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6º módulo - Previsão de enchentes e suas generalidades, Notas de estudo de Engenharia Civil

Hidrologia II

Tipologia: Notas de estudo

2015

Compartilhado em 04/05/2015

tatiane-campos-10
tatiane-campos-10 🇧🇷

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Instituição: CESUBE - Centro De Ensino Superior De Uberaba
Disciplina: Hidrologia Aplicada II
Curso: Engenharia Civil
Professora: Mayara Brandolis
Carga Horária: 30 horas
Prezado (a) aluno (a),
Esta é a nossa sexta aula, nela iremos estudar a previsão das enchentes e
suas generalidades, tais como, avaliação de enchentes, medidas de controle
de enchentes e etc. Qualquer dúvida estou á disposição.
MÓDULO VI
Previsão de enchentes e suas generalidades
Introdução
Prezado (a) aluno (a),
Atualmente entre os inúmeros conflitos que ocorrem quando o assunto é o uso
dos recursos ambientais, seja por alterações naturais e/ou atividades
antrópicas, é necessário o controle da água em relação à quantidade e
qualidade. Isso implica nos responsabilizarmos pela preservação dos cursos
hídricos, manter harmonia entre fauna e flora, proporcionar qualidade de vida
para as próximas gerações.
A Lei nº9.433 de 1997 é um dos instrumentos de gestão da Política Nacional
de Recursos Hídricos. Esta lei confere a outorga dos direitos de uso da água, a
limitação ao usurário de água de determinada vazão nos reservatórios
superficiais e/ou subterrâneos. O somatório das vazões outorgadas nos
diversos tipos de uso/usuários não deverá afetar as quantidades limites que
proporcionem as condições ecológicas naturais dos rios. Várias são as
dificuldades encontradas na implementação desse instrumento de gestão,
dentre elas os fatores técnicos (sistema de outorga), notadamente na definição
dos critérios para a outorga.
Segundo (Carlisle et al., 2009), de uma maneira geral, as dificuldades na
relação entre a hidrologia e ecologia ainda são grandes , a recente ênfase de
estudos relacionando os recursos hídricos e o meio ambiente tem mudado as
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Baixe 6º módulo - Previsão de enchentes e suas generalidades e outras Notas de estudo em PDF para Engenharia Civil, somente na Docsity!

Instituição: CESUBE - Centro De Ensino Superior De Uberaba Disciplina: Hidrologia Aplicada II Curso: Engenharia Civil Professora: Mayara Brandolis Carga Horária: 30 horas

Prezado (a) aluno (a),

Esta é a nossa sexta aula, nela iremos estudar a previsão das enchentes e suas generalidades, tais como, avaliação de enchentes, medidas de controle de enchentes e etc. Qualquer dúvida estou á disposição.

MÓDULO VI

Previsão de enchentes e suas generalidades

Introdução

Prezado (a) aluno (a),

Atualmente entre os inúmeros conflitos que ocorrem quando o assunto é o uso dos recursos ambientais, seja por alterações naturais e/ou atividades antrópicas, é necessário o controle da água em relação à quantidade e qualidade. Isso implica nos responsabilizarmos pela preservação dos cursos hídricos, manter harmonia entre fauna e flora, proporcionar qualidade de vida para as próximas gerações. A Lei nº9.433 de 1997 é um dos instrumentos de gestão da Política Nacional de Recursos Hídricos. Esta lei confere a outorga dos direitos de uso da água, a limitação ao usurário de água de determinada vazão nos reservatórios superficiais e/ou subterrâneos. O somatório das vazões outorgadas nos diversos tipos de uso/usuários não deverá afetar as quantidades limites que proporcionem as condições ecológicas naturais dos rios. Várias são as dificuldades encontradas na implementação desse instrumento de gestão, dentre elas os fatores técnicos (sistema de outorga), notadamente na definição dos critérios para a outorga. Segundo (Carlisle et al., 2009), de uma maneira geral, as dificuldades na relação entre a hidrologia e ecologia ainda são grandes , a recente ênfase de estudos relacionando os recursos hídricos e o meio ambiente tem mudado as

prioridades de estimativas seguras do regime natural de vazões. Nos últimos anos, órgãos financiadores estão fomentando pesquisas com objetivo de subsidiar estudos sobre o referido tema compatibilizando os aspectos hidrológicos, limnológicos, ecológicos e socioeconômicos dos regimes de vazões (CNPq, 2006).

TEXTO DE APOIO

1 – Enchentes:

Quando a precipitação é excessiva, a abundância de água que chega junto ao rio pode ser maior que sua capacidade de drenagem, ou seja, a da sua calha normal, consequentemente ocorrerá uma inundação das áreas ribeirinhas. Os problemas consequentes da inundação dependem muito da quantidade de ocupação dessa várzea e a constância com que ocorrem as inundações. A ocupação da várzea pode ser considerada para habitação, recreação, comercial, industrial, plantação, pecuária. Devido à grande dificuldade de meios de transportes no passado, usavam-se os rios como via principal de transportes, isso justifica os condicionamentos urbanos hoje existentes. As cidades se desenvolveram as margens dos rios, também para que o acesso à água fosse facilitado. Com o crescimento desorganizado e acelerado das cidades, principalmente no meio do século XX, as áreas consideradas áreas de riscos foram ocupadas, trazendo como consequência hoje os prejuízos humanos e materiais. Embora com toda a experiência já vivida durante os últimos anos ainda existe parte da população que se mantem nos mesmos locais de inundações, enquanto outros procuram habitar zonas mais altas aonde o rio dificilmente chegaria. Embora muito se discuta sobre o assunto a política urbana é a grande causadora de inúmeros desses transtornos, é possível observar dentro de nossa própria cidade a ocupação da várzea pela população, em locais protegidos de todos os alvarás necessários para construção, como por exemplo, o conjunto habitacional Alfredo Freire IV, o loteamento Petrópolis. É visível a pouca distancia entre as casas e o leito do rio Uberaba. A ocupação desordenada, a diminuição de área permeável naquelas regiões podem trazer futuros problemas, e todo esse

