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Produção e Fatores de Produção: Natureza, Capital, Trabalho e Empresa, Notas de estudo de Materiais

Este documento aborda os quatro fatores básicos da produção: natureza, capital, trabalho e empresa. O capital e o trabalho são considerados recursos empresariais, enquanto a natureza e a empresa são fatores intrínsecos do processo produtivo. O texto discute a importância de cada fator e como eles se relacionam entre si, além de mencionar a evolução da administração de materiais no contexto da industrialização. O documento também apresenta objetivos principais da gestão de recursos materiais e patrimoniais.

O que você vai aprender

  • Quais são os objetivos principais da gestão de recursos materiais e patrimoniais?
  • Como os fatores de produção se relacionam entre si?
  • Qual é a importância de cada fator de produção: natureza, capital, trabalho e empresa?

Tipologia: Notas de estudo

2022

Compartilhado em 07/11/2022

Amazonas
Amazonas 🇧🇷

4.4

(80)

224 documentos

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Fundamentos de Gestão de RecuRsos de mateRiais
1. ADMINISTRAÇÃO DE
RECURSOS MATERIAIS
E PATRIMONIAIS
1.1 As Empresas e Seus Recursos
É um fato que a produção está vinculada a um conjunto
de fatores, os quais podemos denominar fatores de produção.
Dentre eles, identificamos três fundamentais, a saber: natureza,
capital e trabalho, integrados por um quarto fator denominado
empresa. Para os economistas, todo processo produtivo se funda-
menta na conjunção des ses quatro fatores de produção.
Natureza: responsável pelo fornecimento da matéria-p rima.
Capital: é o fator que fornece o dinheiro necess ário para ad-
quirir os insumos e pagar o pe ssoal. O capital representa o fator de
produção que permite meios para comprar, adquirir e utilizar os
demais fatores de produção .
Trabalho: é o fator constituído pela mão de obra, que pro-
cessa e transforma os insumos, por meio de operações manuais
ou de máquinas e ferrame ntas, em produtos acabados ou ser viços
prestados. É a energia empregada na transformação da matéria-
-prima em produto.
Empresa: é o fator integrador capaz de aglutinar a naturez a,
o capital e o trabalho em um conjunto harmo nioso o qual permite
que o resultado alcançado seja muito maior do que a soma dos
fatores aplicados no negócio.
Atualmente, esses fatores de produção costumam ser de-
nominados recursos empresariais, sendo estes os principais:
˃Recursos Materiais: administração da produção.
˃Recursos Financeiros: administração financeira.
˃
Recursos Humanos: administração pessoal (Gestão de
Pessoas).
˃Recursos Mercadológicos: administração de mercado.
˃
Recursos Administrativos: administração geral ou admi-
nistração de empresas.
Administração
de materiais
Controle da
produção
Distribuição Recepção
Tráfego
de fora
Inspeção
de entrada
Inspeção
de saída
Controle de
estoque
Armazenagem
externa
Compras
Movimentação
de materiais
Tráfego de
fora
Armazenamento
na fábrica
1.2 Contexto Histórico
da Administração ou
Gestão de Materiais
A produção passo u por vários sistemas ao longo da história .
Em cada período uma complexidade de atividades era necessá-
ria para a manutenção da estrutura que se iniciava. A Revolução
Industrial, iniciada no século XVIII, marcou a transição da manu-
fatura para a maquinofatura e projetou a produção a uma escala
bem maior e mais abrangente. O sistema capitalista desenvolveu
mecanismos que relacionavam produção e distribuição num rit-
mo intenso para a obtenção cada vez maior de capital. Produzir,
estocar, trocar objetos e mercadorias é algo tão antigo quanto a
existência do ser humano.
No século XIX, com a expansão da Revolução Industrial, a
lógica organizacional passou a ser necessária para a manuten-
ção e o aumento da lucratividade. Esse período foi marcado por
modificações profundas nos métodos do sistema de fabricação
e estocagem em maior escala. O trabalho, até então, totalmente
artesanal, foi em parte substituído pelas máquinas, fazendo com
que a produção evoluísse para um estágio tecnologicamente mais
avançado e os estoques passassem a ser vistos sob outro prisma
pelas administrações. E o crescimento não para por aí, afinal, a
constante evolução fabril, o consum o, as exigências dos consumi-
dores, o mercado concorrente e as novas tec nologias deram novo
impulso à Administração de Materiais, fazendo com que ela foss e
vista como uma arte e uma ciência das mais importantes para o
alcance dos objetivos de uma organização, s eja ela qual fosse.
Acontece a racionalização das questões ligadas a produção,
estocagem e distrib uição das mercadorias produzidas. Com as n ovas
tecnologias, as fábricas também se organizam para o provimento dos
recursos necessários para a continuidade do trabalho produtivo.
No século XX, podemos também apontar as duas guerras
mundiais como eventos que comprovaram a necessidade de que
materiais devem ser administrados cientificamente. Aliás, a or-
ganização sempre foi impor tante para o histórico de guerras. Em
todos os embates ficou comprovado que o fator abastecimento
(ou suprimento) se constituiu em elemento de vital importância e
determinou o sucesso ou o ins ucesso dos empreendimentos.
As empresas passam a adotar estratégias cada vez mais
específicas para garantir seu espaço num mercado competitivo e
extremamente cuidadoso na sua forma de seleção.
O objetivo principal de uma organização é o bter lucros, sen-
do possível maximizá-los . Contudo, os recursos normalmente são
investidos em equipamentos, financiamentos, reservas de caixas
e estoques, o que n ão gera retorno pelo simples fato de aumenta-
rem ou não, pois isso não refl ete diretamente nas vendas.
Sendo assim, as organizações precisam diminuir seus cus-
tos em todos os segmentos possíveis, isso inclui o setor de esto-
que; o que então modificou todas as antigas e clássicas teorias
desenvolvidas sobre a área.
Atualmente, com a globalização, a importância da área de
materiais passou a ser reconhecida, pois a competitividade es
em colocar o produto certo, na hora certa e na quantidade certa
para o cliente final.
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FUNDAMENTOS DE G ESTÃO DE RECURSOS DE MATERIAIS

