




Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Prepare-se para as provas
Estude fácil! Tem muito documento disponível na Docsity
Prepare-se para as provas com trabalhos de outros alunos como você, aqui na Docsity
Os melhores documentos à venda: Trabalhos de alunos formados
Prepare-se com as videoaulas e exercícios resolvidos criados a partir da grade da sua Universidade
Responda perguntas de provas passadas e avalie sua preparação.
Ganhe pontos para baixar
Ganhe pontos ajudando outros esrudantes ou compre um plano Premium
Comunidade
Peça ajuda à comunidade e tire suas dúvidas relacionadas ao estudo
Descubra as melhores universidades em seu país de acordo com os usuários da Docsity
Guias grátis
Baixe gratuitamente nossos guias de estudo, métodos para diminuir a ansiedade, dicas de TCC preparadas pelos professores da Docsity
Considerando seu processo de desenvolvimento, costuma-se dividir o capitalismo em quatro fases: Comercial, Industrial, Financeiro-Monopolista e Informacional.
Tipologia: Notas de estudo
1 / 8
Esta página não é visível na pré-visualização
Não perca as partes importantes!
Aproxime seu dispositivo móvel do código para acessar a avaliação
A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO E A DIT A DIVISÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO A DIT (Divisão Internacional do Trabalho) é o nome dado para a divisão produtiva em âmbito internacional. A Divisão Internacional do Trabalho direciona uma especialização produtiva global, já que cada país fica designado a produzir um determinado produto ou partes do mesmo, dependendo dos incentivos oferecidos em cada país. Esse processo se expandiu na mesma proporção que o capitalismo. Nesse sentido, um exemplo que pode ser usado é a montagem de um automóvel realizada na Argentina, porém com componentes oriundos de diferentes países, como parte elétrica e eletrônica de Taiwan, borrachas da Indonésia e assim por diante. Isso ocorre porque cada país oferece certos atrativos. Desta forma, o custo do produto final será menor, aumentando os lucros das empresas. Os países emergentes ou em desenvolvimento que obtiveram uma industrialização tardia e que possuem economias ainda frágeis e passíveis de crises econômicas oferecem aos países industrializados um leque de benefícios e incentivos para a instalação de indústrias, tais como a isenção parcial ou total de impostos, mão- de-obra abundante, entre outros. Por conta disso, a Divisão Internacional do Trabalho provoca desigualdades. Os países emergentes ou em desenvolvimento, como México, Argentina, Brasil e outros, adquirem tecnologias a preços altos, enquanto que a maior parte dos produtos exportados pelos países citados não atingem preços satisfatórios, favorecendo os países ricos. Num primeiro momento, entre os séculos XVI e XVIII, a DIT tradicional era composta por dois grupos de países: o das metrópoles e o das colônias. Com isso, a lógica de comércio era bem simples (e desigual): as colônias vendiam matéria- prima por um preço baixo para as metrópoles, que os transformavam em produtos de maior valor agregado e os revendiam, acumulando mais capital. Tal panorama durou um longo período, mesmo com a independência de muitas colônias. Até a década de 50, os bens manufaturados eram oriundos restritamente dos países industrializados, como Estados Unidos, Canadá, Japão e nações europeias. Os países já industrializados tinham suas respectivas produções primeiramente destinadas ao abastecimento do mercado interno, e depois, o restante direcionado ao fornecimento de mercadorias industrializadas aos países subdesenvolvidos que ainda não haviam ingressado efetivamente no processo de industrialização. Até aquela época, os países subdesenvolvidos tinham a incumbência de gerar matéria-prima com a finalidade de fornecê-la aos países industrializados. Após a Segunda Guerra Mundial, muitas empresas, sobretudo norte-americanas, começaram a instalar filiais em diferentes países do mundo. Isso foi intensificado com o processo da globalização, que transformou muitos países subdesenvolvidos, que no passado eram meros produtores primários, em exportadores também de produtos industrializados, alterando as relações comerciais que predominavam até então. Ou seja, surgiu uma Nova DIT, mais complexa do que a anterior. Apesar da modificação apresentada na configuração econômica, os países da América Latina, Ásia e África, ainda ocupam destaque na produção de produtos primários. O que os mantêm como produtores primários é principalmente o modo como os países subdesenvolvidos foram industrializados. Grande parte das empresas e indústrias existentes em países pobres é de nações desenvolvidas e ricas. Diante desse fato, uma das características da Nova DIT é a remessa de capitais: a maioria dos lucros adquiridos durante o ano não permanecem no território no qual a empresa se encontra, e sim, migram para o país de origem da mesma. Em outras palavras, as empresas transnacionais normalmente buscam os interesses próprios sem considerar as causas sociais, econômicas e ambientais de onde suas empresas estão instaladas.
O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO CAPITALISMO Na história da humanidade é possível observar distintos modelos de organização dos meios sociais, econômicos e políticos, que exerceram grande influência no modo de viver das sociedades e na organização do espaço geográfico. Dentre esses sistemas, aquele que mais realizou transformações no espaço e nas sociedades foi o capitalismo, a partir de um paulatino processo de desenvolvimento, sendo na atualidade o sistema hegemônico mundial, apesar de ter sofrido algumas transformações ao longo do tempo. De qualquer modo, o capitalismo possui um conjunto de características que o definem de modo geral. A mais importante delas está correlacionada ao maior objetivo do sistema, que é o lucro, ou seja, a reprodução do capital, que vai justificar todas as outras características. Outra marca importante é a estrutura de propriedade baseada na propriedade privada, na qual os meios de produção (terras, equipamentos, matérias-primas etc.) pertencem aos agentes econômicos, podendo ser privados ou estatais. Além disso, existe um predomínio do trabalho assalariado e de uma sociedade dividida em classes, de acordo com a concentração de renda. Considerando seu processo de desenvolvimento, costuma-se dividir o capitalismo em quatro fases: Comercial, Industrial, Financeiro-Monopolista e Informacional. Fim do século XV até a primeira metade do século XVIII: Capitalismo Comercial (1ª fase) Substituindo o Feudalismo, a primeira etapa do capitalismo foi marcada pela expansão marítima das potências da Europa Ocidental da época (Grandes Navegações), em busca de novas rotas de comércio, sobretudo para as Índias. O objetivo dessas nações era acabar com o monopólio das cidades italianas (como Veneza e Gênova) no comércio com o Oriente pelo Mediterrâneo. Esse processo resultou no descobrimento de novas terras e na apropriação de vastos territórios (colonialismo), além da escravização e genocídio de milhões de nativos da América e da África. O principal eixo econômico migra do Mar Mediterrâneo para o Oceano Atlântico. Forma-se um comércio triangular entre América, África e Europa. Expandiram-se os mercados consumidores e abastecedores, além da descoberta de novas jazidas minerais. São criadas companhias de comércio, como a Companhia Holandesa das Índias Orientais (VOC). A produção de mercadorias era essencialmente artesanal, em oficinas (o mestre artesão e os artesãos auxiliares eram produtores e donos dos meios de produção). O que realmente interessava era o comércio de especiarias, açúcar, tabaco, escravos, tapetes, sedas, perfumes, entre outros, com altíssimas margens de lucro. É verdade naquele tempo já havia manufaturas rudimentares, onde o empresário era o proprietário dos meios de produção (fábrica e instrumentos) e ele pagava um salário em troca da força de trabalho do empregado. Porém, a força motriz era humana e manual. A acumulação primitiva de capitais pela burguesia (que se capitalizou) era resultado da troca de mercadorias, ou seja, do comércio - e por isso o termo capitalismo comercial para designar o período. Esse acúmulo de capitais era fundamentado na política colonial conhecida como mercantilismo (caracterizado por três pilares: metalismo, balança comercial favorável e protecionismo). A sociedade da época estava dividida em uma classe de proprietários de terras (clero e nobreza), uma classe de trabalhadores (servos, camponeses livres, assalariados, enfim, a massa popular) e uma classe burguesa (mercantil e manufatureira). Essa burguesia queria espaço social, político e ideológico, o que se tornou possível principalmente a partir do século XVIII. Quadro-resumo: Capitalismo Comercial ou Pré-capitalismo Segunda metade do século XVIII até a segunda metade do século XIX: Capitalismo Industrial (2ª fase) A Inglaterra foi pioneira no processo de Revolução Industrial. Cinco fatores podem explicar esse fato. Em primeiro lugar está a mão de obra abundante e barata proveniente a zona rural, devido aos cercamentos das terras que expulsaram milhares de camponeses das terras comunais. Formou-se, como diria Marx, um exército industrial de reserva: sempre existiam multidões às portas das fábricas, dispostas a trabalhar, não se importando com as condições. O segundo fator é a acumulação primitiva de capital proveniente das colônias inglesas e do comércio com o Oriente. O terceiro fator relaciona-se com a Revolução Gloriosa, que sepultou o absolutismo ao estabelecer a supremacia do Parlamento e inaugurou o Estado liberal inglês, pré-requisito para a plenitude capitalista burguesa. O quarto fator está ligado à existência de amplos mercados consumidores nas colônias, inglesas ou não, da América, África e Ásia. Por fim, o quinto fator refere-se à abundância de matérias-primas, especialmente de ferro, carvão e algodão. Foi uma era de invenções, primeiramente relacionadas com a indústria têxtil: máquina de fiar, tear hidráulico e tear mecânico. Todos esses inventos ganharam maior capacidade quando passaram a ser acoplados à máquina a vapor. Após o setor têxtil, a mecanização alcançou o setor metalúrgico. A descoberta do vapor como força motriz, além de impulsionar a produção industrial, atingiu