2 – Avaliação das enchentes:

A variação de nível ou de vazão de um rio depende das características climatológicas e físicas do local aonde esta localizada a bacia hidrográfica. As distribuições temporal e espacial da precipitação são as principais condições climatológicas que influenciam nas enchentes. Embora as mesmas só possam ser previstas com uma antecedência de poucos dias ou de poucas horas, o que não permite que se faça uma previsão dos níveis de enchentes com uma antecipação muito grande. O tempo máximo possível para a previsão da cheia é a partir da ocorrência da precipitação, é limitado pelo tempo médio de deslocamento da água na bacia até à seção de interesse. A previsão dos níveis de um rio pode ser realizada a curto ou em longo prazo, A previsão de cheia de um rio em curto prazo ou em tempo real, também pode ser chamada de tempo atual, é aquela que permite estabelecer o nível e seu tempo de ocorrência para a seção de um rio com antecedência que depende da previsão da precipitação e dos deslocamento da cheia na bacia. Esse tipo de previsão é utilizado para alertar a população que vive a beira de rios e operadores de obras hidráulicas. A previsão de cheia em longo prazo quantifica as chances de ocorrência de inundação em termos estatísticos, sem precisar quando ocorrerá a cheia. A previsão em longo prazo se baseia nas estatísticas da ocorrência de níveis no passo e permite estabelecer para alguns riscos escolhidos.

3 – Medidas para controle de inundação:

Existem dois tipos de medidas para controle de inundação: estrutural e não estrutural. As medidas estruturais são aquelas que modificam o sistema fluvial evitando os prejuízos decorrentes das enchentes, enquanto as medidas não estruturais são aquelas em que os prejuízos são reduzidos pela melhor convivência da população com as enchentes. As medidas estruturais são basicamente, obras de engenharia implementadas para reduzir o risco de enchentes. Essas medidas podem ser extensivas ou intensivas. As medidas extensivas são aquelas que agem na bacia, procurando modificar as relações entre precipitação e vazão, como a alteração da

cobertura vegetal do solo, que reduz e retarda os picos de enchentes e controla a erosão da bacia. As medidas intensivas são aquelas que agem no rio e podem ser de três tipos: a) aceleram o escoamento: construção de diques e polders, aumento da capacidade de descargas dos rios e corte de meandros; b) retardam o escoamento: reservatórios e as bacias de amortecimento. c) desvio do escoamento: são obras, como canais de desvios.

MEDIDAS EXTENSIVAS MEDIDA APLICAÇÃO PRINCIPAL VANTAGEM

PRINCIPAL DESVANTAGEM Cobertura vegetal Redução do pico de cheia de cheia

Impraticável para grandes áreas

Pequenas bacias

Controle de perda Reduz assoreamento

Impraticável para grandes áreas

Pequenas bacias

MEDIDAS INTENSIVAS DIQUES E POLDERS

ALTO GRAU DE PROTEÇÃO DE UMA ÁREA

DANOS SIGNIFICATIVOS CASO FALHE

GRANDES RIOS

MELHORIA DO CANAL: .Redução da rugosidade por desobstração .Corte de meandro

Aumento da vazão com pouco investimento Amplia a área protegida e acelera o escoamento

Efeito localizado Impacto negativo em rio com fundo aluvionar

Pequenos rios Área de inundação estreita

Reservatórios: .Todos os reservatórios Reservatórios com corportas .Reservatórios para cheias

Controle a jusante Mais eficiente com o mesmo volume Operação com o mínimo de perdas

Localização difícil Vulnerável a erros humanos Custo não partilhados

Bacias intermediarias Projetos de usos múltiplos Restrito ao controle de enchentes

5 – Previsão de enchentes:

Para efetuar a previsão de cheias a curto prazo, são necessários: sistemas de coleta e transmissão de dados e metodologia e estimativa. Os sistemas são utilizados para transmitir os dados de precipitação, nível e vazão, durante a ocorrência do evento. O processo de estimativa é realizado através do uso de modelos matemáticos que representam o comportamento das diferentes fases do ciclo hidrológico. Complementarmente é necessário um Plano de Defesa Civil, quando a enchente atinge uma área habilitada, ou no caso de operação de reservatório um sistema de emergência e operação. A previsão de níveis de enchentes pode ser realizada com base em:

a) Previsão com base na precipitação;

b) Previsão com base no nível ou vazão;

c) Previsão com base na precipitação ou vazão;

No caso da previsão com base na precipitação, é necessário estimar a precipitação que caíra sobre a bacia através do uso de equipamento como radar ou de sensoriamento remoto. A seguir, conhecida a precipitação sobre a bacia, é possível estimar a vazão e o nível por modelo matemático que simule a transformação de precipitação em vazão.

RESUMO: Na aula de hoje você aprendeu sobre a previsão de enchentes, como se avalia a enchente e seus zoneamentos. Resolva as atividades proposta. Lembre-se de que cada uma de nossas atividades vale como presença.