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Identificação e paleoecologia de fósseis de Cnidaria, Manuais, Projetos, Pesquisas de Crescimento

Este documento fornece uma descrição detalhada de diferentes gêneros de fósseis de cnidaria, incluindo sua paleoecologia, distribuição estratigráfica e características morfológicas. Alguns dos gêneros discutidos incluem favosites, pleurodyctium, halysites, heliolithes, calceola, cystiphyllum, zaphrentites, hexagonaria, fungiidae, montlivaltiidae, caryophylliidae, antillocyathus e flabellidae.

O que você vai aprender

  • Em que tipo de ambiente Heliolithes pode ser encontrado?
  • Qual é a paleoecologia de Favosites?
  • Quais são as características morfológicas de Pleurodyctium?

Tipologia: Manuais, Projetos, Pesquisas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

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usuário desconhecido 🇧🇷

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Departamento de
GEOLOGIA
3.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE
CNIDARIA
Filo Cnidaria
Superclasse Anthozoa
Classe Zoantharia
Subclasse Tabulata
Favosites LAMARCK, 1816
Fig. 3.1
Favosites sp. Adaptado de BENTON & HARPER (1997: 105).
Coral colonial, massivo, cerióide, i.e., com coralitos
densamente empacotados, uns contra os outros.
Coralitos de pequeno diâmetro (1-2mm), com secção
poligonal, penta a hexagonal, com parede perfurada,
apresentando poros dispostos em uma, duas ou três
fiadas verticais. Septos pouco desenvolvidos,
espinhosos, muito curtos ou ausentes. Tábulas bem
desenvolvidas, muito numerosas e finas.
Paleoecologia: Organismos epibentónicos livres,
suspensívoros. Ambientes marinhos bentónicos, pouco
profundos, carbonatados, de águas quentes e salinidade
normal. Por vezes, associados a biohermas.
Distribuição estratigráfica: Ordovícico sup. a Devónico
médio.
Pleurodyctium GOLDFUSS, 1829
Fig. 3.2
Pleurodyctium sp. Adaptado de CLARKSON (1979: 102).
Coral colonial, discoidal ou hemisférico, massivo,
cerióide. Coralitos com diâmetro algo grande (2-3 mm),
com secção elíptíca a biconvexa, com paredes
espessas e porosas entre eles. Septos espinhosos bem
definidos, seis ou 12. Tábulas pouco numerosas e muito
finas. Pleurodyctium apresenta frequentemente, na sua
zona central, o tubículo de um verme comensal.
Paleoecologia: Exigências ambientais similares às de
Favosites. Também ocorriam em ambientes marinhos
bentónicos, pouco profundos, finamente siliciclásticos.
Distribuição estratigráfica: Devónico inferior.
Halysites FISHER VON WALDHEIM, 1828
Fig. 3.3
A - Halysites regularis Fisher-Benson. Adaptado de BONDARENKO &
MIKHAILOVA (1984: 127). B - H. catenularis (L.). COX (196: est. 15).
Fig. 3.4
Catenipora sp. Género afim de Halysites. Op. cit. (1984: 126).
Coral colonial, catenóide, i.e., com coralitos alinhados
em forma de corrente. Coralitos de pequeno diâmetro
(1-2 mm), com secção elíptica a subcircular, unidos
unisseriadamente, formando “paliçadas” que se unem
de modo anastomosado. Entre os coralitos existem
minúsculos elementos tubulares de secção rectangular.
A epiteca dos coralitos é imperfurada, i.e., não se
apresenta porosa. Septos pouco desenvolvidos,
representados por 12 alinhamentos verticais de
espinhos, ou ausentes. Tábulas bem desenvolvidas,
horizontais, planas ou ligeiramente arqueadas.
tubículo de verme
coralito
Fig. 3.2 - Pleurodyctium
secção transversal
septos reduzidos
Fig. 3.1 - Favosites
secção transversal
septos
tábulas
Fig. 3.3 - Halysites
Fig. 3.4 - Catenipora
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Departamento de

GEOLOGIA

3.2. IDENTIFICAÇÃO DE FÓSSEIS DE

CNIDARIA

Filo Cnidaria

Superclasse Anthozoa

Classe Zoantharia

Subclasse Tabulata

Favosites L AMARCK , 1816

Fig. 3. Favosites sp. Adaptado de BENTON & HARPER (1997: 105).

Coral colonial, massivo, cerióide, i.e ., com coralitos densamente empacotados, uns contra os outros. Coralitos de pequeno diâmetro (1-2mm), com secção poligonal, penta a hexagonal, com parede perfurada, apresentando poros dispostos em uma, duas ou três fiadas verticais. Septos pouco desenvolvidos, espinhosos, muito curtos ou ausentes. Tábulas bem desenvolvidas, muito numerosas e finas.