ser, então, capital financeiro. Os bancos assumem um papel mais importante como financiadores da produção. Afinal, bancos incorporam indústrias, que, por sua vez, incorporam ou criam bancos para lhes da suporte financeiro. Ao mesmo tempo vai se consolidando, particularmente nos Estados Unidos, um vigoroso mercado de capitais. As empresas vão deixando de ser familiares e se transformam em sociedades anônimas de capital aberto, ou seja, empresas que negociam suas ações em bolsas de valores. Isso permitiu a formação das corporações da atualidade, cujas ações estão, em toda parte, distribuídas entre milhares de acionistas. Em geral, essas grandes empresas têm um acionista majoritário, que pode ser uma pessoa, uma família, uma fundação, um banco ou uma holding, ao passo que o restante (muitas vezes milhões de ações) está nas mãos de pequenos investidores. O liberalismo permanece apenas como ideologia capitalista, pois o mercado passa a ser dominado por grandes corporações em substituição à livre concorrência e ao livre mercado, característicos da fase industrial, na qual predominavam empresas menores. O Estado, por sua vez, intervém na economia (principalmente a partir da crise de 1929). sobretudo como agente planejador, coordenador, produtor ou empresário. Nesse momento do capitalismo, em cada setor da economia – petrolífero, elétrico, siderúrgico, têxtil, naval, ferroviário etc. – passaram a predominar alguns grandes grupos. São os trustes verticais, que controlam as etapas da produção, desde a retirada da matéria- prima da natureza e a transformação em produtos até a distribuição das mercadorias. Quando os trustes, ou empresas de menor porte, fazem acordos entre si estabelecendo um preço comum, dividindo os mercados potenciais e, portanto, inviabilizando a livre concorrência num determinado setor da economia, criam um cartel. Diferentemente do que acontece no truste, no cartel não há a perda de autonomia das empresas envolvidas. O truste é resultado de processos tipicamente capitalistas (concentração e centralização de capitais), que levam a fusões e incorporações de empresas de uma mesma cadeia produtiva em determinado setor de atividade. Já o Cartel é consequência de acordos entre grandes empresas com o intuito de compartilhar determinados mercados ou setores da economia. Muitos trustes, constituídos no final do século XIX e início do século XX, transformaram-se em conglomerados. Resultantes de um amplo processo de concentração e centralização de capitais, de uma crescente ampliação e diversificação dos negócios, com o intuito de dominar a oferta de determinados produtos ou serviços no mercado, os conglomerados, também chamados grupos ou corporações, são o exemplo mais claro de empresas do capitalismo monopolista. Controlados por uma holding (conjunto de empresas dominadas por uma empresa central que detém a maioria ou parte significativa das ações de suas subsidiárias), eles atuam em diferentes setores da economia. O objetivo básico é a manutenção da estabilidade dos conglomerados, garantindo uma lucratividade média, já que há rentabilidades diferentes em cada setor. Os maiores conglomerados são norte-americanos e japoneses. Por exemplo, a General Eletric, uma das maiores e mais internacionalizadas empresas do mundo, atua em diversos setores e fabrica uma grande variedade de produtos: lâmpadas, fogões, geladeiras, equipamentos médicos, motores de avião, turbinas para hidrelétricas etc. Há outros exemplos de conglomerados que atuam em diversos setores e têm interesses globais: General Motors (EUA), Sony (Japão), Fiat (Itália), Nestlé (Suíça), Unilever (Reino Unido/Países Baixos), Hyundai Motor (Coréia do Sul) etc. No Brasil também há conglomerados importantes como a Petrobras, a Companhia Vale do Rio Doce (Vale), a Votorantim, a AmBev, a Gerdau, a Brasil Foods, a JBS Friboi etc. Embora muitos grupos nacionais, como os citados, já tenham iniciado um processo de internacionalização, sobretudo na América Latina, ainda não se encontram no estágio de mundialização das corporações estrangeiras mencionadas. Quadro-resumo: Capitalismo Financeiro-Monopolista Anos 1970 até a atualidade: Capitalismo Informacional (4ª Fase) Com o advento da Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica ou Revolução Informacional, o capitalismo atinge sua fase informacional-global. Isso ocorre no pós-Segunda Guerra, sobretudo a partir dos anos 1970, quando, gradativamente, disseminam-se empresas, instituições e diversas tecnologias responsáveis pelo crescente aumento da produtividade econômica e pela aceleração dos fluxos de capitais, de mercadorias, de informações – robôs, computadores, satélites, aviões a jato, cabos de fibras ópticas, telefones digitais, Internet etc. – e de pessoas. Nessa etapa de seu desenvolvimento, o capitalismo continua industrial e financeiro. Industrial porque novas tecnologias empregadas no processo produtivo, a exemplo da robótica, permitiram grande aumento de produtividade e diversificação dos produtos; e financeiro por causa da desmaterialização do dinheiro, que, em vez de circular fisicamente, cada vez mais se transforma em bits de computador, circulando rapidamente pelo sistema financeiro globalizado. Por isso mesmo, diversas questões de vestibular continuam a chamar a fase atual do capitalismo de financeiro-monopolista. Porém, é inegável que a característica fundamental da etapa atual do
GEOGRAFIA I
desenvolvimento capitalista é a crescente importância do conhecimento, do capital humano, isto é, o conhecimento e as habilidades que as pessoas acumulam por meio de educação, treinamento e experiência profissional. Por isso mesmo, diversos autores, textos e questões se referem ao momento presente como capitalismo informacional. Se as revoluções industriais anteriores foram movidas a energia (a primeira a carvão e a segunda, a petróleo e eletricidade), a revolução ora em curso é movida pelo conhecimento. Não por acaso as primeiras indústrias, da era das chaminés, desenvolveram-se em torno das bacias carboníferas e atualmente as instituições típicas da revolução informacional, as chamadas indústrias limpas, estão próximas a universidades e centros de pesquisa, onde se desenvolvem tecnopolos. Nesses centros industriais, típicos da Terceira Revolução Industrial, há grande concentração de indústrias de alta tecnologia: informática, telecomunicações, robótica e biotecnologia, entre outras. O tecnopolo do Vale do Silício, nos Estados Unidos, em torno da Universidade de Stanford, foi o primeiro a se formar; com o tempo outros foram criados: em Cambridge, perto da universidade de mesmo nome, no Reino Unido; na região metropolitana de Campinas, estado de São Paulo, próximo da Universidade de Campinas (Unicamp); no Japão (tecnopolo Tsukuba); em Munique, na Alemanha; em Paris (tecnopolo Axe-Sud), na França; entre muitos outros. Pode-se afirmar que a globalização (o atual momento da expansão capitalista) está para o capitalismo informacional assim como o colonialismo esteve para sua etapa comercial ou o imperialismo esteve para o final da fase industrial e início da financeira. Trata-se de uma expansão que visa aumentar os mercados e, portanto, o lucro, que de fato move os capitais, tanto produtivos quanto especulativos, no mercado mundial. A incipiente opinião pública mundial, manifestada através de movimentos antiglobalização, movimentos pacifistas e ONGs, também é resultado da revolução informacional e da globalização. Na era da globalização a expansão capitalista é silenciosa, sutil e eficaz. Trata-se de uma “invasão” de mercadorias, capitais, serviços, informações e pessoas. As novas “armas” são a agilidade e a eficiência das comunicações, dos transportes e do processamento de informações, graças aos satélites de comunicação, à Internet, à informática, aos telefones fixos e celulares, aos enormes e rápidos aviões, aos supernavios petroleiros e graneleiros e aos trens de alta velocidade. A “guerra” acontece nas bolsas de valores, de mercadorias e de futuros em todos os mercados do mundo e em todos os setores imagináveis. As estratégias e táticas são traçadas nas sedes das grandes corporações transnacionais, dos grandes bancos, das corretoras de valores e de outras instituições e influenciam quase todos os países. No capitalismo informacional destaca-se também a questão do desemprego, como decorrência da Terceira Revolução Industrial e do uso de altas tecnologias produtivas (robótica, informatização), ou como resultado da reformulação e otimização produtiva empresarial, incluindo-se o remanejamento e demissão de funcionários e o enxugamento estatal. Quadro-Resumo: Capitalismo Informacional RESUMO A DIT corresponde a uma especialização das atividades econômicas em caráter de produção, comercialização, exportação e importação entre distintos países do mundo. A DIT é tende a aprofundar as diferenças entre os países pobres que vendem produtos baratos e os países ricos desenvolvidos, que ganham dinheiro exportando produtos industriais de alto valor agregado e tecnologia. O surgimento da DIT veio no período do Capitalismo Comercial, período marcado pelo Colonialismo e o Mercantilismo. Com o passar do tempo e com o surgimento da indústria, a produção de mercadorias e a exploração da mais valia se tornaram as principais estratégias para acumulação de lucro, fazendo com que o capitalismo se tornasse industrial e o Estado passasse a ser liberal. Mais a frente, com o surgimento de grandes corporações e transnacionais, a economia passou a ser dominada por trustes, conglomerados e cartéis, prejudicando a livre concorrência e promovendo a formação de monopólios e oligopólios. Nos anos 1970, com o desenvolvimento da robótica e da informática, o aumento da circulação de informações deu ao capitalismo uma nova face, em que o conhecimento se tornou fundamental para o sucesso de empresas e a obtenção do lucro. Nesse cenário, as empresas ganharam mais autonomia e passaram a pressionar o Estado para obter benefícios como incentivos fiscais. Sendo assim, o cenário atual é marcado pelo capitalismo informacional e por Estados neoliberais, que muitas vezes atuam de acordo com os interesses das empresas privadas e reduzem gastos públicos e serviços estatais.
GEOGRAFIA I
em rede”. Considerando as informações contidas no trecho e as alterações no espaço geográfico a partir da Revolução Informacional, é correto afirmar que: a) a nova divisão internacional do trabalho é uma reprodução da clássica divisão, pois há espaços geográficos de alto valor informacional (países centrais) e outros de trabalho desvalorizado (países da periferia). b) o desenvolvimento tecnológico na área de informação, ao reorganizar os fluxos de capital e de pessoas, criou uma rede hierarquizada e cristalizada de novos países informatizados. c) as “cidades globais” Nova Iorque, Otawa e Rio de Janeiro são espaços geográficos exclusivos dos produtores de alto valor do trabalho informacional, representando, portanto, os ícones da nova divisão internacional do trabalho. d) as quatro posições descritas podem ocorrer simultaneamente num mesmo país, visto que a nova divisão internacional do trabalho não ocorre entre países, mas entre agentes econômicos organizados em sistemas de redes e fluxos. e) estão excluídos da nova divisão internacional do trabalho os países de economia dependente, porque não são capazes de produzir tecnologia de ponta, o que os impede de participar do sistema de redes e fluxos. QUESTÃO 05 (IFSP 2016) Observe a figura abaixo. A figura ilustra a Divisão Internacional do Trabalho (DIT). De acordo com Milton Santos (1996), a DIT corresponde às funções produtivas desempenhadas por cada Estado- nação no sistema internacional. Em relação ao Brasil, em que pese a condição ainda subordinada no que se refere à sua participação na divisão do trabalho (agora ainda mais internacionalizada), analise as assertivas abaixo. I. Devido ao fortalecimento de seu parque industrial, a participação do Brasil no cenário internacional como país exportador de matérias-primas (carne bovina, cana-de-açúcar, minério de ferro, soja etc.) tem declinado no comércio internacional. II. A participação do Brasil na DIT permanece estritamente agroexportadora, tendo o agronegócio como principal setor produtivo. III. O Brasil, apesar das significativas transformações no seu parque industrial que ocorreram nas últimas décadas, continua sendo um país exportador de matérias-primas, como cana-de-açúcar, minério de ferro, soja etc. IV. Apesar da internacionalização crescente, o Brasil não participa da DIT, uma vez que possui tanto um parque industrial variado, cuja tecnologia de ponta é predominante, como uma forte agricultura. É correto o que se afirma em a) II e IV, apenas. b) I e II, apenas. c) III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II, III e IV. QUESTÃO (^07) (FGV 2014) A questão está relacionada ao gráfico e ao texto apresentados. Desde 2007, os produtos básicos sinalizam uma estabilização no quantum importado, apresentando pequena variação entre as quantidades máxima e mínima em cada ano. Por sua vez, os produtos semimanufaturados, após período de estabilidade, começam a mostrar tendência de crescimento. Enquanto isso, as quantidades importadas de produtos manufaturados tiveram crescimento contínuo e foram fortemente aceleradas nos dois últimos anos, impulsionadas pela demanda doméstica e pela forte valorização do real. (http://www.aeb.org.br/userfiles/file/AEB%20%20Radiografia% Com%C3%A9rcio%20Exterior%20Brasil.pdf. Adaptado) A leitura das características do comércio internacional do Brasil em dois momentos (1995 e 2007) permite concluir que: a) somente uma maior nacionalização da economia permitirá ao Brasil superar o atraso tecnológico, que o torna dependente da importação de produtos industrializados. b) mesmo com os esforços desenvolvimentistas do Estado, o Brasil conserva sua vocação agrícola, já que a exportação de commodities é suficiente para custear a importação de produtos industrializados. c) embora o Brasil se equipare em termos de competitividade com outros países industrializados, o forte crescimento do mercado interno exige a importação de manufaturados. d) apesar da posição do Brasil na Nova Divisão Internacional do Trabalho, o país ainda mantém a dependência na importação de produtos de alto valor agregado. e) o fato de as atividades industriais manterem-se fortemente concentradas explica a baixa produção e a necessidade de importação de bens manufaturados.
QUESTÃO (^08) (UERJ 2010) Fusão entre Sadia e Perdigão A fusão da Sadia com a Perdigão, em maio de 2009, resultou na criação da Brasil Foods, décima maior empresa alimentícia do continente americano e segunda do país. Esse evento é decorrente de uma estratégia das grandes corporações e representa uma tendência mundial da atual fase do capitalismo. A denominação da atual fase do capitalismo e uma justificativa para a adoção dessa estratégia estão indicadas em: a) liberal - redução dos preços das mercadorias b) monopolista - ampliação da participação no mercado c) monetarista - diminuição dos custos de comercialização d) concorrencial - aumento da escala de compras da companhia QUESTÃO (^09) (UNAMA) Com o advento da Terceira Revolução Industrial, também conhecida como Revolução Técnico-Científica ou Revolução Informacional, o capitalismo atinge sua fase informacional-global. Isso ocorre no pós-Segunda Guerra, sobretudo a partir dos anos 70 do século XX, com a expansão de empresas multinacionais e diversas tecnologias no espaço mundial. (Adaptado de Moreira, J.C e Sene, E. Geografia do Ensino Médio, p. 174) Sobre o assunto, é correto afirmar que a) nessa fase do capitalismo, os países tornam-se cada vez mais vulneráveis aos interesses das grandes corporações internacionais, fato associado à crescente circulação de capitais, mercadorias, informações e pessoas, características importantes do processo de globalização. b) a característica mais importante e fundamental dessa etapa do desenvolvimento capitalista é a crescente importância do conhecimento, fato que tem gerado maior interdependência entre os países e diminuído a desigualdade econômica e social entre as nações. c) nessa fase do capitalismo, ocorre uma verdadeira “guerra” nas bolsas de valores e mercados futuros em diversos países do mundo como também em outros setores econômicos. Este período é também caracterizado pela igualdade competitiva entre empresas de países pobres e ricos. d) no capitalismo globalizado, a intensificação dos fluxos comerciais no espaço mundial é intensa e harmônica. Os produtos são transportados por enormes navios, trens, caminhões e aviões, que circulam por modernas e intricadas redes que cobrem grandes extensões da superfície terrestre. QUESTÃO 10 (UERJ) O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) do Ministério da Justiça condenou, ontem, as empresas Roche, Basf e Aventis. Segundo o Cade, essas empresas teriam restringido a oferta e elevado os preços no Brasil das vitaminas A, B2, B5, C e E, na segunda metade dos anos
90. Elas também teriam impedido a entrada de vitaminas chinesas, a preços mais baratos, no Brasil. As empresas já haviam sido condenadas por práticas semelhantes na Europa e EUA. Juliano Basile. Adaptado de Valor Econômico , 12/04/ Desde o final do século XIX, tornou-se um aspecto marcante do modo de produção capitalista a formação de grandes empresas capazes de controlar a maior parte ou mesmo todo o mercado de um ou mais produtos. A notícia acima expressa a seguinte prática presente nessa realidade centenária, associada à seguinte característica do atual momento econômico: a) holding - fusão de companhias do mesmo setor. b) cartel - controle do mercado em escala planetária. c) oligopólio - padronização mundial das leis de concorrência. d) dumping - protecionismo para produtos de países emergentes. TESTE ON-LINE Aproxime seu dispositivo móvel do código para acessar a avaliação