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Guias e Dicas
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Organização e Crescimento de Empresas Japonesas: Sistemas Administrativos e Keiretsu, Notas de estudo de Economia

Uma investigação sobre a organização e crescimento de empresas japonesas, com ênfase em sistemas administrativos e a estrutura keiretsu. A pesquisa é baseada em estudos empíricos realizados em grandes empresas japonesas e discute as diferenças entre o sistema organizacional japonês e as empresas ocidentais. O texto também aborda a importância da produção e a implementação de empresas subsidiárias para evitar deseconomias de escala.

O que você vai aprender

  • Qual é a importância da produção nas empresas japonesas?
  • Quais são as características principais dos sistemas administrativos japoneses?
  • Como as empresas japonesas evitam deseconomias de escala?
  • Como as relações entre empresas difereem no Japão em comparação com outros países?
  • Quais são as principais diferenças entre o sistema organizacional japonês e as empresas ocidentais?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Pele_89
Pele_89 🇧🇷

4.2

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Banca examinadora:
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EMPRESA JAPONESA: ESTRUTURA, PRINCIPAIS ASPECTOS E PROCESSO DECISÓRIO

Banca examinadora: Prof. Or. (^) Orientador Marilson A. (^) Gonçalves Prof. Or. (^) Luiz Carlos (^) Bresser (^) Pereira Prof. Dr. (^) João Mario (^) Csillag

Prof. Or. Afonso Celso c. Fleury

Prof. (^) Dr. Hiroo (^) Takaoka

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MASIERO, Gilmar. Empresa japone,sa: estrutura, principais aspectos e processo decis6rio. São Paulo: EAESP!FGV -,)994~. 255 p. (Tese de Doutorado apresentada ao Curso de P6s-Graduação da EAESP!FGV, área de concentração: organizações, Recursos Humanos e Planejamento com dominio conexo em Economia de Empresas). RESUMO: o trabalho aborda algumas peculiaridades industriais e culturais destacando aspectos macroeconômicos, manufatureiros e empresariais do desenvolvimento industrial japonês. Sistemas administrativos são descritos e sua hierarquização, considerando sua importância para o crescimento da empresa, é apresentada ap6s investigação empirica realizada junto às maiores empresas de diversos setores manufatureiros. Apresenta, também, o resultado de investigação sobre a implementação dos principais aspectos administrativos em empresas japonesas operando no exterior. Da sistematização te6rica e do trabalho empirico formula-se a hip6tese de "estruturas de castelos", como mais representativa das empresas japonesas e descreve-se o processo decis6rio no interior das mesmas através da prática do nemawashi e do sistema ringi-sho. Palavras-chave: Japão, Estados Unidos, industrialização, industrial, estrutura organizacional, empresas japonesas,

organização administração japonesa, autoridade, poder, ganbate, nemawashi, ringi-sho.

ABSTRACT: The work studies some industrial and cultural peculiarities highlighting macroeconomics, manufacturing and companies aspects. Management systems are described and their hierarquization, considering their importance to the company growth, is provided after having done the empirical research close to the big companies operating in different manufacturing sectors. The results of the research about the implementation of the Japanese management in companies operating overseas are shown. From the theoretical systematization and the empirical researches the "castles structures" hyphotesis is formulated. The decision-making process is described through the nemawashi practice and ringi-sho system. Key words: Japan, United States, industrialization, industrial organization, organizational structure, Japanese companies, Japanese management, authority, ganbate, nemawashi, ringi-sho.

power,

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AGRADECIMENTOS

"Em um tanque no qual a torneira de entrada é menor que a de saída, se alguém quiser encher o tanque d'água, o importante é cuidar da saída" - Sábio pai.

"Não dê importância à mediocridade da Escolai tome cuidado com sua cabeça e vá para o Japão." - Sábio professor. "Não se preocupe com o dinheiro. Se você tiver as melhores e aplicáveis idéias, podemos conseguir todo o dinheiro do mundo para implementá-las". - Sábio empregador.

"É óbvio que sou comunista', só que eu quero socializar a riqueza e não a pobreza". - Sábio político.

"Depois de fazer amor três vezes com uma estrela, ela perde o brilho". - Sábio irmão.

"Gilmar! Você precisa aprender a ser mais diplomático". Sábia namorada.

"Estimado 'homeless of the world'". - Sábio amigo.

"Não dá para dar um jei tinho! ". (CNPQ)*.

Sábio povo brasileiro

"Ganbate!". - Sábio povo japonês (IDE)*.

*Financiadores deste trabalho.

Apêndices: 1.1.1: Ensino de Administração no Japão 2.3.1: Setores manufatureiros e grandes empresas 3.2.1: O Grupo Toyota 3.3.1: O Grupo Mitsubishi 5.2.1: Questionário 1 5.3.1: Questionário 2

177 180 191 192 193 202 Tabelas: 2.1.1: Fontes de crescimento no Japão 203 2.1.2: Situação econômica do mundo 204 2.2.1: Estrutrura industrial do Japão e EUA (% PNB) 205 2.2.2: Est. industrial manufature ira - Japão e EUA - (%) 206 2.3.1: Ind. manufat. japonesas e n° de pessoas (1989) 207 2.3.2: Comparação tamanho: Hitachi e GE, Toyota e GM 208 4.3.1: Resumo das características de uma montadora 209 6.3.1: Satisfação dos trabalhadores 210

Referências bibliográficas 211

APRESENTAÇÃO

Em Strategy and structure (1962), The visible hand (1977) e Scale and scope (1991)1 Alfred Chandler faz análises ex-post e consolida conhecimentos, que^ são^ reconhecidos mundialmente. Segundo ele:a competição oligopolista molda produtos e especificas capabilities^2 de trabalhadores e gerentes. Estas capabilities mais os lucros retidos tornaram- se a base para o crescimento futuro das empresas. Mui tas cresceram através da expansão para novos mercados. Outras se expandiram para regiões geográficas distantes, baseadas nas vantagens competitivas das capabilities^ organizacionais, desenvolvidas através da exploração das economias de escala, e/ou para outras indústrias, baseadas na exploração das economias de escopo. Chandler não possui a última palavra sobre o assunto. Sua preocupação central continua sendo analisar a criação e o desenvolvimento de hierarquias gerenciais. A contribuição dos sistemas administrativos para o crescimento das empresas é pouco enfatizada em seus estudos. Sistemas são desenvolvidos e refinádos pelas empresas na base da experiência e eficazes sistemas são uma^ importante^ fonte^ de^ capabilities organizacionais. Sistemas de informação e contabilidade, de -chand l e r ,capitalismo Alfred Cambridge: D. Scale Harvard and (^) University scope: the Press,dynamics 1990. of 860p. industrial -------- business. (^) The Cambridge: visible (^) Harvard hand: (^) theUniversity managerial Press, revolution 1977. 608p. in American -------- American (^) Strategy industrial (^) and enterprise. structure: Cambridge: chapters MITin Press, the history1962. 463p. of the 2Ahabilidade, tradução quede capabili não traduz ties (^) a paraidéia o (^) deportuguês processos é: (^) quecapacidade, possuem determinadasaptidão ou característicascontexto empresarial. de sePor auto-ajustarem este motivo, (^) manten-see desenvolverem, a palavra maisem inglês.comum no

I J

impulsionado a globalização econômica do mundo, a cultura e fatores (^) sociais característicos de cada sociedade têm preservado identidades locais e regionais. Na busca de um adequado equilíbrio entre as vontades industrializantes de uma determinada sociedade, e de outras vontades, sempre receosas da perda de seus valores culturais elementares, diferentes governos participaram ativamente na promoção (^) da educação, i da pesquisa científica, (^) de investimentos em infra-estrutura e da manipulação de suas diferentes políticas (^) macroeconômicas. A intervenção governamental, direta ou indireta, sempre esteve presente em maior ou menor grau em todo o desenvolvimento industrial europeu, americano ou asiático. Na Ásia, especiais arranjos econômicos e sociais permitiram, no pós-guerra, grande dinamismo industrial a alguns países da região. Entre estes países, a liderança do Japão é incontestável. Este dinamismo econômico recente tem tornado obsoletas muitas teorias (^) e modelos, desenvolvidos com base na experiência industrial inglesa ou americana. No esforço de adição ou substituição de velhos modelos e teorias, mui tos estudiosos ocidentais não têm ido além do caráter confuso do desenvolvimento industrial.oriental e, mais especificamente, do Japão.^ Por^ outro lado, análises emocionais e excessivamente ideológicas, por (^) parte de estudiosos

japoneses, têm dificultado o avanço do conhecimento sobre a~^ -,-

dinâmica do desenvolvimento de suas empresas e das empresas da parte oriental do mundo. Barreiras idiomáticas, formações (^) étnico-religiosas diferenciadas e escassez de recursos podem ser facilmente

iii

arroladas por pesquisadores ocidentais como elementos restritivos ao estudo do desenvolvimento das empresas japonesas. Estas restrições são maiores aos pesquisadores brasileiros, não só pelas variáveis acima mencionadas, mas I também pelo pouco relacionamento acadêmico ou empresarial com a segunda economia do mundo - o Japão e com os demais países do sudoeste asiático. Além disto, apesar do caráter universal do ensino no Brasil, a predominância e influência de teorias e modelos norte-americanos e europeus na formação de nosso universo mental podem também ser mencionadas como fatores restritivos à compreensão das empresas japonesas. Superar as dificuldades expostas nestes dois últimos parágrafos e buscar uma explicação aglutinadora dos aspectos macrossociais com os diferentes sistemas administrativos, praticados pelas empresas japonesas, é o desafio maior do presente trabalho de tese sobre a empresa japonesa. O esforço de compreensão da empresa japonesa se inicia com a descrição de alguns aspectos históricos e culturais no primeiro capítulo, e de outros aspectos macroeconômicos, manufatureiros e empresariais no segundo capitulo. Comparações com o desenvolvimento industrial ocidental, de uma forma geral, e com o desenvolvimento econômico norte- americano foram realizadas.nestes dois capítulos procurando resgatar alguns aspectos do desenvolvimento industrial' japonês anterior a Segunda Grande Guerra, no primeiro capítulo, e posterior à guerra, no segundo. O processo econômico e a "estrutura cultural" são revisados, pontificando algumas idéias e/ou eventos históricos do desenvolvimento moderno e contemporâneo do Japão. Fatores

iv

as principais idéias de Aoki^3 contidas em seu modelo econômico de empresa japonesa, o estudo dos keiretsu, de Gerlach^4 , as conclusões dos sociólogos sobre o mercado de trabalho japonês, às quais chama de "sabedoria convencional", as técnicas de produção ilustradas por Hirano^6

e o modo "J" de adaptação de Kagon0^7 et alii.

Sessenta e sete características das empresas e da administração japonesas, na· sua maioria contidas nos trabalhos acima citados, foram selecionadas e relacionadas em sete grupos: planejamento estratégico; produção eficiente; flexibilidade estrutural; controle do comportamento pessoal; relações industriais; marketing e distribuição; controles financeiros. A denominacão dos grupos, como também a inclusão deste ou daquele item em cada grupo, não seguiu nenhuma orientação acadêmica ou "escola de pensamento" específica. Buscou-se somente englobar todas as áreas funcionais da administração e incluir os itens mais representativos das mesmas. Estes sete amplos grupos de características^ das empresas e^ da^ administração^ japonesas^ fazem^ parte^ de questionário enviado para as maiores empresas manufatureiras japonesas de diferentes setores industriais. O presidente da empresa, ou alguém designado por ele, avaliou a contribuição 3AOKI,Journal Masahiko. of Economic Toward Literature.an economical Vol. (^) XXVIIImodel of(March the 1990),Japanese pp. (^) 1-27firmo 4GERLACH,Japanese Michael. business. Alliance Berkeley: capitalism: University the ofsocial California, organization 1992. 351 or thep. 5ITO, 455 Takatoshi, p.. The Japanese economy. Cambridge: The MIT Press, 1992. 6HIRANO,1988. Hiroyuki. 208 p. JIT factory revolution. Tokyo: Productivity Press, 7 KAGONO , Tadao.Japan comparison et aI. (^) ofStrateqic strategy versus and organization.evolucionary manaqement:Amsterdam: a (^) NorthUS - Holland, 1985. 328p. vi

daqueles aspectos em relação ao crescimento da empresa

(crescimento = RSI Retorno sobre o investimento e

participação de mercado). Os resultados da investigação são apresentadas no capítulo cinco após serem apresentados algumas observações sobre a língua japonesa e alguns aspectos metodológicos da pesquisa. O questionário, nas versões inglesa e japonesa, bem como os setores industriais manufatureiros e a relação das grandes empresas (com mais de 1000 empregados) estão relacionados nos apêndices 2.3.1 e 5.2.1, respectivamente. Entrevistas com executivos, diretamente relacionados com os vários aspectos da administração japonesa, foram realizadas visando, não somente a uma maior aproximação com o dia-a-dia das empresas, mas também à. obtenção de relatos históricos de seu desenvolvimento. Além de coletar dados e informações sobre como administradores japoneses^ estão gerindo suas empresas no Japão, levantou-se também o que as empresas japonesas estão implementando em suas fábricas no exterior. O resultado de um segundo questionário (apêndice 5.3.1) com os quatro principais itens de cada grupo do primeiro questionário também e apresentado ao final do capítulo cinco. Estes resultados foram primeiramente relatório final de pesquisa junto ao IDE Developing Economies em setembro de 1993 em relatório denominado The main aspects of

apresentados em Insti tute of Tokyo. Aquele the Japanese management and their implementation in selected countries contou com a contribuição de Michiro Yatani como orientador e tradutor do questionário, Yoichi Koike, como amigo

vii

Mitsubishi, Sumitomo etc. dos dias de hoje não é explorado neste trabalho. Corno a hipótese da "estrutura de castelos" é resultante do trabalho e não seu ponto de partida, futuro esforço deverá ser realizado para comprová-la e, mais extensivamente, analisar o surgimento e desenvolvimento dos diferentes sistemas administrativos no interior das mesmas. Observa-se porém que, (^) sendo o Japão um "grande castelo" que se desenvolve com "espirito japonês e tecnologia ocidental"B desde o inicio de sua industrialização, no século passado, especial cuidado deve ser tornado para se identificar o estágio ou o gap existente entre a pura concepção ocidental de determinada técnica, modelo ou teoria e sua respectiva utilização e desenvolvimento no Japão. Análises das diferentes caracteristicas da administração japonesa baseadas na teoria, dos sistemas, ou na abordagem contingencial da administração, não são realizadas de maneira extensiva neste trabalho. Embora as mesmas sejam largamente utilizadas, (^) quer por (^) estudiosos (^) ocidentais, (^) quer por estudiosos (^) orientais, (^) não foram priorizadas neste trabalho que centra esforços na compreensão do arcabouço teórico e empirico mais abrangente do desenvolvimento da empresa japonesa que propriamente em suas particularidades. Considerações finais são apresentadas no sentido de sintetizar o nivel de compreensão do Japão, dos japoneses e de suas empresas, até o momento adquiridos por um estudioso brasileiro, em seus aspectos universais e em algumas de suas peculiaridades. Quais aspectos do trabalho podem e devem ser

8S1ogan^ dos primórdios da industrialização japonesa. ix

mais profundamente estudados são sentido, apresenta-se também vasta bibliográficas que foram somente realização deste trabalho mas que

relacionados. (^) Neste relação de referências consultadas para a devem ser intensa e extensivamente estudadas para que os espaços de liberdade entre pensamentos heterogêneos sejam ampliados.

x

principais reivindicações dos estudantes, trabalhadores e intelectuais. Nas décadas seguintes, empregadores voltaram suas atenções para a Suécia, onde experiências com grupos semi- autônomos de produção estavam sendo implementadas. Na mesma década, após as crises do petróleo de 1973 e 1979, o Japão emergiu em importância e tornou-se o foco das atenções do mundo. A sociedade japonesa parece ser pouco afetada pelas crises internacionais e continuamente avança nas áreas de automação, salários, emprego e produtividade. Durante os anos 70 e 80, empregadores se encheram de admiração pelo Japão. Missões foram enviadas para lá a fim de encontrar explicações para aqueles altos níveis de performance. Um novo modelo de administração foi descoberto: fuga das incertezas, pensamento de longo prazo, flexibilidade em todos os níveis da organização e o famoso espírito cooperativo dos trabalhadores na 'vida' da empresa, através das sugestões, círculos de qualidade, just-in-time etc. Uma olhada nas empresas japonesas mostrou aos administradores ocidentais muito potencial para aumentos de produtividade, que ainda não haviam sido usados em suas empresas. Perceberam, também, que o campo da administração deveria ampliar sua visão para além da manipulação de dados e resultados trimestrais. A necessidade de estreitar o hiato entte os trabalhadores e suas empresas foi enfatizada, mesmo reconhecendo que os custos deste processo não pudessem ser diretamente acessados. Além disto, o Japão parece ter conseguido produção flexível não somente através da cooperação dos trabalhadores em mudar de trabalho quando

2

necessário, mas também através da manutenção de estoques em níveis mínimos. Considerando-se as tendências de expansão japonesas, através do comércio internacional e especialmente através de investimentos diretos no exterior, após o acordo do Hotel Plaza em 19852 , onde se decidiu pela valorização da moeda japonesa, surgiram fortes críticas contra as formas de organização industrial japonesas (keiretsu) e seu especial sistema de distribuição. Alguns criticam o Japão por seus aspectos protecionistas e outros defendem estas mesmas práticas e buscam sua emulação. Boa parte do redirecionamento das atenções e das críticas pode ser atribuído, também, ao grande número de publicações que discutem os desequilíbrios comerciais entre o Japão e os Estados Unidos, conhecidas por SII (Structural Impediments Ini tiative). Outro fator que contribui para a redução das visões otimistas sobre a superioridade das empresas japonesas e seus sistemas administrativos é a dificuldade em transferir e adaptar estes sistemas em outros países. Em alguns países eles funcionam bemi em outros, não.^3

2VOLKER,and thePaul threat A. TOYOO,to American Gyohten, leadership. Chanqinq (^) New fortunes: York: (^) Timesthe world' sBooks, money1992. 394p.a 1989, Na elescronologia escrevem: das "Setembrorelações monetárias22: O grupo internacionais dos cinco ministrosde 1944 dasSecretário finanças Baker.reúne-se O noG-5 Hotel fez Plazasua primeiraem Nova York,declaração convidados pública, pelo secretamenteque o dólar negociadaestá muito durante forte os (^) e trêsnão mesesmais anteriores,reflete 'condições di zendo econômicasdas outras (^) moedasfundamentais' em relação e solicitandoao dólar. (^) Osuma Estados 'valorização Unidos ordenada'concordam 3 A transferibilidadeem^ fazer^ parte^ de^ douma modelocoordenada japonês^ intervenção é um dos^ notemas^ mercado preferidos,^ de^ câmbio". por autoressobre esta de discussão.diferentes nacionalidades,Somente para citar em muitosalguns, semináriostemos: e livros SHIBAGAKI, Kazuo. TREVOR, Malcolm. ABO, Tetsuo. Japanese and European manaqement: Tokyo Press, (^) their1989. international 272 p. adaptability. Tokyo: University of

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