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7_3-Tropismos-e-Nastismos.pdf, Notas de estudo de Crescimento

INTRODUÇÃO. Por não apresentarem estruturas de locomoção, as plantas terrestres precisam ajustar o seu corpo em resposta às alterações no ambiente.

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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PRÁTICA Nº. 7.3
TROPISMOS E NASTISMOS
INTRODUÇÃO
P
or não apresentarem estruturas de locomoção, as plantas terrestres precisam ajustar
o seu corpo em resposta às alterações no ambiente. Os tropismos são movimentos de
crescimento orientados, realizados em direção às fontes de estímulos ou na direção oposta.
Os mecanismos que causam essas respostas são praticamente os mesmos. Normalmente, eles
estão associados à distribuição desigual de auxinas nos tecidos da planta, fazendo com que
o lado em que elas se acumulam em excesso ou estejam em nível reduzido cresça de forma
mais lenta ou mais rápida do que o outro, promovendo, como consequência, uma resposta
de crescimento orientada.
Os principais tipos de tropismos são o fototropismo e o gravitropismo. No
fototropismo, os ápices da parte aérea, locais de maior produção de auxinas, são as regiões
de maior sensibilidade à luz. Porém, a região de curvatura localiza-se um pouco abaixo do
ápice. A luz azul, absorvida pelas fototropinas, promove o movimento das auxinas (AIA)
para a face menos iluminada. O subsequente fluxo do AIA através da zona de crescimento é
responsável pelo maior alongamento das células, resultando em curvatura da parte aérea em
direção à fonte de luz. O gravitropismo se caracteriza como um movimento de crescimento
em resposta ao vetor gravitacional, envolvendo, também, a participação de auxinas (AIA).
Quando plântulas de aveia crescidas no escuro são orientadas horizontalmente sobre uma
superfície plana, os coleóptilos curvam-se na direção oposta à ação da gravidade. De acordo
com o modelo de Cholodny-Went, em um coleóptilo mantido na posição horizontal, a
auxina é transportada lateralmente para a metade inferior da sua estrutura, levando-a a
crescer mais rapidamente do que a metade superior. Efeito inverso se observa nas raízes,
onde concentrações elevadas de auxinas atuam inibindo o crescimento.
Ao contrário dos tropismos, os nastismos são movimentos não orientados, embora
também sejam desencadeados por estímulos ambientais. Alguns movimentos násticos das
plantas ocorrem em resposta a variações no crescimento, enquanto outros envolvem
alterações na turgescência. As principais respostas násticas ocasionadas por variação no
crescimento são a epinastia (maior crescimento do lado superior) e a hiponastia (maior
crescimento do lado inferior). Acredita-se que o principal agente causador de epinastia/
hiponastia seja o etileno. As principais respostas násticas causadas por variação na
turgescência são o nictinastismo e o sismonastismo. O nictinastismo se manifesta pelos
movimentos de fechamento de folhas ou de ramos de plantas que apresentam ritmos
circadianos regulados pela luz. As folhas ou os ramos dessas plantas se movimentam
lentamente para cima e para baixo em resposta aos ritmos diários de luz e escuro. O
sismonastismo é outro tipo de movimento nástico, sendo resultante de estimulação mecânica,
térmica ou elétrica. Esses movimentos são característicos do comportamento da planta
conhecida como “dormideira” ou “sensitiva” (Mimosa pudica), cujos folíolos ou, às vezes,
ramificações inteiras fecham-se muito rapidamente (0,1 s) em resposta ao toque, vibração,
estímulo térmico ou elétrico.
Universidade Federal de Juiz de Fora
Departamento de Botânica - ICB
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PRÁTICA Nº. 7.

TROPISMOS E NASTISMOS

INTRODUÇÃO

Por não apresentarem estruturas de locomoção, as plantas terrestres precisam ajustar o seu corpo em resposta às alterações no ambiente. Os tropismos são movimentos de crescimento orientados, realizados em direção às fontes de estímulos ou na direção oposta. Os mecanismos que causam essas respostas são praticamente os mesmos. Normalmente, eles estão associados à distribuição desigual de auxinas nos tecidos da planta, fazendo com que o lado em que elas se acumulam em excesso ou estejam em nível reduzido cresça de forma mais lenta ou mais rápida do que o outro, promovendo, como consequência, uma resposta de crescimento orientada.

Os principais tipos de tropismos são o fototropismo e o gravitropismo. No fototropismo, os ápices da parte aérea, locais de maior produção de auxinas, são as regiões de maior sensibilidade à luz. Porém, a região de curvatura localiza-se um pouco abaixo do ápice. A luz azul, absorvida pelas fototropinas, promove o movimento das auxinas (AIA) para a face menos iluminada. O subsequente fluxo do AIA através da zona de crescimento é responsável pelo maior alongamento das células, resultando em curvatura da parte aérea em direção à fonte de luz. O gravitropismo se caracteriza como um movimento de crescimento em resposta ao vetor gravitacional, envolvendo, também, a participação de auxinas (AIA). Quando plântulas de aveia crescidas no escuro são orientadas horizontalmente sobre uma superfície plana, os coleóptilos curvam-se na direção oposta à ação da gravidade. De acordo com o modelo de Cholodny-Went, em um coleóptilo mantido na posição horizontal, a auxina é transportada lateralmente para a metade inferior da sua estrutura, levando-a a crescer mais rapidamente do que a metade superior. Efeito inverso se observa nas raízes, onde concentrações elevadas de auxinas atuam inibindo o crescimento.

Ao contrário dos tropismos, os nastismos são movimentos não orientados, embora também sejam desencadeados por estímulos ambientais. Alguns movimentos násticos das plantas ocorrem em resposta a variações no crescimento, enquanto outros envolvem alterações na turgescência. As principais respostas násticas ocasionadas por variação no crescimento são a epinastia (maior crescimento do lado superior) e a hiponastia (maior crescimento do lado inferior). Acredita-se que o principal agente causador de epinastia/ hiponastia seja o etileno. As principais respostas násticas causadas por variação na turgescência são o nictinastismo e o sismonastismo. O nictinastismo se manifesta pelos movimentos de fechamento de folhas ou de ramos de plantas que apresentam ritmos circadianos regulados pela luz. As folhas ou os ramos dessas plantas se movimentam lentamente para cima e para baixo em resposta aos ritmos diários de luz e escuro. O sismonastismo é outro tipo de movimento nástico, sendo resultante de estimulação mecânica, térmica ou elétrica. Esses movimentos são característicos do comportamento da planta conhecida como “dormideira” ou “sensitiva” ( Mimosa pudica ), cujos folíolos ou, às vezes, ramificações inteiras fecham-se muito rapidamente (0,1 s) em resposta ao toque, vibração, estímulo térmico ou elétrico.

Universidade Federal de Juiz de Fora Departamento de Botânica - ICB

OBJETIVOS

Observar os fenômenos de tropismos enastismos em diferentes órgãos e espécies vegetais.

MATERIAIS

 Sementes de milho e de feijão ^ Piseta

 Plantas de Mimosa pudica (Fabaceae)

 Béquer de 2 L ou frasco de vidro grande

 Papel-filtro para germinação (germiteste) ou papel toalha

 Saquinho plástico transparente

 Bandeja plástica

 Pinça