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Arte – 8º ano. 3º ... 2. Atividades recorrentes na sala de aula. 3. ... Neste bimestre serão estudadas as linguagens de música e dança ao redor do mundo.
Tipologia: Notas de aula
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Não perca as partes importantes!
Este Plano de desenvolvimento contém informações complementares ao Manual do Professor (impresso). O Plano apresentado explicita os objetos de conhecimento e habilidades a serem trabalhados no bimestre e sua disposição no Livro do Estudante , bem como sugerir práticas de sala de aula que contribuam para a aplicação da metodologia adotada. Este Plano é composto dos seguintes tópicos:
1. Objetos de conhecimento e habilidades da BNCC 2. Atividades recorrentes na sala de aula 3. Relação entre a prática didático-pedagógica e o desenvolvimento de habilidades 4. Gestão da sala de aula 5. Acompanhamento do aprendizado dos alunos e indicação das habilidades essenciais para a continuidade dos estudos 6. Fontes de pesquisa para uso em sala de aula ou para apresentar aos alunos 7. Projeto integrador
Referências no material didático Unidades temáticas Objetos de conhecimento Habilidades Capítulo 5 Artes visuais Contextos e práticas (EF69AR03) Analisar situações nas quais as linguagens das artes visuais se integram às linguagens audiovisuais (cinema, animações, vídeos etc.), gráficas (capas de livros, ilustrações de textos diversos etc.), cenográficas, coreográficas, musicais etc. Dança Contextos e práticas (EF69AR09) Pesquisar e analisar diferentes formas de expressão, representação e encenação da dança, reconhecendo e apreciando composições de dança de artistas e grupos brasileiros e estrangeiros de diferentes épocas. Dança Elementos da linguagem (EF69AR10) Explorar elementos constitutivos do movimento cotidiano e do movimento dançado, abordando, criticamente, o desenvolvimento das formas da dança em sua história tradicional e contemporânea. Dança Elementos da linguagem (EF69AR11) Experimentar e analisar os fatores de movimento (tempo, peso, fluência e espaço) como elementos que, combinados, geram as ações corporais e o movimento dançado.
Dança Processos de criação (EF69AR14) Analisar e experimentar diferentes elementos (figurino, iluminação, cenário, trilha sonora etc.) e espaços (convencionais e não convencionais) para composição cênica e apresentação coreográfica. Dança Processos de criação (EF69AR15) Discutir as experiências pessoais e coletivas em dança vivenciadas na escola e em outros contextos, problematizando estereótipos e preconceitos. Música Contextos e práticas (EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. Música Contextos e práticas (EF69AR18) Reconhecer e apreciar o papel de músicos e grupos de música brasileiros e estrangeiros que contribuíram para o desenvolvimento de formas e gêneros musicais. Música Contextos e práticas (EF69AR19) Identificar e analisar diferentes estilos musicais, contextualizando-os no tempo e no espaço, de modo a aprimorar a capacidade de apreciação da estética musical. Música Elementos da linguagem (EF69AR20) Explorar e analisar elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), por meio de recursos tecnológicos ( games e plataformas digitais), jogos, canções e práticas diversas de composição/criação, execução e apreciação musicais. Artes integradas Contextos e práticas (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética. Artes integradas Matrizes estéticas e culturais (EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística, problematizando as narrativas eurocêntricas e as diversas categorizações da arte (arte, artesanato, folclore, design etc.). Artes integradas Arte e tecnologia (EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável. Capítulo 6 Música Contextos e práticas (EF69AR16) Analisar criticamente, por meio da apreciação musical, usos e funções da música em seus contextos de produção e circulação, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.
Neste bimestre serão estudadas as linguagens de música e dança ao redor do mundo. Serão vistos alguns gêneros tradicionais e diversas misturas contemporâneas, bem como a música vocal e a música instrumental, explorando suas diferentes possibilidades expressivas. Esta será uma oportunidade para pesquisar sobre os artistas da região.
