ocupado, pois dividia o trabalho de engraxate com o de vendedor de picolés, e nas férias da escola aproveitava para ganhar um dinheirinho extra e, com minhas tias maternas, na roça, apanhava algodão, café e laranja (amava apanhar

laranja, mas diz minha tia que eu mais chupava do que apanhava. Bem, você conhece intriga de tias). Neste período, comecei a freqüentar a paróquia Cristo Rei, no Jardim Boa Vista (Vila Tatu), neste local comecei a sentir a vocação para servir a Deus. Moleque travesso e esperto, freqüentando todas as missas aos domingos, logo ganhei o cargo de coroinha e ajudava na distribuição do roteiro da missa na porta da Igreja, e depois, junto com outros meninos, levava os utensílios sagrados para o padre. Em um destes domingos, ouvi uma voz:

  • Menino, eu tenho uma obra na tua vida. Sem entender o que era aquilo, procurei auxilio junto ao padre Ângelo. Como eu era muito pequeno e não conseguia a atenção do padre, puxei a sua batina e, como ela estava um pouquinho velha, rasgou-se, trazendo a nudez dele à vista e muito rapidamente abaixei- me para não ser atingido pela mãozorra do padre. Com este fato não soube quem havia falado comigo naquela manhã e confesso, depois de sentir o vento da mão do padre zumbir nos meus ouvidos, esqueci-me da voz e perdi o interesse. Aos doze anos de idade fui aceito, depois de passar em um exame, como guarda-mirim em minha cidade e, confesso que foram os melhores anos da minha vida. Você precisava ter me visto dentro daquele uniforme azul, com boina, blusão de napa preto, botas pretas, cinturão com mini- cacetete, assobio com cordão e toda indumentária. Não fosse em dias tão ensolarados, as pessoas teriam poupado o sorriso de deboche (por causa do blusão que era para inverno e nós estávamos em pleno verão), ou talvez achassem graça em ver um projeto de homem em formação, vestido como uma autoridade, sei lá. Eu, porém, me sentia o máximo. Neste período, deixei de estudar à tarde e ingressei no período noturno. Com quase quatorze anos de idade, apenas por pura curiosidade, conheci as drogas: maconha e cocaína, que quase me fizeram dependente, mas nesta época encontrei um grande e magnífico tesouro: o Senhor Jesus.

que me assustavam, pois me davam arrepios. Vim descobrir mais tarde que aquilo era o tal do batismo com o Espírito Santo, hoje, uma marca poderosa em meu ministério. Chegada a hora do apelo, com o corpo trêmulo, levantei minha mão. O presbítero, irmão Jonas, era quem pregava e fazia o apelo. Quem já o ouvira pregar sabia que não havia como recusar o convite. Lembro-me de ter sido o único a aceitar Jesus naquela quinta- feira, e para mim, foi ótimo, pois toda a bênção daquela noite veio em minha direção. Naquela noite eu ouvi a mesma voz da paróquia romana: - Eu sou o Senhor que o chamou. Vou usar a sua vida na minha obra.

4

A minha chamada

C resci "espiritualmente" em uma Igreja abençoada, um verdadeiro celeiro de grandes homens de Deus. Vou citar apenas alguns, talvez você os conheça: Pr. Paulo Sacramento, de Osasco-SP, Pr. Perozim, de São José do Rio Preto, Pr. Lázaro Benedito, do Mato Grosso, Pr Alcides Archangelo, de São Paulo, entre outros que lá começaram seu ministério e outros que por lá passaram. Uma pequena Igreja, típica interiorana, cheia da unção, onde os dons do Espírito sempre se manifestavam. Neste lugar o Senhor falou comigo uma centena de vezes, usando vasos em profecias, revelações, sonhos e visões. Tenho um batalhão de mulheres de oração que me adotaram na fé (visto que ninguém em minha casa aceitou a Jesus, com exceção de um primo), e que até hoje me sustentam em oração (não posso citar nomes, pois, com certeza, ficaria em falta com alguém). Que Deus as abençoe, juntamente com todas as mulheres dos círculos de oração do Brasil e do Exterior, por onde tenho pregado.

Entre tantas manifestações, citarei a última, com a qual culminou em minha vocação. Era festa de inauguração de uma congregação em minha cidade e havia uma santa mulher, pregadora da palavra, ministrando. E lá estava eu, em pé, na porta, pois não havia como entrar. O ambiente estava tomado de pessoas. Então, a irmã Oriovalda, fazendeira em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, me chamou à frente e orou por mim. Após a oração me chamou novamente, desta vez em particular, e em poucas, porém certeiras palavras, disse-me o que o Senhor havia lhe revelado:

  • Você irá passar por algumas lutas e não vai resistir, vai desviar do caminho do Senhor. Após isto o Senhor lhe trará de volta a mão forte. Neste período Ele lhe dará de presente a sua companheira. Você se casará com ela. Do seu casamento Ele cuidará. Em seguida será levado ao ministério. Assim diz o Senhor. Quando aquela mulher terminou de profetizar aquelas palavras, eu, embasbacado, e sem acreditar, disse a ela:
  • A Senhora já terminou? E após a resposta afirmativa dela, saí e fui debochar de sua profecia junto com alguns amigos.
  • Ora, dizia eu, ela está louca! Disse que eu vou desviar. Eu? Desviar? Ela está delirando! Trinta dias, não mais do que isto, e lá estava eu, mais fraco do que galinha d'angola, completamente à mercê do diabo. Não me pergunte como isto aconteceu. Só sei que trinta dias após aquela revelação eu estava sem vontade alguma de ir à Igreja e fui a um clube de dança em minha cidade. Meu pastor, na época (omitirei o seu nome por uma questão de ética), me conhecia. Sabia quem eu era, e, apesar de ser uma bênção, eu também era muito difícil. Dava muito trabalho na Igreja, namorava todas as moças possíveis, e era muito petulante! A ponto de perguntar para o pastor, certa vez:
  • O Senhor manda os irmãos pregarem no domingo, porque não tem mensagem? Eu o fiz sofrer muito. E lembro-me de que, nesta época, quando ele descobriu que eu não ia mais à Igreja, me excluiu. Não me disciplinou. Ele excluiu e, ponto. Em pouco tempo meu nome estava estampado no jornal da cidade por causa das drogas. Desci ao profundo do abismo. E um belo dia, em uma boate, dançando, após uma discussão, dopado com bebidas e drogas, junto com meu amigo Pantera, fui buscar um revólver para resolver ura "problema" com um sujeito com que discutimos. Escondemos a arma em uma moita de capim e voltamos ao clube, já combinado que, após o baile, iríamos abater o sujeito. Eram 23:00, quando o Senhor visitou o irmão Ronaldo em sua casa naquele domingo e, quando estava orando, o Senhor o fez lembrar de um jovem rapaz que há muito não ia à Igreja e, em obediência à voz de

5

O sobrenatural

D iácono da Igreja. Bom, não me considerava um diácono, mas sim um "diacho", com o perdão da palavra, como dizem os pastores do interior para os péssimos diáconos. Era daqueles que só ficava na porta, sem paciência com as crianças etc. etc. etc. Um grave problema assolou a Igreja. Um escândalo. E, de repente, a Igreja de 400 membros esvaziou-se, da noite para o dia. Os cultos tornaram-se tristes, com poucas pessoas e a fé de muitos estava abalada. Chega um novo pastor, o pastor Valdivino e, num domingo à tarde me convida para pregar naquela noite. Então eu lhe disse:

