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Guias e Dicas
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Exercícios de Clínica Médica I: Doença Arterial Coronariana, Notas de estudo de Clínica médica

Um conjunto de exercícios sobre doença arterial coronariana (dac), abordando diferentes tipos de dor torácica, fatores de risco, exames complementares e estratégias de tratamento. O conteúdo é útil para estudantes de medicina que desejam aprofundar seus conhecimentos sobre a dac e suas manifestações clínicas.

Tipologia: Notas de estudo

2025

Compartilhado em 02/04/2025

mariarezende_2003
mariarezende_2003 🇧🇷

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Anamnese Dor Torácica
Exame Físico Dor Torácica
Principais Causas de Dor Torácica
Direcionada:
1. Antecedentes pessoais (relembrar os
fatores de risco: HAS, diabete, dislipidemia,
história prévia de infarto, insuficiência
cardíaca, obeso, homem, >55 anos);
2. Investigação da dor: (LIQUIDIFICADOR)
a Localização;
b Irradiação
Epigástrica ao ângulo da
mandíbula;
Irradiação ombros/braços;
c Qualidade (tipo da dor):
Desconforto;
Opressão;
Aperto;
d Intensidade (0-10);
e Duração (quando iniciou);
f Frequência;
g Fatores de piora:
Estresse físico ou emocional;
h Fatores de melhora:
Repouso;
i Sintomas associados:
Sudorese;
Diaforese (transpiração
excessiva);
Sintomas de síncope;
Náuseas/ Vômitos;
3. Antecedentes familiares;
4. Tabagista;
5. Uso de drogas;
Pode estar sem alteração;
Porém, pode conter:
Sopros (pode suspeitar de complicações
mecânicas);
Turgência jugular (pode demostrar infarto
extenso ou infarto do ventrículo direito);
Presença de B3 (característica de
insuficiência cardíaca aguda);
Estertores pulmonares (congestão);
Necessário avaliação dos pulsos em
carótida, braquial e femoral;
1. Síndrome Coronariana Aguda;
2. Dissecção de aorta;
3. Pericardite com tamponamento cardíaco;
4. Tromboembolismo pulmonar (TEP);
5. Pneumotórax;
6. Ruptura de esôfago:
Dissecção de aorta:
Manifestações: Dor torácica súbita,
irradiação para dorso ou abdome + sopro
aórtico + déficit neurológico + paciente
com clinica de AVC com hipotensão;
Fatores de risco: HAS, tabagismo,
longilíneo, cateterismo anterior;
Exame físico: pressão arterial e pulsos em
4 membros pode ter diferença de pelo
menos 20mmHg e pulsos assimétricos;
Exames:
-
ECG:
provavelmente ele vem sem
alteração, porem pode apresentar
acometimento de coronária D sugerindo
um infarto de parede anterior com supra.
IMPORTANTE: Não pode trombolisar;
-
Rx de tórax:
normal não exclui, mas
pode apresentar alargamento do
mediastino e aumento da área aórtica;
-
Angio TC aorta:
Confirma o diagnóstico;
Tromboembolismo Pulmonar (TEP):
Manifestações: dor torácica ventilatório
dependente., dispneia súbita, hipoxemia,
sincope ou choque, febre baixa, edema
em MMII (TVP associada);
Fatores de risco: história previa de
TEP/TVP, imobilização prolongada,
cirurgia (principalmente de cirurgia
Síndrome Coronariana
Síndrome Coronariana
Caso 1- Aula 1
Clínica Médica I
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Baixe Exercícios de Clínica Médica I: Doença Arterial Coronariana e outras Notas de estudo em PDF para Clínica médica, somente na Docsity!

Anamnese Dor Torácica

Exame Físico Dor Torácica

Principais Causas de Dor Torácica

 Direcionada:

  1. Antecedentes pessoais (relembrar os fatores de risco: HAS, diabete, dislipidemia, história prévia de infarto, insuficiência cardíaca, obeso, homem, >55 anos);
  2. Investigação da dor: (LIQUIDIFICADOR) a Localização; b Irradiação Epigástrica ao ângulo da mandíbula; Irradiação ombros/braços; c Qualidade (tipo da dor): Desconforto; Opressão; Aperto; d Intensidade (0-10); e Duração (quando iniciou); f Frequência; g Fatores de piora: Estresse físico ou emocional; h Fatores de melhora: Repouso; i Sintomas associados: Sudorese; Diaforese (transpiração excessiva); Sintomas de síncope; Náuseas/ Vômitos;
  3. Antecedentes familiares;
  4. Tabagista;
  5. Uso de drogas;  Pode estar sem alteração;  Porém, pode conter: Sopros (pode suspeitar de complicações mecânicas); Turgência jugular (pode demostrar infarto extenso ou infarto do ventrículo direito); Presença de B3 (característica de insuficiência cardíaca aguda); Estertores pulmonares (congestão); Necessário avaliação dos pulsos em carótida, braquial e femoral;
  6. Síndrome Coronariana Aguda;
  7. Dissecção de aorta;
  8. Pericardite com tamponamento cardíaco;
  9. Tromboembolismo pulmonar (TEP);
  10. Pneumotórax;
  11. Ruptura de esôfago:  Dissecção de aorta: Manifestações: Dor torácica súbita, irradiação para dorso ou abdome + sopro aórtico + déficit neurológico + paciente com clinica de AVC com hipotensão; Fatores de risco: HAS, tabagismo, longilíneo, cateterismo anterior; Exame físico: pressão arterial e pulsos em 4 membros pode ter diferença de pelo menos 20mmHg e pulsos assimétricos; Exames:
  • ECG: provavelmente ele vem sem alteração, porem pode apresentar acometimento de coronária D sugerindo um infarto de parede anterior com supra. IMPORTANTE: Não pode trombolisar;
  • Rx de tórax: normal não exclui, mas pode apresentar alargamento do mediastino e aumento da área aórtica;
  • Angio TC aorta: Confirma o diagnóstico;  Tromboembolismo Pulmonar (TEP): Manifestações: dor torácica ventilatório dependente., dispneia súbita, hipoxemia, sincope ou choque, febre baixa, edema em MMII (TVP associada); Fatores de risco: história previa de TEP/TVP, imobilização prolongada, cirurgia (principalmente de cirurgia

Síndrome CoronarianaSíndrome Coronariana

Caso 1- Aula 1

Clínica Médica I

ECG em até 10 minutos de entrada na emergência;

Doença Arterial Coronariana

ortopédica), condição trombogênica (infecção, câncer, medicamentos) Exame físico: taquipneia, taquicardia, hipoxemia, palpar os pulsos; Exames:

  • ECG: provavelmente sem alterações, porém pode apresentar taquicardia sinusal ou sobrecarga de ventrículo direito;
  • D Dímero: não confirma diagnóstico;
  • Rx de tórax: normal não exclui, mas pode apresentar sinais de infarto pulmonar;
  • Angio TC artéria pulmonar: confirmatório;  Pneumotórax espontâneo: Manifestações: dor torácica ventilatório dependente de início súbito, agudo e com dispneia; Fatores de risco: tabagismo, doenças pulmonares crônicas; Exame físico: taquicardia, sons respiratórios diminuídos e hiperressonância ao lado ipsilateral, hipertimpanismo a percussão e ausência de frêmito tóraco-vocal; Exames:
  • Rx de tórax e TC de tórax;
  • USG;  Pericardite Aguda: Manifestações: dor torácica aguda, intensa e constante, com localização subesternal. Pode irradiar para ombro, dorso ou pescoço. Agrava em decúbito e a inspiração. Alivia inclinando o tronco para frente; Fatores de risco: infecção viral, doença autoimune; Exame físico: dispneia, febre e taquicardia. Atrito pericárdico é comum, porém nem sempre está presente. Pode ocorrer abafamento de bulhas cardíacas e distensão venosa jugular; Exames:
  • ECG: elevação difusa do segmento ST com infra do intervalo PR;  Ruptura de esôfago: Manifestações: dor torácica subesternal de início súbito e acentuada após vômito. E, pode apresentar enfisema subcutâneo;  Se demora para atendimento pode ocorrer toxemia (é a intoxicação resultante do excesso de toxinas acumulada no sangue) ou até mesmo choque por mediastinite (inflamação dos tecidos do mediastino); Fatores de risco: ingestão de substancia cálcica (+ comum em crianças ou tentativa de auto extermínio); Exame físico: taquicardia, febre, dispneia, diaforese (transpiração excessiva) e crepitação em tórax ou pescoço devido enfisema subcutâneo;

 Síndrome de BOERHAAVE (é

um problema raro que consiste no surgimento espontâneo de uma ruptura no esôfago): tem a presença da tríade de Mackler que é a presença de vômitos copiosos (vômitos seguidos), enfisema subcutâneo e dor torácica; Exames:

  • RX de tórax: sem alteração ou derrame pleural, pneumotórax, pneumomediastino, pneumoperitôneo;

Característica da clínica:

  1. Dor torácica, localizada na região subesternal ou epigástrica, irradiando para pescoço, ombro e braço esquerdo;
  2. Equivalentes anginosos: dispneia, desconforto epigástrico
  3. Sudorese, pele fria e pálida, taquicardia sinusal, 3ª ou 4ª bulhas, estertores basais e hipotensão;

Angina instável (deve conter pelo

menos 1 dos 3 critérios abaixo):

  1. Ocorre em repouso (ou esforço mínimo) e geralmente persiste por mais de 10 minutos;
  2. É intensa e tem inicio recente (últimas 4 a 6 semanas);
  3. Possui padrão progressivo;

IAM sem supra de ST:

É um infarto, ou seja, tem necrose e assim tem elevação de marcadores miocárdicos, mas como não tem oclusão total do lúmen não tem a presença de um IAM com supra ST;

  • Exames do IAM sem supra de ST:
    1. Eletrocardiograma pode vim sem supra ST, pode vir com infra ST, com inversão de onda T (em cada derivação as ondas tem uma polaridade, ou seja, em algum lugar ela está positiva ou negativa – isso acontece normalmente, porém quando em uma derivação a onda era para estar positiva e está negativa existe inversão de onda significando isquemia ou erro na produção do exame);  Toda vez que ocorre a presença de um infra pode ter a presença de imagem espelho. Sendo assim, é necessário toda vez que perceber a presença do infra procurar um supra (para garantir);
  1. Ecocardiograma com alteração segmentar;
  2. Troponina (marcador de necrose miocárdica) positiva; A troponina pode vir positiva na primeira dosagem, porém nem sempre isso acontece. Logo, pode não ser um infarto, mas quando as manifestações clinicas são muito evidentes é recomendado a curva de troponina (ou seja, repetir o exame) porém o tempo de repetição varia do kit presente no hospital: I. Menos sensível (0- 6 horas, ou seja, faz quando o paciente chega e 6 horas depois repete); II. Ultrassensível (0 e 1 – 3h, ou seja, faz na hora que chegou e depois entre 1-3 horas);
  • Estratificação de risco (avalia a mortalidade do paciente e de ocorrer um infarto com supra- oclusão total): Escore TIMI:
  1. Idade (mais que 65 anos);
  2. 3 ou mais fatores de risco para doença arterial coronariana (HAS, diabete, dislipidemia...)
  3. Histórico de estenose coronariana pelo menos 50% conhecida (exemplo: já fez um cateterismo ou um doppler de carótida e tenha dado uma placa);
  4. Recorrência de dor nas ultimas 24h;
  5. Uso de AAS nos últimos 7 dias;
  6. Desvio do segmento ST na apresentação;

Eletrocardiograma

  1. Elevação de marcadores cardíacos; Escore Grace:
    1. Idade;
    2. Elevação de ST;
    3. PCR;
    4. Creatinina;
    5. Marcadores de necrose miocárdica;
    6. Pressão arterial;
    7. Frequência cardíaca;
    8. Killip;  IAM com supra ST: Nesse cenário tem a oclusão total do vaso; No eletrocardiograma tem a presença do supra ST (oclusão coronariana total) e pode ter onda Q (necrose transmural e indica o tempo);

Manifestação clínica: são similares aos já

ditos, porém pior portanto, início súbito, intensa, duração >30 min, não resolve com repouso. E, ademais pode ter a presença de anginas atípicas ou equivalentes anginosos;

Classificação de acordo com etiologias:

  1. Tipo 1: IAM espontâneo (ruptura, ulceração, fissura, erosão ou dissecção da placa aterosclerótica);
  2. Tipo 2: IAM secundário a um desequilíbrio isquêmico, ou seja, devido algumas condições clinicas como paciente com anemia, com insuficiência respiratória, com hipotensão, com hipertrofia de ventrículo direito (condição que não seja a placa aterosclerótica) ocorre desequilíbrio entre o suprimento e/ou demanda de O2;  Paciente com anemia falciforme são vulneráveis ao IAM tipo 2;
  3. Tipo 3: morte cardíaca com sintomas sugestivos de isquemia, porém o óbito ocorreu antes de coletar os marcadores de necrose;
  4. Tipo 4 a: associada à intervenção coronariana percutânea (após um cateterismo ou angioplastia); Tipo 4 b: associada à uma trombose com stent;
  5. Tipo 5: relacionada à cirurgia de revascularização miocárdica;

Classificação de Killip (chance de

o paciente ir a óbito devido o infarto que está apresentando): É avaliado de 1 a 4, sendo que quanto maior o número maior a chance de perder o paciente. O paciente infartado pode se dividir em:

  1. K1: eupneico, sem B3, ausculta pulmonar sem alterações;
  2. K 2 : dispneia, B3 ou estertoração somente em bases;
  3. K 3 : presença de edema agudo de pulmão (estertoração >1/ inferiores);
  4. K 4 : choque cardiogênico (PAS < mmHg);  Deve se avaliar:
  5. Identificação: nome do paciente;
  6. Calibração: todo ECG tem uma calibração, que é avaliado pela amplitude de onda, ou seja, a onda deve conter 2 quadrados grande (onde cada um dos quadrados tem 5 quadradinhos) e deve ter uma velocidade de 25ms;
  7. Frequência cardíaca;
  8. Ritmo: sinusal (sempre tem uma onda P antes de um complexo QRS), regular (cada onda R tem um espaço entre si,

necessidade de exames complementares para confirmação de diagnósticos e tem a maioria das características da dor tipo A podendo ser típica sob alguns aspectos, mas atípicas em outros. Nesse caso, tem história clinica e tem a presença de manifestações típicas e atípicas;  Dor tipo C (provavelmente anginosa): dor torácica cujas características não faz a principal hipotese ser SCA, mas devido a existência de múltiplos fatores de risco, doença coronariana prévia ou mesmo dor sem causa aparente, necessita de outros exames para exclui-la. Definida como um padrão atípico de dor torácica que não se adapta à descrição da dor definitivamente anginosa. Nesse caso, tem história clinica forte e presença de manifestação atípica;  Dor tipo D (definitivamente não anginosa): dor torácica cujas características não incluem SCA no diagnostico diferencial, dor de caráter evidente de origem não cardíaca. Nesse caso, não tem história forte nem manifestações fortes; Maria Fernanda Rezende- MED