1. ADMINISTRAÇÃO DE

RECURSOS MATERIAIS

E PATRIMONIAIS

1.1 As Empresas e Seus Recursos

É um fato que a produção está vinculada a um conjunto de fatores, os quais podemos denominar fatores de produção. Dentre eles, identificamos três fundamentais, a saber: natureza, capital e trabalho, integrados por um quarto fator denominado empresa. Para os economistas, todo processo produtivo se funda- menta na conjunção desses quatro fatores de produção.

Natureza : responsável pelo fornecimento da matéria-prima. Capital : é o fator que fornece o dinheiro necessário para ad- quirir os insumos e pagar o pessoal. O capital representa o fator de produção que permite meios para comprar, adquirir e utilizar os demais fatores de produção.

Trabalho: é o fator constituído pela mão de obra, que pro- cessa e transforma os insumos, por meio de operações manuais ou de máquinas e ferramentas, em produtos acabados ou serviços prestados. É a energia empregada na transformação da matéria- -prima em produto.

Empresa : é o fator integrador capaz de aglutinar a natureza, o capital e o trabalho em um conjunto harmonioso o qual permite que o resultado alcançado seja muito maior do que a soma dos fatores aplicados no negócio.

Atualmente, esses fatores de produção costumam ser de- nominados recursos empresariais, sendo estes os principais:

˃ Recursos Materiais : administração da produção. ˃ Recursos Financeiros : administração financeira. ˃ (^) Recursos Humanos : administração pessoal (Gestão de Pessoas). ˃ Recursos Mercadológicos : administração de mercado. ˃ Recursos Administrativos : administração geral ou admi- nistração de empresas.

Administração de materiais

Controle da produção

Distribuição

Recepção

Tráfego de fora

Inspeção de entrada

Inspeção de saída

Controle de estoque

Armazenagem externa

Compras

Movimentação de materiais

Tráfego de fora

Armazenamento na fábrica

1.2 Contexto Histórico

da Administração ou

Gestão de Materiais

A produção passou por vários sistemas ao longo da história. Em cada período uma complexidade de atividades era necessá- ria para a manutenção da estrutura que se iniciava. A Revolução Industrial, iniciada no século XVIII, marcou a transição da manu- fatura para a maquinofatura e projetou a produção a uma escala bem maior e mais abrangente. O sistema capitalista desenvolveu mecanismos que relacionavam produção e distribuição num rit- mo intenso para a obtenção cada vez maior de capital. Produzir, estocar, trocar objetos e mercadorias é algo tão antigo quanto a existência do ser humano. No século XIX, com a expansão da Revolução Industrial, a lógica organizacional passou a ser necessária para a manuten- ção e o aumento da lucratividade. Esse período foi marcado por modificações profundas nos métodos do sistema de fabricação e estocagem em maior escala. O trabalho, até então, totalmente artesanal, foi em parte substituído pelas máquinas, fazendo com que a produção evoluísse para um estágio tecnologicamente mais avançado e os estoques passassem a ser vistos sob outro prisma pelas administrações. E o crescimento não para por aí, afinal, a constante evolução fabril, o consumo, as exigências dos consumi- dores, o mercado concorrente e as novas tecnologias deram novo impulso à Administração de Materiais, fazendo com que ela fosse vista como uma arte e uma ciência das mais importantes para o alcance dos objetivos de uma organização, seja ela qual fosse. Acontece a racionalização das questões ligadas a produção, estocagem e distribuição das mercadorias produzidas. Com as novas tecnologias, as fábricas também se organizam para o provimento dos recursos necessários para a continuidade do trabalho produtivo. No século XX, podemos também apontar as duas guerras mundiais como eventos que comprovaram a necessidade de que materiais devem ser administrados cientificamente. Aliás, a or- ganização sempre foi importante para o histórico de guerras. Em todos os embates ficou comprovado que o fator abastecimento (ou suprimento) se constituiu em elemento de vital importância e determinou o sucesso ou o insucesso dos empreendimentos. As empresas passam a adotar estratégias cada vez mais específicas para garantir seu espaço num mercado competitivo e extremamente cuidadoso na sua forma de seleção. O objetivo principal de uma organização é obter lucros, sen- do possível maximizá-los. Contudo, os recursos normalmente são investidos em equipamentos, financiamentos, reservas de caixas e estoques, o que não gera retorno pelo simples fato de aumenta- rem ou não, pois isso não reflete diretamente nas vendas. Sendo assim, as organizações precisam diminuir seus cus- tos em todos os segmentos possíveis, isso inclui o setor de esto- que; o que então modificou todas as antigas e clássicas teorias desenvolvidas sobre a área. Atualmente, com a globalização, a importância da área de materiais passou a ser reconhecida, pois a competitividade está em colocar o produto certo, na hora certa e na quantidade certa para o cliente final.

ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS

1.3 Responsabilidades e Atribuições

da Gestão de Materiais Suprir a empresa, por meio de compras, de todos os mate- riais necessários ao seu funcionamento.

Avaliar outras empresas como possíveis fornecedores. Supervisionar os almoxarifados da empresa. Controlar os estoques. Aplicar um sistema de reaprovisionamento adequado, fi- xando Estoques Mínimos, Lotes Econômicos e outros índices ne- cessários ao gerenciamento dos estoques, segundo critérios apro- vados pela direção da empresa.

Manter contato com as Gerências de Produção, Controle de Qualidade, Engenharia de Produto, Financeira etc.

Estabelecer sistema de estocagem adequado. Coordenar os inventários rotativos.

1.4 Objetivos Principais da Gestão de

Materiais e Recursos Patrimoniais A principal finalidade da Gestão de Materiais é assegurar o abastecimento contínuo de artigos necessários para comercializa- ção direta ou capazes de atender aos serviços que são executados pela empresa, cujo objetivo é diminuir custos operacionais para que os seus produtos ganhem força competitiva no mercado. Em outras palavras, os materiais precisam ser de qualidade produtiva para garantir, no mercado, a aceitação do produto final.