  • Querido pastor, se fosse em outra época, haveria aqui uma fila de pretendentes a pregadores para este domingo, mas agora a situação é outra e eu, como todos os outros, não tenho condições de pregar. E ele, com sua calma peculiar, experiência e autoridade, disse-me:
  • Filho, tu és um homem de Deus ou um saquinho de pipoca? E, cá entre nós, todo baixinho é invocado. Quer desconcentrar um? É só você desfiá-lo e ameaçá-lo de covardia. Respondi à altura, é claro:
  • Sou um homem de Deus! E fui replicado:
  • Então, prove isso. Pregue hoje à noite. Saí daquela conversa cuspindo fogo. Cheguei em casa (nessa época morava em uma pequena casa) e disse à minha esposa:
  • Fique no quarto e se tranque, pois tenho algo a fazer. Havia, nesta pequena casa, quatro cômodos: sala, cozinha, quarto e banheiro. Fiquei na sala. Coloquei um hino de fundo musical e de 0 01 Fbrucei-me sobre o sofá, colocando a minha testa contra o encosto do mesmo. Comecei a falar com Deus e disse-Lhe que sabia que Ele sempre estava comigo, porém eu precisa 0 01 Fva de uma prova forte, que causasse impacto. A minha oração não durou mais do que cinco minutos, quando, de repente, fui jogado contra o chão por uma lufada de ar quente que tocou a minha testa e jogou-me para trás, para. o centro da sala. Por um instante não consegui abrir os olhos, a luz era intensa, e fui tomado de um temor indescritível e instintivamente comecei a chorar, pois a minha

vida se passava diante de meus olhos, como num filme, cena por cena, desde o incidente na Igreja Romana, quando Deus falara comigo, até aquele momento, tudo, tudo, tudo (como diria alguém do interior: tintin por tintin). Quando termi^ 0 01 F nou, uma voz bradou dentro de mim, dizendo:

  • A partir de hoje não és mais o mesmo homem! Levantei-me, então, como um gigante, porém tonto. Não conseguia ficar de pé, até que aquele êxtase passou. Chamei a minha esposa, a qual não se dirigiu em palavras a mim (mais tarde me confessou que quando abrira a porta do quarto não parecia ser mais o seu marido. Eu estava transformado). Fui para o culto naquele domingo e Deus, em sua infinita misericórdia, trouxe muitos. A casa estava de novo cheia, acho que muitos vieram para ouvir o "novo" pastor. Fiquei na porta lateral esquerda da Igreja, com o braço esquerdo erguido como se estivesse abraçando alguém (e, de fato, estava. Eu podia sentir o Espírito Santo como uma pessoa ali do meu lado e de minha boca só se ouvia outras línguas). Até que fui convidado a pregar a Palavra. Comecei a ler a Bíblia e, modéstia à parte, tenho uma ótima leitura, po^ 0 01 F rém, neste dia, não conseguia ler direito. Trocava as síla^ 0 01 F bas e gaguejava. Então, fechei a Bíblia e disse aos irmãos que não iria pregar naquela noite. Passei a contar o que aconteceu comigo e disse que oraria por aqueles que gos^ 0 01 F tariam de ter uma nova experiência com Deus. Alguns vi0 01 F eram à frente e, quando começamos a orar, o mesmo ven 0 01 Fto quente inundou a Igreja e muitas pessoas caíram ao chão, sem ninguém soprar sobre elas, nem jogar paletó (não que eu seja contra quem ministra assim). Aconteceu algo realmente sobrenatural, lindo, que inundou a Igreja inteira e, durante alguns meses este poder tornou a se repetir, até que a notícia se espalhou e começaram a surgir os convites para eu pregar em outras cidades. De fato, depois deste maravilhoso dia, minha vida nunca mais foi a mesma.

As primeiras experiências

Foi algo realmente marcante. Assustado com algumas

manifestações diferentes, como o fato de as pessoas caírem ao chão

E, assim, tem sido a minha vida até os dias de hoje. Ele é o meu patrão. Pertenço à folha de pagamentos dEle. E, confesso, não há patrão mais justo e bondoso.

7

Pregando em congressos

Fim desta prova. Um convite veio. Era uma noite especial: pregador oficial em um congresso na cidade de Campinas-SP, uma congregação. O culto foi majestoso. Um jovem entra pelo corredor da Igreja carregado por outros, os pés vinham rastejando pelo chão, as mãos tortas, o olhar paralisado... descobri, depois, que se tratava de um rapaz com meningite. No meio da palavra final, um grito: havia um rapaz marchando pelo centro da Igreja... era ele, o ex-doente que tinha entrado carregado. Subiu no púlpito, tomou o microfone de minhas mãos e disse:

  • Lembram-se de mim? O médico, hoje pela manhã, me mandou ir para casa, terminar os meus dias com minha mãe e eu disse a ele que iria à casa do meu Pai, pois seria curado. Quando o pregador pregava, eu senti um calor percorrer o meu corpo e os nervos começaram a estalar e aqui estou curado, para honra e glória de Jesus. Bem, é preciso dizer o que aconteceu depois, não? Mas vou falar assim mesmo: dezenas de pessoas foram batizadas com o Espírito Santo, outras tantas foram curadas, outras salvas e meu ministério estava confirmado diante dos homens. Convites e mais convites choviam e durante algum tempo fui itinerante na grande região de Campinas. Hortolândia e Sumaré, no interior de São Paulo. Um abraço e um agradecimento especial a todos aqueles que me ajudaram no começo do meu ministério. Outros convites surgiram, até que um dia um grande amigo, também itinerante como eu, o pastor Edson Francelino, indicou-me como

pregador oficial num evento no Rio de Janeiro. Deus abençoou grandemente e dali sur^ 0 01 F giu outro convite para eu pregar a palavra ao grande e abençoado Estado do Paraná. Neste Estado preguei em diversas cidades e posso dizer, sem medo de errar, que devo o êxito e o sucesso do meu ministério à igreja paranaense, onde, pela misericórdia infinita de Deus sou bastante conhecido. Também preguei no grande Estado de Minas Gerais, em especial na Igreja de Uberlândia e lembro-me que ali o Senhor falou comigo assim: - "Dentro de um tempo e metade de um tempo tornarei o teu ministério conhecido em toda a nação e te darei as nações para pregar" - usando a santa serva de Deus, a líder do círculo de oração do templo-sede. Isto ocorreu em fevereiro de 1997. Em abril de 1997, estava pregando na pequena cidade de Mauá da Serra, no Paraná, com o Pastor Joel, a quem muito devo na obra de Deus. Minutos antes de eu pregar entram pela porta do grande templo o irmão Matheus Iensen, com todo o respeito, uma lenda viva, cantor sacro, com a equipe da Rádio Marumby e Novas de Paz, bem como seus filhos, Wanderley e Paulo, mui grande amigos e, quando comecei a pregar, Deus me deu a oportunidade de pregar para todo o Brasil, ao vivo, através do Sistema Iensen de Comunicação. A mensagem foi ungida pelo Senhor. Houve muitas manifestações do poder de Deus naquele evento. Após o culto fui convidado para pregar em alguns traba^ 0 01 F lhos especiais do Sistema Iensen de Comunicação, em agos 0 01 Fto daquele mesmo ano. Pedi-lhes um tempo para buscar a Deus em oração e eles prontamente aceitaram o meu pe0 01 F dido. Na oração, o Senhor trouxe-me à memória a profecia de Uberlândia: dentro de um tempo e metade de um tem^ 0 01 F po... Descobri, na Bíblia, que um tempo era um ano e meio tempo era meio ano. Então, dentro de um ano e meio. De fevereiro de 1996 a fevereiro de 1997, um ano, de fevereiro a agosto, meio ano, então, conclui que era o cumprimento da palavra. Preguei nos meses de agosto e setembro, todos os dias. E o resultado foi espetacular: preguei em todo o Estado do Paraná e tinha o apoio das emissoras que transmitiam as mensagens ao vivo. Na realidade, só Deus sabe para quantos milhares de almas nós pregamos naqueles dois meses (até hoje recebo cartas, telefonemas, e não é raro, estar pregando em algum lugar, como um dia, bem depois daqueles acontecimentos em Santa Catarina, uma senho^ 0 01 F ra, após o culto me perguntou: Posso abraçá-lo? Ao que lhe respondi afirmativamente. E, depois de me abraçar, a senhora disse que era "minha filha na fé", bem como toda a sua casa, pois haviam aceitado a Jesus através de uma pregação minha, transmitida pelas emissoras do irmão Matheus Iensen). Que Deus abençoe este abnegado servo de Deus, bem como toda a sua casa.

Deus. Na Inglaterra preguei doze noites em Londres e até hoje prego por lá. Nestes países eu chorei, pois entrei em igrejas pequeninas com apenas dez membros. Templos que outrora, no século passado, foram abalados pelo poder de Deus, hoje são resquícios de uma chama que deixou de incendiar. A Europa inteira clama por um grande avivamento. Irmãos, oremos por estes países.