Paleoecologia : Organismos epibentónicos livres, suspensívoros. Ambientes marinhos bentónicos, pouco profundos, carbonatados, de águas quentes e salinidade normal. Por vezes, associados a biohermas.

Distribuição estratigráfica : Ordovícico sup. a Devónico médio.

Pleurodyctium G OLDFUSS , 1829

Fig. 3. Pleurodyctium sp. Adaptado de CLARKSON (1979: 102).

Coral colonial, discoidal ou hemisférico, massivo, cerióide. Coralitos com diâmetro algo grande (2-3 mm), com secção elíptíca a biconvexa, com paredes espessas e porosas entre eles. Septos espinhosos bem definidos, seis ou 12. Tábulas pouco numerosas e muito finas. Pleurodyctium apresenta frequentemente, na sua zona central, o tubículo de um verme comensal.

Paleoecologia : Exigências ambientais similares às de Favosites. Também ocorriam em ambientes marinhos bentónicos, pouco profundos, finamente siliciclásticos.

Distribuição estratigráfica : Devónico inferior.

Halysites FISHER VON W ALDHEIM , 1828

Fig. 3. A - Halysites regularis Fisher-Benson. Adaptado de B ONDARENKO & MIKHAILOVA (1984: 127). B - H. catenularis (L.). COX (196: est. 15).

Fig. 3. Catenipora sp. Género afim de Halysites. Op. cit. (1984: 126).

Coral colonial, catenóide, i.e ., com coralitos alinhados em forma de corrente. Coralitos de pequeno diâmetro (1-2 mm), com secção elíptica a subcircular, unidos unisseriadamente, formando “paliçadas” que se unem de modo anastomosado. Entre os coralitos existem minúsculos elementos tubulares de secção rectangular. A epiteca dos coralitos é imperfurada, i.e ., não se apresenta porosa. Septos pouco desenvolvidos, representados por 12 alinhamentos verticais de espinhos, ou ausentes. Tábulas bem desenvolvidas, horizontais, planas ou ligeiramente arqueadas.

tubículo de verme

coralito

Fig. 3.2 - Pleurodyctium

secção transversal

septos reduzidos

Fig. 3.1 - Favosites

secção transversal

septos

tábulas

Fig. 3.3 - Halysites

Fig. 3.4 - Catenipora

Paleoecologia : Epibentónicos livres, suspensívoros. Ambientes marinhos bentónicos, pouco profundos, carbonatados, de águas quentes e salinidade normal.

Distribuição estratigráfica : Ordovícico médio a Silúrico inferior.

Heliolithes D ANA , 1846

Fig. 3. Heliolithes porosus (Goldfuss). BONDARENKO & MIKHAILOVA (1984: 135).

Coral colonial, massivo, não-cerióide, i.e ., com coralitos isolados uns dos outros. Coralitos de pequeno diâmetro (1-2 mm), com secção circular a levemente poligonal, separados uns dos outros por tecido vesicular intermédio, constituído por minúsculos tubos poligonais. Cada coralito apresenta claramente 12 septos radiais, reduzidos, curtos, espinhosos.

Paleoecologia : Ver género Favosites , acima.

Distribuição estratigráfica : Silúrico inferior a Devónico superior.

Subclasse Tetracorallia

Calceola L AMARCK , 1799

Fig. 3.

Calceola sandalina (Linnaeus). BONDARENKO & MIKHAILOVA (1984: 141).

Coral solitário, calceolóide, i.e ., semicircular em secção transversal, aplanado do lado inferior, com forma geral de chinelo. Cálice profundo. Septos muito curtos e dilatados lateralmente, formando uma massa contínua na face interior da epiteca, visível no bordo interno do cálice. Não apresenta tábulas, nem dissepimentos. Epiteca com várias linhas de crescimento com relevo baixo. Possui opérculo aplanado e de contorno semicircular, mas que raramente se conserva.

Paleoecologia : Epibentónicos livres, suspensívoros. Ambientes marinhos bentónicos, pouco profundos, carbonatados, de águas quentes e salinidade normal.

Distribuição estratigráfica : Devónico médio.

Cystiphyllum L ONSDALE , 1839

Fig. 3.

Cystiphyllum vesiculosum Goldfuss. MELENDEZ (1970: 290).

Coral solitário, turbinado (cónico atarracado) a cilíndrico. Cálice profundo. Septos pouco desenvolvidos (ou mesmo ausentes), espinhosos, manifestando-se sob a forma cristas na superfície superior dos dissepimentos e das tábulas que ocupam todo o cálice. Internamente, dissepimentos e tábulas vesiculares, não muito diferenciados. Dissepimenos vesiculares grandes na zona axial do coral, mais finos na periferia.