Estabelecer a roda de conversa como prática cotidiana ao final de cada aula é uma maneira simples e produtiva de incentivar os estudantes a compartilhar suas impressões, o que sentiram e pensaram durante as atividades. A prática da comunicação é um exercício muito importante nessa faixa etária. Nessas rodas de conversa, eles podem exercitar a expressão oral (Como dividir com os colegas o que pensei e senti?) e a escuta (O que meus colegas perceberam?). A roda de conversa permite que se trabalhe com algumas das Competências Gerais da BNCC previstas para as aulas de Arte. Por exemplo: o exercício da crítica, a problematização por meio de exercícios artísticos e o desenvolvimento do trabalho colaborativo. Este é um bimestre em que será estudada uma diversidade muito grande de manifestações artísticas, produzidas por culturas diferentes. A roda de conversa é um bom momento para levantar questões sobre cada cultura, valorizar suas especificidades e romper possíveis preconceitos. É possível aproveitar essa atividade também para tecer relações entre as obras estudadas e as referências prévias dos alunos.
O aluno do Ensino Fundamental II encontra-se em um momento interessante. Se na infância o desenho e a pintura ocorrem como uma brincadeira, é nesta fase da escolarização que o aspecto lúdico pode ser combinado com um trabalho de aprofundamento das habilidades. Para isso, é importante que a turma possa experimentar diferentes materiais (lápis, tinta, caneta e giz de cera) em superfícies variadas (como o papel, o chão, a tela, a madeira e, especialmente neste bimestre, a pele). A experimentação dessas variações também aguça a sensibilidade do aluno nos momentos de fruição. A obra de arte passa a ser observada em seus aspectos materiais, e o aluno consegue imaginar o processo produtivo percorrido pelo artista. Conhecer diversas possibilidades é uma maneira de valorizar as escolhas de cada obra.
É claro que cada escola dispõe de certos materiais e esta coleção entende que você vai adaptar as propostas à sua realidade, em diálogo com os recursos oferecidos pela instituição e com as possibilidades dos alunos.
A compreensão de um texto é uma habilidade essencial para toda a vida. O aluno desenvolve diariamente, durante o Ensino Fundamental II, sua capacidade de leitura e escrita. Para que esse processo seja menos solitário, a leitura coletiva em voz alta de textos do livro é uma atividade privilegiada. Uma estratégia interessante é propor que cada aluno leia um parágrafo. É importante estabelecer um ambiente de solidariedade, em que alunos com maior dificuldade de leitura não se sintam excessivamente expostos. Afinal, o que está em pauta é a compreensão coletiva das ideias do texto, e não um julgamento sobre a velocidade de leitura de cada um. Após a leitura de cada parágrafo, incentive os alunos a dividir suas impressões e dúvidas. Essa é uma maneira de exercitar a expressão oral e de garantir que os debates sobre a Arte oferecidos por esta coleção criem um repertório comum a todos.
As atividades de pesquisa visam ao desenvolvimento da autonomia do aluno. É importante que cada qual entre em contato com seus próprios interesses, curiosidades e dificuldades. A arte é um assunto privilegiado nesse sentido: o aluno está cercado por manifestações culturais diversas e pode trazer para a sala de aula essa riqueza. Incentive os alunos a buscar informações em diferentes fontes de pesquisa: entrevistas com familiares, consulta a livros na biblioteca da escola, pesquisa em sites da internet. É importante ressaltar que eles devem procurar sites confiáveis. Você pode sugerir páginas que já conhece, e também incentivá-los a trocar endereços de sites entre si. Um procedimento útil a ser ensinado é o de verificar as informações coletadas e comparar as diferentes fontes. Ao circular por fontes diversas de conhecimento, o aluno aprende onde pode buscar informações nas próximas consultas. Cada uma delas oferece diferentes tipos de informação, por meio de linguagens próprias. Dessa forma, ele vai aprender a valorizar tanto a memória oral de manifestações populares como as inovações trazidas pela tecnologia. Em um bimestre com referências artísticas geograficamente tão distantes, a pesquisa a respeito dos artistas da região torna-se bastante importante. Essa é uma maneira de o aluno valorizar a produção cultural local. Em plena sociedade da informação, será interessante perceber que
música em sala de aula permite fruição e análise coletivas de seus traços formais e das escolhas feitas por compositores, arranjadores e intérpretes, abrindo espaço para diversos debates. Os alunos podem perceber semelhanças e diferenças entre as obras, em um constante exercício de análise voltado a cada uma das linguagens artísticas. Além da escuta de músicas muito diferentes entre si, esse bimestre irá trabalhar com alguns podcasts. Eles irão auxiliar na aprendizagem de conceitos da linguagem musical. Esses conceitos não podem ser compreendidos apenas pela leitura do texto. Você pode aproveitar para conversar com os alunos sobre as especificidades expressivas de cada linguagem artística – como cada uma delas trabalha com seus próprios materiais.