1.5 Principais Objetivos da Área

de Gestão de Recursos Materiais e Patrimoniais Preço Baixo - esse é o objetivo mais óbvio e, certamente, um dos mais importantes. Reduzir o preço de compra implica em aumentar os lucros, se mantida a mesma qualidade.

Alto Giro de Estoques - implica melhor utilização do capital, aumentando o retorno sobre os investimentos e reduzindo o valor do capital de giro.

Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem fundamen- talmente da eficácia das áreas de Controle de Estoques, Armaze- namento e Compras.

Continuidade de Fornecimento - é resultado de uma aná- lise criteriosa quando da escolha dos fornecedores. Os custos de produção, expedição e transportes são afetados diretamente por esse item.

Consistência de Qualidade - a área de materiais é respon- sável apenas pela qualidade de materiais e serviços provenientes de fornecedores externos. Em algumas empresas, a qualidade dos produtos e/ou serviços constituem-se no único objetivo da Gerên- cia de Materiais.

Despesas com Pessoal - obtenção de melhores resultados com a mesma despesa ou, mesmo resultado com menor custo - em ambos os casos o objetivo é obter maior lucro final. Às vezes compensa investir mais em pessoal, porque pode-se alcançar

com isso outros objetivos, propiciando maior benefício com re- lação aos custos. Relações Favoráveis com Fornecedores - a posição de uma empresa no mundo dos negócios é, em alto grau, determinada pe- la maneira como negocia com seus fornecedores. Aperfeiçoamento de Pessoal - toda unidade deve estar in- teressada em aumentar a aptidão de seu pessoal. Bons Registros - são considerados como o objetivo primário, pois contribuem para o papel da Administração de Material, para a sobrevivência e para os lucros da empresa, de forma indireta.

1.6 Terminologias e Conceitos Básicos Usados em Gestão de Materiais Artigo ou Item - designa qualquer material, matéria-prima ou produto acabado que faça parte do estoque. Unidade - identifica a medida, tipo de acondicionamento, características de apresentação física (caixa, bloco, rolo, folha, li- tro, galão, resma, vidro, peça, quilograma, metro etc.). Pontos de Estocagem - locais onde os itens em estoque são armazenados e sujeitos ao controle da administração. Estoque - conjunto de mercadorias, materiais ou artigos existentes fisicamente no almoxarifado à espera de utilização fu- tura e que permite suprir regularmente os usuários, sem causar interrupções às unidades funcionais da organização. Estoque Ativo ou Normal - é o estoque que sofre flutuações quanto à quantidade, volume, peso e custo em consequência de entradas e saídas. Estoque Morto ou Inativo - não sofre flutuações, é estático. Estoque Empenhado ou Reservado - quantidade de deter- minado item, com utilização certa, comprometida previamente e que por alguma razão permanece temporariamente em almoxa- rifado. Está disponível somente para uma aplicação ou unidade funcional específica. Estoque de Recuperação - quantidades de itens constituí- das por sobras de retiradas de estoque, salvados (retirados de uso por meio de desmontagens) etc. sem condições de uso, mas passí- veis de aproveitamento após recuperação, podendo vir a integrar o Estoque Normal ou Estoque de Materiais Recuperados, após a obtenção de sua condições normais. Estoque de Excedentes, Obsoletos ou Inservíveis - cons- titui as quantidades de itens em estoque, novos ou recuperados, obsoletos ou inúteis que devem ser eliminados. Constitui um Es- toque Morto. Estoque Disponível - é a quantidade de um determinado item existente em estoque, livre para uso. Estoque Teórico - é o resultado da soma do disponível com a quantidade pedida, aguardando o fornecimento. Estoque Mínimo - é a menor quantidade de um artigo ou item que deverá existir; estoque para prevenir qualquer eventua- lidade ou emergência (falta) provocada por consumo anormal ou atraso de entrega.