9

Hoje

N o ano de 2001 tive uma agenda cheia. Louvo a Deus por ter sido e continuar sendo fiel às Suas promessas. Para alguém que em menos de seis anos era o pior diácono da Igreja, e hoje estar pregando nos maiores eventos evangélicos do Brasil, como, por exemplo, pela misericórdia de Deus, ter pregado nos dois últimos Encontros Nacionais de Missões em Camboriú, Santa Catarina, no Congresso dos Gideões Missionários da Última Hora para mais de cem mil pessoas, foi uma honra e agradeço a Deus pela vida do Pastor Cesino Bernardino, pela grande oportunidade concedida a mim. E também na Primeira Conferência Missionária em São Luiz do Maranhão por onde passaram mais de cem mil pessoas. Também agradeço a Deus pela vida dos pastores Coutinho e Amaral, pelo apoio e confiança demonstrada, de convidarem um tão jovem pregador para um evento de tal importância ao lado de pregadores internacionalmente conhecidos. Oro a Deus para que o Senhor da Seara levante outros "jovens pregadores" do interior do Brasil, das capitais etc, Para. iuntos, terminarmos a obra inacabada da evangelização mundial. Creio que faço parte da última geração de pregadores que nosso

mundo verá. Acredito que faço parte da igreja do arrebatamento, portanto, minha geração terá, acredito nisso, a tarefa de pregar para a geração do arrebatamento, bem como a geração que ficará e será humilhada e mutilada pelo anticristo. Que Deus nos ajude!

10

Uma mensagem à Igreja

Os que já me viram, ou ouviram pregar, conhecem o meu estilo

de pregação. Sou um pregador eloqüente, de mensagens de avivamento e exortação. Sou um João Batista da vida e, confesso, espero não ter um ministério de apenas três anos e meio, como foi o caso de João. Todavia, prefiro ter a cabeça posta em uma bandeja de prata por falar a verdade, pois sei que, se a cortarem pela manhã, antes de chegar a noite, esta mesma cabeça terá uma coroa no Céu. Mas não pretendo ver a Igreja do Senhor padecer por falta de correção e mensagens que inflamem os corações. Sempre digo que gostaria que os líderes andassem um pouco mais, viajassem mais, conhecessem outros trabalhos e até mesmo outros ministérios. Deus não tem monopólio de Igreja. Ele estabeleceu um padrão para a sua Igreja e, quem não se enquadrar neste padrão, estará fora. Perdemos a nossa identidade pentecostal. Tenho sofrido afrontas e até ameaças por parte de Igrejas que não aceitam a manifestação do Senhor. Outro dia, estava pregando, após Deus se manifestar com batismo pelo Espírito Santo e os crentes receberem poder até não conseguirem ficar de pé, então, fui questionado por um obreiro:

  • Depois disto, Irmão Marco, o que farei com o texto de I Coríntios 12? Ali fala sobre a ordem e decência do culto. Respondi imediatamente ao santo de Deus:
  • E o que eu farei com Atos 2? A discussão terminou por ali, graças a Deus! É horrível discutir manifestações de Deus com "pentecostais". Se ainda fosse com "tradicionais"... mas com pentecostais? É um absurdo. Pelo fato de eu ter um ministério com muitos sinais, sou convidado a pregar em diversas igrejas, das mais fervorosas às mais frias e,