As habilidades nas aulas de Arte acontecem sem linearidade ou hierarquia. Diferentemente das aulas de outros componentes curriculares, como Matemática, em que a aquisição de um conhecimento é necessária para o desenvolvimento do próximo, em Arte as habilidades se desenvolvem em espiral: uma mesma habilidade aparece diversas vezes ao longo do ano, de maneira cada vez mais aprofundada. Este Plano de desenvolvimento busca constituir-se em um auxílio para você nesse planejamento. Existem educadores formados em Artes Visuais, Música, Dança e/ou Teatro. Por esse motivo, você talvez se sinta mais à vontade quando atua na linguagem com a qual tem mais afinidade. Longe de ser um problema, essa particularidade pode enriquecer a troca com os alunos – que percebem que aquilo que você divide com eles é objeto de pesquisa interessada. Ao mesmo tempo, o livro serve de apoio para que em seu planejamento seja incluído o trabalho com as demais linguagens artísticas. É você quem conhece a realidade em que atua: as características da comunidade escolar, os interesses dos alunos, as práticas culturais do entorno. Esta coleção pretende ser uma ferramenta útil para o dia a dia na sala de aula. Além das especificidades de linguagem, existem questões temáticas tratadas no livro que podem ecoar de diferentes maneiras no contexto em que você atua. As seções apresentam propostas de debates diversas, que você poderá conduzir levando em consideração o seu conhecimento sobre a comunidade escolar. Esta coleção frequentemente sugere atividades a serem realizadas em computadores. Se a sua escola não dispuser de uma sala de informática (ou horários disponíveis para sua utilização), você pode verificar que outras possibilidades de acesso à internet os alunos teriam. Alguns deles talvez não tenham computadores ou acesso à internet em casa. Por isso, deve-se estimular a turma a dividir os recursos disponíveis, consultando a internet em pequenos grupos. Caso boa parte dos alunos tenha computadores ou internet em casa, que possa ser acessada de equipamentos móveis como smartphones e tablets , peça à turma que se organize para compartilhar esses recursos. Também vale
verificar se existe algum equipamento público na região que ofereça uma sala de informática. Nesse caso, lembre-se de organizar uma visita coletiva a essa sala de informática para realizar a atividade. A BNCC prevê seis dimensões de conhecimento para o componente curricular Arte: criação, crítica, estesia, expressão, fruição e reflexão. Esta coleção foi elaborada lidando com essas dimensões que se interpenetram, pois as atividades propostas frequentemente mobilizam mais de uma dessas dimensões. Desenvolvê-las é importante não apenas para a aquisição das habilidades previstas em Arte, mas para o crescimento global de cada aluno. Estimular a criação, por exemplo, pode reverberar positivamente no desempenho escolar nas demais disciplinas e também na relação mais ampla do aluno com diversos aspectos de sua vida. Compreender o aluno como um sujeito cultural e valorizar as características da cultura local pode enriquecer muito o processo educativo. O ensino da Arte alia-se ao desenvolvimento da socialização e interação dos alunos com a comunidade escolar e do entorno. Nos anos finais do Ensino Fundamental, o aluno pode vivenciar um alargamento de suas relações, inclusive familiares. A Arte é uma das maneiras de diálogo frutífero do jovem com o mundo à sua volta. É importante lembrar que a expressão artística de cada aluno é única. Na medida do possível, é preciso evitar comparações. O trabalho coletivo deve incentivar a colaboração: um aluno pode ter facilidade em Música e dificuldade em Artes Visuais, por exemplo. Ele pode obter ajuda de um colega em uma linguagem artística, e oferecer apoio em outra. Vale evitar a ideia prejudicial do “dom”: as habilidades variam de aluno para aluno, e por meio do trabalho todos podem desenvolvê-las. É fundamental que a turma perceba que, nas atividades propostas, o processo de aprendizagem interessa mais do que o produto final. As afinidades e interesses de cada aluno devem ser estimuladas por você. A prática e a fruição artísticas podem ultrapassar os limites da sala de aula e compor de maneira intensa o cotidiano do aluno. O Ensino Fundamental II é um momento-chave para o desenvolvimento do aluno como indivíduo, e dar continuidade aos estudos de Arte pode contribuir particularmente para a formação de sua identidade.
Incluímos aqui algumas reflexões que podem auxiliar na organização do dia a dia. As propostas desta coleção envolvem certas aventuras. Há atividades que não cabem no formato tradicional da sala de aula – carteiras enfileiradas voltadas para o professor. Um processo de educação artística pode ser muito enriquecido com experiências culturais extraclasse, o envolvimento da comunidade e a incorporação de novas tecnologias. A oportunidade de que cada aluno se expresse artisticamente conduz a caminhos imprevisíveis e interessantes. Para possibilitar tudo isso, você precisa ter seu próprio espaço de autocuidado e de reflexão.
O tempo de aula reservado para isso pode aumentar conforme o amadurecimento da turma – de 10 minutos até uma aula inteira fora da sala de aula. A concentração, como qualquer outra habilidade, tende a melhorar quando praticada regularmente. Aos poucos, os alunos vão percebendo que a aula que ocorre fora da sala é tão importante quanto a que ocorre dentro da sala. É também na prática cotidiana que se encontram as melhores maneiras de ocupar o espaço da escola respeitando as outras turmas. É necessário estar atento ao som produzido; em certos locais a exploração sonora é bem-vinda, em outros precisa ser evitada para não atrapalhar as demais aulas. Trata-se de um exercício criativo de convivência no espaço público – que pode acolher a todos!
O espaço da escola é público. Planejar a exposição de produções das turmas é uma prática que aumenta a qualidade das aulas de Arte. Criar uma obra sabendo que ela será compartilhada com espectadores agrega muito mais consistência à experimentação artística. É importante conversar com as diversas turmas para que os momentos de socialização sejam também de troca, e não de superexposição ou de competição. Os alunos devem apresentar seus trabalhos à medida que se sentirem à vontade para tanto. Pode ser interessante dividir em espaços coletivos trabalhos em processo, e não apenas as obras finalizadas. Cultivar o prazer no compartilhamento das produções é um aspecto importante para o seu trabalho. Se for possível, incentive a realização de conversas sobre as apresentações. A arte pode se tornar um catalisador de reflexões e bons encontros entre toda a comunidade escolar e a não escolar.
A arte pode agregar muito ao espaço da escola. Ao mesmo tempo, a realização de visitas planejadas torna a vivência cultural da turma mais significativa. Esse trânsito entre escola e cidade por meio da arte tem muito a contribuir com as aulas. É verdade que existem desafios envolvendo a saída da escola em horário de aulas. Mudanças no cotidiano trazem novos receios, assim como novas alegrias e bons encontros. Oferecemos aqui algumas sugestões para tornar esse processo menos solitário.
As visitas planejadas partem do seu repertório. É interessante que você conheça a programação cultural de sua cidade e da região em torno da escola. Essa investigação não precisa ser encarada como uma tarefa pesada – ela deve partir de seus interesses, de suas disponibilidades e de seu desejo.
Vale lembrar que museu é um espaço importante, mas não é a única alternativa para as visitas planejadas. Algumas cidades não possuem essa oferta de museus, mas a cultura brasileira é muito rica e muito diversa! Você pode investigar os centros culturais, feiras de cultura regional, sítios de patrimônio histórico, teatros, praças que abriguem eventos de arte de rua. A dica é valorizar a cultura local!
As visitas planejadas são importantes para o desenvolvimento global do aluno, e não apenas para o componente curricular Arte. Explorar a cidade com um olhar interessado provoca aprendizagens de todos os tipos. É possível que professores de outros componentes se interessem por construir a visita em parceria com você. A coordenação também pode fornecer boas sugestões e lhe ajudar nos acertos com a instituição escolar. Dividir a responsabilidade das saídas com outro professor alivia bastante as preocupações com a turma. Além disso, abre o olhar dos alunos para uma maior complexidade: o professor de Geografia pode incluir no roteiro perguntas sobre a organização da cidade, o professor de História pode atentar para as mudanças da cidade ao longo do tempo, e assim por diante.
É importante que o espaço a ser visitado esteja preparado para receber os seus alunos. Alguns centros culturais costumam oferecer visitas guiadas; em certos espaços é necessário fazer reservas com antecedência. Em outros casos, a visita é espontânea – o importante é conhecer como funciona cada espaço. Privilegie atividades gratuitas. Se alguma atividade cobrar ingressos, é importante conferir se isso é viável para os alunos (tomando o cuidado de não expor nenhum deles). Vale conversar com os alunos sobre a organização da visita. Entrar em acordo com antecedência sobre os detalhes da saída torna o dia em si muito mais gostoso! Combine os horários de saída e de chegada, o modo de transporte, veja se será o caso de fazer uma pausa para comer em algum momento e peça aos alunos que tragam um lanche, se for o caso. Outro passo fundamental é informar os pais ou responsáveis dos alunos sobre essa visita. Geralmente cada escola tem um modelo de autorização que deve ser enviada a eles e devolvida assinada. Esse documento é importante, porque atesta que os responsáveis estão cientes da saída da escola. Se sua escola tiver uma Associação de Pais e Mestres ativa, você pode fomentar as conversas sobre as visitas nesse espaço.
É comum que, em certas atividades, você ofereça seu próprio celular ou computador para facilitar alguma etapa criativa ou registro. Certos professores decidem trazer outros materiais de casa, quando a escola não dispõe de determinado recurso. O importante é que isso não se torne uma obrigação ou um peso a mais para você. A sugestão é que você experimente em quais situações se sente confortável para disponibilizar objetos pessoais no trabalho. Estabeleça as possibilidades e os limites conforme se sentir bem. Respeitar-se é fundamental para a sua saúde e para sua relação com os alunos.
A questão do registro das atividades escolares encontra-se hoje em um território complexo. Por um lado, as novas tecnologias têm invadido o cotidiano: tudo vira fotografia, qualquer ocasião pede uma filmagem. Esses recursos (frequentemente oferecidos pelos telefones celulares), quando bem utilizados, são preciosos. Por outro lado, gerar imagens em excesso não significa necessariamente elaborar a experiência vivida. As aulas de Arte podem auxiliar os alunos nesta reflexão sobre o registro.
Um desenho, uma coreografia, uma canção ou uma cena teatral condensam nelas mesmas uma série de reflexões. Converse com a turma sobre essa capacidade da obra de arte materializar debates, sentimentos, sensações. Recomende aos alunos que organizem suas produções e registros ao longo de todo o ano. Ao juntar o trabalho do ano inteiro, o aluno pode perceber seu crescimento e lembrar das experimentações vividas. Ressalte que vivenciar essas experiências é mais importante que documentá-las.
Ao longo de cada ano as experiências nas aulas vão mobilizar diversos temas e procedimentos formais. Vale privilegiar o antigo recurso de registro que é a escrita. É interessante que cada aluno tenha um diário de bordo, um caderno, de preferência sem pauta, no qual ele possa anotar pensamentos e sentimentos. As informações contidas nesse caderno não precisam ser avaliadas; não se trata, nesse caso, de um mecanismo de controle sobre a aprendizagem. Pelo contrário, o caderno pode ser um lugar livre, de elaboração do que está sendo vivido. Nesse sentido, pode ser interessante que você também tenha seu próprio diário de bordo. Pode ser um caderno com subdivisões para cada turma, ou um pequeno bloco para cada sala. O interessante é que você também encontre, entre tantos alunos e tantas turmas, o espaço para registrar e pensar sobre o dia a dia.
Uma fotografia pode ser uma obra de arte. Um vídeo ou a gravação de uma canção também. É interessante discutir as diferenças entre a fotografia artística e a fotografia como simples forma de registro, e pensar sobre gradações e nuances entre essas categorias. Partindo do pressuposto de que o processo interessa mais que o produto, é possível combinar maneiras criativas de registrar as etapas das criações em Arte. Pode haver, por exemplo, um aluno responsável por registrar cada processo (em cada capítulo ou atividade) em forma de fotografias. Isso evita a banalização dos materiais – é a vez daquele aluno fotografar, e ele vai valorizar cada escolha. No caso das artes performativas, é importante valorizar o momento presente. O espectador deve viver o aqui e agora da obra. Filmar uma peça teatral ou uma apresentação de dança pode prejudicar essa experiência de ser espectador, pois se olha através de câmeras o que se poderia ver ao vivo. É possível escolher quando e o que filmar. Por fim, reflita coletivamente sobre a melhor maneira de socializar esses registros. As redes sociais apresentam certa tentação de tornar tudo público. Vale escolher o que se deseja socializar, e com qual mediação. Trata-se inclusive de um pacto de confiança: resguardar o que diz respeito apenas àquele coletivo, e compartilhar o que for acordado.
Acompanhar a aprendizagem em Arte demanda um olhar sensível e atento ao processo de cada aluno. Aqui não existe o momento específico da prova. É o processo, e não o produto, que é seu objeto de avaliação. A avaliação de um aluno não se dá pela comparação com os demais, e sim com o estágio em que ele próprio se encontrava no bimestre anterior. A ausência de uma única resposta “correta” para cada atividade abre a possibilidade de o aluno se desenvolver trilhando diferentes caminhos. Oferecer propostas diversificadas, como as sugeridas pelo livro, é uma maneira de potencializar as múltiplas possibilidades de criação. Uma das especificidades da Arte (que é explorada nesta coleção) é que esse componente curricular inclui quatro linguagens diferentes. Isso gera um dado interessante: o mesmo aluno pode ter facilidade em uma linguagem e dificuldade em outra. Conversar sobre isso contribui muito para o dia a dia na sala de aula. Quando um aluno enxergar um obstáculo, vale lembrá-lo de sua tranquilidade para criar em outra linguagem artística. As trocas entre os indivíduos são aqui muito ricas: você pode incentivar os alunos a colaborar uns com uns outros, equilibrando suas aptidões. Como mencionamos no item 3 deste plano, o componente curricular Arte frequentemente é cercado pela problemática noção de “dom”. É importante desconstruir essa ideia, que possui um fundo aristocrático: pressupõe que certas pessoas nascem com determinada habilidade, e que as demais
A criação em Arte muitas vezes acontece em grupo; existem grupos de teatro, companhias de dança, conjuntos musicais, coletivos de criação em Artes Visuais. Na sala de aula, as atividades em grupo contribuem para a socialização dos alunos. Elas também oferecem uma maneira mais solidária (e menos solitária) de enfrentar os desafios. É interessante variar a maneira de dividir os grupos. Dessa forma, os alunos aprendem a se organizar por conta própria, reunindo-se com pessoas com as quais têm afinidade e interesses parecidos. Por outro lado, nos momentos em que você organiza os grupos, os alunos podem exercitar a habilidade de trabalhar em equipe com parceiros diversificados. Em todos os casos, o aluno desenvolve sua capacidade de expressão e também de escuta do outro – o senso de alteridade.
A autoavaliação é uma maneira de o próprio aluno perceber em quais aspectos ele se aprimorou e quais dificuldades ainda merecem ser enfrentadas. Esse instrumento avaliativo explicita para a turma que a comparação entre produtos finais não é fundamental; para o componente curricular Arte, o que interessa é como cada aluno pode se desenvolver. É essencial que a autoavaliação seja realizada por escrito, a partir de questões norteadoras propostas por você. Ao lidar com um enunciado claro, o aluno encontra contornos que o auxiliam a reflexão sobre o próprio processo de aprendizagem. No Livro do Estudante existem seções dedicadas à autoavaliação. Nelas, são apresentadas perguntas específicas relacionadas com a atividade realizada no capítulo. Sugerimos aqui algumas questões adicionais, que podem ser reformuladas de acordo com o seu método de ensino e o contexto específico em que você leciona:
Neste bimestre estudamos músicas e danças de diferentes lugares do mundo: expressões tradicionais e contemporâneas, e a riqueza dos encontros e trocas culturais. Também aprendemos sobre a música vocal e a música instrumental. Seguem algumas fontes extras para trabalhar com os alunos. BERTAZZO, Ivaldo. Macking of de Mar de Gente. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=bI8IJqGtRvM>. Acesso em: 3 nov. 2018. Estudamos o espetáculo Samwaad , dirigido por Ivaldo Bertazzo. Este é um making of de outro trabalho do coreógrafo, Mar de gente. No vídeo, vemos depoimentos do coreógrafo, dançarinos, sonoplasta e espectadores, cenas de ensaio, além de trechos da obra. GALIANNO, Richard. Aria de J. S. Bach. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=RLlhUkYh2Ms>. Acesso em: 3 nov. 2018. Richard Galliano toca acordeom e bandoneon – instrumentos que não fazem parte de um naipe de orquestra tradicional. No entanto, ele é conhecido por gravar músicas eruditas com esses instrumentos. No vídeo, Galliano interpreta uma ária composta por J. S. Bach no bandoneon. MA, Yo-Yo. Obrigado Brazil. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=4NdNgh0z8JA>. Acesso em: 3 nov. 2018. Yo-Yo Ma é um violoncelista nascido na França, de origem chinesa, que cresceu nos Estados Unidos. Conhecido por gravar músicas de diferentes lugares do mundo, neste álbum ele interpreta canções famosas do repertório brasileiro. Ñande Reko Arandu – Memória Viva Guarani. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=l469uaunv6A&t=2245s>. Acesso em: 3 nov. 2018. Esse álbum contém diversas músicas dos índios Guarani, cantados por grupos de crianças de quatro aldeias guaranis. Interessante para dar continuidade ao estudo do canto em grupo, e à discussão sobre o papel social da música em diferentes culturas. VAANCHIG, Batzorig. Canto mongol difônico. Disponível em: <www.youtube.com/watch?v=1rmo3fKeveo>. Acesso em: 3 nov. 2018. O capítulo 6 propõe atividades de exploração da voz, e o estudo da música vocal. Neste link você pode assistir o canto mongol difônico (ou canto dos harmônicos), caracterizado pela emissão de dois ou mais sons ao mesmo tempo.
manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e a participação de práticas diversificadas da produção artístico-cultural; a valorização da diversidade de saberes e vivências culturais; a utilização de diferentes linguagens bem como conhecimentos da linguagem artística, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo; o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.
Etapa 1
Espaços para ensaio dos grupos e apresentação dos trabalhos. Meios digitais para a realização das pesquisas de músicas e danças que serão usadas na composição.
Etapa 1 Pesquisa Divida os estudantes em grupos de dez alunos, para elaborar de forma coletiva das coreografias e músicas. Pesquise com os alunos o conceito de mistura de estilos e culturas baseados no mashup , bem como obras que utilizam esse conceito na sua composição. Depois, é preciso que cada grupo selecione duas matrizes de musicais e duas matrizes coreográficas. A pesquisa deve ser orientada no sentido de propor o encontro de culturas ou estilos diferentes: quanto maior a diferença mais interessante será a composição final. Proponha que o grupo escolha culturas e estilos que tenham a ver com a origem da formação familiar de um ou mais integrantes. Por exemplo, se na região em que vivem houver uma grande colônia japonesa, armência ou boliviana da qual um integrante do grupo faça parte, oriente-os a desenvolver como uma das culturas a ser trabalhada a cultura e os estilos musicais e de dança originários desses povos. É importante que, para um entendimento mais aprofundado desses povos e de sua cultura, o professor de geografia seja acionado para auxiliar na pesquisa, direcionando um olhar geopolítico do fluxo migratório dessa população até chegar ao Brasil.