Paleoecologia : Epibentónicos livres, suspensívoros. Ambientes marinhos bentónicos, pouco profundos, carbonatados, de águas quentes e salinidade normal.

Distribuição estratigráfica : Silúrico.

tecido vesicular

coralito

secção transversal

Fig. 3.5 - Heliolithes

linhas de crescimento

opérculo

secção longitudinal

vista superior

Fig. 3.6 - Calceola

Fig. 3.7 - Cystophyllum

Montlivaltiidae

Montlivaltia LAMOUROUX , 1821

Fig. 3. Montlivaltia sp. Extraído de B ONDARENKO & MIKHAILOVA (1984: 147).

Coral solitário, mais frequentemente turbinado (cónico) a subcilíndrico, de dimensões variáveis, podendo atingir 10 cm de diâmetro. Septos finos, rectilíneos, de diferentes dimensões, numerosos, densamente empacotados, elevando-se acima da epiteca. Zona central do cálice pouco profunda. Dissepimentos bem desenvolvidos (só visível em corte). Epiteca relativamente bem desenvolvida. Columela, geralmente, pouco desen-volvida ou ausente.

Paleoecologia : Organismos epibentónicos sésseis cimentados, suspensívoros a carnívoros. Hermatípicos. Ambientes marinhos bentónicos, recifais, de plataforma pouco profunda, de águas quentes e salinidade normal.

Distribuição estratigráfica : Jurássico a Cretácico.

Caryophylliidae

Antillocyathus W ELLS , 1937

Fig. 3. Antillocyathus maoensis (Vaughan). Miocénico, República Dominicana. A - Vista lateral. B - Vista axial do cálice. De MOORE (1956: F422).

Coral solitário, flabeliforme. Epiteca bem desenvolvida. Columela, geralmente, sublamelar.

Paleoecologia : Organismos epibentónicos sésseis cimentados ou livres, suspensívoros a carnívoros. Ahermatípicos. Ambientes marinhos bentónicos pouco profundos a muito profundos de salinidade normal.

Distribuição estratigráfica : Miocénico a Pliocénico das Caraíbas.

Flabellidae

Flabellum L ESSON, 1831

Fig. 3. A - Flabellum pavoninum Lesson. Vista lateral. B - Idem, vista axial do cálice. Actualidade, Hawaii. C - F. alabastrum Moseley. Actualidade, Açores. Extraído de MOORE (1956: F432).

Coral solitário, cuneiforme a flabeliforme. Epiteca bem desenvolvida. Septos numerosos, finos. Columela ausente ou fracamente desenvolvida. Superfície exterior, por vezes, costilhada longitudinalmente. Pode apresentar estrutura peduncular de fixação, no vértice do coral.

Paleoecologia : Ver Antillocyathus , acima.

Distribuição estratigráfica : Eocénico à actualidade.

BIBLIOGRAFIA

B LACK, R.M. 1970. The Elements of Palaeontology. Cambridge Univ. Press, Cambridge, 2 nd^ ed., 1988, 404 pp.

B ENTON, M. & HARPER , D. 1997. Basic Palaeontology. Longman, Harlow, 342 pp.

B ONDARENKO, O.B. & M IKHAILOVA, I.A. 1984. Kratkii Opredelitel’ Iskopaemykh Bespozvonotchnykh. Nedra, Moscovo, 2ª ed., 536 pp.

CLARKSON , E.N.K. 1979. Invertebrate Palaeontology and Evolution. Allen & Unwin, London, 2 nd^ ed., 1986, 382 pp.

M ELENDEZ , B. 1970. Paleontología. Paranfino, Madrid, Vol. 1, 714 pp.

Fig. 3.12 - Antillocyathus

Fig. 3.13 - Flabellum

secção transversal

dissepimentos

septos sobrelevados

epiteca fina

Fig. 3.11 - Montlivaltia

M OORE, R.C. (Ed.) 1956. Treatise on Invertebrate Paleontolo- gy. Part F, Coelenterata. Geol. Soc. Am. & Univ. Kansas, Lawrence, Kansas, pp. VF1-F497 (reedição de 1967).

RICHTER , A.E. 1989. Manual del coleccionista de fósiles. Ediciones Omega, Barcelona, edição de 1989, 460 pp.

TASCH , P. 1973. Paleontology of the Invertebrates. Data retrieval from the fossil record. John Wiley & Sons, New York, 2 nd^ ed., 1980, 975 pp.  2015/

NOTAS / OBSERVAÇÕES: