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Percepção e Órgãos Sensoriais na Prática do Voleibol, Esquemas de Metodologia

Este documento discute a importância dos órgãos sensoriais na prática do voleibol, especificamente na percepção tátil. A pesquisa realizada com praticantes de voleibol mostrou que o peso e forma da bola afetam a execução do saque. O documento também aborda a importância da percepção na execução de habilidades motoras em geral.

Tipologia: Esquemas

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Roxana_Br
Roxana_Br 🇧🇷

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1 RESUMO
A percepção é um processo contínuo de organização de novas informações
associada às informações armazenadas pelo cérebro, significando conhecer e
interpretar informações (GALLAHUE; OZMUN, 2005). Partindo-se do princípio que a
percepção é essencial à aprendizagem e à prática de habilidades motoras, um
praticante deverá ter a capacidade de perceber e processar sinais relevantes para
gerar respostas satisfatórias. Especificamente, a habilidade motora escolhida foi o
voleibol. O objetivo da pesquisa é verificar o papel das modalidades sensoriais na
prática do voleibol. O voleibol é um esporte de complexo aprendizado e sua maior
dificuldade reside no fato de envolver habilidades construídas, mais complexas que
as habilidades básicas. Para avaliar a importância dos órgãos sensoriais na prática
do voleibol, realizou-se uma pesquisa de campo com praticantes de voleibol,
utilizando a habilidade saque, com diferentes tipos de bola. Os resultados apontam
para maior assertiva quando se utilizou a bola de voleibol e mais fracasso na
utilização na bola de basquetebol.
2 INTRODUÇÃO
O tema da pesquisa tem referência ao papel dos órgãos sensoriais na
prática do voleibol.
Para que uma habilidade motora possa ser executada com sucesso, o
primeiro passo se com a recepção da informação sensorial. À entrada da
informação sensorial nos órgãos dos sentidos e sua aferência ao sistema nervoso
central se dá o nome de sensação (MAGILL, 2000).
Em seguida, é muito importante para o sucesso da habilidade motora que se
planeje e execute uma resposta motora adequada ao estímulo recebido.
O processamento do estímulo, sua decodificação, análise nos mecanismos
de interpretação, com a comparação com os dados existentes, facilitando a
tomada de decisão, elaboração de resposta, organizada no mecanismo de resposta
e posterior encaminhamento aos efetores apropriados, dá-se o nome de percepção
(MAGILL, 2000).
Nesse sentido, levantou-se as seguintes questões: a) qual o papel dos
órgãos sensoriais na execução das habilidades técnicas do voleibol?; b) quais os
órgãos sensoriais mais relevantes para a prática do voleibol?
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1 RESUMO

A percepção é um processo contínuo de organização de novas informações associada às informações armazenadas pelo cérebro, significando conhecer e interpretar informações (GALLAHUE; OZMUN, 2005). Partindo-se do princípio que a percepção é essencial à aprendizagem e à prática de habilidades motoras, um praticante deverá ter a capacidade de perceber e processar sinais relevantes para gerar respostas satisfatórias. Especificamente, a habilidade motora escolhida foi o voleibol. O objetivo da pesquisa é verificar o papel das modalidades sensoriais na prática do voleibol. O voleibol é um esporte de complexo aprendizado e sua maior dificuldade reside no fato de envolver habilidades construídas, mais complexas que as habilidades básicas. Para avaliar a importância dos órgãos sensoriais na prática do voleibol, realizou-se uma pesquisa de campo com praticantes de voleibol, utilizando a habilidade saque, com diferentes tipos de bola. Os resultados apontam para maior assertiva quando se utilizou a bola de voleibol e mais fracasso na utilização na bola de basquetebol.

2 INTRODUÇÃO O tema da pesquisa tem referência ao papel dos órgãos sensoriais na prática do voleibol. Para que uma habilidade motora possa ser executada com sucesso, o primeiro passo se dá com a recepção da informação sensorial. À entrada da informação sensorial nos órgãos dos sentidos e sua aferência ao sistema nervoso central se dá o nome de sensação (MAGILL, 2000). Em seguida, é muito importante para o sucesso da habilidade motora que se planeje e execute uma resposta motora adequada ao estímulo recebido. O processamento do estímulo, sua decodificação, análise nos mecanismos de interpretação, com a comparação com os dados já existentes, facilitando a tomada de decisão, elaboração de resposta, organizada no mecanismo de resposta e posterior encaminhamento aos efetores apropriados, dá-se o nome de percepção (MAGILL, 2000). Nesse sentido, levantou-se as seguintes questões: a) qual o papel dos órgãos sensoriais na execução das habilidades técnicas do voleibol?; b) quais os órgãos sensoriais mais relevantes para a prática do voleibol?

A sensação e percepção encontram-se com conceituações distintas propostas pelos autores abordados. Para Gallahue e Ozmun (2005), sensação são os estímulos recebidos por várias modalidades sensoriais, por exemplo, a visão, audição, tato, ou a propriocepção. Já o termo percepção significa conhecer ou interpretar informações, é um processo contínuo de organização de novas informações associada às informações armazenadas pelo cérebro (GALLAHUE; OZMUN, 2005). Essas percepções podem se dar na esfera visual, tátil, auditiva e proprioceptiva quando se trata de habilidades motoras. A percepção visual é a percepção da luz pelo sistema visual. Segundo Gallahue e Ozmun (2005), caracteriza-se pela percepção das formas, relações espaciais, cores, intensidade de luz e movimento. A percepção auditiva é a capacidade de distinguir sons através do sistema auditivo. A acuidade auditiva desenvolve-se marcantemente até a adolescência. Os níveis sonoros poucos descriminados pelos bebês são eficazmente discriminados pelas crianças mais velhas, sendo capazes de diferenciar sons graves, agudos, estridentes ou suaves (GALLAHUE; OZUMN, 2005). A percepção tátil trata da capacidade de reconhecimentos de presença, forma, tamanho e temperatura de diferentes objetos no próprio corpo, como afirmam Gallahue e Ozmun (2005). As sensações de pressão, como a dor, são próprias do tato. Primeiramente é importante estabelecer uma distinção entre cinestesia e propriocepção. A cinestesia é a sensação e consciência que o indivíduo tem dos movimentos do seu corpo, conforme o posicionamento de articulações e tensões geradas pelos músculos. A propriocepção é a capacidade em reconhecer a localização espacial do corpo, sua posição e orientação, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação ás demais sem utilizar a visão. Esse tipo percepção permite a manutenção do equilíbrio e a realização de diversas atividades práticas (SCHMIDT; WRISBERG, 2001). De acordo com Magill (2000), todo movimento voluntário envolve um elemento de percepção. Dessa forma, o desenvolvimento motor está intimamente ligado ao funcionamento perceptivo motor e assim todo indivíduo utiliza a percepção para se movimentar. O desenvolvimento perceptivo motor pode ser descrito como um processo de especialização crescente e habilidade funcional, empregando-se informações sensoriais, que é a recepção de várias formas de estímulos pelos

A visão é importante para que o indivíduo se identifique quanto a lateralidade, a visibilidade, a visibilidade total que está fora do foco principal conhecido como visão periférica (SAMULSKI, 2009). No voleibol, é importante que o praticante visualize a direção da bola, o posicionamento dos adversários e do próprio time. O tato é um dos sentidos o órgão responsável por esse sentido é o maior órgão do corpo humano a pele. Na pele existem diversos tipos de receptores de estímulos táteis. São esses receptores que recebem e transmitem ao cérebro a sensação de toque (SAMULSKI, 2009). O praticante percebe o contato do pé com o solo, do corpo com o corpo de um colega ou adversário e, principalmente, o contato da mão com a bola, sentindo sua pressão e força, o que determina sua velocidade. A audição é responsável pela capacidade de ouvir ou seja, pela audição e pelo equilíbrio do corpo sendo assim torna-se indispensável para a adequação dos esportes (SAMULSKI, 2009). No voleibol, o praticante ouve o contato da bola com o solo e do contato da bola com a mão do adversário, bem como as orientações do técnico e colegas de equipe. A propriocepção é capacidade em reconhecer e localizar o espaço corporal, a força exercida pelos músculos e a posição de cada parte do corpo em relação às demais. A propriocepção tem relação com a melhora do equilíbrio, estímulo as eferências neurais originadas dos mecanismos receptores das articulações, músculos, tendões, tecidos profundos que são transmitidos em forma de impulso neural (SAMULSKI, 2009). O praticante utiliza essa modalidade sensorial ao realizar os movimentos de seu corpo sem utilizar a visão, bem como nos ajustes de movimento. O indivíduo nasce apropriado de sensações, tais sensações vão sendo aprimorados ao longo da vida de cada indivíduo passando a ser percepção. A percepção é considerada uma forma de reconhecimento, de aproximação e interação com o meio ambiente (SAMULSKI, 2009). De acordo com Samulski (2009), um atleta somente poderá corresponder as exigências do jogo quando tiver uma ampla capacidade de perceber e processar os sinais relevantes à ação, de forma que se possa gerar uma resposta rápida. A percepção é importante para que o atleta se organize e se oriente no meio ambiente em que vive. Percepções são processos presentes em todas as fases da ação. Elas

contribuem para determinar as mudanças de velocidade, de espaço, e movimentos do corpo inteiro ou partes dele, da posição do adversário e da forma de controle.

3 OBJETIVOS O objetivo da pesquisa é verificar qual o papel dos órgãos sensoriais na prática do voleibol, especificamente a percepção tátil no voleibol.

4 METODOLOGIA O objetivo da presente pesquisa é explicativa, que é a pesquisa que visa identificar os fatores que contribuem para que os fenômenos ocorram. Assim, tem a meta de aprofundar o conhecimento da realidade porque explica a razão, o “porquê” das coisas (GIL, 2008). O tipo de pesquisa é a experimental, que é utilizada quando se determina um objeto de estudo, selecionam-se as variáveis que seriam capazes de influenciá- lo definem-se as formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto (GIL, 2008). Pode-se afirmar, de acordo com Chizzotti (2001), que o Método Experimental é aquele que submete um fato a experimentação em condições de controle, e o observa com critérios de rigor, mensurando a constância das incidências e suas exceções, admitindo como cientifico somente os conhecimentos passíveis de compreensão em condições de controle, legitimados pela experimentação e comprovados pela mensuração. Segundo Teixeira (2001) na pesquisa experimental o pesquisador intervém de maneira ativa para obter os dados, ou seja, um fenômeno da realidade é produzido de forma controlada, com o objetivo de descobrir os fatores que o produzem ou que por ele são produzidos. Foram apresentados o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido e tomadas as providências necessárias para garantir a ética obrigatória na condução da pesquisa.

5 DESENVOLVIMENTO A habilidade escolhida para analisar-se o seu papel e importância na prática do voleibol foi o saque por cima. De acordo com Magill (2000), a visão é considerada

1 (basquete) mais pesada, requer um esforço maior para execução do saque que não obteve sucesso em suas tentativas, sendo que todos os praticantes erraram todas as 3 tentativas. Observando-se a tabela abaixo, verifica-se que a bola 2 (futebol americano), apesar de ter um peso próximo a de voleibol, por seu formato ser oval, comprometeu a realização dos saques, trazendo um baixo número de acertos. A bola 3 (voleibol) foi a que apresentou um maior número de acertos por tentativas em comparação com as outras bolas utilizadas no teste, porque acredita- se que seu uso frequente facilitou a realização do saque. É a bola que os praticantes usam no jogo regularmente. Observa-se, ainda, na tabela abaixo, que o número de acertos com a bola 4 (tênis) também foi alto devido à bola ser extremamente leve, facilitando a ação motora, conforme relato dos praticantes.

Tabela 1 – Resultados das tentativas por tipos de bola TIPO DE BOLA TENTATIVAS ACERTOS

Bola de basquete 30 0

Bola de Futebol americano 30 2

Bola de Voleibol 30 28

Bola de Tênis 30 30

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

No voleibol, as habilidades motoras exigem a utilização das diferentes modalidades sensoriais. Mas, conforme afirma Magill (2000), a tendência é que se confie somente na visão, pois a visão é considerada a “rainha” dos sentidos, significando que é fonte primária de informação. Ao analisar-se o papel das modalidades sensoriais nas habilidades motoras específicas do voleibol, concluiu-se que todos os órgãos sensoriais aqui citados são essenciais para sua prática, porque em toda e qualquer modalidade esportiva as ações são variadas e complexas, exigindo que o praticante se oriente e se organize perante cada situação de jogo. Para exemplificar essa afirmação, procurou-se destacar o papel do tato em relação ao saque por cima e os resultados encontrados na pesquisa de campo apontam

para sua importância, quando demonstra-se que o peso da bola que é sentido pelo tato, importa nos ajustes que o cérebro deve fazer, principalmente no mecanismo de interpretação das informações para tomar a decisão do quanto de força deve empreender ao realizar o movimento assertivo.

8 FONTES CONSULTADAS BOJIKIAN, J. C. M.; BOJIKIAN, L. P. Ensinando Voleibol. 4ª ed. São Paulo: Phorte Editora, 2008. CHIZZOTTI, A. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. São Paulo: Cortez,

GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C. Compreendendo o Desenvolvimento Motor em Bebês Crianças, Adolescente e Adultos. 3ª ed. São Paulo: Phorte Editora, 2005. GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2008. MAGILL, R. A. Aprendizagem Motora : conceitos e aplicações. 5ª ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2000. SAMULSKI, D. Psicologia do Esporte: conceito e novas perspectivas. 2ª ed. São Paulo: Manole, 2009. SCHMIDT, R. A.; WRISBERG, C. A. Aprendizagem e Performance Motora. 2ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. TEIXEIRA, E. As Três Metodologias : acadêmica, da ciência e da pesquisa. Belém: UNAMA, 2001.