Mas, sem medo algum, digo o que penso: estas Igrejas não gostam das manifestações de Deus, porque têm medo. Pois quando o povo se santifica, o Espírito Santo volta a operar. E existem muitos pecados ocultos nas Igrejas, nos púlpitos e, quando o espírito vem, ele traz à luz da revelação estes erros. E muitos têm medo de terem suas vidas expostas, como foram as de Ananias e Safira. Mas dou glórias a Deus que ainda existam os remanescentes, aqueles que não se dobraram, aqueles que buscam a Deus pelas madrugadas, pelos montes de oração, nas Igrejas, clamando a Deus, o eco da oração de Habacuque: Aviva, ó Senhor, a tua obra... (Habacuque 3:2.) E digo mais, este é o ano da grande decisão. Satanás já arquitetou seu plano de trabalho. Estamos, agora, segundo os astrólogos, na era de aquário. A era de peixes (era do cristianismo), segundo eles, já se foi. E aquário vem aí para prender os peixes. E irá prender muitos peixes, infelizmente, os peixes pequenos, doentes, bonitinhos, com bolinhas vermelhas e caudas azuis, os peixinhos ornamentais que são igrejas sem brilho algum, sem compromisso com a verdade, igrejas e obreiros que se curvaram diante do príncipe deste mundo, de um cristianismo capitalista, igrejas que vivem negociando com Deus, estas serão presas no aquário. Mas tenho uma maravilhosa notícia: o meu cristianismo, o cristianismo pentecostal (é peixes sim, mas não peixinho de aquário), o meu cristianismo é um grande tubarão branco, que não pode ser preso, é o rei dos mares. Ele não se curva diante do diabo e não será preso por nenhuma era (afinal de contas, ele não existe somente para esta vida). O cristianismo pentecostal já vive parte dos Céus na terra e ele já o reflete para a eternidade. Saia de cima do muro, amado. Seja abençoado e busque o pentecostes, o poder, os dons e deixe Deus usar você, dê lugar ao Espírito Santo. Obreiros de Deus, peçam uma nova experiência para Deus, um renovo nos seus ministérios. Foi assim que Deus fez com a minha vida e ele quer fazer na sua também. Jovem, o Senhor da Seara não tem compromisso com covardes. Ele apenas vocaciona, tanto homens como mulheres destemidos, que não temem a ira do rei, mas que buscam a face da verdade e, principalmente, com aqueles que sabem que não são daqui, deste mundo. Estão aqui, neste mundo, só de passagem, e vieram para influenciar outras vidas. Seja cheio do Espírito Santo. Fale a língua dos anjos, busque um renovo para você e para a sua Igreja, e então estaremos equipados para a última batalha espiritual. Seja um crente canela-de-fogo.

11

Um testemunho para os jovens

P ela infinita misericórdia de Deus, hoje eu sou um referencial para

muitos jovens. Creio ser isto o maior pagamento pelo trabalho que presto ao meu Senhor. Sempre me pergunto:

  • De que me adianta passar por esta vida (que é tão curta), sem nunca ter influenciado alguém? Durante minha juventude passei por altos e baixos. Dei muito trabalho para todos aqueles que me rodeavam. Creio hoje trazer muitas alegrias a eles. Mas houve uma época em minha vida e, sem dúvida, foi esta época que moldou a minha chamada, quando, para mim, o Céu era o limite. Era um moço de oração, fervoroso, que buscava a Deus pelas madrugadas. Passei horas e horas em oração, sozinho e, às vezes, acompanhado por alguns poucos irmãos. Nesta época fui rejeitado por alguns, que, infelizmente, não tinham por costume "buscar a face de Deus". Fui xingado de fanático, santarrão, beato etc. Foi uma fase difícil, muito dura, que atravessei sozinho. Porém, houve uma recompensa: neste período, como não Amigo, o amigo das horas incertas: Jesus.
  • Ninguém será aceito, sem antes ser rejeitado. Foi o que aprendi com um grande amigo, o Pastor Maurício Marques presidente do Ministério O Consolador de Israel, no Brasil. Assim foi, assim é e assim será para todos aqueles que se sentem vocacionados para o santo ministério. Sempre me ligam, escrevem e perguntam-me pessoalmente, milhares de jovens evangélicos por todo o mundo:
  • Irmão Marco, como saber se a minha chamada é de Deus ou não? E, sempre que posso, eu respondo:
  • O que é de Deus, vem nas mãos. Sim, assim foi comigo e com milhares de outros pregadores por todo o mundo. Quando Deus está "no negócio", quando a chamada vem dEle, as coisas "acontecem". Simplesmente acontecem. Existem chamadas específicas. E creio que a minha chamada faz parte do leque das chamadas específicas. Isto não quer dizer que você, leitor, não deva desejar um ministério abençoado, simplesmente, porque um profeta não lhe deu a palavra, ou porque você não teve uma visão, ou outra coisa semelhante. O verdadeiro vocacionado não se deixa levar por "meros